CONFRONTO
Imortal
Urubuz Records – nac.
Banda carioca de Crossover, um misto de Hardcore e Metal, geralmente resultando em Thrash Metal, pois vem com a velocidade e sujeira do HC com o peso e agressividade do Metal. A banda, como 90% das brasileiras de HC, canta em português e está galgando seu espaço no cenário brasileiro. As cinco primeiras são rápidas, velozes e ultra pesadas, na setxa faixa 1h, conta com a participação de João Gordo (Ratos de Porão), tornando o som da banda cada dia mais sujo e agressivo (sacou?). Na sexta faixa, Rosaly, é instrumental, com violão e percussão, quase atmosférica. Depois, a porradaria volta com tudo. As palhetadas rápidas de Max Moraes, as linhas de baixo de Eduardo Moratori e o braço pesado de Felipe Ribeiro na bateria, e o Felipe Chehuan, com vocais agressivos e precisos destaques para Imortal, Meu Inferno, Aos Dragões, Levante e Mariah. Compre, pule, pogue, ouça alto. RC – 8,0

Banda:
Felipe Chehuan (vocal)
Max Moraes (guitarra)
Eduardo Moratori (baixo)
Felipe Ribeiro (bateria)

Faixas:
01. Imortal
02. Flores da Guerra (part. Carlos “Vândalo” Lopes)
03. Meu Inferno
04. Eu sou a Revolução
05. Aos Dragões
06. 1h (part. João Gordo)
07. Rosaly (Instrumental)
08. Sangria (part. Felipe Eregion)
09. Levante
10. Mariah
11. Emissarium

DUFF McKAGAN’S LOADED
Sick
Laser Company – nac.
Duff era um dos caras mais legais do Guns’n Roses. Até que não gostava de Guns, curtia ele, pelo seu visual e atitudes Punk. Sim, ele era a alma Punk do Guns. Eu o comparava com o antigo Waltão, baixista que passou por várias bandas de Punk e Metal, como Ratos De Porão, Não Religião, PUS entre diversas outras. Waltão, além de ser um bom baixista, ter uma baita pegada ao vivo (numa época em que ninguém falava “pegada”), lembrava fisicamente Duff, pois ambos são altos, tocavam curvados e até algo desengonçados e até por isso, tinham carisma. No caso do Duff, ele era responsável pelos backing vocals graves no Guns, além da performance visceral, e trazia aquela sujeira para a banda, musicalmente e visualmente. Vejam que o Guns nunca usou um visual totalmente poser, e Duff contribua para isso. Aí, todos saíram do Guns, que ficou na geladeira, 10 anos gravando Chinese Democracy (quando começaram o disco, a China era uma, quando saiu, era outra, já uma das potencias econômicas, maior exportador, importador e a quarta economia do mundo). Antes do Guns, tocou em várias bandas Punk Rock, depois do Guns, Duff fez uns discos solos, como o famoso Believe In Me (na verdade, fez este disco ainda no Guns), montou a banda Neurotic Outsiders, totalmente Punk e colaborou em discos solos de seus amigos ex-Gunners Slash, Izzy Stradlin (para mim o principal compositor da banda, depois que ele saiu, a banda ruiu, Axel sozinho, não sabe fazer nada), fez N participações especiais por aí e participou de vários tributos, até montar o supergrupo Velvet Revolver, ao lado de Slash e Scott Weiland (Stone Temple Pilot), lá nos idos de 2004. O VR na minha opinião foi um dos responsáveis pelo “boom” do Sleaze, que é esse Hard Rock moderno, misturado com Punk, que muitos adoram e outros detestam. Aliás, Duff sempre fez isso. Até chegar ao Duff McKagan´s Loaded. Sick é o segundo disco da banda, e trás tudo o que conhecemos da trajetória desse cara. Nada de novo, e também nada de bombástico, como foi o Velvet Revolver. Este é um disco que não vai saltar na sua coleção nem alavancar a carreira de Duff, até porque, acho que o VR vai continuar. Ele fez Sick para diversão própria mesmo, porque trava afim e está certo. Destaques para a faixa-título, Sleaze Factory (o que eu falei do “Sleaze?”) e Translucent. Se você é fã dele, do Guns, VR, Neurotic Outsiders e de tudo o que ele já fez um dia, compre sem medo! JCB – 7,5

