ENTOMBED
Serpent Saints: The Ten Amendments
Threeman Recordings – imp.
A banda voltou as antigas Aliás, a mídia têm falado muito isso, pois de fato, já fazem uns 4 anos que isso aconteceu, ou mais até. Ok, seus dois primeiros discos eram de Brutal Death Metal, toscos e apaixonantes. O terceiro disco, Wlverine Blues, muita gente torceu o disco, mas foi sua velocidade, suas cadências, sua melhor produção, riffs secos, melodias melancólicas e vocais “entendíveis” ainda que guturais que ajudaram a fazer o que chamamos hoje de Som de Gotemburgo. Depois, a banda foi ficando cada vez mais Hardcore e por vezes, criou um estilo sem querer ter criado, o Death’n Roll. Sim, Death Metal, com pique Rock’n Roll. Mas desde seus dois últimos discos de estúdio o grande Morning Star (2001), que ainda conta com uma linda capa, e o excelente Inferno (2003) já mostravam dois dos melhores discos de sua carreira. Sim, fazia tempo que eles não lançavam algo inédito (intercalam-se a Morning Star e Inferno a coletânea Sons Of Satan Praise The Lord de 2002 e o ao vivo Unreal Estate de 2004), mas acertaram a mão mais uma vez. A faixa-título abre o disco e é mortal, lasciva e letal, direta, pesada, porradaria pura! Em Masters Of Death a velocidade é o destaque, com vocais diabólicos que beiram o Grond em seu refrão! Haja fôlego! Amok relembra os velhos tempos brutais, com riffs matadores, e ainda com um muito groove e afinação mais grave. Aliás, muita gente não sabe, mas o som moderno e atual tem afinação mais grave, que é para compensar o fato de que, quando se ouve uma música em CD, ela soa mais limpa e aguda do que quando da época dos discos de vinil. Continuando, Thy Kingdom Coma é puro Death Metal com o mais puro Hardcore. Não se esqueça que 90% das bandas de Metal, começaram como bandas Punks e em muitos momentos, bandas como Sodom, Impaled Nazarene e Venom soa como Punk Rock puro! When In Sodom, também título de EP, remete aos tempos de Clandestine, mas ainda melódica e melancólica, com um refrão pegajoso. In The Blood e Ministry soa bons momentos extremos, mas sem muitos atrativos. Já a insana Dead, The Dying And The Dying To Be Dead contém riffs insanos e caóticos, uns blast beats na bateria, melodia dissonante, refrãos cantados com ênfase como se fosse um hino a Satã, fazendo desta faixa um Death Black de respeito. E tome Death Metal Old School em Warfare, Plague, Famine, Death! Encerrando, a sussurrada e vociferada quase inteiramente instrumental Love Song For Lucifer. Singelo final de CD né? JCB – 9,0
Track list:
1. Serpent Saints
2. Masters Of Death
3. Amok
4. Thy Kingdom Coma
5. When In Sodom
6. In the Blood
7. Ministry
8. Dead, The Dying And The Dying To Be Dead
9. Warfare, Plague, Famine, Death
10. Love Song For Lucifer |