THE DEEP EYNDE
Shadowland Disaster – imp. Cara, que banda é essa? Que estilos eles tocam? De onde surgiu? Como uma banda dessas pode passar desapercebido aqui no Brasil? Então aí vai mais um puta-que-o-pariu não só pra esse disco, mas para a discografia completa deles! Eles vêm de Los Angeles, sendo conhecido no Underground de Hollywood. Sua música? Imagina você colocar num liquidificador estilos como Gothic Rock, Dark Music, Punk Rock, Hardcore, Punk Horror, algo de Metal ainda com Rockabilly e Psychoabilly? Imagina que os ingredientes a serem misturados venham de The Damned, Misfits, Lords Of The New Church, The Cramps, Stray Cats, Sisters Of Mercy, Iggy Pop, MC5, Danzig, Ramones, etc. Só podia dar nisso, uma puta banda! Ok, existem milhares de grupos que usam estas mesmas influências, mas poucos funcionam como o The Deep Eynde. Talvez, ninguém funcione como eles! Sinceramente, dentro do Rock, não lembro de outro grupo que tenha me chamado tanto a atenção quanto estes malucos aqui! A horda é liderada pelo vocalista Joel Fatal Fatal (ex-Kittens For Christian), que é o mentor aqui, que cuidadosamente criou essa musicalidade, além de talento para compor, gravar, produzir e fazer faixas que rememore o que de melhor já teve o Rock, sem soar clichê. Suicide Drive é bem Misfits com vocais que lembram Danzig, nos momentos mais graves, bem como no refrão pegajoso. Aí já está o talento do cara. Sabe fazer refrãos e o instrumental é diversificado, não ficando na mesma seqüência como quase todas as bandas de hoje. Vale lembrar que apesar da influência de Danzig e Misfits nessa faixa (e ser a maior em todos os discos, embora não seja a única) ele lança mão daqueles ôôô característicos. Space Invaders ainda lembra Misfits, seja no tema e musicalidade, um pouco mais para o Punk Rock. She Likes Skulls (que título singelo) é puro Hardcore e me atrevo a dizer que se o brasileiro Zumbis do Espaço tivesse evoluído, mas seguido o caminho iniciado em A Invasão poderia estar soando como o The Deep Eynde. Mas a banda preferiu ouvir a panelinha predominante na cena e ouvir o pessoalzinho da Tchurma e perderam a graça e viraram mais uma banda, sem ter o diferencial que anteriormente tinham. Society’s Parasite é outro Punk Rock, e mostra que além das letras de horror, tão usadas pela banda citada tantas vezes aqui e pelo psychoabilly em geral, eles também apostam nas críticas sociais e políticas. Devilchild tem aquela pegada fácil, gostosa, que lembra muito o Hardcore Melódico californiano de Bad Religion, Pennywise, Agent Orange, com algumas partes sombrias de TSOL. Tenha em mente que, aqui são influências, para você se situar quanta coisa a banda sabe tocar, sem se descaracterizar ou apenas fazer covers. Pois mesmo com tanta musicalidade distinta entre sim, ela soa sempre como The Deep Eynde. 9th Day é mais sombria, tem um baixo mais em evidência, uma pegada mais qualquer coisa a Billy, só que com guitarras que beiram o Metal. Também pode ser ouvida a exaustão nas pistas. Nuthin To Do é um misto de Misfits com Ramones, fácil, mas sem ser apelativa nem vulgar. Hoodoo é mais sombria ainda, Gótica, lembrando os primórdios do Post Punk, com solos oitentistas. Don’t Walk Away é outro momento Pós Punk / Dark do começo dos anos 80. encerrando essa porrada, vem a meio Bluesy, bem Rockabilly Mr. Guilt, na veia de Stray Cats. Bem maliciosa. Acompanhe as outras resenhas abaixo! Aqui é nota dez! Shadowland foi produzido por Mike Rozon (Beck, Melvins). JCB – 10 Track list: |
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THE DEEP EYNDE