Faixas:
01. Sick
02. Sleaze Factory
03. Flatline
04. IOU
05. The Slide
06. Translucent
07. Mothers Day
08. I See Through You
09. Forgive Me
10. No Shame
11. Blind Date Girl
12. Wasted Heart
13. No More

THE CLASH
Live At Shea Stadium
Sony/BMG – nac.
Com a morte do líder e guitarrista Joe Strummer, disco do The Clash, só ao vivo. Interessante que, embora o The Clash tenha sido menor do que o Sex Pistols e o Ramones, hoje é o que mais vende. Hoje, eles são artefatos comerciais, e de shows e mais shows. Aqui temos mais um, Live At Shea Stadium. Este show neste estádio (show do qual foram tirados alguns videoclipes ao vivo, como de Should I Stay Or Should I Go) eles serviram de bandas de banda de abertura para o The Who em 1982. Eles fizeram vários shows de abertura nesta turnê e, em muitos deles, foram vaiados pelos fãs do Who. Afinal, apesar de hoje ambas as bandas pertenceram à Classic Rock, não esqueça que se rotularmos eles, o The Who era Mod e ainda fazia algum sucesso no começo dos anos 80 e o The Clash era Punk Rock. O Punk era uma resposta quanto ao Rock dos anos 70, seja o Progressivo do Yes e Genesis, seja o Hard Rock chapadão do Led Zeppelin e Deep Purple com solos intermináveis ao vivo, seja das bandas inglesas de Rock’n Roll, desde Rolling Stones e até o The Who. Se hoje, o público do grupo de Pete Townsend e Roger Daltrey é veterano, mas reabastecido da molecada que sabe das coisas, naquela época, o público era mais radical, principalmente com o Punk Rock e etc. Mas neste show, por ter tido uma divulgação melhor e pelo teor do mesmo, eles foram ovacionados. Os dois shows no Shea foram realizados nos dias 12 e 13 de outubro. O CD tem 16 músicas de toda a carreira do Clash e conta com a formação original de Joe Strummer (que faleceu em 2002), Mick Jones (guitarra), Paul Simonon (baixo) e Terry Chimes (bateria). O baterista que tocava com a banda até antes desta turnê era Nicky Topper Headon, que foi expulso por excessivo envolvimento com drogas. A banda começou a acabar pouco depois da saída de Mick Jones, que acabou formando o Big Audio Dynamite que veio ao Brasil nos anos 80 e fez algum sucesso naquela década, com uma sonoridade mais comercial. Desnecessário citar destaques, já que quase todas as faixas foram clássicos do Punk Rock. Nestes shows, a banda estava mais sóbria e tocando de forma mais limpa, sem aditivos e limpa no sentido musical, sem a sujeira inicial do grupo. Muitos os criticaram e em 1986 a banda acabou, pois não sabia se continuava com o Punk Rock e se suicidando comercialmente, já que estavam numa gravadora Major, ou se concedia um som mais comercial, que a época pedia. Aqui, não temos uma apresentação visceral, mas também longe de ser tosca. Confira! LT – 8,5

Faixas:
"Kosmo Vinyl Introduction"
"London Calling"
"Police On My Back"
"Guns Of Brixton"
"Tommy Gun"
"The Magnificent Seven"
"Armaggeddon Time"
"The Magnificent Seven (return)"
"Rock The Casbah"
"Train In vain"
"Career Opportunities"
"Spanish Bombs"
"Clampdown"
"English Civil War"
"Should I Stay Or Should I Go"
"I Fought The Law"

