FIREWIND
Days Of Defiance 
Shinigami – nac.
Conheço o Firewind desde Burning Earth, segundo disco da banda, de 2003 e lançado no mesmo ano no Brasil pela Rock Brigade Records. Em meio a tantas bandas que surgiam e se mantinham ativas na época dentro do Heavy Metal Tradicional e Melódico, o Firewind parecia soar apenas mais uma na multidão. O que diferenciava o grupo era seu guitarrista grego Kostas Karamitroudis, que atende pelo nome artístico de Gus G. e que, além de virtuoso e talentoso, era mais um daqueles instrumentistas multi-bandas, pois tocava ao mesmo tempo em outros grupos de até maior expressão do que o próprio Firewind, como Mystic Prophecy, Nightrage e Dream Evil. Inclusive, num primeiro momento, o Dream Evil era a banda que mais despontava destas e com o tempo, ficaria claro que Gus teria que optar por tocar em menos grupos, com o crescimento natural de todas. O tempo se passou, o Firewind se manteve firme, sempre como uma banda de pequeno para médio porte, até o anúncio de que Gus G. seria o novo guitarrista da banda de Ozzy, substituindo Zakk Wylde. Gus gravou o ótimo Scream com o Madman, saiu em turnê e virou guitarrista efetivo de sua banda, mas Gus não largou o Firewind. Assim, o mundo passou a dar mais atenção ao seu grupo grego, ganhando mais status dentro do meio Heavy. Days Of Defiance é o sexto álbum de estúdio da banda numa roupagem moderna do Heavy/Power Metal, flertando com uma sonoridade dos anos 80. Além de Gus G., a banda é formada por Bob Katsionis (guitarra, teclado), Michael Ehré (bateria), Petros Christo (baixo) e Apollo Papathanasio (voz), também integrante do Spiritual Beggars. Days Of Defiance é o primeiro disco com essa formação (o grupo passou por diversas mudanças ao longo dos anos). Há momentos clássicos que remetem à Malmsteen (uma das maiores, senão a maior influência de Gus), passando pelo Melódico batido de Stratovarius e Helloween, e algo de Hard de Whitesnake. O disco não chega a ser um clássico e mostra que Gus vai brilhar muito mais mesmo tocando com Ozzy, já que o Firewind não mostra um estilo tão original nem tão marcante, mas têm bons momentos como The Ark Of Lies, World On Fire e Broken. De qualquer forma, conheça de onde surgiu esse fenômeno da guitarra. Aliás, Ozzy e Sharon não iam chamar qualquer um para tocar em sua banda, não é mesmo? RS – 8,0

Faixas:
01. The Ark of Lies
02. World On Fire
03. Chariot
04. Embrace the Sun
05. The Departure
06. Heading For the Dawn
07. Broken
08. Cold As Ice
09. Kill In The Name of Love
10. SKG
11. Losing Faith
12. The Yearning
13. When All is Said and Done
14. Wild Rose (bônus)
15. Ride to the Rainbow’s End (bônus)
16. Breaking the Law (bônus)

