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AUTUMN
My New Time
Metal Blade – imp.
A Metal Blade, que aposta em todas as tendências do Metal, vem com uma boa banda de Gothic Metal, ou ainda, Metal Melódico ou Sinfônico com vocais femininos. Nienke de Jong é a cantora em questão e tem uma voz na linha de Floor Jansen (After Forever) e Anette Olzo (Nightwish), ou seja, suave e com potência, mas sem ser soprano ou operística (ainda bem!). As músicas são simples, singelas, fáceis e acessíveis de se ouvir, até poderiam tocar nas rádios. Os toques góticos ficam mais por conta dos elementos e atmosfera sombria (sim, a banda é fria), do que instrumentalmente mesmo. Até porque, uma banda que se chama Outono e lançou um disco chamado Summer’s End” (Fim do Verão), o que você poderia esperar??Aliás, o instrumental, sem a voz feminina, remete à fase nova do Paradise Lost. Você também ouve um Hammond aqui e ali, dando um ar setentista à estética moderna da banda. Satellites abre mostrando isso bem claro. Já Blue Wine é mais introspectiva e européia, e remete ao After Forever, sem no entanto, o instrumental ser tão Progressivo quanto à banda holandesa. Angel Of Desire, sugere um começo caoticamente calculado, para um doce palavreado, seguido de estrofes e refrãos que indicam influências de bandas finlandesas. A faixa-título é a mais pesada e mais agressiva, com riffs secos e galopados que lembram de Emppu Vuorinen, guitarrista do Nightiwsh (o nanico finlandês já começou a fazer escola!). Twisted And Turned é mais Ethereal, Ambient, Folk, tipo The Gathering antes de acabar. Em Forget To Remember (Sunday Mornings) não tem como não lembrar de Paradise Lost atual e os bons momentos de After Forever e Theatre Of Tragedy atual. O final é triste, como se tivesse acabado o inverno e chegado a primavera (que horror, que depressão), com Epilogue (What’s Done Is Done). Mais uma boa banda para pessoas que gostam de Gothic Metal, vocais femininos, ou apenas, música sombria. ADL – 9,0

THE ORDERS
Guilt & Confusion
Piaaf – imp.
A banda vem com uma capa apelativa e desnecessária (quem é que quer ver o “tanquinho” de algum macho? Mesmo as mulheres, no fundo, não curtem esse tipo de apelação. O nome da banda é fraco e o título do disco também. No entanto, quando você escuta Guilt & Confusion, você se surpreende e todas as perspectivas negativas vão embora. Pois estamos diante de um bom disco de Dark Rock. Influências da Cold Wave e de Echo & The Bunnymen dão a tônica de Guilt & Confusion. Raras são as bandas que resgatam esse tipo de sonoridade hoje em dia, e o The Orders é uma delas! Por isso, devemos ter atenção à esta formação e saber o porquê de uma capa de gosto tão duvidoso e inverso à música contida no disco! Where It Always Rains faz lembrar dos trabalhos solos de Peter Murphy (Bauhaus), com um refrão emocional e guitarras tipicamente inglesas e londrinas. No Safe Place tem uma áurea Post Punk do começo da carreira do The Cure, quase Punk. World’s processing Evil, tem guitarras à The Mission, e levadas que remetem as Guitar Bands de Manchester, com guitarras minimalistas e hipnóticas. O The Cure vem de novo com Shiver (poderia estar no álbum High, por exemplo). Já, Split Us In Two Halves mostra o lado noventista, mais climático intimista do Blur (em alguns momentos, a voz de Lauri Koski soa como Peter Murphy, em outros, como esta faixa, soa como Damon Alburn). Enfim, grata revelação. ADL – 8,5

