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GOLPE DE ESTADO
Nem Polícia, Nem Bandido
Substancial – nac.
Lançado em 1989, é o terceiro álbum do Golpe de Estado e o primeiro a ser lançado pelo Estúdio Eldorado, catapultando a banda ainda mais. Se antes e mesma estando no respeitado, mas menor selo Baratos Afins, agora ela exploraria o mundo e a Lua!. Nem Polícia, Nem Bandido é também, o melhor disco. Coloco ele entre um dos 5 melhores discos do Rock nacional. Musicalmente, liricamente, a banda estava tinindo e em sua melhore fase, em seu auge. Ela sozinha, lotava casas de shows e tinha uma legião de fãs fiéis que os seguiam. Suas músicas tocavam nas rádios rock, e até outras rádios. Programas de TV. Apesar de sempre ser Underground, e nunca abriram mão disso, fizeram sucesso. Rivalizam com bandas como Capital Inicial, Camisa de Vênus entre outras do Rock Nacional cantado em português, contabilizavam e ganhavam fãs do Heavy metal. Contavam com shows bombásticos e lotados. Que época! Que fase! Seu público, tinha de tudo! Conselho: se você não conhece o Golpe, ou ouviu falar, comece por este disco. O que dizer da vibrante abertura com Na Vida? E a sua letra? Vivenciando a vida? “...Se sua vida não presta, ah então empresta, Pra quem quer viver”... Precisa falar mais? Filho de Deus também tocou muito nas rádios e era obrigatória. O estilo do Golpe, apesar de várias referências, uma das maiores eram Deep Purple e Black Sabbath, com uma pegada de Uriah Heep, embora sem teclados, era único. Esta era mais lenta e mais cantada.
“O que é meu está bem guardado
Quando vier não será por acaso
Se vier muito, sei que mereço
Pois toda espera também tem seu preço”
Quer maior cacetada do que essa? Velha Mistura também sucesso, principalmente na noite e quem curtia um alucinógeno. Alucinógeno este, que afastou Catalau da música “secular”. Paixão tocou exaustivamente nas rádios. Linda! Impressionante como Catalau era talentoso em fazer letras grudentas e inteligentes, que passam mensagens com diversão, e como a banda toda conseguia musicar tudo isso, de forma pesada, melódica e funcional. Janis fala de Janis Joplin, lógico, um baita rockão, que fechava o lado A (sim na época do vinil). Abrindo o lado B, que de lado B não tinha nada, a faixa-título, que também tocou muito, que abria os shows da banda e soa mais atual do que nunca! Essa marca mais do que nunca as paráfrases que Catalau fazia com os contraditórios. Aliás, a banda abusava da temática do Yin-yang. Não é Hora também tocou muito, está nos shows até hoje, lenta e pesadona, bem Sabbath. Ignoro é triste, mas real e atual, falando dos problemas que nós encarnados vivemos, e também fazendo críticas sociais e econômicas. Fechando com chave de ouro, As Aparências Enganam, um puta Rockão, com uma letra mais do que sacada (e musicada):
“As aparências enganam 
Só acredito no que fala e faz 
Quem sabe a vida me ensina 
E nessa não caio mais” 
Quem nunca caiu numa roubada? E falando também do que as bandas passam na estrada. Enfim, compre a coleção toda, mas se quer começar aos poucos, ou pelo melhor, sem dúvida, Nem Polícia, Nem Bandido. JCB – 10

