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EDU FALASCHI

Metal Que Vem da Almah!

Entrevista: Júlio César Bocáter
Disco solo de Edu Falaschi, em que ele mostra outros lados ainda não explorados, seja no Angra, ou nas diversas bandas em que ele já tocou. Batemos um papo rapidinho com ele, logo após a entrevista com Rafael.

RU – Edu, fale do seu disco solo.
Edu Falaschi – Bem, é meu primeiro disco, e o fiz nos intervalos entre a turnê de Temple Of Shadows e das gravações de Aurora Consurgens.

RU – Qual a diretriz que você adotou musicalmente para Almah?
Edu – Na verdade nenhuma, sem intento algum. Foram músicas que fui fazendo de modo espontâneo até quando juntei todas e resolvi lançar Almah. No disco, tem todas as minhas influências e coisas que quis fazer e que não dariam para entrar no Angra. Em suma, é um disco de Heavy Metal, mas tem influências dos anos 70, de Hard Rock, Progressive e até Thrash Metal e ainda algo de Pop. Claro, não tem nenhuma música Pop em Almah, mas algumas referências deste estilo você acaba encontrando. Inclusive, em Almah, eu também faço algumas guitarras.

RU – Os antigos fãs seus desde antes de você entrar para o Angra, sentiam um pouco de saudades dos seus vocais mais rasgados e agressivos. Almah vem para acalmar a alma destes antigos fãs? (risos)
Edu – Com certeza! O pessoal que me acompanha a muito tempo, principalmente do Symbols, que maior banda antes de entrar para o Angra vai curtir, e acredito que até pessoas que não fãs direta do próprio Angra. Mas Almah fiz para mim mesmo e quem quiser compartilhar deste mesmo sentimento, basta adquirir o CD! (risos)

RU – Como foi a escolha dos músicos que gravaram o Almah?
Edu – O critério foi escolher pessoas amigas e que poderiam tocar e atingir os timbres que eu queria alcançar com este disco. Me sinto privilegiado poder ter escolhido a dedo músicos tão bons e que puderam dispor de seu tempo para poder gravar Almah. Os músicos são Casey Grillo (D/Kamelot), Lauri Porra (B/Stratovarius) e Emppu Vuorinen (G/Nightwish). São as pessoas que me dei melhor trabalhando até hoje, tirando meu irmão Tito Falaschi, que tocou comigo no Symbols, e claro, meus companheiros do Angra! (risos)

RU – O curioso é que ambos são integrantes de bandas Melódicas, e de longe Almah é um disco de Heavy Melódico!
Edu – Sim! Também foi bom para eles tocar algo diferente do corrente que eles tocam em suas bandas principais.

RU – Você pretende fazer um segundo disco solo? Se fizer, quem você vai chamar para tocar os demais instrumentos?
Edu – Pretendo, mas claro, quando tiver tempo vago no Angra, que é uma coisa cada vez mais rara. E pretendo tocar com os mesmos caras, claro, se eles quiserem e tiverem tempo.

RU – Fale um pouco de suas bandas pré-Angra, como o Mytrium, Venus e Symbols.
Edu – Bom, as mais relevantes foram o Mitrium, numa época de ouro do Metal nacional, onde eu era ainda muito novo e imaturo. O Venus na verdade, foi apenas um projeto, do qual apenas fiz os vocais como convidado. E o Symbols foi uma banda que marcou época no Underground. Foi graças ao Symbols que cheguei tão longe, onde me deu exposição.

RU – Fale também como foi sua entrada para o Angra, pois para muitos, seria óbvio que você seria o substituto de Andre Matos.
Edu – Na verdade, era para eu ter entrado no Angra depois do Holy Land, antes do Fireworks. Depois do Holy Land, o Andre Matos chegou a sair do Angra, e fiz umas sessões com a banda. Isso nem chegou ir para a mídia, pois foi um período tumultuado e foi uma coisa mais impulsiva. Quem me chamou foi o Kiko Loureiro, mas o Andre voltou atrás e voltou para a banda, aí o Kiko me disse para agüentar a mão mais um pouco, que no futuro poderia ter outra oportunidade. Foi o que aconteceu e num momento mais certo ainda.

RU – Poucas vezes uma banda trocou de vocalista e foi tão bem sucedida, ainda mais quando de trata de um vocalista carismático e excepcional como o Andre Matos. Só que hoje, tem-se a impressão de que você sempre foi vocalista do Angra, tamanha desenvoltura que você está tendo.
Edu – Concordo e não foi fácil, porque o Andre é um sensacional vocalista. Sou fã dele e o admiro muito, foi uma das minhas influências. Tanto que tem notas que ele criou em músicas do Angra que meu vocal não alcanço, e aí de onde eu compenso com punch e energia, e ao vivo, acaba fazendo a diferença. Me sinto privilegiado, mas sou humilde. O fato de seu ser famoso, não mudou em nada minha vida. Realmente, eu atingi o sucesso com o Angra no momento certo, estava com a maturidade certa para o momento certo.

EDU FALASCHI
Almah
Rock Brigade – nac.
Seguindo o que Edu disse sobre o disco, King abre o CD, num petardo quase Thrash Metal! Seu começo e algumas estrofes lembram Metallica e a voz de James Hetfield. O refrão, ainda rasgado, é pesado e violento, já assustando logo de cara: que não conhece Edu Falaschi, não sabe do que o cara é capaz de cantar! Take Back Your Spell segue num Power Metal, melódico, mas rasgado, diferente do Angra, pois é mais direto, com vocais rasgados de Edu também. Scary Zone responde pela parte Prog Metal, assim como Children Of Lies, com andamento mais cadenciado, mais quebradeiras, descambando num peso absurdo na seqüência! Break All The Welds é um Hard Rock oitentista, só que com mais pesos nas guitarras. Forgotten Land e Primitive Chãos fazem parte do time das baladas. O restante do CD segue a linha mais Progressive Metal, cada uma com uma linha mais especifica dentro do estilo, ainda que com muito peso, ficando a parte mais agressiva e Thrash para o começo de Almah. Edu mostra versatilidade vocal e ser um hábil compositor, pois pode tocar, compor e cantar qualquer estilo de música pesada! Já a performance dos convidados, dispensa apresentações, não poderia haver músicos mais adequados para este tipo de projeto. RS – 8,0