THE OFFSPRING
Rise And Fall, Rage And Grace
Sony/BMG – nac.
Uma das mais bombásticas e bem-sucedidas bandas dos anos 90 está de volta. O Offspring causou furor no começo dos anos 90, e ao lado do Green Day, foram os dois líderes do Poppy Punk, que muitos também classificavam como Hardcore Melódico erroneamente, pois o HC melódico é outro estilo, creditado a Bad Religion, Pennywise ente outros. Além desta vertente do Punk mais melódica e acessível em que inundaram as rádios, MTV’s, charts e revistas do mundo todo, eles foram responsáveis por ressuscitar o Punk Rock clássico de fato, fazendo muitas bandas antigas voltarem, outras novas surgirem e lembrar à molecada da época que este estilo tem muito a ver com a juventude e que é sempre atual, tanto musicalmente, quanto sua proposta que nunca é datada (diferente do comunismo e do socialismo, por exemplo, ambos falidos, bem como questões religiosas). Ratificando ainda que, o lado Emo aflorou com bandas como Blink 182, portanto, se você ler por aí que o Emo surgiu com o Green Day e o Offspring (como já li, vi e ouvi em alguns lugares) desconsidere, pois esta informação é incorreta, e provavelmente o veículo responsável por divulgar isso, não tem procedência. Falando do Offspring em si, sua música teve várias nuances em sua carreira, mas que fique bem claro, que nunca foi no intuito de seguirem a onda do momento. Pelo contrário, depois que a banda explodiu no mundo todo, ela vinha fazendo justamente o oposto. A música da banda sempre teve, desde momentos mais alegrinhos até momentos mais Darks e sombrios; desde momentos mais comerciais, até momentos bem anti-comerciais; desde momentos puramente Punk Rock clássico até os Hardcore Melódicos mais acessíveis; desde canções de amor até canções falando sobre morte; desde canções tipicamente para o mercado norte-americano com vídeo-clipe com desfile na rua, até músicas feitas para os mais misantrópicos. Mas estas fases foram acometidas em cada disco de sua discografia. Desta vez, em Rise And Fall, Rage And Grace eles resolveram fazer uma faixa de cada nuance destas, tudo num só álbum. A banda não inovou em nada, mas repetiu, com sucesso, as fórmulas do Punk Rock em The Offspring de 1989, o Hardcore melódico de Ignition de 1992, o Poppy Punk de Smash de 1994 (o disco independente mais bem vendido da história da música – o único a chegar na marca dos milhões, lançados de forma totalmente alternativa), o lado sombrio, triste e depressivo de Ixnay On The Ombre de 1997, o lado mais acessível de Americana de 1998, o lado mais bobinho de Conspiracy Of One de 2000 e ignoraram o lado dispensável de Splinter de 2003. A banda que conta com Dexter Holland (vocal e guitarra), Kevin ´Noodles´ Wasserman (guitarra), Greg Kriesel (baixo) e Pete Parada (bateria), produzidos por Bob Rock acertaram a mão novamente! JCB – 8,0

Faixas:
1. Half-Truism
2. Trust in You
3. You´re Gonna Go Far, Kid
4. Hammerhead
5. A Lot Like Me
6. Takes Me Nowhere
7. Kristy, Are You Doing Okay?
8. Nothingtown
9. Stuff Is Messed Up
10. Fix You
11. Let´s Hear It for Rock Bottom
12. Rise And Fall

PÁTRIA ARMADA
Genocídio Urbano
Independente – imp.
Este é o CD debut do paulistano Pátria Armada. Depois de 20 anos de estrada sai o primeiro full lenght chamado Genocídio Urbano com 19 petardos do mais puro Hardcore Old School. A banda já moldou ao longo de suas décadas em tantas demos, splits coletâneas, tributos ao Ação Direta, Garotos Podres e Cólera, e até por isso mostra uma forte influência de nosso HC, em que a banda ajudou a moldar. Em vez deles pagarem pau só para gringo, como muitas bandas fazem, eles tributam nossos heróis nacionais! Este disco, como é um debut de uma longa carreira, é quase como uma coletânea. Sendo assim, temos as clássicas e antigasCruéis Predadores, Passeatas, Geral, ... e o Homem Fez a Bomba..., Menor Abandonado, Retardados, Dias de Agonia, Não, Morte Depois da Morte e Pátria Armada (a música) que saem em CD com uma produção melhor (libertadas depois de muitos anos verão a luz do Sol)  ao lado das novas e não menos nocivas Bush É Hitler, Cidade Morta, Fascistas, Fim do Mundo, Realidade Fatal, Matança Autorizada, Xingo, Cuspo Vomito, Sem Futuro e União. Como já citamos quase todas, e como quase todas são dignas de nota, fica difícil escolher destaques. Seja pela musicalidade Hardcore de verdade (tem muita banda hoje fazendo Metalcore e falando que é Hardcore – devia dar cadeia isso!), mas pelas letras inteligentes! Mas noa tem como não citar Bush É Hitler! Que não demore mais 20 anos para sair outro disco deles! LT – 9,0