IRON MAIDEN
The Final Frontier
EMI – nac.
Antes de mais nada, esqueça essa balela de que será o último disco da banda, só porque tem a palavra “final” no título. Outra coisa, sepulte aquele Maiden dos anos 80. A banda nunca mais gravará faixas que sequer cheguem perto daquilo que fizeram até Seventh Son Of A Seventh Son. O Iron Maiden mudou muito de lá para cá, ainda mais depois da volta de Bruce e Adrian em 1999, do qual todos esperavam o contrário, que seria uma volta às raízes. Os dois discos com Blaze soam mais Iron Maiden do que a banda faz desde que a dupla voltou. Ainda assim, considero The Final Frontier, o melhor algum dessa nova fase em sexteto, que já lançou quatro discos com essa formatação. Essa viagem de produzir seus discos desde então com Kevin Shirley (Dream Theater) e de tornar a banda em Prog Metal, fez com que chegasse a seguinte conclusão: ou a banda acertou a mão n essa nova fase (finalmente) em The Final Frontier, ou já nos conformamos e assim, temos menos expectativas e então, passamos achar legal uma coisa que não seria até então. Sinceramente, não sei te responder. Claro, isso para 90% do público Metal, sem contar aqueles fãs die hard do Iron Maiden, que aprovam tudo o que a banda faz, sem senso crítico. Sim, estes mesmos, que só compram material do Iron Maiden, são vão aos shows deles, só compram revistas que tenham alguma linha escrita citando-os e que acham que o Iron Maiden é a única banda de Rock e Metal do mundo que presta, e que o resto é lixo! Judas Priest, Black Sabbath, Led Zeppelin, Beatles, Ramones, The Who, para eles não são nada. É só Iron Maiden e ponto final! Claro, estas pessoas, que são “pessoas comuns” e não roqueiros ou headbangers, com certeza participam de reuniões em família, churrascos com amigos e confraternizações em seus trabalhos e lá, eles têm orgulho de dizer que são “diferentes” dos roqueiros, que não gostam de roqueiros, que gostam só de Iron Maiden, só eles prestam. Estes fãs não se incomodam em ouvir pagode, funk, sertanejo ou axé nestas festas e locais, até arriscam alguns passinhos, mas vai falar que você gosta de Saxon que eles irão te linchar! Fazer uma crítica (ainda que construtiva), é igual fazer uma crítica ao PT, ao Lula, ao Corinthians, ao Maradona, às igrejas Evangélicas: você corre risco de vida! Já dizia o jornalista esportivo, Jorge Kajuru, que ser corintiano é ser doente. O mesmo estendo aos citados acima, inclusive a este tipo de fã do Iron Maiden. Vamos ao disco? Satellite 15.....The Final Frontier abre o disco, mas poderia ser dividida em duas partes: a Satellite 15 seria a introdução, com vários minutos apenas instrumental, com um ritmo marcial, e na segunda parte, que seria só a faixa-título, a música em si, o Hard’n Heavy ou um bom Heavy Rock. Isso mesmo, The Final Frontier é o disco mais Hard Rock da sua carreira! Sim, o incômodo Progressivo está presente no disco, ainda mais na segunda metade, mas o que fala mais alto que o Prog e o Heavy mesmo é o Hard Rock, e talvez, tenha feito este disco, o melhor desde a volta de Bruce e Adrian, e você pode contabilizar ainda os dois discos com Blaze. Ao menos, trás a empolgação, a vibração e a energia do Hard, adjetivos estes que faltavam nas últimas obras a pelo menos uma década e meia. Seguindo, o single El Dorado, que já tem até videoclipe. Talvez, a melhor do disco, a mais direta, uma das mais curtas, com solos inspirados, riffs e baixo cavalgados dos melhores tempos. Daquelas faixas que você ouve uma vez e não sai da sua cabeça. Depois vem Mother Of Mercy e estava com medo da vibração cair, mas não. Apesar de uma faixa mais cadenciada, ela é melodiosa, bem Hardy, e poderia estar em algum disco solo de Bruce, por estas características, ainda que não tenha sido composta por ele. Mas a próxima Coming Home, em que Bruce participou na composição, também é cadenciada, melódica e ainda melancólica e climática, poderia estar tranqüilamente em seu disco solo, o excelente The Chemical Wedding. Não há como não ouvir esta faixa e não remeter à este disco, impossível! Sabe qual o nome da próxima música? The Alchemist! Coincidência, ou Steve Harris, para fazer a banda voltar a ser mais orgânica (pois a mesma andava muito pasteurizada), lançou mão destes recursos, remetendo à este disco? Ainda que The Alchemist não lembre tanto este disco, só no título, ao menos, a faixa trás tudo o que queremos da banda, melodia, vivacidade, explosão, bombasticidade e guitarras dobradas. Remete sim, a algo da carreira solo de Bruce, com suas frases grudentas e melodias idem. Coming Home, aquela que parece ter sido extraída das gravações de The Chemical Wedding, além de Harris, compuseram Bruce Dickinson e Adrian Smith. Já The Alchemist, além de Harris, participaram Bruce e Janick Gers. Lembre-se, Gers tocou no primeiro disco solo de Bruce, antes do mesmo sair do Maiden, e foi Dickinson quem levou Gers ao Maiden, substituindo Adrian Smith então. Gers tem um passado de Hard Rock, antes deste disco solo de Bruce, havia tocado com Ian Gillan. Fico com a sensação de que, quando Adrian, Bruce e Janick participam mais, surgem momentos mais próximos do que esperamos da banda. Quando a coisa cai mais no colo para Harris fazer sozinho, a coisa fica mais chata, as vezes, quando seu cúmplice Dave Murray (únicos remanescentes da formação original e que nunca saíram da banda) participa. Daí em diante, só faixas gigantescas, com a menor das que se seguem tendo no mínimo oito minutos. Em Isle Of Avalon tem em seu começo e em sua levada instrumental alguns momentos que remete à faixa-título de Seventh Son Of A Seventh Son, no entanto, sem aqueles coros épicos e não tão sombria. A próxima, Starblind é o único momento dispensável do disco, vamos pular então. The Talisman a coisa melhora, ainda que na faixa seja longa e com muitas variações, a mesma emplaca. Engraçado que essa faixa, se fosse mais curta, seria mais legal ainda, já que possui momentos certeiros. Não entendo a obrigação de deixar as faixas longas, deve ser proposital, do tipo “a faixa está legal, mas só tem seis minutos, vamos deixar ela com nove”. Desnecessário. Até porque faixas muito longas, ou são instrumentais, ou muito Progressivas, muito virtuosas ou são Opera Rock, o que neste nunca foi o caso do Iron Maiden. Cada minuto a mais se multiplica em horas para compor, ensaiar, gravar, masterizar, ensaiar para o show e tocá-las ao vivo, ocupando o espaço de duas faixas mais “na cara” ao menos. Não sei qual a necessidade disso. Só se for naquela teoria do “bate, depois assopra”, ou seja, eles fazem shows tocando estes pesadelos musicais (ao vivo, se torna enfadonho), para numa segunda turnê, tocar apenas músicas antigas (e curtas) e talvez valorizar elas mais ainda. Deve ser isso, por mais maquiavélico que possa parecer. Vamos deixar eles passarem sede nessa turnê, para na próxima, afogá-los de tanta água. O mesmo vale para The Man Who Would Be King. Se essa faixa tivesse quarto minutos, em vez de quase nove, seria uma das possíveis candidatas a clássico e a se eternizar em seu set list. Encerrando a Hard Rock, When The Wild Wind Blows que lembra Folk, Southern ou qualquer outra coisa alegrinha, de você sair cantando ou assobiando. Parece aquelas músicas que são temas de filmes com um final feliz. Mas muito legal. Eu “enxergo” Tobias Sammet cantando essa faixa em algum disco do seu projeto Avantasia ou na nova fase da sua banda Edguy. Isso é ruim? Claro que não! Mas mostra a banda querendo expandir seus horizontes já que chegaram na sua fronteira final (pensou que eu ia passar a resenha sem um trocadilho ao menos?). Ao menos, nessa busca, acertaram na maioria dos casos (diria que acertaram em 9 das 10 faixas), abandonando o caminho escolhido no antecessor, o modorrento, pérfido, mofada e enfadonho A Matter Of Life And Death, do qual só se salva sua bela e bélica capa. Sorte de nós todos (não sei se mais minha do que as dos fãs citados no começo da matéria) que na época de seu lançamento, não recebemos esse disco para resenha, tanto pelo fato da EMI no Brasil estar em transição e mudança de local físico aqui em São Paulo, quanto por nós da ROCK UNDERGROUND também termos passado por um período turbulento nessa época, em transição de revista para site, devido as mudanças de no cenário musical. Ainda bem... Imagino se Roy Z (Bruce Dickinson, Judas Priest, Halford, Helloween, entre outros) tivesse produzido este disco, a porrada que não seria! Mas como Steve Harris é um líder nato, quase tirano, como quase todos os líderes, ele prefere perder com sua teimosia sozinho do que ganhar com todos cedendo. A Era Dunga que o diga... JCB – 8,5
                                    