FJOERGYN
Sade Et Masoch
Reartone Music – imp.
A banda a princípio achei Metal normal, depois com uns lances Black Metal. Eles cantam em alemão, sua língua nativa, claro, e por causa disso, acabam tendo um toque mais Gothic Metal. Mas o vocal de Stephan L. acaba soando meio à Tilo Wolf do Lacrimosa. Sim, a banda que eles mais lembram é o Lacrimosa, mas eles tem o seu estilo próprio (ao menos buscam). Não lembram nenhuma outra formação de Black, embora tenham alguns blasts beats (é isso?) na bateria e alguns vocais guturais, mas as interferências melódicas são muitas, além de outras mais sinfônicas, que não são maioria, mas são mais marcantes. Aliás, a banda é um duo formado por Stephan L. (Vocals, Guitars, Bass, Keyboards – ou seja, o cara faz quase tudo) e Martin L. (este só bateria). Será que este tipo de banda se inspira nos duos dos anos 80, tipo Erasure e Pet Shop Boys, onde um canta e o outro faz todo o resto? Aqui, Stephan L. faz quase tudo, só a bateria de verdade que não. Sade Et Masoch é o segundo disco, com destaque para Masoch, Katharsis e Sade. Bem, a tradução de Sade Et Masoch é Sado e Maso, ou sado-maso(quismo). ADL – 7,5

GARGULA VALZER
Nec Semper Lilia Florent
Legatus Records – imp.
Banda Brasileira que foi lançada pelo selo Suiço Legatus Records. Uma grata surpresa pela qualidade das músicas e gravação de Nec Semper Lilia Florent. É chavão é indelicado o que vou dizer, mas o jargão já ultrapassado “parece banda gringa” nunca foi tão bem colocado aqui. A banda parece ter surgido em algum subúrbio inglês ou alguma periferia alemã. Ela soa fria, Dark, melancólica e tem muitos elementos dos anos 80. Influências de Fields of the Nephilim são bem vindas, com aquele jeitão bem soturno de se fazer Gothic Rock. As letras são tão obscuras quanto o clima que elas criam e, mesmo sendo melancólicas e depressivas, é possível dançar muito. Poderia Fields of the Nephilim ser tocada nas pistas de dança das baladas daqui no Brasil, ou só o que vem de fora que é bom? A capa é linda, e apesar da capa de Fields of the Nephilim ser quase idêntica ao bom representante nacional Posthuman Tantra em Neocortex Plug-in (deve ter sido o mesmo artista que as fez, mas são muito parecidas e não sei quem concebeu a capa e quem lançou seu disco primeiro – o que importa é que ambos são bons), sua música é mais tradicional mesmo. Da parte que compete à Nec Semper... todas as quatro faixas são excelentes! Já da parte de ... Lilia Florent, das quatro faixas também, destaque para Veias e The Sorcery Of Your Soul. ADL – 8,5

XANDRIA
Salomé - The Seventh Veil
Drakkar – imp.
Mais um disco dessa grande banda alemã de Gothic Metal que, se surgiu como apenas mais uma e se prevalecendo da imagem de sua vocalista na capa (que é o mascote da banda também), hoje se ostenta como uma das maiores bandas do estilo e já segue seu caminho próprio com personalidade própria. Save My Life abre de forma mais melancólica, quase Doom, quase escandinava. Depois, Vampire é mais acessível, quase Pop, mas com o peso do Metal e a melancolia Dark onipresente. Beware é mais rápida, pesada, mais suave, gostosa de seu ouvir, com um refrão marcante. Aliás, que voz tem Lisa Middelhauve! Ela não é nenhuma soprano, nem tem nenhuma voz operística, mas com sua voz “comum” ela brinca e faz o que quer dela. A banda também não tem pretensão de ser a última coca-cola do deserto Gothic. Emotional Man é mais pesada, mais diversificada também, muito boa, apesar dos teclados tétricos e sombrios. Em Firestorm vem o momento mais dramático, épico e emocional, numa bela interpretação de Lisa, com um instrumental remetendo ao After Forever atual, ou aos momentos mais Heavy Metal do Nightwish atual também (sem muita pompa e frescura). A New Age chega a ser manjada, e The Wind And The Ocean, como o nome entrega, chega a ser meio Folk, meio new age, meio celta e meio Ambient, tudo junto. O tema árabe chega em Sisters Of The Light, em mais um bom disco desta boa banda que, ainda é tida como Gothic Metal, mas que busca caminhos próprios dentro do Metal, sem, no entanto, ser pretensiosa. JCB – 9,0