Bad Blood People Like You Records – imp. Este é o mais recente de estúdio e a coisa começa mais rápida e pesada, ainda na veia Misfits com Kiss Of Violence. Na seqüência, mais na veia Misfits, com aquele Speedy Metal na linha deles, We Don´t Care About You, uma das músicas mais porradas que já ouvi na minha vida! Se Jerry Only tivesse continuado com o Misfits de forma decente, como fez enquanto Michael Graves, estaria soando dessa forma! O vocal de Joel Fatal Fatal aqui atinge o timbre de Michael Graves, inclusive, eu ouvi este disco aqui antes do Shadowland e pensei que se tratava de uma banda de Michael Graves. Vai ser versátil assim esse Joel Fatal Fatal! O lado Michael Graves (seja no Misfits ou na sua banda solo) volta em Date From Hell, um puta Rockão! Casuality Of Love é mais fria, densa e Gótica, enquanto Teenage Rejected é puro Punk Rock californiano. Lonely Wolves tem muito de Rockabilly, e The Calling é bem pegajosa, quase Poppy Punk, mais comercial mesmo até, mas sem sair da característica básica da banda. Christfuck é bem Darkona, bem sombria, bem Gótica, bebe na fonte do The Damned. E assim vai. Bad Blood é mais bem produzido e mais original, mas menos bombástico que Shadowland. Mesmo assim, obrigatório! JCB – 9,0 Track list: |
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THE DEEP EYNDE Blackout – The Dark Years People Like You Records – imp. Este é o quinto disco da banda, e soa um pouco menos bombástico e contundente do que os anteriores. Ainda assim, música de qualidade é garantida. Mesmo sendo uma coletânea, que trás faixas que a banda gravou em coletâneas, bônus tracks e singles, entre outras não lançadas (que foram sobras de discos passados). Então, não trás o grandes clássicos de Bad Blood e Shadowland. Mas trás bons momentos, como Red Necklace, bem sombria, Gótica, bem The Cure do começo ou algo de Damned junto. Lembra muito o começo do Rock nacional dos anos 80, pela produção e pelas guitarras simples, mas marcantes e definitivas. Já 13th Floor é puro Rockabilly, mas puro mesmo, assim como Swingtime, bem cinquentista e sessentista. Sandman é uma porrada que já começava a lembrar Misfits. A maioria das faixas aqui são do primeiro e segundo discos da banda, Suicide Drive (cuja sua faixa-título saiu só depois no Shadowland). A estranha Tongues parece aquelas músicas de filmes de monstros dos anos 80. Strangewalk é quase uma trilha Sonora de Horror, com orgãos tétricos ao fundo. The Feast tem toda aquela aura de Família Adams, num som Rockabilly bem na manha, com algo dos 50’s e 60’s, bem mostruosa daquela época, com classe e categoria, ainda que rudimentar, e até por isso mesmo. Deep Dark Secret é Post Punk puro, como Bauhaus e The Cure de começo de carreira, com algo de Joy Division e por isso, a banda também é rotulada como Gothabilly. Parfumery é puro terror, tipo Contos da Cripta, envolvente, como trilha de um filme do gênero mesmo. Encerrando, a soturna 444, caótica, cheia de barulhos, efeitos, dissonâncias, desafinações e conturbação musical, totalmente instrumental, só com vocais no seu meio em diante, ao estilo grave e soturno de Peter Murphy. A música mais recente é My Darkest Hour, gravada em abril de 2008, mas não tão boa. A banda esta época já tocava nos principais bares, clubes e pubs dos EUA, como os lendários CBGB’s e Whiskey. O deleite desse combo é o disco 2, um DVD com cenas de shows, backstage, entrevistas e alguns videoclipes, que torna este Blackout – The Dark Years obrigatório para colecionadores da banda e do estilo e imperdível para quem gosta de um bom e verdadeiro Rock Underground! JCB – 8,5 CD Track list: 1. My Darkest Hour 4:44 2. Scream 4:09 3. Red Necklace 4:43 4. Voodoo Baby 3:08 5. 13th Floor 4:02 6. Swingtime 5:25 7. Transformation 4:15 8. Sandman 4:01 9. Road Rash 5:01 10. Animal Garden 4:19 11. Ignite 5:03 12. Tongues 5:15 13. Strangewalk 2:31 14. Magic Man 3:10 15. The Feast 3:18 16. Deep Dark Secret 4:14 17. Parfumery 6:54 18. 444 4:05 DVD Track list: 1. Introduction 00:14 2. Live at CBGB’s 08:09 3. Intro by Stress 00:16 4. Music Video “We Don’t Care About You” 03:52 5. Cemetery walk 00:52 6. Live at The Bad Boys Tour 01:52 7. Intro to Fox News 00:05 8. Fox News (part 1) Gothic Los Angeles 03:16 9. How long have I been here? 00:14 10. Music Video “Space Invaders” 02:50 11. In old LA Zoo 00:16 12. Live in San Francisco 01:49 13. That fucking camera 00:12 14. Live in North Carolina (Halloween) 02:27 15. Grave Reading 01:07 16. Gothic Special (part 2) on Fox News, LA 02:31 17. Carnival of Death 00:18 18. Music Video “Baboo” 04:45 19. Afraid of falling? 