DESECRATED SPHERE
Emancipate Voice Music – nac. O interior de SP sempre foi uma força no Metal Extremo, mas ainda mais no Death Metal. Parece que quanto mais quente o lugar, mas seco e agressivo é o som feito. A banda de Mogi Mirim, SP, finalmente chega a seu segundo registro. Sucessor do debut The Unmasking Reality, este Emancipate segue na mesma linha, um Brutal Technical Death Metal. O instrumental é mais forte e melhor que os vocais e letras, realmente impressionante, assim como a boa produção do artefato. Eles bebem no Death da Florida, de bandas como Cannibal Corpse, Morbid Angel, Deicide e Hate Eteternal. Destaques para Transcending Materialism e Leaders of Babylon. O som é direto, reto e seco, entonces, a resenha também! RC – 7,5 Faixas: 1. Reconnective 2. Transcending Materialism 3. Departure from Flash 4. Immeasurable Universes 5. Linking Opposites (Demystifying Ormuzd and Ahriman) 6. Humanufactory 7. Urzustand 8. Source of Disassociation 9. (Re)Wake 10. Leaders of Babylon 11. Eçá |
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FACADA Nadir Black Hole – nac. Caótico, assustador e impositor, assim é o novo disco do Facada, Nadir. Tome porrada Grind Death, com algumas lacinações até que beiram o Black. Ou seja, Metal Extremo ao extremo! Letras em português, 20 faixas em 25 minutos. Rápido, certeiro e de mau gosto, o que nesse caso é bom. Letras de protesto, cunho político, desanimadoras, profecias do apocalipse, difícil apontar destaques, pois o disco é linear, mas curti mais Josefel Zanatas, uma homenagem ao mestre dos filmes de terror nacional, nosso idolatrado José Mojica Marins, o Zé do Caixão. Este era o nome de um de seus personagens, proposital e para chocar, tanto que Zanatas nada mais é do que Satanáz de trás pra frente. Afrontador, assim, é Nadir, do Facada. Caótico e desesperador. LT – 7,0 Faixas: 1. Intro 00:31 2. Deus de Carne 01:24 3. O Fim do Homem 01:54 4. Cidade Morta 01:20 5. e-Diota 01:42 6. Amanhã Vai Ser Pior 01:35 7. Josefel Zanatas 01:19 8. Altar de Sangue 03:29 9. Nadir 01:08 10. Tudo Está Desmoronando 00:37 11. Raiva Não Falece 01:08 12. O Tempo Será Teu Humilhador 01:07 13. Eu Não Pertenço a Este Mundo 01:00 14. Corumbá, Hippie do Inferno 00:59 15. Ode à Gente 01:13 16. Preguiça de Interagir 00:55 17. Espero Antes de Morrer 00:49 18. Perverso Sem Remorso 00:45 19. Inveja 00:17 20. Guarda Esse Mantra pra Ti 02:33 |
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THE BLACK COFFINS
Dead Sky Sepulchre Black Hole – nac. Disco de 2012, e como estamos em 2014, vá atrás do seu antes que acabe. Death Metal Old School, sem frescuras nem firulas, com músicas ora rápidas, ora cadenciadas, executado pelo quarteto paulistano, muito Brutal. Sim, ainda existe este estilo no Brasil e está mais vivo/morto do que nunca (afinal estamos falando de DEATH Metal). Coube à Black Hole Productions acreditar no conjunto relativamente iniciante para colocar o trabalho no mercado. O disco, envolto em uma atmosfera negra, conta com participações especiais de peso como James (Facada) e Marissa Martinez (Repulsion, Cretin), entre várias outras. O vocal de Vakka é ríspido, sem ser gutural, gritado, urrado e berrado. Destaques para a faixa-título, mais Dead Sky Burial (que abre a bolacha), Chambers of Eternal Sleep com influências de Obituary, completando a trinca Below the Roots e Carve The Host. Denso, obscuro e poderoso, assim é Dead Sky Sepulchre. LT – 7,5 Faixas: |
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EXPURGO