LETZTE INSTANZ
Wir Sind Gold
Drakkar – imp.
A banda faz Metal alemão em alemão. Apesar de ser um Heavy Metal simples, com algumas modernices normais, com algo Industrial e algo meio Gótico, ainda é quase Heavy Tradicional. Só que, como é cantado em alemão, uma língua mais forte de se pronunciar, não tem aquela sutileza. Dá impressão que os caras estão te xingando. A banda é em alemão, o disco é em alemão, e claro, todas as letras, sem concessões. A embalagem é me digipack linda, a capa é feia, e as intermináveis dezesseis faixas tem como destaques para Du Und Ich, Morgenrot, a faixa-título, Monument Der Stille, Meine Innere Stimme I, Maskenball e os dois bônus tracks Mein Ton e Meine innere Stimme II. Se você puxar da memória o Siegfried, banda que Sandra cantou quando saiu do Dreams Of Sanity, vai ter uma idéia do som do Letzte Instanz (sem os vocais femininos, claro). RS – 7,0

EILERA
Fusion
Spinefarm – imp.
Logo logo a Hellion vai querer lançar esta banda. Afinal, Gothic Metal com vocais femininos, seja qual for sua vertente, é com eles mesmos! Aqui, a banda soa leve, soft, suave e calma, ainda que com peso, mas diferente do soporífero da última fase de um The Gathering, por exemplo. Ao contrário dos demais discos, cuja faixa de abertura é a mais pesada, aqui é o inverso, o avesso do avesso. Non Merci abre de forma mais sutil, mais leve, mas ainda Rock e Metal, sem Ambient. Seguida, a melodiosa e grudenta (vai ser acessível assim não sei aonde – tem potencial para tocar nas rádios, TV’s e onde mais quiser!), In The Present. Você ouve o seu refrão e não esquece jamais. Healing Process vem na linha “after-foreveriana-xandríaca-épica”, dispensa comentários, e mais ou menos nessa linha, vem Fusion, muito boa. Até aí, está a sutileza de melodias calcadas no Folk, mas em Addicted, a cantora resolve entrar no universo eletrônico, caindo a qualidade musical, lembrando discos como Assembly, da fase putz-putz do Theatre Of Tragedy. The Angel You Love... é uma balada pagã, meio celta, e Keep Ou Heaven a veia celta/folk vem ainda mais forte, adicionada de violinos. Back To The Essentials também é pagã e dá-lhe violinos, dando um tom mais campestre e melancólico à aura camponesa de sua música! Free... Are You é um Heavy meio Gótico, acessível, rápido, agitado, pesado, mas com a voz de Eilera mantendo sua sublimidade. Encerrando, September, a chegada do outono (no hemisfério norte) onde as folhas caem, as flores desaparecem e todos se recolhem, época que está acabando aqui no hemisfério sul (buá!). Esta faixa, a mais pomposa e grandiosa, agradará a fãs desde Nightwish á Enya (percebe-se que Eilera tem influência vocal de Enya sim, ainda que sua música seja muito mais pesada). Grande banda, para renovar a cena da errantemente chamada (mas agora não dá para voltar atrás) cena Gothic Metal. JCB – 9,0

PHOENIX REIGN
Destination Unknown
Independente – imp.
Que nostalgia... Ao receber o pacote desta banda, me remeteu ao primeiro material importado que recebi, diretamente da banda suíça Excelsis, o grande CD Kurt Of Koppigen (que saiu anos depois aqui via Rock Brigade, com influência sugestiva nossa, pois ajudamos a promover a banda na época, em que éramos ainda fanzine apenas). A capa e encarte medieval de época, o luxuoso press kit, com releases, recortes, fotos profissionais e pasta personalizada, enfim, tudo remeteu ao primeiro material que recebi fora do Brasil. Mas as comparações acabam por aqui, pois o Phoenix Reign tem vocais femininos, está longe do Power Metal épico do Excelsis. A banda aqui executa Metal Melódico, com uma aura Gótica e influências e elementos discretamente Progressivos, tendo uma técnica razoável, quase virtuosa e passagens intrincadas. Quer ter uma referência? O After Forever! A banda vai odiar essa comparação, pois nitidamente, eles galgam um estilo próprio, e querem seguir outra linha. Mas é isso. O disco é bom, mas falta um melhor arranjo e acabamento nas músicas. Mesmo assim, vale conhecer. JCB – 7,0
kalavrita1821@aol.com