00:18 20. Music Video “Suicide Drive” 02:58 21. In the recording studio 01:04 22. Music Video “She Likes skulls” 03:03 23. Gimme out of here 00:02 24. Music Video “four four four” 04:05 25. It’s tough being evil 01:20 26. Music Video “Devilchild” 03:52 27. The accidental actor 00:20 28. Student film “Feathers” 03:34 29. Cemetery Man 00:07 30. Worms 00:34 31. Intro to “Sik of You” by Rob and Dar 00:17 32. Music Video “Sik of You” 02:42 |
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LUGOSIS MORPHINE
With A Demoral Chaser End Of The Beginning Independente – imp. A banda é uma das maiores do Horror Rock, Punk Horror, Psychoabilly, Surf Horror, Batcave e Darkabilly da atualidade. Influências de todos estes estilos, mais de todas as principais bandas aqui se fazem presentes. Pegada Surf, sujeira e rapidez do Punk Horror do Misfits, por vezes o Speed Metal de Danzig, mais a malícia do The Cramps. O primeiro disco, With A Demoral Chaser é muito tosco e não apresenta nada de novo. Nada mais do que um rascunho de Misfits, sem idéias novas, nada (apesar de legal de se ouvir – ao menos eles já mostravam que tinha alguma inspiração para fazer temas bem sacados). Mas tudo muda de figura com End Of The Beginning, que conta com uma capa mais legal, uma melhor produção e uma banda mais madura. Se no primeiro eles se baseavam em Misfits, agora eles se baseariam mais no Psychoabilly, impossível não se lembrar de The Cramps. O clima Batcave, Dark e Goth dão um toque macabro e obscuro, fazendo deles uma banda distinta. Destaque para o disco inteiro End Of The Beginning, mas não há como não citar uma homenagem ao nosso país, em Chupacabra. Os brasileiros não têm noção disso. Essa figura que já passou a fazer parte de nosso folclore, é falada e idolatrada no exterior, sejam por ufólogos, sejam por aficionados por horror, terror e pavor, bem como por bandas e seguidores de Punk Horror e etc. Até Zak Stevens, ex-Savatage e atual Circle II Circle, em uma entrevista e no show de sua banda em São Paulo comentou esse fato, de que eles sempre falavam de chupacabra em excursão. Enfim, Lugosi's Morphine é puro terror e pura música legal de se ouvir! JCB – 9,0 End Of The Beginning With A Demoral Chaser |
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MEMPHIS MORTICIANS
Play Primitive Trashman And 13 Other Love Songs Kaiser Records – imp. The Memphis Morticians apresentam Play Primitive Trashman And 13 Other Love Songs. Apesar do número cabalístico e de horror 13, na verdade são 14 temas de Psychobilly bem trashy / lo-fi. É mesmo difícil destacar temas, o disco inteiro é ótimo. Temas como Devil’s Raid, Downer Party Boogie, Corpse Grindin’ Baby e Electric Hair são mais rápidos, bem Psychoabilly malucão mesmo, loucão. Já Linda Lee é mais lenta e sinistra, com melodia de guitarra bem setentista, e ainda dá pra se destacar Hearse Drivin’ Man e Primitive Trashman é mais Rockabilly, lembrando até o mais tradicional Stray Cats. A banda é nova-iorquina e trás aquele lance do psychoabilly das ruas, de ficar usando jaqueta de couro a noite no frio fumando, trocando idéia, procurando alguma gatunagem para fazer. Chamem-nos de Trash’n Roll também. O baixo é acústico e é baixo mesmo (aquele grandão que fica de pé), e não o contra-baixo (que é menor e portátil – o baixo normal). Puro Psycho NYC de se tocar no CBGB. Caso o brasileiro Thor G do Zumbis do Espaço não ouvisse os outros e não quisesse cair no Hardcore e inventar de tocar country, sua banda continuaria a ser única no Brasil. Se continuasse a seguir a temática e a parte musical de A Invasão, onde misturavam The Cramps com Misfits, estariam no mesmo nível do Memphis Morticians. JCB – 8,5 Track list: |
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BAMBOULA