CORES D FLORES
Paixão
Silent Music – nac.
Pasmem, para quem ainda não está ciente, este é já o terceiro disco e esta é a banda de Marielle Loyola, ex-vocalista da banda feminina de Thrash Metal Volkana. Isso mesmo. Aqui, ela pega bem mais leve, num Rock mais convencional, sem o peso do Thrash. A banda é completada por Tiago Wesguerber (guitarra e violão); Eugênio KF (baixo) e Guima Scartezini (bateria). E a banda já tem mais de dez anos de estrada., e já ate tocou em programas de TV da MTV e da TV Cultura de SP, como os extintos Turma da Cultura (um dois melhores programas dedicado aos jovens que já tive conhecimento) e Musikaos. As letras agora são em português, e segue o release da banda para você ter maior conhecimento da mesma. A banda foi formada na fria Curitiba no ano de 98 por Marielle Loyola, com o intuito de satisfazer suas maneiras de fazer músicas diferenciadas e vindas de muitas influências. Claro que o Background de Mirella conta muito aqui, já que com as Volkanas, ela excursionou com Ratos de Porão, Sepultura, Viper e Titãs, ou seja, sua música sempre tem um “quê” de peso e agressividade. Claro, este disco e banda atual é bem mais melódico, sensível e maduro, sem destaques para nenhuma música, já que Paixão é consistente por inteiro. Mas o destaque de tudo ainda é Mirella, seja por sua imagem, seja pelo seu poderoso vocal, por habilidade em compor diversos temas, desde os mais calmos até os mais densos. RS – 8,0

CORRÉRA
Mutilações E Mortes
Silent Music – nac.
Banda dos paulistas que oscila entre o Thrash Metal e o Hardcore, caindo no Crossover e etc. Chame-os ainda de Thrashcore, Metalcore ou ainda o bom e velho Crossover mesmo. Influências de Suicidal Tendencies, Biohazard, DRI e demais bandas “urbanas” e street. As letras são em português mesmo, e o estilo cai ainda para o NYHC, ou seja, bem pula-pula, arrastado, nem nova-iorquino. Muitas bandas paulistanas seguem essa trilha, já que, São Paulo é muito parecida com Nova Iorque, tanto na riqueza, quanto na pobreza e na variedade cultural e preconceitos, apesar de ambas serem metrópoles e cosmopolitas. As letras criticam a sociedade claramente, em 17 faixas ácidas e críticas, de músicas com muito groove. Destaques para: Petroguerra, Faculplayba (essa é demais!), Estilo HC (lembrando algo de Agnostic Front e Madball), e Atitude Corréra, bem auto-biográfica. O CD foi feito no legendário estúdio DaTribo, onde gravaram bandas como Claustrofobia e o Endrah. Sim, não é só de Pompeu que vivem as bandas paulistas. Mutilações E Mortes é direto e reto. LT – 8,0

Faixas:
01. Alienação
02. Faculplyaba
03. Filhos da Pátria
04. Petroguerra
05. Desiquilíbrio Social
06. Capitalista América
07. Estilo HC
08. Hora do Medo
09. Rajada de Fogo
10. Sequestro da Mente
11. Repressão
12. Vivendo e Aprendendo
13. Animal Humano
14. Atitude Corréra
15. Mutilações e Mortes
16. Vida Maldita
17. Soldados

LEFT FRONT
Death Will Be Just Beginning
Silent Music – nac.
Mais uma banda de Metalcore, e já virou epidemia e já endemizou o Brasil. Depois de várias ondas, como o Poppy Punk, o Harcore Melódico, o Alternative Metal, o Nu Metal, agora é a vez do Metalcore. São bandas que, não querem ser Hardcore tradicional, nem o puro Thrash, mas cambeia entre os dois decaradamente. A banda paulistana (mais uma) Left Front executa este estilo, tão normal em cidades grandes e metrópoles, como a nossa. O debut da banda, The Death Will Be Just the Beginning, com uma queda para o New Metal ainda, já que apresenta litigiosas influências de Korn (na parte psicótica, e nos vocais) e Slipknot (na loucura sonora, também nos vocais e nas guitarras minimalistas e pula-pula). A presença de synths aparece na faixa-título, Death Theory e The Flames Of the World, resultando em momentos noventistas e são os destaques. A produção sonora, pode ser melhor trabalhada na próxima vez, pois aqui ficou um pouco a desejar, não captando o peso querido pela banda. Parabéns ao título bem sacado do disco, já que, é quase homônimo àquela série famosa da Nuclear Blast. LT – 7,0