AESMA DAEVA
Dawn Of The New Athens
Independente – imp.
Grande banda norte-americana, injustiçada e que ainda não teve o seu devido reconhecimento, seja em seu país, seja no resto do mundo. Eles já lançaram disco por uma gravadora do leste europeu (República Tcheca) e agora vem com esse excelente Dawn Of The New Athens independente. Mas se em tantos filmes de terror, suspense e de humor adolescente débil mental, sempre tem um gótico ou gótica, geralmente, bruxo (a) ou wicca (até em desenho do Scooby Doo aparece com freqüência), então, que segmento de Dark eles representam? Quem curte Marylin Manson? O Aesma Daeva vem com um álbum com uma arte gráfica irrepreensível, uma capa linda e uma música melhor ainda! As guitarras remetem ao Tristania de Widow’s Weed, bem como sua afinação, distorção, pedais, riffs e solos, com algo de Doom. Já a voz de Lori Lewis relembra a de Vineke Stene (também Tristania) e Sandra Schleret (ex-Dreams Of Sanity, Siegfried e ainda no Soulslide). The Bluish Shade é uma canção “tristânica”, Doom com vocais femininos (a tônica do isco quase inteiro), e em D’Oreste a banda remete aos vocais de Nightwish (sim senhor!) com instrumental mais à Xandria e Dreams Of Sanity. Em Since The Machine, surge o primeiro dueto entre vocais masculinos e femininos (ainda que bem rápido), mas é o momento mais sombrio e denso do disco. Enfim, se você gosta de Gothic Metal, Dark Rock e ainda de Doom, ouça sem falta Dawn Of The New Athens, pois para mim, musicalmente, são os substitutos dos bons tempos do Tristania, pois nem eles, nem Morten com seu Sirenia, sabem mais fazer músicas realmente tétricas. JCB – 9,0
band@aesmadaeva.com

JESUS ON EXTASY vs XANDRIA
Sisters Of Light
Drakkar – imp.
Não entendi direito, se é um single, promo, se as duas bandas gravaram juntas isso aqui. Sei que a música faz parte do álbum Salomé - The Seventh Veil e aparece duas vezes aqui neste single, a versão normal do disco e a outra mixada por Chai Deveraux, do Jesus On Extasy, ficando com um tom mais dançante. Só mixada, ou a banda participa também? Enfim, item para colexandríacos. RS – 7,0

SCREAM SILENCE
Aphelia
Plainsong – imp.
A banda alemã, país importante na cena Dark e Goth, tanto em público como em gerar bandas em diversos segmentos dentro deste naipe. O Scream Silence é uma banda grande dentro de seu país e vizinhos, como Suíça e Áustria, e vai invadir o mundo agora com este sexto disco (a banda ainda tem mais três singles). Aphelia trás influências desde o Gothic Metal finlandês de Sentenced e To/Die/For, que tem uma roupagem mais moderna, até o Dark Rock inglês de Sisters Of Mercy e Bauhaus e o Goth Metal mais atual do Paradise Lost. Aphelia é um CD cativante, contagiante e noturno. Covardia citar destaques nas treze faixas aqui presentes (dez delas correntes e três bônus). Pois, apesar de ter faixas mais diretas e curtas como Harvest e Kerosene até a faixa-título, com mais de dez minutos, Aphelia é excelente como um todo.
ADL – 9,0

LUMINARIA
Arche
Independente – imp.
Esta banda foi muito malhada por nossa imprensa especializada, mas não merece tantas pedras assim. Ok, hoje quase tudo é chamado de Gothic. E o Luminaria também chega nesse plano, mas na verdade não o é. A banda vem da Polônia e temos sempre que dar um desconto para as bandas do leste Europeu, pois se aqui, é difícil se fazer Rock e Metal, imagine lá, por questões culturais, religiosas e econômicas! Sim, o instrumental até certo ponto é pobre e simples, mas produz coisas legais. Afinal, as principais bandas de Dark e Gothic quando surgiram, também eram assim. O vocalista se esforça para alcançar o timbre (sem o mesmo talento, claro) de Peter Murphy (Bauhaus e carreira solo). Enfim, cheque, curta e dance você mesmo (a). ADL – 7,0
luminariainfo@gmail.com

FEILED
Testify
Poko – imp.
Banda meio estranhona. Eles tem tudo para os qualificar como Góticos na atual cena, na atual circunstância e nos moldes de hoje. Aí que vemos como hoje qualquer coisa é Gótico. Enfim, seria Gothic Metal ou Gothic Rock, mas Dark nem ferrando! Seu EP anterior, Midnight Poems, não mostrou á que veio, e veio esse full, Testify, que vai te testar. Eles têm algo de Him (seria Emogoth?) e das bandas de seu país, Finlândia. Ainda assim, algumas se salvam, como Again. Em outros, a guitarreira rola solta, mas como uma Guitar Band, como em Lycantrophy e Delirium Clouds. E só. Há de se destacar a embalagem digipack. ADL – 7,0

