NOCTIS
For Future's Past
Prime Cuts – imp.
Outra banda de Perth (Oeste da Austrália) fundada pelo guitarrista Daniel e o baterista Ben Mazzarol (ex-membro do Chaos Divine e Pathogen e também agora tocando no Vespers Descent). Aí me pergunto. No Brasil, na Noruega, no México, onde ficamos sabendo há pouco e agora na Austrália está cheio de caras que tocam em várias bandas. Mas todas elas soam parecidas e então, pra que ter várias bandas, para aparecer? E para que várias bandas se todas elas são Underground dentro do Underground. Por que não gastar toda a inspiração para fazer algo realmente fudido e que marque as pessoas fãs do estilo? Alguém aí conhece Chaos Divine, Pathogen, Vespers Descent e Noctis? Nem no Underground elas são conhecidas, então qual o barato do cara? Ambas as bandas são boas, mas só isso. Completam o time o vocalista e tecladista Sam Terlick (ex-Bereavement/Anacrisis), o guitarrista Gavin Foo (ex-Scourge/current Psychonaut/Voyager e foi guitarrista do Simone Dow) e o baixista e backing vocal Alex Canion (Psychonaut/Voyager). A banda faz Metal Death Melodic Progressive na linha Opeth, Novembre e Katatonia. Ou seja, parece Gothic Metal e pode ser confundido com, mas não é exatamente. Tem melodias e cadencias Doom, mas fica mais no Death Melódico com algo Prog mesmo. São poucas faixas, seis apenas, mas todas longas. Característica do Prog, do Doom e de todas as bandas citadas. Falta algo mais, falta um brilho, um up, um shine em sua música para discernir das demais. Mas estão num bom caminho, afinal escolheram uma veia sombria, tênue, difícil, original e de muito bom gosto. E que Ben Mazzarol sossegue o facho e aposte tudo nesta banda! RC – 7,5

Track list:
Time
Remembrance Of Death
Of Emptiness
An Eternity's Worth
Nostalgia
The Meaning Dies Within

VESPERS DESCENT
Reality Dysfunction
Prime Cuts – imp.
Será este um passo anterior à Vespers Descent? Depois do EP de 2003 e da estréia num CD cheio em 2005, a banda já tem alguma estrada e já mostra muita evolução, chegando a fazer um som com alguma personalidade. Reality Dysfunction é o melhor do que a banda já fez até hoje. Melodic Death Metal dos bons, mas sem ser aquela linha melosa do Childen Of Bodom. Eles raspam na rispidez Thrash do In Flames e Soilwork. Eles estão mais para o som sueco do que finlandês, mas docemente e perigosamente calcado no som norte-americano, pois eles têm muito groove. Mas as influências de Gotemburgo são inevitáveis, com aquela melodia melancólica, roffs secos e melodiosos, mas plenamente agressivos e tristes. Outros ainda daria o rótulo (ou a tag) de Progressive Death, pelas melodias, técnica apurada e elementos Porgressivos mesmo. Claro, o Death tradicional da Florida se faz presente. Para fãs de Deicide, In Flames, Opeth, Katatonia (desde a fase Doom Death até antes de virarem Goth). Empolgação à lá Carcass se faz presente também. Muitas influências, distribuídas de maneiras regulares, fazendo deles terem um som característico. Muito bom! PR – 8,5

.Track list:
Spectral Awakening
Reality Dysfunction
Desiever
Cryptic Visions
Blinded by fear (At The Gates)
Eclypse

COPREMESIS
Muay Thai Ladyboys
Paragon – imp.
Nós tivemos alguns low frontmen em três banda Death Metal da história. Bill Steer do Carcass, tinha uma única presença enfraquecida em um estilo que ele não pode sequer sair vivo na arena. Algumas das outras bandas que empregava cantores que passou com os gutural vocais incluem Pyrexia (seu primeiro cantor, Darryl Wagner foi fanFUCKINGtastic!), Rottrevore, e Gut. Mas Antti Boman da Finlândia, grandes, e Demilich leva a coroa. Quando da sua audição da demo de1991, muitos comerciantes subterrâneos das fitas (incluindo eu próprio) usando algum tipo de dispositivo para modificar o seu canto. Isto leva-nos a Nova Iorque dos Bizarre Grinders do Copremesis. Os trabalhos sobre os seus vocais recentemente libertados é tão gutural, não me parece que eles ainda a qualificar como Death Metal! Não me refiro este fato como um elogio, de qualquer trecho da imaginação. Eu vejo a palavra "vomitar" usada para descrever este tipo de e que nem sequer chegar perto de rotular esse disparate! Os riffings e os arranjos no estilo são definitivamente o tipo lo-fi grind encher o metro no momento. Nem uma única faixa ou para essa matéria, seção, destacam-se sobre esta estréia oferecendo. Portanto, se você estiver no humor para a bílis-rendilhadas você pode ouvir. E que capa é essa? A quem eles querem conquistar com uma coisa tão de mau gosto assim? Desculpe, mas ser Grind e pobre, não são sinônimos de mau gosto. PR