Faixas:
01. My Last Murder Riot
02. Hipocrite Lies
03. Help Me
04. The Flames Of World
05. The Death Will Be Just The Beginning
06. Eternal Suffering
07. Death Theory
08. System Slave

NO RACISM, NO VIOLENCE
V/A
El Sonora Records / Silent Music – nac.
Coletânea da gravadora El Sonora Records, enviada para nós pela gravadora Silent Music. Aqui, nesta coletânea mescla bandas brasileiras com bandas hispânicas: os Kertuler e Aphonnic da Espanha e o Bruthal6 da Argentina. Como em grande parte das coletâneas Underground, há vários altos e baixos, claro, e seria injusto ficarmos sobressaindo uma banda da outra, então, compensa você ir atrás do seu. Olha o nível das bandas aqui presentes, entremeando os estilos Hardcore, Punk, Thrash, Crossover, Metalcore, Thrashcore e etc. Confira e apóie o Underground! LT – 7,0

1.SKIN CULTURE(SP)
2.APHONNIC (Espain)
3.ENVYDUST (SP)
4.BRUTHAL6 (Argentina)
5.CORRÉRA (SP)
6.Soul Factor (DF)
7.KERTULER (Espain)
8.AMOS (MS)
9.QOHELET (SP)
10.MEGIDDO (SP)
11.HEIGHTEN (SP)
12.MINORA (SP)
13.HONEY PUSSY (SP)
14.STREITO (SP)
15.SETE pele ( DF)
16.Nomad Sapiens (SP)
17.QUARTO TEMPLO (MG)

AGNOSTIC FRONT
Warrior
Nuclear Blast – nac.
Décimo segundo álbum de estúdio desta lenda viva do Hardcore mundial. Donos da marca HCNY, a banda volta com mais um disco ao seu melhor estilo. Mais de 25 anos de carreira e as décadas se passaram, e os caras mostram que seu punch continua a toda. Warrior é um disco pesado, agressivo, poderoso, com uma queda para o Metal e Crossover, mas acima de tudo, Hardcore. O álbum conta com a produção de Freddy Cricien (Madball) que é irmão do vocalista do Roger Miret. Aliás, foi graças a Roger se aprofundar de cabeça no Madball que ele teve pique e força para voltar com o Agnostic Front nos anos 90. O disco é cristalino em sua produção, portanto, toda a sujeira que você ouve é a cargo da agressão das músicas aqui contidas. Destaques para as urgentes Dead To Me, Black And Blue, We Want The Truth, For My Family e No Regrets. Pouco a se dizer e muito a se pogar. Vale a resenha para divulgar aos fãs que este disco saiu, verdadeiros fãs de Hardcore não fazem downloads! Verdadeiros fãs de Hardcore sabem as importância e dificuldade de uma banda e por isso, se unem e a apóiam! LT – 8,5

Faixas:
1. Addiction
2. Dead to Me
3. Outraged
4. Warriors
5. Black and Blue
6. Change Your Ways
7. For My Family
8. No Regrets
9. Revenge
10. We Want the Truth
11. By My Side
12. Come Alive
13. All These Years
14. Forgive me Mother
15. Break the Chains

JESUS MARTYR
The Black Waters
Midiacaos – nac.
Banda da Argentina, muito boa. Infelizmente, por causa da ignorância que assola o povo brasileiro (também no Rock, Punk, HC e Metal sim senhor) de dar as costas para os grupos surgidos de lá, por uma mera e ridícula rivalidade futebolística. Mas alguns selos querem quebrar esse véu de ignorância e lança este excelente The Black Waters do Jesus Martyr. Eles somam brutalidade com melodia, intensidade com harmonia, com tamanha precisão digna de relojoeiros suíços! Se as bandas brasileiras são tão grandes na Argentina e na Latino América em geral como são aqui, os grupos de lá são ignorados na terra do pau-brasil. The Black Waters é um álbum conceitual, cuja temática é o fim da civilização, devastada por águas negras. Na Europa eles são tidos como “O Segredo mais bem guardado da Argentina”. Sem mais a falar, e mais a escutar, confira! Em tempo, para quem não os conhece: como é a música deles? Muitos falam que seja New Metal, Hardcore ou Metal, mas me arrisco a dizer que começaram a escrever uma nova parte da história da música pesada. Em tempo 2: a maioria das bandas portenhas são nacionalistas e só cantam em sua língua nativa, e o JM faz parte do time contrário, assim como seus conterrâneos do A.N.I.M.A.L. uma das maiores influências suas e que encerraram suas atividades recentemente. PR – 8,0