PREDOMINANT LUNATICS
Thirteen Lost Souls
Independente – imp.
A banda é razoável e regular e faz um Dark Rock, ou Cold Rock bem mediano. Há algumas boas faixas, mas a maioria daqui presente não dá para se aproveitar muito. Percebe-se alguma influência de Echo & The Bunnymen, mas sem a maestria do mesmo. Que no futuro, lapidem melhor sua música, pois apesar de fraco, Thirteen Lost Souls tem algumas (poucas) boas idéias. ADL – 6,0
thierry@predominantlunatics.com

TO DIE FOR
Wounds Wide Open
Spinefarm – imp.
Esta banda finladesa de Gothic Metal (o país é uma cornucópia de bandas, ainda mais neste estilo) que já teve até disco lançado no Brasil. O seu Gothic Metal é mais para Rock do que Metal, os vocais são graves e limpos e as melodias melancólicas. Eles conseguem compor músicas legais e apesar de eu gostar bastante da banda (não chegando a ser fã), devo admitir que neste Wounds Wide Open faltou um pouco da inspiração que sobrava nos anteriores. Mesmo assim, um bom disco, com destaques para Scar Diary, New Heaven, Liquid Lies e Like Never Before. Desta fez, nenhum cover descarado, como New Year's Day do U2, gravado no antecessor, All Eternity. JCB – 8,0

ENTWINE
Fatal Design
Spinefarm – imp.
A banda finlandesa apareceu na onda do Gothic Metal. Teve dois discos lançados no Brasil e apesar de aproveitar a onda, não tem vocalista feminina, nem vocais à Bela e a fera. O som deles lembrava um Sentenced (do mesmo país deles) mais murcho. E a banda não emplaca, mas ainda insiste. É porque, tem gente que insiste em comprar CDs dos caras. Ok, a Europa tem as suas peculiaridades e de um continente tão cultural e rico em diversidade, tem mercado para tudo. Mas por mais legal que isso possa ser, o Entwine é chato pra burro. O som é depressivo, mas não tem punch, nem peso, nem melodias que grudem na tua orelha. Por isso é chato. Até quando eles vão tentar, hein? RS – 6,0

MANDRAGORA SCREAM
Madhouse
Independente – imp.
A banda italiana de Gothic Metal deve ser a segunda maior em seu país, ficando atas apenas do Lacuna Coil, claro. A capa de Madhouse é belíssima, e a banda vem com uma produção como nunca tivera antes em sua carreira. Eles estão prontos para vôos bem maiores, até porque, mudaram um pouco seu conceito musical. Sim, pois deixaram de lado o Gothic Metal “tradicional” de outrora e estão embarcando no caminho do Lacuna Coil, que por sua vez está indo na veia do Evanescence. Ou seja, cada vez mais comercial e cada vez menos Metal e Gótico de fato. A atmosfera e a música ficaram menos macabras, menos fantasmagóricas e menos vampirescas para ficarem mais pula-pula, afinações mais graves e mais groove. Uma pena. Destaques ainda para Ghost Of Swan, Nightfall e Haunted Heart. Não é ruim, mas era uma das minhas bandas prediletas, hoje, já não é tanto. JCB – 7,5

LUNATICA
The Edge Of Infinity
Frontiers – imp.
Banda de Metal Sinfônico Gótico com vocais líricos femininos estilo Nightwish. Apesar deste tipo de banda NÃO ser Gótico de fato, está nessa seção, pois convencionou-se a rotular como Gothic Metal banda de Metal Sinfônico com vocais líricos femininos (a repetição desta frase se faz necessária pela necessidade de se informar isto), como o próprio Nightiwsh, Epica, After Forever, entre outros. A banda agora está na Frontiers, que agora aposta nesta veia também, saindo do Hard, AOR, Clássic Rock, Rock Melódico me geral. The Edge Of Infinity é inferior ao antecessor Fables & Dreams, que era cópia do Nightiwsh sim, mas era mais empolgante. Agora a banda segue uma linha mais à lá Edenbridge, com algum toque pessoal. Esperamos que essa transição de gravadora e estilo renda melhores frutos no futuro, já que a banda redesenhou sua carreira. Vale conhecer, fãs de vocais femininos. RS – 7,5