Faixas:
1. Satellite 15.....The Final Frontier (8:40)
2. El Dorado (6:49)
3. Mother Of Mercy (5:20)
4. Coming Home (5:52)
5. The Alchemist (4:29)
6. Isle Of Avalon (9:06)
7. Starblind (7:48)
8. The Talisman (9:03)
9. The Man Who Would Be King (8:28)
10. When The Wild Wind Blows (10:59)

OZZY
Scream
Sony – nac.
Mais ou menos o que foi falado do disco do Iron Maiden acima, em proporções menores, os fãs de Ozzy também são xiitas. A maioria deles só aceita Black Sabbath com Ozzy, renegando até mesmo a fase Dio. Para eles, Black Sabbath É Ozzy, o que é um terrível erro, equívoco e falta de conhecimento musical. Ozzy é uma figura ultra importante no Heavy Metal e no Rock em geral, mas menos. Sua música quase sempre foi boa, dentro e fora do Sabbath, mas a sua imagem caricata arrecada mais fãs do que seu talento. Ozzy não seria o sucesso que é, não tivesse mordido por engano aquele morcego, assim como o Iron Maiden não teria metade do sucesso não fosse o Eddie. Bom, para mim, se o antecessor Black Rain já era o melhor disco de Ozzy desde No More Tears, agora Scream bate essa marca, e é o melhor disco desde NMT. A novidade, a saída depois de duas décadas do guitarrista Zakk Wylde para a entrada do grego Gus G. (Firewind). Zakk, quando entrou na banda de Ozzy, despontou como um sucessor de Randy Rhoads, era jovem e talentoso. Mas Zakk se rendeu ao alcoolismo, do qual tanto se orgulhava, tanto que montou sua banda batizando de Black Label Society. Vivia chapado, como um velho bêbado, e o álcool lhe tirou sua inspiração, tanto com Ozzy quando com o BLS. Os últimos discos dele com o BLS e Ozzy, eram quase a mesma coisa. Agora o orgulho etílico de Zakk foi deixado de lado e ele está se tratando. Será que Zakk vai rebatizar a sua banda de Perrier Water Society? A entrada de Gus resgatou aquele Ozzy clássico do Heavy Tradicional, com o peso e a morbidez Sabbáthica com algo Hardy, que ajudou a moldar o Rock nos anos 80. Vamos à vaca fria. Let It Die abre pesada, já mostrando logo de cara a que veio Gus G. Let Me Hear You Scream é a faixa que seria o carro-chefe do disco, e uma das melhores, mais diretas e que remete aos bons tempos do velho Madman. Com um refrão marcante e guitarras faiscantes de responsabilidade de Gus G. que sem dúvida é o destaque e o diferencial nesse disco. Soul Sucker é um tema mais arrastado, que poderia ser o Sabbath com Ozzy nos dias de hoje, muito distorcido, baixo no talo e uma afinação mais grave na guitarra, com um quê psicodélico, talvez alguam herança de algo feito por Zakk Wylde. Esta faixa se chamava originalmente Soul Sucka, que era até então o título do disco, mudado de última hora devido a reclamação dos fãs em fóruns e redes sociais, pois seria mais um título de um álbum de Hip Hop do que Metal. Life Won’t Wait começa relax, mas com refrão pesado e positivista. Achei dispensável. Diggin Me Down lembra a cadência de Ultimate Sin, mas bem mais pesada, quase Thrash Metal! Crucify serve apenas para encher linguiça, para vir Fearless, uma baita de uma música, dessas que você ouve e não esquece fácil e que tem que ser tocadas ao vivo, pelos seus riffs certeiros, sua levada cativante e sua velocidade! E os solos? Há quanto tempo não se ouvia solos tão musicais em um disco de Ozzy? Time é outra lentinha sem graça, que você pode pular, que não vai sentir falta, ainda que tenha um refrão grudento, mas esse não é o Ozzy que quero ouvir. Completam o disco I Want It More, Latimer’s Mercy e I Love You All, uma espécie de despedida (eu amo todos vocês). Um despedida digna, com um disco que Ozzy devia isso ao público, um disco que faz jus ao que ele pode se inspirar no momento. Mas Black Sabbath é Tony Iommi, não Ozzy! E Black Sabbath é muito mais do que Paranoid, Iron Man e War Pigs! JCB – 8,0