1-End of the Era
2-Moonvalley
3-Breathless
4-What makes you burst
5-Seed of Evil
6-High at the Holy City
7-Hecatomb
8-Masses want dead
9-The Black Waters
10-Motherland
11-Damn the Jesusmartyr

MXPX
Let's Rock
Rock Machine – nac.
Este Let’s Rock é uma daquelas coletâneas de raridades, sobras de estúdio e lados-B A banda, que já lançou Let It Happen, em 98 nesse estilo, de novo vem com esse mesmo formato. Sinal de que seus fãs gostam, apreciam e aceitam esse tipo de coisa. Algumas faixas são inéditas, mas não novas, outras regravadas, outras saíram em EPs e projetos especiais. Ou seja, é meio que um balaio de gato e mostra um compilado irregular, ainda que bom, para seus fãs. Seu som, um Punk, meio Poppy Punk, meio Hardcore Melódico, que fez sucesso entre 94 e 98, tem uma grande legião de admiradores, como aqui no Brasil também. Difícil apontar destaques já que o CD não é linear, mas mesmo assim, é uma coletânea, ainda que não um Best Of. Então, segue o track list e se despertar interesse, vá atrás do seu, e pogue, pois pelo menos, a diversão é garantida!
LT – 8,0
01. You Walk, I Run
02. Every Light
03. 1 And 3
04. Don’t Forget Me (When You’re Gone)
05. Breathe Deep
06. Make Up Your Mind
07. Running Out of Time
08. Slow Ride
09. Where Did You Go?
10. Sweet Sweet Thing (Acoustic)
11. Last Train (Acoustic)
12. You Walk, I Run (Acoustic)

EXPLOITED
Best Of 25 Years
Rock Machine – nac.
Twenty Five Years of Anarchy And Chaos é o título desta coletânea do Exploited, uma das maiores bandas de Punk Rock de todos os tempos. A coletânea abrange todas as fases da banda e este CD conta com verdadeiros hinos da banda como Let´s Start a War, Punks Not Dead, Beat The Bastards, Computers Don´t Blunder, System Fucked Up, Chaos Is My Life entre tantas das vinte e quatro faixas, onde eles disparam contra o sistema, contra a religião, a sociedade e todas as hipocrisias. Confira o track list:
1. Army Life 
2. Exploited Barmy Army
3. Punks Not Dead 
4. Dogs Of War
5. Dead Cities
6. Attack
7. Computers Don´t Blunder
8. Troops Of Tomorrow
9. Let´s Start A War 
10. Rival Leaders
11. Death Before Dishonour 
12. War Now
13. Jesus Is Dead 
14. Sick Bastard 
15. The Massacre
16. Fuck Religion 
17. Porno Slut
18. Beat The Bastards 
19. System Fucked Up 
20. Law For The Rich
21. Fuck The System 
22. Noize Annoys 
23. Chaos Is My Life 
24. Never Sellout 
Já que não temos mais discos da banda com músicas inéditas e se você está curtindo Punk ou só agora, ou ainda não conhece a banda, confira esta coletânea imperdível! LT – 9,0



























FABULOUS DISASTER
Pretty Killers
F Records – nac.
Banda de Punk Rock feminina que chega com um grande atraso por aqui, já que este álbum foi lançado inicialmente há 8 anos atrás (1999 mais precisamente), mas o que importa é a qualidade musical e a competência das meninas, o que me remete aos bons tempos de bandas com L7 ou 7 Year Bitch, comparações à parte, a banda tem toda sonoridade calcada as raízes Hardcore. Destaque para as faixas Rich Bitches In Volvos Piss Me Off, Black e Blue, Boo e Time Bomb, vale ressaltar que o CD conta com 4 músicas bônus. O álbum vem com 18 faixas, 14 lançadas na primeira edição do álbum e as quatro últimas que apareceram na primeira demo da banda. Desta época pouca coisa sobrou, metade do grupo se separou, deixaram de ser um quarteto e viraram trio com o advento do EP I´m A Mess, o quarto trabalho delas. A banda era muito mais tosca e primitiva do que hoje, em que seu som evoluiu assustadoramente. Mesmo assim, parabéns para o trabalho da F Records em trazer mais um disco da discografia delas, deixando o mercado brasileiro mais completo neste estilo. FSS – 8,0