RAJNA
Otherwise
Holy – imp.
Bom, todos aí estão carecas de saber que o Rajna é uma banda que executa músicas com clima oriental e indiano, certo? Suas capas são verdadeiras obras de arte de estátuas e imagens de lá e todo o mistério remete à Índia Secreta (que ainda não leu esse livro, pode ia atrás, assim como o Egito Secreto que são bons). E o que fazem na seção de Gothic? Bem, pelo clima soturno e pela aura sombria e mística, a seção que mais se aproxima seria essa. Só que, apesar de legal, a música do Rajna é muito chata, isso sim. É interessante você ouvir as nuances, mas em se tratando de Rock, que é o nosso caso aqui, não tem quase nada, para ser modesto. Se você é excêntrico e curte coisas pitorescas e totalmente fora do usual, quem sabe você goste. JCB

SWALLOW THE SUN
Hope
Spinefarm – imp.
Banda esquisita. Eles têm nuances e elementos Góticos e Darks em sua música, por isso também poderia ser Gothic Metal. Os vocais são urrados e alguns backing femininos, tipo a Bela e a Fera. Mas quando você ouve, as músicas em si são Death Metal Melódico. Mas ainda assim, são Góticos. Seria o novo estilo, o Death Metal Melódico Gótico? Ou o Melodic Goth Death? Sei lá, só que Hope não agrada nem aos fãs de um nem aos fãs de outro. Eu sou fã destes dois estilos, os melhores surgidos nos últimos anos dentro da música pesada. Destaques para as boas, ainda que esquisitas, Too Cold For Tears, The Empty Skies e a faixa-título. JCB – 7,5

NINE
It's Your Funeral
Spinefarm – imp.
Na Suécia, a exemplo da Finlândia, país do selo em questão, pipocam bandas de Gothic Metal todos os dias. Mas este Nine é fraquinho. O nome já é pouco sugestivo, e para uma banda que debutou em 95, esperaria algo melhor. Tem muita banda iniciante bem melhor! É aquele caso que quer agradar a todos, mas agrada a poucos, querendo ser bonzinhos com o pessoal do Metal, do Hardcore, do Hard Rock, Alternative, do tipo “olhe, fizemos um riff assim” ou “viu, aquela música nossa que parece com aquela banda?”. Ou seja, nada a ver com nada. Se der para destacar com alguma coisa, seriam as faixas The Blade, Venom (uma heresia usar este maligno nome em vão) e Line Of Crosses. Nem perca tempo. RS

APRIL
Tidelines
Spinefarm – imp.
Banda que se enquadra dentro do Gothic Metal, mas que na verdade, apesar das características do estilo, abrange outras coisas, como o Alternativo entre outras vertentes mais modernas (para não falar uma palavra em moda que é detestável). Enfim, a Spinefarm inova no formato da embalagem que pode vir a ser o futuro dos CDs. Primeiro, vem com uma tira para deslacrá-lo, como nas embalagens de bolacha e maços de cigarro, não tendo aquele problema para abrir um CD (problema que é universal, não acontece só no Brasil). A outra novidade é o formato da caixinha acrílica, mas que fica impossível detalhar escrevendo, só vendo mesmo. Não sei para que serviu este formato de caixinha, mas deixou o pacote mais luxuoso. Voltando a música, o nome da banda é besta, mas sugestivo, visto que para o hemisfério norte o mês de abril é o começo da primavera, enquanto aqui no hemisfério sul é outono. E diga-se, apesar do April ser uma das bandas das mais alegrinhas da Finlândia (ou menos tristes e deprês), a música deles está mais para a estação do ano onde as folhas caem do que as flores desabrocham. Moderninho, limpo, clean, soft, Pop, por isso mesmo, faltou peso e punch. Destaques para Stain, Colourblind e Time Is Up! JCB – 7,0

MOONLIGHT
Downwords
Independente – imp.