Faixas:
1. Let It Die
2. Let Me Hear You Scream
3. Soul Sucker
4. Life Won’t Wait
5. Diggin Me Down
6. Crucify
7. Fearless
8. Time
9. I Want It More
10. Latimer s Mercy
11. I Love You All

FIREWIND
The Premonition

Shinigami – nac.
Os Firewind têm vindo a crescer de álbum para álbum e isso notou-se e bem com o excelente “Allegiance” lançado em 2006. Este “The Premonition” é pesado, melódico, rápido e possui excelentes prestações de todos os membros da banda, com especial destaque para Gus G. e o vocalista Apollo Papathanasio. Este é um álbum que ao fim de ouvir-mos algumas vezes, ficamos com as músicas quase todas na cabeça de tão bom ser. O álbum varia entre músicas bem Heavy Metal e outras ao estilo melódico, perto do que a banda grega fazia á alguns anos. Especial destaque para o cover da música “Maniac” do filme Flashdance, que ficou fabuloso. Into the Fire possui um belo início, com riffs minuciosos e com partes fortes e intensas de todos os instrumentos. Riffs com marcantes de Gus iniciam Head Up High, canção essa que tem ótimos elementos trabalhados pelos músicos além de uma penetrante marcação de Mark Cross na bateria. Mercenary Man foi o primeiro single a tocar nas rádios e ganhou videoclipe, com riffs e refrões pegajosos, essa canção é uma das melhores do disco. Angels Forgive Me possui efeitos atmosféricos dos teclados por parte de Bob Katsionis, enquanto a terra continua tremendo nas mãos de Mark. Rápida e direta é a descrição para Remembered, canção que tem destaque na pegada dos bumbos e guitarra, além de um vocal mais agressivo de Apollo. My Loneliness é outra que chama a atenção. Belo início, os refrões são eletrizantes e mais uma vez percebe-se o bom gosto de Gus para definir a estrutura de suas passagens na guitarra. Circle of Life vem na seqüência mostrando um ótimo trabalho instrumental, novamente o duo dos vocais chamam bastante a atenção. The Silent Code possui bases e riffs velozes e trabalhados, evidenciando a qualidade dos músicos e a forte pegada e felling de Gus com solos agressivos e bem trabalhados. Lembra do filme Flashdance? A versão da canção Maniac de Michael Sembello foi muito bem adaptada com riffs de guitarra avassaladores e passagens muito interessantes do teclado, além de grande presença e performance de Apollo na desenvoltura da música. Life Foreclosed tem variações sombrias e uma característica cadenciada no duo dos vocais. Um bom trabalho vindo das guitarras e nos vocais de Apollo, que são apoiados pelas fortes passagens de Mark na bateria. “The Premonition” é um álbum recomendado a todos os fãs de Metal e candidato já a dos melhores do ano na minha opinião. Ainda é bom saber que bandas novas lançam álbuns de Metal tão bons. Melhores músicas: Todas, com especial destaque para“Mercenary Man”, “Angels Forgive Me”, “The Silnet Code” e“Maniac”. PR* – 9,0

Faixas:
1. Into The Fire
2. Head Up High
3. Mercenary Man
4. Angels Forgive Me
5. Remembered
6. My Loneliness
7. Circle Of Life
8. The Silent Code
9. Maniac
10. Life Foreclosed