Track list:
01. Muay Thai Ladyboys 02:14
02. Bestial Castration 02:10
03. Push 02:28
04. Zombies 03:01
05. In Silence...Revel In Madness 03:06
06. Mad 02:46
07. Mustache 03:39
08. A Poem 03:04
09. I Am Envy 03:24
10. Tetsuo 8:10

RAPTURE
Sinister Creation
American Line Prods – imp.
Banda Mexicana de Brutal Death Metal, já com algum nome na cena local e que agora quer invadir o resto da América. Sinister Creation já é o segundo full length do grupo, sucedendo o debutLiving Inside of Death, de 2006, que apresentava uma banda crua e verde. Agora, eles amadureceram, só esperamos que não apodreçam, mas a sua música continua crua. Os caras são veteranos na cena asteca, tendo tocado em muitos outros grupos. Sabe aquele lance de super-grupo, tipo seleção de craques? Foi o que fizeram. Saca só: Ivan Herrera (bateria/Delirium (Mex), Azathot, Foeticide (Mex), Raped God 666), Miguel (guitarra/Terrorist (Mex), Eduardo Guevara (baixo/Hacavitz, Blood Reaping, Cenotaph (Mex), Raped God 666, Impiety (Sgp)) e Bruno Blázquez (vocal/Transmetal). O som não tem nada de novo, apenas Death Metal com passagens Thrash aqui, algum peso, rapidez, vocais e passagens Grind acolá, muita fúria característica das bandas de países hispânicos e tal. Algumas revistas dizem que eles trouxeram de voltas as bolas para o Death Metal, na veia dos “novos” Krisiun e Zyklon. Ainda algo de Death Black pode ser sentido, e a proposta Old School querendo sair da fonte vizinha norte-americana se confirma no cover do Grave. Excelente! RC – 9,0

Track list:
01- Creation of Death 04:34
02- Abysmal Sentence 03:44
03- Morbid Thoughts 04:47
04- Fetid Shell 04:56
05- Clockwork Hatred 06:12
06- Atrophied Mind 03:42
07- Complex of Flesh 04:19
08- Dark Nova 04:05
09- Bullets are Mine (Grave cover) 03:40

INFERIS
In The Path Of Malignant Spirits
Old Temple – imp.
Os portões do Inferno estão abertos. O Inferis ressurge fazendo Death Metal tosco Old School. A banda usa e abusa das blasfêmias, heresias e tudo o mais. No melhor estilo Old School mesmo, do qual o Brasil tem centenas de bandas assim. Aquelas hordas que não inovam nada, mas que conseguem fazer um punhado de canções para batermos cabeça. Eles te levam para as mais profundas cavernas dos abismos, fazendo caminhar entre mórbidos fantasmas. As letras são neste naipe. Legal né? O bom que eles não querem ser um novo Krisiun, fazendo solos elaborados, nem blast beats em profusão. Querem apenas resgatar climas mórbidos, tão esquecidas pelas bandas da nova geração. Ainda assim, eles são satânicos, coisa que toda banda de Black Metal é, mas nem toda de Death é. A banda é chilena e claro, as bandas sul-americanas costumam ser mais raivosas e odientas, talvez resgatando os espíritos ancestrais locais massacrados pelos espanhóis. E mal se acredita que In The Path Of Malignant Spirits é o debut dos caras. Não porque eles tenham tanta desenvoltura e técnica, mas porque eles fazem com conhecimento de causa. Compuseram oito hinos de louvor a Satã e a tudo o que exista de sombrio. Oito faixas em 47 minutos, ou seja, as faixas são longas, cheias de mudanças de andamentos, alternando ora rápido, ora lento, de forma mortal! Destaques para todas as faixas! nPR – 8,5