Banda de Gothic Metal/Rock que está mais para o Neo Progressive ou Neo Classical qualquer coisa. Seu país, a Polônia, especialista em dois estilos: Brital Death Metal e este tipo de Gothic Metal, que é etéreo, chato, pretensioso, metido a leve. Infelizmente, o culpado disso tudo é o The Gathering, quando começou com estas frescuras e chamar isso de Goth. Aí, toda vez que a gente pega um CD de uma suposta banda de Goth, vem estas coisas. Lamentável. RS – 6,0
management@moonlight-band.art.pl
DARZAMAT
Transkarpatia
Independente – imp.

Outra banda da Polônia, só que nesta aqui, o bicho pega. Pois é o outro extremo, a banda é quase Black Metal! Os vocais femininos são líricos e bons, e os masculinos são ultra-guturais! O clima é soturno e Transkarpatia foi produzido por Andy LaRoque (King Diamond) emprestando um clima ainda mais tétrico. Hallucinations, Black Ward, Virus e The Old Form Of Worship são destaques. RS – 7,5
darzamat@d.pl
EBONY ARK
Decoder
Independente – imp.

A banda executa um Gothic Metal com algo do fadado Progressive Metal/Rock. Só que o Gothic aqui fala muito mais alto, é apenas um leve toque Prog, que, em muitos momentos, chega a soar como o After Forever. Mais uma interessante banda com um interessante disco, mais um entre milhões. RS – 6,5
SILENTIUM
Seducia
Dynamic Arts – imp.

Quando o santo da gente não bate com o de alguém, não adianta insistir. O mesmo se refere à determinadas bandas. Resenhamos o Sufferion na RU#30 e a banda mudou de lá pra cá sim, com mais vocais femininos, e só. As composições não emplacam e Seducia não vai te seduzir, pode ficar tranqüilo. A Dynamic Arts tem bandas melhores, e não é tudo que vem da Finlândia também que é bom. Agora, se você gosta de qualquer bandas de Gothic Metal com vocais femininos, então, você tem mais um nome para correr atrás. E só. RC – 6,5
AMBER ASYLUM
Garden Of Love
Independente – imp.

Na verdade, não é um CD, mas um vinil de 10 polegadas! A banda é de Gothic Rock feminino, muito boa. O LP tem apenas 3 faixas, mas todas longas, sendo no lado A a faixa-título, com 7:30 de duração e Autonomy Suite com 4:48 minutos. No lado B, a gigantesca Still Point, com 12:03 de duração! Vale pela curiosidade e por ser um formato pitoresco. RS – 7,5
COLLIDE
Live At The El Rey
Noise Plus – imp.

Mais uma banda de Gothic Metal/Rock (mais Rock/Metal) dos Estados Unidos procurando um lugar ao Sol (como é o estilo gótico, procurando um lugar à Lua). Este duo, formado por um casal (sério?) segue a linha de tudo o que você possa estar imaginando agora. Eles vêm de Los Angeles, e se esforçam para soarem sombrios, resgatando o obscurantismo dos anos 80, mas não conseguem o intento. Statik e kaRIN (não me pergunte porque o nome dela é escrito assim) são esforçados e neste ao vivo, eles tentam criar uma atmosfera sombria, e até conseguem, mas não com tanta naturalidade que as bandas européias fazem almoçando ou indo ao banheiro. Este Live At The El Rey é da turnê do último de estúdio, Vortex. Se você curte uma banda metida a atmosférica e progressiva, numa veia bem Pop mesmo, é por sua conta e risco. Também Live At The El Rey saiu em DVD que você pode ler na respectiva seção, mas só muda porque tem vídeo alem de áudio, pois a opinião é a mesma. RS – 6,5
xcollide@aol.com
YOB
The Unreal Never Lived
Metal Blade – imp.

Banda norte-americana de Doom Metal… xi, já comecei a torcer o nariz antes mesmo de ouvir The Unreal Never Lived, porque, sem preconceitos, o Estados Unidos é um país com tradição em Rock’n Roll puro e simples. Quando surgem bandas que seguem essa linha beleza. Por isso, os States geraram excelentes bandas de Glam, Glitter, Punk, HC, Heavy simples, Hard Rock, Thrash Bay Área, Death by Flórida (pois em ambos, você sente levadas Rock’n Roll sim no fundo). Agora, estilo tipicamente europeus, como Gothic, Doom, Black, Melodic Death, são raras as exceções em que bandas da terra do Tio Sam se dão bem. Elas existem, mas são poucas. Agora, no caso do Yob, puta banda chata! Para uma banda tocar Doom tem que saber exatamente o que está fazendo, pois o limite entre o soberbo e o soporífero é uma linha tênue. Não funcionou aqui.
RC – 5,0
ARCANA
La Serpent Rouge
Displeased – imp.