NEVERMORE
The Obsidian Conspiracy
Shinigami – nac.
 “The Obsidian Conspiracy” era um dos álbuns mais aguardados desse ano e, é o sétimo da carreira dos americanos, sendo produzido por Peter Wichers (Soilwork, também produziu o álbum solo de Warrel Dane e do projeto “Out of the Dark”, da Nuclear Blast) e mixado/masterizado novamente por ninguém menos do que Andy Sneap, a sonoridade polida e extremamente bem encaixada é algo que não precisaria nem ser citado, já que a participação destes dois nomes acima já é sinônimo disso. Da mesma forma que a arte do álbum, assinada por Travis Smith, encaixada no conceito, belíssima e soturna como sempre. Mantendo a tendência, a totalmente Thrasher “The Termination Proclamation” abre o álbum de forma rápida e pesada, direcionado pelos riffs certeiros de Jeff Loomis (um certo toque de MeloDeath aí?), completamente emendada com “Your Poison Throne”, um pouco mais cadenciada e mais soturna (os “Rise!” são pegajosíssimos). “Moonrise (Through Mirrors Of Death)” tem uma das letras mais legais e figura entre as melodias mais interessantes do álbum, flertando novamente com o Death Metal aliado ao Thrash, enquanto “And The Maiden Spoke” é outra tipicamente Nevermore, com um trabalho excepcional de Van Williams e Warrel Dane literalmente recitando certos trechos e um refrão tipicamente da fase “Enemies Of Reality”. A quinta música “Emptiness Unobstructed” parece saída diretamente do clássico “Dead Heart In A Dead World” e com o seu ritmo mezzo-arrastado é uma singularidade no álbum (e a minha favorita, principalmente por causa da letra), seguida por “The Blue Marble And The New Soul”, a primeira balada do álbum, que traz todas as características já típicas das músicas desse estilo comporta pela banda, um clima carregadaço, soturno e até mesmo triste, conduzido por melodias vocais complexas, mas que fluem incrivelmente. “Without Morals” é outra música com cara de single com um refrão até meio que…. feliz (?), o oposto de “The Day You Built The Wall”, bem complexa, com diversas mudanças de andamento e um andamento mid-tempo, e funciona quase que como um prelúdio para “She Comes In Colors”, uma balada que se inicia nos moldes de “Insignificant” e evolui gradativamente para uma das mais sombrias músicas do Nevermore, relembrando uns toques do “Dreaming Neon Black”. Vale citar que com seus 5:31 de duração é a música mais longa do álbum e, talvez essa opção de optar por músicas mais diretas e curtas foi um acerto muito bem pensado, já que o fluxo na audição não é prejudicado em nenhum momento. A faixa-título “The Obsidian Conspiracy” talvez seja não apenas a mais extrema do álbum, como de toda a carreira do Nevermore, com seus riffs absolutamente Melodic Death Metal (alguém aí percebeu a semelhança com Arch Enemy?) e fecha o trabalho de forma admirável. Nessa versão limitada aqui, temos ainda duas bônus tracks: “Crystal Ships” e “Transmission”, covers do The Doors e The Tea Party, respectivamente. A primeira ganhou um arranjo completamente eletrônico e pesado (umas nuances de Rammstein ótimas!) com Warrel Dane cantando daquele seu jeito característico, enquanto a última continuou no seu aspecto de baladinha mezzo-progressiva dos canadenses do The Tea Party e é interessante apenas pelo registro. Chega a ser difícil imaginar como ela se desenvolverá nos próximos anos, mas com certeza já tem seu lugar garantido entre as mais criativas e singulares bandas da história. PR* – 8,5

Faixas:
1. The Termination Proclamation
2. Your Poison Throne
3. Moonrise (Through Mirrors of Death)
4. And the Maiden Spoke
5. Emptiness Unobstructed
6. The Blue Marble and the New Soul
7. Without Morals
8. The Day You Built the Wall
9. She Comes in Colors
10.The Obsidian Conspiracy

DREAM EVIL
In The Night
Shinigami Records – nac.
A banda sueca que “furou” ao não tocar em 2008 no Brasil, lança mais um disco sólido em sua sólida discografia. Creio que depois do Hammerfall, a principal banda sueca de Power Metal seja o Dream Evil, que está crescendo muito a passos largos. O Dream Evil já é uma realidade. Que bom que apareceu a Shinigami Records para licenciar para o Brasil títulos da Century Media. Desde que a CMR Brasil fechou seu escritório, ficamos órfãos de excelentes bandas do selo e as mesmas perderam terreno no Brasil até para shows, fazendo apresentações para públicos bem mais modestos do que as bandas da Nuclear Blast, por exemplo. Immortal abre bem épica, algo até clichê dentro desse estilo e esta faixa lembra muito, mas muito mesmo o Hammherfall. In The Night é grudenta, e Electric é muito Judas Priest, lembra muito o Primal Fear. E os coros de guerra nos backings de Frostbite? E a garra e a energia de On The Wind? Power Metal na pura acepção da palavra! Contagiante, pra cima, poderosa, motherfucking! In The Fires Of The Sun chega a ser assustadora em seu começo sinistro, descambando para uma das faixas mais deliciosas e vibrantes do Heavy Metal atual, com riffs concisos, peso, melodia, tudo na medida certa. As guitarras dobradas em seu refrão são matadoras! RS – 7,0