SEKS COLLIN
Ao Nosso Alcance
F Records – nac.
Hardcore Melódico lembrando bandas californianas em alguns momentos. Mostrando competência e boa produção, o quinteto Seks Collin esbarra em temas como amores acabados, corações partidos e re-começos e skate. Instrumental convincente e boas linhas de melodias vocais fazem parte de mais um álbum bem perto do Emocore. Um adendo: o Hardcore Melódico, que é um estilo espetacular, acabou em parte gerando o Poppy Punk de Green Day e Offspring, e depois, o Emo de Blink 182 entre tantos outros. Não é meu estilo predileto, mas não consigo ver nenhuma diferença entre elas e as bandas top do estilo, como NX Zero e CPM22. Mesmo assim, prefiro o Killi e outras bandas mais HC de fato. FSS – 5,0

ASTORIA
Algo Para Os Momentos Difíceis
F Records – nac.
A banda antes era conhecida como Arsenal, e como Astoria agora, finalmente chega ao seu álbum de estréia. O grupo é um trio, formado por Léo (guitarra/voz), Leandro (baixo) e Júlio (bateria) e já um certo nome na cena Punk/Hardcore de SP. O encarte é bem feito, e vamos a parte musical. São 13 faixas com muitas melodias, bons refrãos, bons arranjos turbinados e vocais marcantes. Como bônus, o CD tem 2 vídeos, um mini-pôster e um adesivo, mostrando que no HC é assim que se combate a pirataria: dando um produto melhor aos fãs. Destaques para Dias Como Este, Aprender A Te Odiar, a faixa-título e Retilíneo Uniforme. Apesar de ter umas quedas para o Emo (que já está no fim), a banda ainda pode ser chamada de Punk sim senhor. FSS – 7,5

SHILEPER HIGH
Shilas On The Rock
F Records – nac.
Mais uma boa banda Melódica, de Poppy Punk, se é que ainda podemos chamar assim. Eles não são tão pesados quanto o Hardcore Melódico e bem mais agressivo e menos bixoso do que o Emo. As músicas são fáceis (em inglês, desta feita) como What Do Kids Know?, Martini, Open Bar, Lost e etc. A banda é formada pelos irmãos Guilherme (guitarra e voz) e Conrado (bateria) mais André (baixo). A produção deixa um pouco a desejar, mas o pique, garra e energia, garantem o divertimento. FSS – 7,0

VILIPÊNDIO
Um Segundo de Glória
Independente – nac.
Esta banda vem dando o que falar no Underground, tanto que está expandindo suas fronteiras e pode ser a próxima grande promessa de alguma gravadora que queira investir em um nome que alia qualidade musical, com punch e apelo para fazer sucesso. Afinal, depois que contrataram o Dead Fish (que maneirou sua música, isto e verdade), o parteira está aberta! O som é poderoso, pesado, cru, agressivo, desafeto, irado e colérico! A desconstrução sonora é grande, a tosqueira roal solta, lembrando os primórdios do Hardcore, de bandas como Germs, Olho Seco, S.O.D. e claro o Grind de Extreme Noise Terror, como também Metal, Thrash e Crossover. Caótico, letras em português, saca só alguns títulos: Mulheres Apaixonadas não Entram Em Açougues, A Saga De Um Hospital Público, A História De João H, Por Motivos Banais e etc. O que mais a dizer a não ser ouvir, banguear, pogar e se divertir? LT – 8,0

LIXOMANIA
Não Obrigado: Ao Vivo
MNF – nac.
O Lixomania é uma das bandas seminais do Punk Rock brasileiro. Não Obrigado é um excelente registro ao vivo desta lendária banda paulista, formada em 1979. Hoje a banda conta com Miro na bateria, Júnior no baixo, Tikinho na guitarra e Moreno nos vocais. São 18 faixas ao todo, sendo na versão corrente 15 clássicos do pogo:
1. Realidade 
2. Grito de Ódio 
3. Gerente 
4. Guerra Nuclear 
5. Presidente 
6. Os Punks Também Amam 
7. Anarquia no Brasil 
8. Fugitivo 
9. O Punk Rock Não Morreu 
10. Massacre Inocente 
11. Estado de Sítio 
12. Punk! 
13. Zé Ninguém 
14. Violência & Sobrevivência 
15. Voto 
Além destas, como bônus OMR, Quero Ser Livre e PPP. Imperdível e indispensável! LT – 9,5