Faixas:
1. Na Vida
2. Filho de Deus
3. Velha Mistura
4. Paixão
5. Janis
6. Nem Polícia, Nem Bandido
7. Não é Hora
8. Ignoro
9. As Aparências Enganam
GOLPE DE ESTADO
Quarto Golpe
Substancial – nac.
Lançado em 1991, é o quarto álbum do Golpe de Estado. A banda já estava estabilizada e precisava ampliar para sobreviver. A época ainda aceitava este tipo de música e Rock sincero, principalmente no Brasil. O Bicho já pegava dentro da banda, mas isso parecia fazer a banda ter o desafio de usar as desavenças como motivação para fazer boas músicas (não era assim que Beatles, Rolling Stones e Aerosmith funcionavam?). Música rápida, curta, típica de abertura de disco de lado A, letra curta, direta, que se repete, certeira.
“Vou vivendo meus dias de glória, Que um passado ainda não enterrou 2x
Se foi minha culpa
Então me desculpa
Minha alma já nasceu pagã
Ontem foi ontem
Hoje é hoje, amanhã eu me preocupo amanhã”
Mais Catalau, mais Golpe impossível. Aqui se destacaria mais o lado instrumental do que vocal e lírico. Mal Social é bem sacada, também acessível. Na sequencia, a mais acessível de toda a carreira da banda, a mais conhecida, toda e mais comercial, Caso Sério. Muitos acusaram a banda de ter se vendido (antigamente tinha esses lances) e, embora lenta e balada, a música não era de romântica, ainda que incluísse o tema “amor”, mas o amor está ligado ao planeta e o amor contra a guerra, lembrando que o disco foi lançado no ano da primeira guerra no Iraque e o mundo vivia incertezas ainda com o fim da URSS. Ecologia? Estava engatinhando. Plantar árvore e proteger o meio ambiente era considerado coisa de hippie. Destacando ainda, Faço o Que Posso, com uma letra realista e a música é até obscura, com ênfase no instrumental, num show de inspiração na guitarra de Hélcio Aguirra. O restante do disco é bom, também recomendável. Se você já escolheu Nem Polícia, Nem Bandido, e quer um segundo para comprar, pegue Quarto Golpe. JCB – 9,0

Faixas:
1. Dias de Glória
2. Mal Social
3. Caso Sério
4. Não Faz Mal
5. Faço o Que Posso
6. Real Valor
7. Retorno
8. Sanguessugas
9. Ela Foi Feita
GOLPE DE ESTADO
Zumbi
Substancial – nac.
Lançado em 1994, é o quinto álbum do Golpe de Estado, o último a contar com a formação original. Sim, era o começo do fim. Em 1994, o grunge não tinha apenas surgido, como Kurt Cobain já tinha se suicidado. O mundo da música mudava rapidamente, ainda mais dentro do Rock. O CD já era realidade. Os discos anteriores tinham sido lançados em vinil ainda e depois em CD, aqui já era em CD. Os discos de vinil em geral até então tinham de 7 a 10 faixas, ou seja, era o supra-sumo. Com o advento do CD, as faixas tinham que ser mais de 10, e aí, a qualidade caía. Não é melhor 9 excelentes faixas do que ter 15, sendo que 6 são boas e o resto, encheção de linguiça? Foi o que o CD trouxe, e nisso, a banda se perdeu, mas além de tudo, se perdeu em si mesma. Zumbi está longe dos 4 primeiros discos do Golpe, onde um era melhor do que o outro. Claro, tem boas faixas, como Quantas Vão e Zumbi, mas se for falar em disco inteiro, deixou a desejar (ainda que estivesse acima da média do restante). Se quiser comprar um terceiro, prefira o novo para atualizar. Mas se puder, complete a formação, pois depois de Zumbi, o Golpe nunca mais foi o mesmo, nem a nossa cena. E falando graficamente, o Golpe sempre teve capas primorosas. A mais linda de todas, é a do Quarto Golpe. As dos dois primeiros discos, são magnânimas e a do Nem Polícia, Nem Bandido é mais comercial, trás a foto da banda e aquele fundo amarelo é vivo e vívido, a coisa tinha desandado aqui até na capa do disco. JCB – 7,0

Faixas:
1. Quantas Vão
2. Zumbi
3. Mal a Pior
4. No Entanto
5. My Generation
6. 35MM
7. Mais ou Menos
8. Olhos Vendados
9. Hino de Duran
10. Sociedade Brasil
11. Slow Down
12. Gostar de Você
13. Banda de Rock

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