Burial Ground Black Hole Productions – nac. Estamos de volta, trabalhando novamente com a Black Hole Productions, a casa do Grind (e do Death). Deveriam usar este slogan, pois é a única gravadora que lança algo de Grind no Brasil e também muita coisa de Death, que raspa no Grindcore muitas vezes. Nós resenhamos material da Black Hole Productions na época em que éramos revista, e agora como site! A banda em questão é a Expurgo, surgida em 2003 em Belo Horizonte, Minas Gerais, capital mundial do Metal Extremo. Só vem banda boa de lá! Sua discografia tem muitas demos e splits, e em 2010 o grupo formado por Egon (vocal), Philipe (guitarra/vocal), Leandro (baixo) e Anderson (bateria) soltou seu primeiro Full-Length. Burial Ground é o título do disco, que contém 29 pedradas e pouco mais de 38 minutos. O Grindcore que você vai encontrar aqui é Ols School, tosco mesmo. Com toque de Death sim, e impossível destacar alguma faixa sendo que temos 29 e todas tem menos de 2 minutos. Porradaria, variando do Grind, Death, Crust, Crossover de tudo isso e muito mais. Maioria das letras em inglês, algumas em português. LT – 8,0 Faixas: |
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OFFAL
Macabre Rampages And Splatter Savages Black Hole – nac. Banda de Death Metal, desta vez com pitadas de Grind, e de outras sonoridades extremas. Bem na linha dos anos 90, das bandas da cena da Flórida. Sendo o Autopsy, a primeira banda que vem a mente. Poucos solos, mas muita rifferama, blast beats a mil, letras com temática gore, inspiradas em grandes clássicos do cinema trash, e que ficam ainda mais evidenciadas nas várias introduções retiradas de trechos dessas obras. A banda não traz nada de original, mas muito bem feito para fãs do estilo é um prato cheio. Como é lançamento antigo de 2010, vá atrás do seu antes que acabe. LT – 7,0 Faixas: |
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DEICIDE
To Hell With God Shinigami – nac. Muitos dividem o Deicide em dois ciclos. O primeiro, mais clássico com a presença dos irmãos Brian e Eric Hoffman nas guitarras (junto com Glen Benton no vocal e baixo, claro, líder e mentor da banda e Steve Asheim na bateria). Essa formação durou 17 anos, de 87 a 2004. Começando um segundo ciclo, em 2004 Benton demite os irmãos, por problemas diversos e renova metade da banda trocando todas as guitarras, pondo Jack Owen (ex-Cannibal Corpse) e Dave Suzuki (ex-Vital Remains), este logo trocado em 2005 por Ralph Santolla (ex-Iced Earth e Death), quando gravaram The Stench of Redemption. Ralph é demitido, ainda que gravasse partes do CD seguinte, mas retorna ao Obituary, dando lugar a Kevin Quirion, quando gravam Till Death Do Us Partem 2008 e agora chegam comTo Hell With God de 2011. Hoje, a banda soa longe da podridão do passado, com um som mais polido, técnico, mas claro, pesado e com as mesmas características de sempre, ainda que não com a mesma pegada e punch do passado. Steve Asheim detona cada vez mais nos dois bumbos e nas suas viradas insanas. As guitarras também estão mais técnicas, com mais solos com mais melodias e Benton continua invejavelmente detoando com seu gutural infernal. Mas as guitarras estão cada vez mais virtuosas, quase caindo no “moderno” Technical Deah Metal. Apesar de sombrio, o clima soturno fica menos Dark, dando lugar mais ao virtuosismo, a criatividade ficou mais na técnica do que na atmosfera que outrora imprimia. Em suma: To Hell With God é um dos melhores discos de Death Metal do ano e da carreira do grupo, mas com menos cara de Deicide. Há quem irá alegar que este poderia ser perfeitamente um álbum da ex-banda de Benton, o Vital Remais que é mais técnico e atual. O que interessa é que To Hell With God é pancadaria do começo ao fim. Destaques para Conviction (mais cadenciada), Empowered By Blasphemy que transpira até algo de Thrash, Hang In Agony Until You’re Dead que segue essa linha mais técnica e virtuosa e Servant Of The Enemy, mais direta, remetendo aos velhos tempos. RC – 8,0 Faixas: 1 To Hell With God 2 Save Your 3 Witness of Death 4 Conviction 5 Empowered by Blasphemy 6 Angels in Hell 7 Hang in Agony Until You're Dead 8 Servant of the Enemy 9 Into the Darkness You Go 10 How Can You Call Yourself a God |
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GRAVE