SEX PISTOLS
Spunk
Dynamo – nac.
Saiu oficialmente este disco que, “originalmente” saiu como pirata. Nenhuma novidade nem nenhuma faixa “nova”, mas apenas faixas que já haviam saído no eterno Never Mind The Bollocks. As versões aqui presentes são tiradas de demos, gravadas um ano antes do clássico. Tanto que muitas destas faixas receberam nomes diferentes. Estas versões circulavam ilegalmente desde a saída de Never Mind The Bollocks até os dias de hoje, até que resolveram oficializar isso tudo. Claro, tudo muito cru, mal tocado, mal produzido, vale mais como registro histórico do que para você ouvir e curtir mesmo. Veja a relação do track list de Spunk:
1. Seventeen
2. Satellite
3. Feelings (viria a ser depois No Feelings)
4. Just Me (viria a ser depois I Wanna Be Me)
5. Submission
6. Nookie (viria a ser depois Anarchy In The U.K.)
7. No Future (viria a ser depois God Save The Queen)
8. Problems
9. Lots Of Fun (viria a ser depois Pretty Vacant)
10. Liar
11. Who Was It (viria a ser depois EMI)
12. Looking For A Kiss (viria a ser depois New York)
13. Anarchy In The UK (Denmark Street Demo, July 76)
14. Pretty Vacant (Denmark Street Demo, July 76)
15. No Fun (Unedited version, Oct ´76)
Você que é Punk, tome uma attitude Punk e tenha de vez estas versões originais e históricas!
LT – 9,0

DESERTOR
Cadeira De Rodas
Silent Music – nac.
Boa banda de Hardcore cristã (sim isso mesmo). O teor das letras pode até causar celeumas, mas o som é legal. E cá entre nós, 90% das pessoas ouvem Rock em inglês e não entendem nada do que canta, apenas a música e a melodia das frases cantadas, que muitos repetem sem saber o que significa. Afinal, se as pessoas dessem muita bola para as letras em inglês, ninguém gostaria de Romones, pois as letras deles... Bem, vamos á música. A banda faz um HC sujo e arrastado, com alguns pulas-pulas, meio NY. Destaques para Divórcio, Cadeira De Rodas e Sem Terra, dentre as 20 músicas do álbum. Confira. LT – 7,5

TRINO
666 Corporation
Alerta Records – nac.
Bom, o som aqui é Hardcore, né? Claro, como todo grupo barulhento e pesado atual, eles vão para diversas outras tendências, como o Thrash, Crossover, Crust (bem pouco) e até algo de Death e Grind, passando pelo Heavy tradicional também. Mas ainda, Hardcore. A banda ainda soa moderna, como vem fazendo e sendo chamado de Metalcore, como muitas bandas norte-americanas infestam a Metal Blade e outras tantas alemãs e suecas (até o In Flames está indo nessa). Nesse tal de Metalcore, há as bandas que vieram do falido New Metal (quem?), outras do Metal mesmo e outras do HC, sendo este terceiro e último caso o do Trino. Sem destaques individuais, nem em faixas nem em músicos, 666 Corporation é assim do começo ao fim. O CD ainda contém faixa interativa com um vídeo-clipe e produção gráfica lindíssima! LT – 8,5

HASTA QUANDO?
Entrefuego
Alerta Records – nac.
Mais uma banda de Metalcore surgindo aqui, com mentalidade política, bem como as suas letras. Grande influência de Death Melódico de Gotemburgo e o Metalcore atual dos Estados Unidos da América, a banda pode ter grande número de fãs por aqui! Como excentricidade, as letras são parte em português e parte em espanhol (olha aí, os caras de olho na Latino América!) e o ponto negativo é Entrefuego ser curto, apenas nove faixas. Para compensar, encarte com 16 páginas e textos que vão te fazer refletir. Também se você não refletir, não pega nada, pois o som é sujo e agressivo! Ouça você mesmo! LT – 7,0


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