O Círculo Vicioso de Zak Stevens!
Entrevista: Joseph Wildenberg
Todos devem saber neste momento que Zak Stevens saiu do Savatage, deixando John Oliva na mão. O motivo da saída seria mais tempo com sua família. Mas o que ninguém esperava era que ele fosse retornar e retornar tão rápido assim, com uma banda já montada e tão boa! Assim é o Circle II Circle e confira então o que ele tem a nos dizer sobre. (Nota do E: poucos dias depois desta entrevista, todos os outros membros saíram da banda, ficando Zak sozinho). Faziam parte da banda e que gravaram Watching In Silence: Matt La Porte (que fez teste para entrar no Savatage, posto ocupado hoje por Al Pitrelli) e John Werner (G), Kevin Rothney (B), Chris Kinder (D) e John Zander (K).
RU – Zak, gostaria de saber sobre sua saída do Savatage. Foi apenas por motivos familiares mesmo?
Zak Stevens – Bem, fiquei oito anos na banda, precisava dar um tempo para minha vida particular. E como Savatage crescia cada vez mais, percebi que no futuro seria impossível reconciliar tudo. Em vez de dar um tempo, uma descansada, e prejudicar a banda, preferi sair, para o Savatage continuar seu caminho. Agora com o Circle II Circle as coisas são mais tranqüilas. Tenho muito mais tempo para os meus.
RU – Hoje você e o pessoal da Savatage são amigos ainda. Vocês mantiveram contato no tempo em que estiveram afastados?
Zak Stevens – Claro que somos amigos! Mantivemos contato, eu amo aqueles caras! De vez em quando eles fazem algum jam comigo!
RU – A banda deu várias entrevistas, principalmente Jon Oliva, demonstrando mágoa por você ter saído e ter deixado a banda em cima das gravações. Ele disse em algumas entrevistas na época, que tinha ficado desapontado com sua atitude.
Zak Stevens – Bem, que eu saiba, não foi bem assim. Claro, toda separação causa algum trauma, mas a nossa foi amigável, teria ficado ruim se tivesse continuado e tivesse que sair no meio das gravações ou no meio de uma turnê. Para mim também foi difícil! Então, entendo como John tenha ficado. Eu ficaria da mesma forma, e se hoje fazemos participações juntos, é porque somos maduros para entender um ao outro! Afinal, ele mesmo fez isso em 92, dando um tempo. Sempre estaremos fazendo algo juntos, mesmo que não com o nome Savatage!
RU – O que você achou de Poets and Madman? Tem alguma coisa sua lá?
Zak Stevens – Um ótimo disco, e conhecia as músicas. E confesso que a maioria delas se encaixa na minha voz! (risos) Afinal, tinham sido compostas antes de eu deixar a banda em definitivo, creio que só foi preciso algumas adaptações, para tudo ficar na voz de John. (risos)
RU – E o que você achou do seu substituto, Damond Jiniya?
Zak Stevens – Ele é meu vizinho! (risos) Ele também é da Flórida! Torço para que dê certo. Sei que para ele no começo foi difícil. Sempre quando se muda de vocalista nem todo mundo aceita. Eu mesmo passei por isso, quando comecei no Savatage! Não é fácil!
RU – O que significa Circle II Circle? E o que significa o pentagrama na capa? Alguma menção esotérica, pagã, satânica, ocultista, etc.?
Zak Stevens – Significa mudar de um círculo para outro. Do círculo do Savatage para outro círculo.
RU – Watching In Silence lembra muito seu trabalho no Savatage. Você pretende continuar nessa linha? Aliás, para mim, Watching In Silence é um dos melhores álbuns desse ano!
Zak Stevens – Obrigado! O disco está sendo muito bem recebido. Quanto ao fato de lembrar Savatage, Ok! Afinal, fiz parte da banda, e ajudei a dar minha cara a ela, então, é natural onde cante e o que eu componha tenha alguma semelhança!
RU – Como você chegou aos músicos de sua banda?
Zak Stevens – Todos são daqui da Flórida, alguns deles já se conheciam, então, foi rápido e assim funciona melhor.
RU – Que músicas do Circle II Circle você toca ao vivo? E quais do Savatage?
Zak Stevens – Do Circle, quase todas e do Savatage, Edge Of Throns, Follow Me, Tauting Cobras e por aí vai.
RU – Como estão as turnês? Você pode voltar ao Brasil? Que lembranças você tem daqueles dois shows em 98, como headline e tocando no Monsters Of Rock daqui?
Zak Stevens – As lembranças são todas maravilhosas! Tocar em São Paulo e no Monsters Of Rock foi demais! Não vejo a hora de voltar ao Brasil!
RU – Há alguma possibilidade de você voltar a tocar no Savatage?
Zak Stevens – Sempre vai ter algo em aberto... |