Track list:
01. Creating The Infernal Pacts
02. Nigromantic Arts
03. The Suffocating Heat
04. Death Aroma
05. Carriers Of Death
06. Melancholy
07. Descent
08. Destroying The Light
09. Bonus Track

INVERACITY
Extermination Of Millions
Unique Leader – imp.
Os Inveracity gozam do estatus de campeões europeu referente ao titulo conquistado no Euro 2004 em Portugal pela Grécia. Os portugueses pegaram ódio da Grécia por ganharem a Euro que eles sediamos e deveriam ter ganho. Agora eles têm uma Euro e Portugal não, que perderam o Felipão. Mas não tem nada ver Metal com Futebol. Originários de Atenas, os Inveracity surgiram em 98 e debutaram com Circle Of Pervesion. Lhe deram até o título de Ultra Death Metal, tamanha inveracidade de sua música. Em 2006, juntaram-se a Unique Leader e lançam só agora o segundo disco, Extermination Of Millions. E a banda cobsegue soar ainda mais Brutal, com seu Death mais extremo e melhor produzido. Apenas 31 minutos e meio de duração, o suficiente para passar o recado. A bateria é uma verdadeira britadeira, cheias de blast beats. Chega a ser desumano o que ouvimos aqui, pois além do peso e agressão há muita variação e viradas em cima de viradas. O trabalho de guitarras é notável, com riffs incandescentes, remetendo ao melhor da cena da Flórida. A produção ficou acima da media, deixando o som mais brutal, ainda que limpo. E acho que deve ser assim um disco de Death Metal, tudo tem que ser audível, assim escutamos todas as palhetadas, notas, viradas, riffs, timbres, tudo o que uma banda quer por na música. Que adianta os caras tocarem pra caramba, se você não consegue ouvir tudo? Aqui, você ouve tudo mesmo. Apesar de não serem muito originais, conseguira, fazer onze faixas matadoras. Destaques para Exposing The Semihumans, Forced Prostitution, Behind The Walls Of Derangement e Before The Uncreation. RC – 8,0

Track list:
1- Exposing The Semihumans
2- Visions of Coming Apocalypse
3- Extermination of Millions
4- Forced Prostitution
5- Shrouded In Solitary
6- Vicious Pretension
7- Behind The Walls Of Derangement
8- Slavery
9- Era of Submission
10- Raped *
11- Before The Uncreation

DECREPIT BIRTH
Diminishing Between Worlds
Unique Leader – imp.
Existindo 2001, os Decrepit Birth lançaram o segundo álbum de estúdio Diminishing Between Worlds. Os norte-americanos vêem com grande velocidade e laconismo, apoiados na cena Brutal Death Metal dos anos 90. O Power Trio tem uma carta na manga que é otalentoso guitarrista Matt Sotelo (Soulslide, ex-Deprecated) como a sua fonte de inspiração. Ele toca muito rápido, com uma técnica absurda. Me arriscaria a dizer que se o Deicide e o Cannibal Corpse perderem alguns de seus guitarristas daqui pra frente, o substituto imediato será Matt Sotelo. Os riffs têm arranjos segmentados, usuais e funcionais dentro do Death Metal, fazendo lembrar o eterno e glorioso Chuck Schuldiner nos pútridos, mas técnicos Human e Symbolic e ainda mais no intrincado e maravilhoso The Sound Of Perverance. O som da bateria usa de alguns blastbeats, mas sem exageros, sem quererem aparecer nem quererem ser o Micheal Phelps do Metal Extremo. As vozes são guturais do modo tradicional, e musicalmente, aidna há espaço para algumas partes de guitarra acústica. Diminishing Between Worlds credencia a banda a ser uam das melhores de toda a cena do Death Metal Californiano. Rusticidade, aceleridade, vivacidade, bombasticidade e tecnicismo, fazem valer a aquisição deste disco. PR – 9,0

Track list:
1. The Living Doorway
2. Reflection of Emotions
3. Diminishing Between Worlds
4. Dimensions Intertwine
5. The Enigmatic Form
6. A Gathering of Imaginations
7. Await the Unending
8. Through Alchemy Bound Eternal
9. And Time Begins
10. Essence of Creation
11. The Morpheus Oracle