Faixas:
01. Immortal
02. In The Night
03. Bang Your Head
04. See The Light
05. Electric
06. Frostbite
07. On The Wind
08. The Ballad
09. In The Fires Of The Sun
10. Mean Machine
11. Kill, Burn, Be Evil
12. The Unchosen One

HELLOWEEN
Unarmed - Best Of 25th Anniversary
Sony – nac.
Olha, terei que separar bem a parte profissional da parte fã aqui para fazer essa resenha. Sou fã do Helloween, embora eu não seja tão fã de Heavy Melódico. Gosto tanto da fase Kiske e Hansen como da fase Deris. Os quatro primeiros discos que Andi Deris gravou com a banda, Master Of The Rings de 95, The Time Of The Oath de 96, Better Than Raw (o que mais gosto, mas não que seja o melhor) de 98 e The Dark Ride de 2001, para mim são tão clássicos quantos os Keepers. O que veio depois de Rabbit Don’t Come Easy é pura porcaria, a banda perdeu a mão e a inspiração para fazer temas sacados. Ainda que o guitar Roland Grapow, e o batera Uli Kusch não sejam membros fundadores, quando saíram depois de The Dark Ride, a banda afundou. Bem, para comemorar 25 anos de banda, a mesma lança um disco e tem a honra de ser contratada por uma major novamente, a Sony. A experiência não deu sorte na primeira vez, quando a banda entrou para a EMI e lançou dois discos mais Pop e mais para agradar o mercado norte-americano, Chamaleon de 91 e Pink Bubbles Go Ape de 92. Agora novamente, o que poderia ser bom, foi ruim. Será que a Sony só vai lançar este disco? Ou vai investir na banda de fato daqui pra frente e este Unarmed - Best Of 25th Anniversary é apenas o começo? É de se notar um fenômeno que vem acontecendo de anos para cá, graças aos downloads. Como a venda de discos despencou nestes últimos anos, muitas bandas de Heavy Metal, hoje, tem vendas superiores a bandas de Pop, mesmo que o HM tenha sofrido no cenário com isso. Mas hoje, ficaram maiores que as de muitos outros estilos. É normal ver discos de Metal que hoje vendem modestas milhares de cópias, estarem entre os mais vendidos nas paradas da Billboard, devido a queda da venda de discos de outros estilos. Bom, estou enrolando para falar deste disco né? É porque ele é muito ruim! O Helloween fez uma coletânea de diversos clássicos e as regravou em formato acústico. Ok uma banda com 25 anos de carreira tem o direito de fazer o que quiser (aliás, todo artista tem), mas o resultado ficou esquisito demais. Talvez visse um DVD junto, como era feito no formato MTV Unplugged talvez ao assistir, ficasse até engraçado. Mas melhore nem dar idéia. Se você é fã die hard da banda, compre. Se é apenas fã, ouça e decida. A nota boa vai pela ousadia e pela iniciativa e ainda, pelos 25 anos de banda. JCB – 7,0

Faixas:
01. Dr. Stein (03:59)
02. Future World (04:13)
03. If I Could Fly (03:28)
04. Where The Rain Grows (05:09)
05. The Keeper’s Trilogy (Halloween, Keeper of The Seven Keys & King Of 1000 Years – Medley) (17:06)
06. Eagle Fly Free (03:50)
07. Perfect Gentleman (04:18)
08. Forever & One (04:25)
09. I Want Out (04:22)
10. Fallen To Pieces (03:28)
11. A Tale That Wasn’t Right (04:46)

METALIUM
Grounded - Chapter Eight
Dynamo – nac.
Grounded - Chapter Eight já é o oitavo álbum do Metalium. Sim, que os viu surgirem no final dos anos 90, no meio daquele boom do Metal Melódico no mundo todo, com uma avalanche de boas bandas vindas da Alemanha. A banda do chefão Lars Ratz (baixo), hoje conta com Michael Ehrè (bateria), Henning Basse (vocal) e Matthias Lange e Tolo Grimalt (guitarras). Várias feras como Chris Cafferty, Mike Terrana e Jack Frost já passaram pelo grupo (já detalhados na resenha de Incubus logo abaixo). Da forma mais clichê, mas ao mesmo tempo, mais honesta, a faixa Heavy Metal abre o disco. Não precisa dizer como a faixa soa. A mais rápida, pesada, bumbos, solos, vocais altos possíveis. A banda chegou num patamar que já tem público cativo e não está nem aí para inovações. É puro Metal teutônico sob a ótica de Mr. Ratz. Seguindo, Light Of Day, com riffs poderosos com a voz potente e alta de Basse. Pay The Fee é puro Speedy Metal, tendo umas cadenciadas no seu meio.  Slavery é um épico, em sue refrão coros de escravos (como sugere o título da faixa). É de se arrepiar! Uma balada no meio da porradaria, Borrowed Time, num show de dramaticidade de Henning Basse, que rouba a cena no disco todo quase. Se você é fã da banda, de Power Metal, Melodic Metal, Speedy Mela ou mesmo Metal alemão, não pode perder este oitavo capítulo. RS – 8,0

