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Hellfire Club featuring:
Burning Down The Opera!

Entrevista: Júlio César Bocáter.

O Edguy tem uma carreira meteórica. Com 12 anos de vida, a banda já tem 7 discos, chega a um duplo ao vivo com Burning Down The Opera e agora estão na Nuclear Blast. Diferente de outras bandas que vão para uma gravadora grande logo no primeiro disco e depois não acontece nada, o Edguy chega maduro, com muita história e bagagem nas costas. Com isso, pode e tem o direito de exigir o que for possível para uma boa produção. Confira a entrevista nas palavras de seu mentor, Tobias Sammet.

RU – O Edguy, com poucos anos de vida, já tem muitos álbuns lançados e já chega ao seu duplo ao vivo, Burning Down The Opera. A que se deve essa produtividade e criatividade?

Tobias Sammet – Bem, nós trabalhamos muito, e fazemos com coração. Nós acabamos de fazer um disco e já saímos em turnê e quando acaba a turnê, fazemos outro álbum. Nós agora demoramos mais entre o último e o ao vivo porque nossa turnê foi mais longa, além do que estivemos atrás de gravadora. Agora, vamos voltar ao ritmo de lançar um álbum a cada dois anos no máximo.

RU – As fotos de divulgação deste álbum são fantásticas! Elas parecem reais, com a banda detonando, e foto parece viva! Elas são selvagens!
Tobias Sammet – Nós somos uma banda de Rock’n Roll e nós somos selvagens! O salto que dou na foto é fantástico também! (risos)

RU – Realmente. Em uma delas, nesta em que você dá um salto, você está parecendo o David Lee Roth! (risos)
Tobias Sammet – Obrigado! (risos)

RU – No ano de 2003 houve um fenômeno. Muitas bandas lançaram discos duplos ao vivo, principalmente as bandas alemãs. Edguy, Gamma Ray, Blind Guardian, Kreator, Sodom, além de Hammerfall e Annihilator, entre outros. A que se deve isso?
Tobias Sammet – Bem, ninguém combinou isso. (risos) É muito engraçado. O que aconteceu é que quase todas estas bandas tinham lançado discos entre 2001 e 2002 e estavam em turnê. No nosso caso, estávamos fazendo nossa primeira turnê mundial como headline e foi nosso primeiro disco ao vivo. Já tínhamos seis discos lançados antes. Por isso nós o fizemos.

RU – Os álbuns do Edguy geralmente tem em seus títulos palavras como hellfire, fire, burning, savage e também, por outro lado, palavras como poetry, opera, theater. Como funciona este mix, entre palavras fortes e selvagens com outras mais culturais?
Tobias Sammet – Bem, elas funcionam bem juntas. Palavras como fire e burning representam bem o Rock’n Roll. E as demais palavras seriam como um meio de mostrar o Rock’n Roll, como em um teatro, em uma opera.

RU – No Brasil, a Rock Brigade Records fez um grande trabalho com várias bandas, lançando seus discos e trazendo seus shows aqui. Bandas como Gamma Ray, Edguy, Stratovarius, Nightwish, Rhapsody entre outras não eram nada no Brasil antes do trabalho da Rock Brigade, que lançou todos os discos do Edguy até Burning Down The Opera. O que vocês acham do trabalho que eles fizeram?
Tobias Sammet – Realmente eles fizeram um trabalho muito bom! Somos muito gratos a eles.

RU – O projeto Avantasia ajudou muito o Edguy. Até que ponto ele foi importante para vocês todos?
Tobias Sammet – O Avantasia nos ajudou muito, pois abriu muitas portas para muitos fãs que não nos conheciam antes. Muitas pessoas conheceram o Avantasia por causa das músicas em que Mike Kiske cantou e gostaram. Depois ficaram sabendo que tinha uma banda chamada Edguy por trás e elas disseram “deve ser uma banda boa” e depois de ouvirem, gostaram e falaram “é uma banda boa” e ganhamos muitos fãs com isso.

RU – Vocês ainda tocam músicas do Avantasia em seus shows?
Tobias Sammet –
Claro! Nós até agora tocamos Avantasia e na próxima turnê, como o projeto acabou, iremos tocar mais uma ou duas músicas que ainda não tínhamos tocado.

RU – Vocês gostam de Hard Rock? Porque em muitas músicas do Edguy escutamos passagens de Hard Rock.
Tobias Sammet – Sim! Nós gostamos de muitas bandas dos anos 70 e 80, como Rainbow, Deep Purple, Dio. Por isso você pode escutar muito desde estilo em nossas músicas.

RU – Para finalizar, vocês lançaram o EP King Of Fools, que é um dos melhores EPs já lançados até hoje! Pelo que eu saiba, é o primeiro EP que a banda lançou na carreira. Fale sobre ele.
Tobias Sammet – Esse é um dos primeiros pontos que estamos sendo favorecidos por estar em uma gravadora maior. Em nossa antiga gravadora, não poderíamos fazer isto. O EP é um formato que não é popular em todos os países, mas como a Nuclear Blast tem uma estrutura bem maior e melhor, ela pode se dar ao luxo de fazer isso.