AEON
Bleeding The False
Unique Leader – imp.
Parece que há um eterno fluxo de bandas provenientes da Suécia.. O impressionante é o grande número de boas a excelentes bandas de lá. Se você fizer uma enquete onde as pessoas pudessem votar nos seus favoritos, a Suécia teria obtido algo como 30% dos votos. Desde que sou brasileiro e não desisto nunca, seria traição minha dar o meu voto para os suecos, felizmente, é possível votar no Brasil, pois temos grandes bandas por aqui por outros motivos além do patriotismo. No entanto, apesar da Suécia ter o seu estilo e tipo de ser fazer Death Metal, os AEON lembram muito mais as bandas norte-americanas. Eu diria que eles estão muito mais para a Flórida do que para Gotemburgo. No entanto, isso não dilui sua qualidade e seus adjetivos. O Death Metal brilhante em Bleeding The Falseé impulsionado pelos invulgarmente dominantes bumbos. As guitarras não são excessivamente pesadas, é este contraponto que faz com que os bumbos sejam um louvor a Odin. Acho que até um metrônomo ficaria atônico de presenciar tamanha precisão da bateria, e ficaria com inveja. Me recorda muito o Deicide este disco aqui. Para mim, o Deicide nunca foi mais o mesmo desde Legion e Once Upon The Cross, o que inspirou a fazer algumas excelentes bandas a terem seu registros próprios calcados nessa fase. Um desses registros é Bleeding The False. Ele começa com os sons de um homem do passado com respirações, acompanhado com efeitos sonoros e de sua última batida de seu coração. Em seguida um inferno musical literalmente começa. Eu poderia ter escrito sobre cada canção, louvando o leitor em algum tédio. Em vez disso recomendo a aquisição de Bleeding The False urgentemente. Se você gosta da New School Death Metal, aqui é um prato cheio. Uma vez que este registro tem duas faixas escondidas, que foi deixar você mesmo descobri-la. Em vez de fazer download, compre o disco. Senão, não vai existir mais música para você ouvir. Aproveite que o dólar está barato para importar vários títulos. Depois, não reclame se o dólar subir ou se acabarem as gravadoras e as bandas. RC – 8,5

Track list:
01. Cenobites
02. Soulburner
03. Morbid Desire to Burn
04. Biblewhore
05. Forever Nailed
06. Satanic Victory
07. Enchanter
08. Bleeding the False
09. Doorknocker
10. Bow Your Heads
11. I Hate your Existence
12. God Gives Head in Heaven
13. Hell Unleashed

INHERIT DISEASE
Procreating An Apocalypse
Unique Leader – imp.
.É muito difícil ser original, em qualquer estilo de música estes dias, especialmente em Metal, que por ser o mais criativo e mais ramificado, quase tudo já foi feito. A grande sobrelotação de cada subgênero do Metal é deixar-nos com milhares de bandas que o mesmo som ou nada têm a oferecer. O Inherit Disease, no entanto, tem gerido a escola quase todos os outros da atual cena Brutal Death Metal com este lançamento, e com certeza foram levantadas a barra para o resto de nós. Vocais guturais, mas ultra guturais, aliados a um peso ímpar, com doses cavalares de brutalidade (sim, eles são uns cavalos), bateria alucinante, guitarras que disparam em velocidade, baixo marcadão, bem estilo Motörhead, Venom e Black Sabbath, mais melodias ríspidas e muita técnica. Uma coisa que esta banda fixa para além da embalagem é o seu sentimento de atmosfera, algo Brutal que falta em muitas bandas. Muitas dela são brutais, mas não em sentimento, apenas tecnicamente, se esforçando para fazer escalas e riffs com brutalidade, mas sem emprestar este espírito para as suas composições, sem de preocuparem no sentido de melodia Dark, sem sombras nas canções, sem sentimento. Aqui, é o contrário. O Inherit Disease é cavernoso do começo ao fim. Hoje falta nas bandas este espírito de cavernosidade, tão comum nas bandas pioneiras como Deicide, Cannibal Corpse, Possessed, Morbid Angel, Death entre outras. Hoje, é só técnica, técnica. O Inherit Disease, embora às vezes épico no seu âmbito, a música se mantém fiel às suas raízes brutais, mas ainda procura a exposição sobre o quadro Death Metal. Confira o final da faixa título e você saberá exatamente o que estou a falar. Mais uma dentro da Unique Leader, que só lança bandas de gabarito e que façam diferencial dentro da cena. Parabéns! PR – 8,0

Track list:
1- Dissimulate Invalidity
2- Imprisoned And Afflicted By Aberration
3- Apostasy of Unknowing
4- Catathymic Rage
5- Myiasis
6- Obligated To Suffer
7- Procreating An Apocalypse
8- Pleasures of Lunacy
9- Dementia Cephalus
10- Perpetual Animosity

