AGENDA
BANDAS
ENTREVISTAS
CDS
DVDS
DEMOS
LIVROS
SHOWS
MATÉRIAS
PROMOÇÕES
LINKS
CONTATOS


Simplesmente Candlemass!


Entrevista:
Júlio César Bocáter.
Um dos ícones e criadores do rótulo Doom Metal está de volta! Sim, desta vez de volta de fato, ao contrário do ocorrido nos anos de 98 e 99, quando a banda acabou, meses depois anunciou sua volta e terminou de novo. Com um disco novo homônimo, eles despejam mais clássicos do estilo, não devendo nada aos seus clássicos de outrora, como Epicus Doomicus Metallicus, Nightfall, Ancient Dreams e Tales Of Creation. Seu líder, o baixista Leif Edling e único que remanesceu em todas as formações que a banda teve, concedeu esta breve, mas interessante entrevista. Confira!

RU – Por que o álbum novo se chama apenas Candlemass e a capa branca, apenas com o logo e o símbolo da banda em preto? Por que tanta simplicidade?
Leif Edling – Bem, quisemos literalmente que apenas nossa música falasse mais alto. Por isso demos o nome de apenas Candlemass ao disco, para que firmasse ainda mais nosso retorno pela gente mesmo. Quanto à capa, apesar de simples, ela é forte e representa bem nossa música, que é preto no branco, sem muito colorido! (risos) Tanto o nome do disco, quanto o logotipo e nosso símbolo são as nossas marcas e deixamos apenas para mostrar que estamos de volta ao que sempre fomos, não mudamos!

RU – Fale sobre a composição e produção de Candlemass.
Leif Edling – Foi bem tranqüila e bem simples também. Eu compus tudo que está no disco. Ensaiamos e gravamos as faixas na ordem que está no disco de fato. Quisemos passar a impressão de como tocamos ao vivo, visto que muitas passagens em estúdio foram assim, todos tocando juntos ao mesmo tempo. O baixo e bateria foram todos gravados juntos! Depois, fomos colocando as guitarras e os vocais de Messiah Marcolin por último.

RU – Vocês são considerados os criadores do Doom Metal, resgatando ainda nos anos 80 aquela fase inicial do Black Sabbath, com temas macabros, riffs tétricos, peso e passagens lentas. Como você se considera sendo um criador e ícone de um estilo, copiado e sendo influência para centenas de bandas no mundo todo?
Leif Edling – Bem, não acho que criamos este estilo, pois outras bandas contemporâneas a nós já estavam fazendo isso. Sim, temos muita influência de Black Sabbath e estas outras bandas também, portanto, se alguém criou este estilo foi o próprio Black Sabbath! (risos) Nós e outras bandas divagamos, exploramos e levamos está música feita nos anos 70 pelo BS, expandindo seus horizontes e levando a lugares nunca antes navegados.

RU – Infelizmente, muitas grandes bandas que começaram fazendo Doom Metal, como Cathedral, Paradise Lost, Katatonia, Anathema, My Dying Bride entre tantas outras, amansaram seu som ao longo dos anos, enveredando pelo lado Gótico ou Stoner. O Candlemass nunca fará isso, certo?
Leif Edling – Claro que não! Sempre tocaremos este mesmo estilo de música! Sempre serem pesados, mórbidos e tétricos! (risos)

RU – Aproveitando, o que você acha destas e de tantas outras bandas conhecidas que fazem ou já fizeram Doom Metal?
Leif Edling – Elas tem como influência básica a mesma que nós, o Black Sabbath, e as mais novas, são influenciadas pelo Candlemass. Mas sinceramente, não gosto destas bandas em que os vocalistas parecem ursos urrando e gritando! (N. do E: neste momento, Leif, faz uns urros guturais e cai na risada) Prefiro as que cantam de verdade! Gosto muito do Pentagram.

RU – Messiah Marcolin parece ser uma difícil de se trabalhar. É verdade?
Leif Edling – Sim! (risos) Ele é uma pessoa difícil de se lidar, tem uma personalidade forte, mas fácil de se trabalhar. Claro, temos desentendimentos quando estamos em turnês ou em estúdio, como todas as bandas tem, mas sabendo leva-lo, ele é uma grande pessoa e uma peça fundamental para a banda.

RU – Se o Candlemass tem forte influência de Black Sabbath, posso dizer que Messiah Marcolin tem influência de Ozzy Osbourne? Afinal, assim como Ozzy, Messiah Marcolin é gordo, feio, teatral, usa roupas sombrias, é um símbolo da banda, associando sua imagem à da banda, tem um vocal único e parece ser meio maluco! (risos)
Leif Edling – Concordo plenamente com você! Ele só não está gagá que nem o Ozzy! (risos) Pelo menos ainda não! (risos) Mas fica entre a gente, se ele souber que achamos tudo isso dele, ele quebra a nossa cara! (risos) Mas ele sabe que é assim! (mais risos) Isso tudo ajuda na imagem dele e por conseqüência, na da banda também. Ozzy e Messiah são pessoas únicas dentro do Heavy Metal! 

CANDLEMASS
Candlemass

Nuclear Blast – nac.
Que volta! Além de ser uma das bandas que precisavam voltar de vez e com tudo (pois o Candlemass havia voltado com alguma instabilidade), agora lançam um disco inédito, com sua formação clássica, parecendo que a banda nem parou no tempo! Black Dwarf abre num puta Heavão, rápido! Aliás, Candlemass é mais Heavy do que Doom, mas as características frias, melancólicas e densas continuam, como na deprê Seven Silver Keys, na cadenciada e ultra-pesada Assassin Of The Light, ficando Copernicus para o Doom tradicional dos suecos, arrastado e lento. The Man Who Fell From The Sky (que seria o “mano” Lúcifer) é instrumental e um puta Doomzão também típico da banda, Witches é caótica, lenta, pesada, moderna, mas ainda Doom. E por aí vai, alternando temas lentos, oitentistas com outros mais modernos. Ouça de The Day And The Night e viage de volta aos anos 80! JCB – 9,5