Faixas:
01. Heavy Metal
02. Light of Day
03. Pay the Fee
04. Slavery
05. Crossroad Overload
06. Falling Into Darkness
07. Are We Alone
08. Borrowed Time
09. Once Loyal
10. Lonely

SONATA ARCTICA
The Days Of Grays
Nuclear Blast – nac.
Os finlandeses do Sonata Arctica voltaram a fazer capas em cores frias e melancólicas em azul, cor predominante de seu país, pelo gelo e frio. O seu Metal Melódico foi modificando, e chegou a ser cogitado a ser a bola da vez em seu país, pela parada do Stratovarius. Mas a cada disco, a banda vem ficando mais leve. Aqui, tem músicas que nem Metal são! Sua música está mais... Progressiva... Sim, mais uma banda a adotar o estilo. Apostaram em uma sonoridade mais sombria, sinfônica, com mais destaque aos teclados e coros. Não espere mais aquele Power Speedy Metal Melódico. Everything Fades To Gray (Instrumental), abre e encerra essa viagem, e o disco. Seguindo, Deathaura, tem com uma introdução arrepiante, seguida de boas melodias, e com a participação da vocalista convidada Johanna Kurkela. The Last Amazing Grays fala (novamente) sobre lobos e é a mais Old School da banda. Flag In The Ground também segue a linha antiga, muita melodia, velocidade, solos de guitarra e teclado, embora a velocidade não seja no talo como antigamente. Breathing é a balada. The Dead Skin trás os melhores riffs do disco, e efeitos nos vocais de Tony Kakko. Juliet completa a saga de Caleb. Uma trilogia que terá infinitas partes, não só três, aliás, já passaram delas. Em No Dream Can Heal A Broken Heart Tony faz um dueto com Johanna Kurkela, e parece que a banda está soando mais para Kamelot, do que para Stratovarius. As If The World Wasn't Ending é outra lenta. The Truth is Out There (a verdade está lá fora) tem um ar misterioso e fala sobre as experiências de Tony Kakko com alienígenas. Everything Fades To Gray (Full Version) fecha o disco, que, não é o melhor do estilo nem o da banda, mas vai agradar seus fãs mais die hard. RS – 7,0

Faixas:
01. Everything Fades To Gray (instrumental)
02. Deathaura
03. The Last Amazing Grays
04. Flag In The Ground
05. Breathing
06. Zeroes
07. The Dead Skin
08. Juliet
09. No Dream Can Heal A Broken Heart
10. As If The World Wasn't Ending
11. The Truth Is Out There
12. Everything Fades To Gray (versão completa)

UDO
Dominator
AFM/Laser Company – nac.
Bom, há dois grupos. Aquele que acha que Udo é mais importante que Accept e que sua carreira é mais estável e importante que a banda que o projetou. E o outro que acha que o Accept está acima de tudo e que a carreira de Udo é irregular criativamente. Eu me encaixo no segundo grupo. Ok, Desde que Udo saiu do Accept pela primeira vez, sua carreira solo nunca parou. Dominator já é seu 17º trabalho, enquanto o Aceept encontra-se parado quase sempre (só ano passado eles anunciaram a volta com outro vocalista). Mas caro leitor, seja sincero: destes 17 discos solo de Udo, quantos são clássicos? Quantos são campeões de vendas? Quantos tem músicas que sejam clássicos do Heavy Metal à altura do Accept? A resposta para estas três perguntas é: nenhum. Udo se beneficia do Accept para sua carreira solo, isso sim. Os órfãos do Accept são os que compram os discos e vão aos shows, por não existir o Accept. Ok, os últimos discos de Udo têm sido legais, acima da média, mas nenhum é um primor. Muitos deles eu posso ter curtido muito quando saiu e ter dado notas altas, mas depois nunca mais sequer peguei no mesmo disco para ouvir de novo. Dentro desta “limitação”, Dominator é um dos melhores de sua carreira e dos mais recentes, o melhor. O estilo não mudou nada. As melhores músicas chegam distante dos clássicos do Accept e as demais músicas, não tão boas. O álbum abre com The Bogeyman, a melhor faixa do disco, mortífera! Bem estilo Accept, bem como a mais moderna, mas muito boa faixa-título. Udo quer passar um ar mais moderno nas suas capas, produção e até sonoridade. Stefan Kaufmann, seu fiel escudeiro e guitarrista, foi injustiçado, pois no Accept ele era baterista. Na reunião de 2005, ele não foi chamado. Foram chamados os guitarristas mesmo da banda e na bateria foi chamado Stefan Schwarzmann, que também já foi do Accept. Faixas diretamente responsáveis por Stefan Kaufmann, como Black And White e Infected, sim, são puro Accept nas guitarras teutônicas e a voz, claro, de Udo. De todos os discos de Udo, as melhores faixas são as que lembram sua ex-banda. E as faixas que passam batido são as que ele tenta inovar. Por que não deixa de fazer doce e continua no Accept? Enfim, curta Dominator, não é aquilo que gostaríamos, mas é o que tem. Ao menos, dos últimos, o melhor disco. JCB – 8,0