HOUR OF PENANCE
The Vile Conception
Unique Leader – imp.
Banda italiana, que trás o calor latino para o frio e cruel Death Metal. A banda mostra uma quantidade impressionante de talento através da extrema brutalidade da sua música. The Vile Conception mantém um ritmo muito rápido, abundância de diversidade nos solos, riffs, viradas, passagens e tudo o mais, e é o mais pesado do que se ouve hoje em dia. A produção deste álbum é incrível! É impressionante, muito impressionante o trabalho da produção aqui, extraindo e mostrando pra você, cada acorde, cada solo, cada riff, cada chimbal, cada batida, cada urro. Aliás, isso já virou praxe na gravadora. Disco tosco, passa longe da Unique Leader! Compararia o poder de fogo de The Vile Conception aos clássicos Annihilation Of The Wicked do Nile e Superior Massacre do Myrkskog. Ok, em The Vile Conception há pouca inventividade, mas que o fato deles não quererem ser mais uma cópia de Morbid Angel ou Hate Eternal já é um grande passo. Tal como disse, eu teria de concordar que as duas únicas coisas que eu possa criticar são os vocais, e ao comprimento do CD. Eu teria adorado que o álbum fosse ter sido mais longo. E um pouco mais de treino nos guturais, já que pelo fato da banda ser italiana, pro incrível que pareça, dá pra se ouvir algum sotaque carregado mesmo nos screams. Sim, pois 90% dos artistas da Itália têm esse problema, mas nada que mais treino para deixar sua pronúncia ainda mais matadora e mortífera. RC – 7,0

Track list:
1- Misconception
2- Liturgy of Deceivers
3- Hideously Conceived
4- Drowned in the Abyss of Ignorance
5- Absence of Truth
6- Slavery in a Deaf Decay
7- The Holy Betrayal
8- From Hate to Suffering
9- Conjuration Sworn
10- Hierarchy of the Fools

DISLOYAL
Prophecy
No Colours – imp.
Uma das bandas mais impactantes da profícua cena polonesa. Prophecy é o terceiro disco do grupo, num verdadeiro encontro entre Deicide e Morbid Angel. Sim, eles são uma das poucas formações de Death Metal da No Colours. E aliás, a Polônia é muito influenciada pelo Death Metal norte-americano, principalmente da cena da Flórida. Embora, eles agreguem elementos mais melancólicos e frios ao som mais contagiante das bandas estadunidenses. Interessante notar que na Polônia, eles gostam mais de tocar Death Metal do que Black. A banda conta com mais ex-membros do que membros de fato. Death Metal Brutal, técnico, virtuoso, violento, mas se ser clichê como se chama o tal de Technical Death. Destaques para as brutais Carrying Death, And it´ll Speak Evil, Against Life, The Breath Of Death e In The Dark. Indicado para fãs de Immolation, Malevolent Creation e Monstrosity. PR – 7,0

Track list:
1. No Mercy 03:53
2. Carrying Death 03:17
3. And it´ll Speak Evil 02:39
4. Against Life 02:26
5. Suicide 03:13
6. Prophecy 03:07
7. The Breath Of Death 02:52
8. In The Dark 03:25
9. Reborn In Sin 04:39
Total playing time: 29:35

PROSTITUTE DISFIGUREMENT
Deeds Of Derangement
Displeased – imp.
Não entendo o que ele é este álbum, mas seriamente atingidos no local. É sangrento demais! Mortuoso, impiedoso, pernicioso e sanguinolento. Com nada de novo ou original neste álbum, ainda que gere boa música nova e emocionante, inspiradas e das mais importante fucking Brutal Death Metal tracks. Vocalmente, ou melhor, guturalmente, seus vocais se comparam a Severe Torture e Disgorge. São asquerosos. Elementos de Gore Grind abundam aqui. Técnico, muito mid-tempo, passagens que alternam a velocidade da luz até outras quase Doomy de tão Slowly, com afluências de Death e Thrash Metal. A bateria é por conta de Eric, um ex-Destroyer 666 membro e atual Sinister. As guitarras promovem muita variação (as vezes até demais, com muito groove, afinações baixas e  riffs perversos, que orgulharão fãs de Dying Fetus. Destaques para as desconstrutivas Postal Devirginized, Deeds Of Derangement, She's Not Coming Home Tonight (ô letra serial killer!) e Skinned And Sodomized. PR – 7,0