Burial Ground Shinigami – nac. Esta banda sueca nunca teve o devido reconhecimento, talvez pelo nome simplório, talvez por tantas formações mais chamativas do estilo e do seu país, mas a verdade é que com Burial Ground, o Grave quer por que quer continuar a seguir sua veia dentro do Death Thrash Metal. Talvez esse seja o problema. Thrash demais para os Deathers, assim como Death demais para os Thrashers. Musicalmente e liricamente, este CD não trás nada de novo e relevante para a carreira do grupo e do estilo, mas há um punhado de boas músicas, que alternam partes agressivas com outras cadenciadas, alternando velocidade com lentidão, sempre com muito peso. Estranhamente, a faixa-título fecha o CD e vem num quase épico, pela longa duração com mais de sete minutos. Nesta faixa, várias mudanças de velocidade, andamentos e ritmos, ou seja, uma salada só, tentando e conseguindo ousar, mas sem agradar tanto. Apesar da banda ser injustiçada ao meu modo de ver, ficou devendo, esperava mais. Destaque para a boa produção e a técnica impressionante dos músicos, faltando uma pitada de criatividade apenas. RC – 7,0 Faixas: |
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OBITUARY
Darkest Day Shinigami – nac. O quinteto norte-americano da Flórida, e um dos seus maiores expoentes, está chegando ao oitavo trabalho de estúdio. Muitos dizem que o Obituary é uma espécie de AC/DC do Death Metal, pois você sabe o que esperar de um disco deles. Sem mudanças radicais de sonoridades, sem modernidades nem influências modernosas, mas nem por isso sua música soa cansativa ou repetitiva, ainda que siga sua linha reta. Também a banda não embarcou no tal de Technical Death Metal, onda que assolou o fim dos anos 90 e começo dos anos 2000 com bandas como Krisiun e Hate Eternal entre outras. Aqui, as faixas são na média, mais cadenciadas do que seu antecessor, Xecutioner's Return de 2007, lembrando muito o antecessor deste, Frozen In Time de 2005. Destaque para List Of Dead, que abre o disco, mostrando que os irmão Tardy detonam. Tanto John é um vocalista subestimado dentro da cena, como seu brother Donald, um dos maiores bateristas do estilo. Talvez por você nunca ver a banda envolvida em polemicas, passem desapercebido de grande parte dos Deathmetallers. Darkest Day não é o melhor disco do grupo, nem o melhor do gênero do ano em que foi lançado, 2009 (no Brasil em 2010), mas não vai decepcionar seus fãs. PR – 7,5 Faixas: |
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ORPHANED LAND
The Never Ending Way Of ORwarriOR Shinigami – nac. Eles estão na ativa desde 1991, e com a força da Century Media Records, o seu terceiro álbum, Mabool (2004), fez o grupo ser reconhecido no mundo todo como uma das bandas mais exóticas e étnicas do mundo todo, devido a sua origem israelita, e ao colocar instrumentos locais em sua música, criando atmosferas únicas. Demoraram 6 anos para que seu sucessor viesse, The Never Ending Way Of ORwarriOR, e não decepciona. Seu disco mais bem gravado e trabalhado sem dúvida, só não sei se supera o grandioso antecessor. Eles flertam com várias coisas, desde o Progressivo, melodias folclóricas de sua região mescladas com o bom e velho Heavy Metal. Vocais guturais masculinos, vocais limpos femininos, formula manjada hoje, mas a banda foi uma das precursoras disso em sua época. O disco é de difícil assimilação logo de cara, diferente de Mabool, em que você já se apaixonava logo de cara. Mixado por Steven Wilson (Opeth, Porcupine Tree), mostra a grande qualidade que a música aqui contida foi deplorada pelo competente trabalho do mesmo. A banda é uma “banda” no sentido de ter vários músicos, que são o grande destaque, pois se é difícil fazer Heavy metal no Brasil, com todos os percalços culturais, estruturais, econômicos (quem disse que o Brasil está primeiro mundo? O Lula? Bolsa-família é coisa de país d eprimeiro mundo?), imagina fazer isso em Israel, um local que vive sob tensão 25 horas por dia, com uma cultura muito antiga e tradicionalista e com aversão a quase tudo que venha do ocidente? Vale a pena citar a formação, pois são verdadeiros heróis e heroínas! Se você busca uma formula diferente das tantas já existentes e desgastadas dentro do Rock e do Metal, êi-lo! PR – 7,5 Formação: Faixas: |