Faixas:
01. The Bogeyman
02. Dominator
03. Black And White
04. Infected
05. Heavy Metal Heaven
06. Doom Ride
07. Stillness Of Time
08. Devil's Rendezvous
09. Speed Demon
10. Whispers In The Dark

REVOLUTION RENAISSANCE
Age Of Aquarius
Dynamo – nac.
Bom, esqueça Timo Tolki no Stratovarius, isso é passado. Agora a sua realidade (bem menor) é o Revolution Renaissance. Agora com cara de banda mesmo, pois a banda debutou com vocalistas logicamente convidados Michael Kiske (ex-Helloween) e Tobias Sammet (Edguy e Avantasia), afinal, ninguém em sã consciência acreditaria que eles iriam ser vocalistas da banda, sair em turnê e etc. Depois o RR virou banda de verdade e com dois brasileiros na formação: Gus Monsanto (ex-Adagio) nos vocais e Bruno Agra na bateria e temos então Age Of Aquarius, mais maduro e com cara de banda de fato. Embora o debut eu tenha gostado mais, pois era mais Heavy Metal, enquanto este é mais acessível e comercial. O bom, a banda não lembra em nada o Stratovarius, Tolki seguiu seu próprio caminho. O som é algo melódico e mais melancólico que sua antiga banda, menos rápido e não tão neoclássico. Nem parece que foi Tolki que compôs o disco, pois há pouco de épico, bombástico, e grandioso, apenas em alguns momentos. Em outros a banda beira o Hard e até o AOR. De qualquer forma simpatizantes de Tolki e suas obras vai gostar, mas nitidamente, ele quis seguir um novo caminho para um novo público, que começa a crescer apenas agora. Tanto que sua ex-banda tocou ano passado para 2 mil pessoas no Citibank Hall e o RR, tocou para 200 no Blackmore. Mas começo é assim mesmo. A capa poderia ter tido outra concepção e ter sido algo legal. Destaques para Sins of My Beloved, Ghost of Fallen Grace e Into The Future. RS – 7,5

Faixas:
01. The Age of Aquarius
02. Sins of My Beloved
03. Ixion’s Wheel
04. Behind the Mask
05. Ghost of Fallen Grace
06. The Heart of All
07. So She Wears Black
08. Kyrie Eleison
09. Into the Future

METALIUM
Incubus - Chapter Seven
Dynamo – nac.
Cá estamos com mais um disco dos Metalium, já é o sétimo de estúdio. Seu baixista e líder Lars Ratz sempre se considerou um Steve Harris da Alemanha. Ou seja, um manda chuva, ambicioso, talentoso e diretrizes bem traçadas do que quer para sua banda. Talvez o Metalium não tenha atingido o estrelato como Lars almejava, mas só o fato da banda ainda existir, lançar discos regularmente a cada dois anos no máximo e ainda ter contrato com gravadora, já é uma grande vitória, ainda mais como a cena musical está hoje em dia. A banda mudou várias vezes de formação, começou em 98 com Terrana (bateria), Henning Basse (vocais),  Chris Cafferty e Matthias Lange (guitarras) e hoje conta com Michael Enre na bateria, Henning Basse nos vocais, Matthias Lange e Tolo Grimalt nas guitarras. A banda revelou o norte-americano Mike Terrana, que tocou com Roland Grapow, integrou por quase uma década o Rage e hoje está com Tarja Turunen. Passou ainda pela banda Jack Frost, que saiu para integrar o Savatage e depois que o mesmo acabou, Lars não o quis de volta, então Jack montou o Frost, sua banda. Incubus foi gravado no Tornado Studios e é um dos melhores discos de sua carreira. A faixa de abertura do Trust, é uma faixa marcial, com bateria em ritmo de marcha. Ressurection é mais melódica, na linha tradicional da banda, rápida, bumbos na velocidade da luz, velocidade e muita melodia mesmo. Gates trás baixo galopante, influência de Steve Harris no instrumento de Lars. Na faixa-título vários sons extraídos de exorcismo, com um diálogo do padre exorcista e o demônio (Incubus), com Henning fazendo os vocais sombrios. Um dos momentos mais densos e tensos do disco. Coros e riffs e baixo cavalgado dão a tônica At Armageddon, outro destaque imediato. Enfim, não é o melhor CD da banda, nem do ano, nem do estilo, mas mais um bom trabalho para seus ouvidos e para quem verdadeiramente tem bom gosto. RS – 8,0

Faixas:
01. Trust (Intro)
02. Resurrection
03. Gates
04. Incubus
05. Take Me Higher
06. Never Die
07. At Armageddon
08. Sanity
09. Meet Your Maker
10. Hellfire


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