Track list:
Inside To Expose
Swollen
Deformed Shut
Postal Devirginized
Deeds Of Derangement
She's Not Coming Home Tonight
Repulsive To Kill
G-B Massacre
Cum Covered Stabwounds
Screaming In Agony
Skinned And Sodomized

CHILDREN OF BODOM
Blooddrunk
Spinefarm – imp.
Quando o COB surgiu, foi como uma jóia rara desenterrada. Eles na Finlândia e o In Flames na Suécia foram responsáveis pelo surgimento do termo Death Metal Melódico ou Melodic Death Metal. Em seus primeiros discos criaram verdadeiras obras-primas e deram um sopro de vida ao Metal extremo que carecia de alguma inovação, criando uma escola seguida hoje por milhares de grupos no mundo todo. Só que ambos, passaram a se repetir e para “evoluir”, cada um seguiu um caminho. O In Flames preferiu investir no mercado norte-americano e trazendo seu com para o Metalcore, quase New Metal. O Children Of Bodom preferiu devastar ainda mais a Europa, fazendo um som mais europeu de fato, mais melódico, com mais teclados. Mas a magia e o encanto de ambos foi perdido no meio do caminho. O In Flames brilhou com The Jester Race (95), Whoracle (97), Colony (99) e Clayman (2000). Já o COB conquistou uma legião de fãs com Something Wild (97), Hatebreeder (99) e Follow The Reaper (2001). Aliás, eu vi o COB no Brasil duas vezes. Em 2001, na turnê de Follow The Reaper, eles fizeram um show arrepiante, pesado, intenso ainda que muito técnico e melódico, na medida certa. Já no show de 2004, ainda promovendo Hate Crew Deathroll de 2003, fizeram um show burocrático e previsível, assim como este disco. Agora com Blooddrunk, eles tentam manter as raízes, mas ainda tentando inovar, já que as intervenções de teclado começavam a cansar e a ficar previsíveis (você ouvia a música e já sabia as notas que Warman iria usar nas teclas). Aqui eles tentam de tudo. Em Hellhounds On My Trail você ouve nuances de COB clássico de outrora, com as mesmas linhas bombásticas de antes, empolgantes. Na faixa-título ouço um teclado inspirado à Tuomas Holopainen, com o restante das guitarras lembrando os últimos discos do Megadeth. O lado mais Thrash continua emLoBodomy, com um pique bem Punk Rock as vezes (seria um trocadilho da palavra Bodom com Lobotomy, clássico dos Ramones?). One Day You Will Cry é quase um Prog, enquanto a sinistra e esporrenta Smile Pretty For The Devil remete ao grande Follow The Reaper, para mim o melhor disco da banda até hoje e o melhor álbum deste tal de Melodic Death Metal. Tie My Rope tem um começo duvidoso, sugerindo algo Industrial, mas depois aqueles teclados de uma banda bem famosa da terra deles... em Done With Everything, Die For Nothing, o Thrash Metal Bay Area rola solto. Gente, claro que tudo o que cito de influência é dentro do estilo da banda, OK? Em Banned From Heaven, um começo quase Doom, mostra um lado mais melancólico da banda, mais lento com guitarras com algo de Heavy Tradicional. Encerrando, Roadkill Morning, em que eles querem dizer “pessoal, ainda somos pesados”. Que a banda decresceu muito em popularidade e por causa dela mesma, seja por ter se repetido em discos de estúdio, seja pelos shows displicentes, isso é fato. Voltaram às suas origens, na sua patrícia Spinefarm, que ainda é uma gravadora grande e ainda com poder para virar o jogo. É que nem técnico de futebol. Orienta o time, mas dentro de campo, é com os jogadores. Agora é com a banda, voltarem a fazer shows cativantes e energéticos, para resgatar seu prestígio. JCB – 8,0

Track list:
1- Hellhounds On My Trail
2- Blooddrunk
3- LoBodomy
4- One Day You Will Cry
5- Smile Pretty For The Devil
6- Tie My Rope
7- Done With Everything, Die For Nothing
8- Banned From Heaven
9- Roadkill Morning