Folk Medieval Pagan Metal. Pronto, nao precisa falar mais nada de La Serpent Rouge. Ideal para viagens astrais, riruais, pensamentos intimistas, dança do ventre e qualquer outra coisa que o valha. Realmente, La Serpent Rouge é hipnótico sem dúvida, totalmente instrumental e e vai te levar aos tempos da Idade Média. Cuidado para nao viajar demais e te jogarem na fogueira, camponês pagão, pois isso não é cristão! RC – 7,0
CIRCLES END
Hang On To That Kite
Karisma Records – imp.

A banda também é tida como Neoprogressive e com aquele clima Gótico no ar. Hoje, (in) felizmente, o Progressivo e o Goth se misturaram, pois muitas bandas Prog são soturnas e obscuras, então, acabam tendo esse clima soturno. Das nove faixas aqui presentes, destaques para Echoes, Tiny Lights, Long Shot Charlie. Melódico, melodioso, deprê e sentimental. Experimenta! Experimenta! RS – 7,5
BEDEMON
Child Of Darkness
Black Widow – imp
.
O selo italiano Black Widow é especialista em bandas de Doom, Stoner e anos 70, aquele estilo pesadão, grosso e gorduroso, da escola do Black Sabbath da fase Ozzy. O Bedemon é mais uma destas, que faz um pouco disto tudo. É Doom, pois sua música é fria, lenta e mórbida, é anos 70 pois eles querem resgatar aquela época, é Stoner, pois assim convencionamos a chamar hoje bandas que tem esta proposta. Sem muita originalidade, apenas mais um bom nome para os apreciadores do estilo. Taste it. RS – 7,5
WYXMER
Feudal Throne
Black Widow – imp.

Mais uma banda com o selo Black Widow de qualidade. A banda segue a toada do Black Sabbath, com algo de Doom do Pentagram. A banda é pesada e tem músicas cativantes, mas nada além disto também. Feudal Throne tem boas idéias, mas é repetitivo. Mas enfim, fãs do estilo, mais um nome para sua coleção. RS – 7,0
GREEN CARNATION
Acoustic Verses
The End – imp.

O Green Carnation começou como uma grande promessa do Goth Metal, já que reunia em sua formação membros renomados de bandas mais renomadas ainda de Black Metal. Assim, a banda trazia peso e densidade à sua música. Mas com o passar do tempo, a banda seguiu aquela tendência de muitas bandas Goth enveredando o caminho do Progressivo e até algo de Alternativo. Neste Acoustic Verses, a banda conseguiu ficar mais chata ainda, com músicas lentas e enfadonhas, um verdadeiro soporífero. Que o GC volte a ter peso e densidade como em seu começo. JCB – 6,0
SUP
Imago
Holy – imp.

Seguindo a tendência européia de Goth Metal derivativo (que aqui eles chamam de Modern Gothic Melancholic Metal) vai na linha que muitas bandas como Green Carnation tem adotado, com uma veia Progressiva metida a melancólica. Poderia e teria tudo para ser melhor. RC – 6,0
AGE OF SILENCE
Complications
The End – imp.

EP com apenas 3 faixas, muito pouco para avalizar uma banda, mais uma que quer ser Gothic Metal com toques de Neo-Progressive Metal, tornando o resultado mais chato do que interessante. RS – 6,0

MIDNIGHT SYNDICATE
The 13th Hour
Midnight Syndicate – imp.

Gravadora especializada em músicas de Terror, propícias para trilhas sonoras de Halloween e qualquer outra coisa que envolva o Horror. Tanto, que a distribuidora deste selo se chama Halloween CDs. Aqui, The 13th Flour, com uma capa com um casarão assombrado lembrando as capas dos álbuns Them e Voodoo de King Diamond, já lhe dá uma dimensão do que vai acontecer ao ouvir o disco. Ligue sua máquina de fumaça, acenda lâmpadas vermelhas, coloque MIDNIGHT SYNDICATE The 13th Hour em seu CD player e aterrorize! JCB – 8,0


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