ENTOMBED
Serpent Saints: The Ten Amendments
Threeman Recordings – imp.
A banda voltou as antigas Aliás, a mídia têm falado muito isso, pois de fato, já fazem uns 4 anos que isso aconteceu, ou mais até. Ok, seus dois primeiros discos eram de Brutal Death Metal, toscos e apaixonantes. O terceiro disco, Wlverine Blues, muita gente torceu o disco, mas foi sua velocidade, suas cadências, sua melhor produção, riffs secos, melodias melancólicas e vocais “entendíveis” ainda que guturais que ajudaram a fazer o que chamamos hoje de Som de Gotemburgo. Depois, a banda foi ficando cada vez mais Hardcore e por vezes, criou um estilo sem querer ter criado, o Death’n Roll. Sim, Death Metal, com pique Rock’n Roll. Mas desde seus dois últimos discos de estúdio o grande Morning Star (2001), que ainda conta com uma linda capa, e o excelente Inferno (2003) já mostravam dois dos melhores discos de sua carreira. Sim, fazia tempo que eles não lançavam algo inédito (intercalam-se a Morning Star e Inferno a coletânea Sons Of Satan Praise The Lord de 2002 e o ao vivo Unreal Estate de 2004), mas acertaram a mão mais uma vez. A faixa-título abre o disco e é mortal, lasciva e letal, direta, pesada, porradaria pura! Em Masters Of Death a velocidade é o destaque, com vocais diabólicos que beiram o Grond em seu refrão! Haja fôlego! Amok relembra os velhos tempos brutais, com riffs matadores, e ainda com um muito groove e afinação mais grave. Aliás, muita gente não sabe, mas o som moderno e atual tem afinação mais grave, que é para compensar o fato de que, quando se ouve uma música em CD, ela soa mais limpa e aguda do que quando da época dos discos de vinil. Continuando, Thy Kingdom Coma é puro Death Metal com o mais puro Hardcore. Não se esqueça que 90% das bandas de Metal, começaram como bandas Punks e em muitos momentos, bandas como Sodom, Impaled Nazarene e Venom soa como Punk Rock puro! When In Sodom, também título de EP, remete aos tempos de Clandestine, mas ainda melódica e melancólica, com um refrão pegajoso. In The Blood e Ministry soa bons momentos extremos, mas sem muitos atrativos. Já a insana Dead, The Dying And The Dying To Be Dead contém riffs insanos e caóticos, uns blast beats na bateria, melodia dissonante, refrãos cantados com ênfase como se fosse um hino a Satã, fazendo desta faixa um Death Black de respeito. E tome Death Metal Old School em Warfare, Plague, Famine, Death! Encerrando, a sussurrada e vociferada quase inteiramente instrumental Love Song For Lucifer. Singelo final de CD né? JCB – 9,0

Track list:
1. Serpent Saints
2. Masters Of Death
3. Amok
4. Thy Kingdom Coma
5. When In Sodom
6. In the Blood
7. Ministry
8. Dead, The Dying And The Dying To Be Dead
9. Warfare, Plague, Famine, Death
10. Love Song For Lucifer

ENTOMBED
When In Sodom
Threeman Recordings – imp.
Este EP é de 2006 e precede a Serpent Saints: The Ten Amendments que é de 2007. E me pergunto. Ninguém vai lançar nada dos caras aqui? Pois desde Uprising de 2000 não saiu mais nada do Entombed em terras brasileiras. Um hiato (ou melhor, um abismo) digno de terra brasilis. Aqui, só cerveja, carnaval, futebol e bunda que nunca param. Aqui é a terra do ópio, a terra onde ninguém quer ver nada, só fingir que nada acontece com diversão gratuita de baixo nível e gosto duvidoso. Ô paisinho de merda que é o Brasil! Ô povinho de bosta, que só presta pra exibir algum bem que consegue comprar parcelando em 100 vezes e ficar devendo metade do carnê e pra todo mundo a sua volta, mas ostentando algo que não comprou. Depois falam em ser patriótico? Pra que? E o que tem a ver tudo isso com não sair mais discos do Entombed no Brasil? Tudo! Pois essa mentalidade de javali está em todas as classes e no Metal inclusive. A maioria dos selos metidos a especializados tem essa cabeça de esgoto a céu aberto. Os poucos descentes que restam, claro, acabam não dando conta de lançar tudo. Veja em nosso site nas resenhas, os selos que realmente sabem lidar com o Metal, estão todos lá e só! O público também não ajuda, não tem dinheiro pra gastar com CD, mas com bebida, cigarro e droga (e esbanjar com a mulherada falsa) têm de sobra. Graças a isso, a gente fica sem ter bandas seminais em nossa cena, seja em show, seja em disco. Enfim, a faixa-titulo também está presente no último full Serpent Saints: The Ten Amendments, mas as quatro demais são inéditas e mostram um direcionamento diferente de Serpent Saints: The Ten Amendments. Thou Shalt Kill é puro Old School dos dois primeiros discos do Entombed. Carnage é ainda brutal, mas melódica e poderia estar tranqüilo num Wolverine Blues: Part II. Em Heresy é quase um Doom Gótico lento, arrastado e com corais de crianças, só contrastando com a “sutileza” dos vocais de Petrov. Encerrando a lenta, distorcida e mais alternativa Amen. Sim, When In Sodom é um EP experimental. Se você quer um disco autêntico do Entombed, corra para Serpent Saints! JCB – 7,5
 
Track list:
1. When in Sodom
2. Carnage
3. Thou Shalt Kill
4. Heresy
5. Amen

KALMAH
For The Revolution
Spinefarm – imp.
Uma das minhas bandas preferidas está de volta com um disco novo. O Kalmah que foi uma das novas luzes e esperanças do Melodic Death Metal, retorna com um grande disco. A faixa-título é um arregaço, perfeita! Melódica e agressiva no ponto certo, sem ser enjoativa nem agressiva por ser agressiva, que nem as bandas de Metalcore de hoje que parecem dizer “mamãe, olha como sou rebelde”. Vocais rasgados que beiram o Black e teclados onipresentes sim, mas sempre funcionais. Dead Man's Shadow é pesada e melódica, com uma musicalidade mais melancólica, algo da Polka finlandesa, lembrando sue começo algo das partes tristes que o finado Stratovarius fazia. O trabalho de guitarras no disco todo é excelente, mas nesta faixa, se sobressai. O teclado também é instrumento principal, mas cria melodias e camas que a música pede. Aliás, você pode achar que eles são muito influenciados por seus conterrâneos o Children Of Bodom, e que elogiei este disco do Kalmah e o do COB nem tanto. Porque o Kalmah conseguiu andar pra frente, evoluindo sem perder suas raízes e ao mesmo tempo tendo muita criatividade. Já a bombástica Holy Symphony Of War é puro Death Metal Melódico como nos acostumamos a ouvir! Com um grande trabalho de guitarras e teclados, e que ambos duelam quase na música inteira (e quase no disco todo, ao melhor estilo anos 70), com um refrão que contém backing vocals como se fosse grito de guerra como o COB fazia no passado. Antes de mais nada ainda, como estamos em Olimpíada, quando citamos a sigla COB estamos falando do Children Of Bodom, e não do Comitê Olímpico Brasileiro. Em Wings Of Blackening, temos outro momento que chega a lembrar o som de Gotemburgo, algo ainda melódico, mas mais seco. Essa faixa você tem vontade de por no repeat e ouvir o resto do dia. Esta faixa lembra o alto grau de bombasticidade da estréia em 2003 com Swampsong, quando a banda se lançou ao mundo que não seria apenas mais um nome na cola do COB! E fico feliz, pois tomei um susto em 2006 com The Black Waltz, quando a banda deixou um pouco a desejar. Voltando ao disco de 2008, Ready For Salvation é lenta, cadenciada, quase Doom, lembrando muito algo de Viking Metal, pela melodia viajante do teclado, mostrando que pode ser pagão sem ser satânico, mesmo não fazendo Pagan Metal! Linda faixa! Os vocais de Pekka Kokko (isso é nome?) são um show a parte, variando do gutural ao mais rasgado. Towards The Sky e Outremer são as menos legais, bem como Coward, que puxa para o Black Metal com blast beats e tudo em seu começo (não é toda banda tocando Black Metal que fica legal), mas mudando de andamento depois, salvando a música. Encerrando, Like A Slave, no melhor estilo da banda (essa é a mais chupada do COB dos tempos de Follow The Ripper). Ultra-recomendado, já que hoje, o Kalmah é muito melhor e bem mais criativo do que o COB. Vou repetir o que sempre digo em todo disco que resenho do Kalmah: tenha muita Kalmah nessa hora! JCB – 9,0

Track list:
1- For the Revolution
2- Dead Man's Shadow
3- Holy Symphony Of War
4- Wings Of Blackening
5- Ready For Salvation
6- Towards the Sky
7- Outremer
8- Coward
9- Like a Slave


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