Guilty Pleasures Kaiser Records – imp. A partir da costa da Califórnia ensolarada, chegando este trio potente, energético e divertidíssimo de Psychobilly. Estou muito relutante em bandas americanas do gênero, mas com registros como esse você percebe que temos de nos despir dos preconceitos, do começo ao fim do disco, você está com uma multiplicidade de influências, talvez o mais eminente acerca Nekromantix primeiro, as músicas vão para 2000rpm é uma barbaridade, as guitarras farfullan, ritmos punk, surf, o baixista cheio de slides em alta velocidade dando muito a jogar ao ritmo de tambores esmagados, baseados quase todos os pratos suas composições. Sinto influências dos Teutões dos Mad Sin, talvez nos coros, meios de comunicação mid-tempo, ou as guitarras lisérgicas. É muita lisergia! Mas o destaque é para um inusitado cover bem Psycho de Breaking The Law do Judas Priest. ADL – 8,0 Track list: |
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THE BUTCHERS
Reach Out! With... The Butchers Kaiser Records – imp. Sinalização de Lancaster, PA, Philadelphia, The Butchers foram parcialmente estabelecida para cada outros por seu interesse mútuo com a música Rock’n Roll Garage Pop, Psycho Rock e até Surf. Desde 2003, após ter realizado uma certa dinâmica entre uns aos outros, têm posto em órbita por si próprias, que a sua própria estrada e as viagens como eles firmemente continuarem a escrever vários sons. Embora eles não são certamente um sucesso comercial, mas qualquer fã de qualquer idade ou descobridor recentes vê que é honesto! Sob a supervisão do produtor Kris Alutius (Mondo Topless, Undergirl, Ti Minks) para produzir sua estréia com o registro Reach Out! With... The Butchers. Nada original, mas bem legal. LT – 6,0 Track list: |
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THE RAGE Movie Soundtrack Midnight Syndicate – imp. Durante os últimos onze anos, o selo/projeto Midnight Syndicate tem sido tomado vários trajetos mais negros nos cantos da sua imaginação com suas trilhas sonoras para filmes imaginários. Sim, trilhas de filmes que não existem. Agora, em 2008, eles trazem sua música para a trilha sonora de um filme real de horror. O resultado é um CD contendo ameaçador ambientação e assinatura do Midnight Syndicate com atmosfera Dark, misturada com alta octanagem, pulse-pounding ação e de perseguir os temas garantidos para que o seu bombeamento de sangue. Ou seja, de todos os trabalhos do projeto, este é o mais pesado em todos os sentidos. Uma pontuação a um filme real, Rage, o CD, é diferente dos outros lançamentos. O disco é muito mais atmosférico com grande dinâmica de movimentos que estão na seqüência da ação de que é muito intensa, e de alta energia de um horror filme. Um disco de trilha-sonora imaginário e instrumental, não há mais o que falar aqui, apenas a ouvir e se horrorizar. RS – 8,0 |
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BLOOD THIRSTY DEMONS
Mortal Remains My Graveyard – imp. Outra banda que é um achado. A Itália tem um grande mercado para a cultura do Terror e do Horror. Eles são o segundo país que mais produziu filmes do gênero, entre outras obra. Dentro do lado musical, abundam trilhas sonoras e de vez em quando sabemos de um grupo que usa da temática do horror, terror, satanismo e magia negra em sua música. Esqueça o “espalhafatoso” (no bom sentido, claro) Death SS. Também fica longe do Black Metal, não tem urros, vocais guturais e a extremidade instrumental do estilo. É Um Heavy Metal, com algo de Hard Rock, algo de Progressivo (não Prog Metal) e algo de Heavy Rock dos anos 70 principalmente. Algumas influências de Uriah Heep são nítidas. Muitos momentos são Doom, como o Pagan Altar e o vocal é atípico, característico, quase caricato, mas assustador e se encaixa perfeitamente na proposta. A banda mostra ainda, parte de influências de bandas italianas que tem essa proposta, ainda que com uma sonoridade um pouco distinta, como o setentista e Progressivo Antonius Rex (que faz músicas como se fossem rituais, muitas vezes em latim) e o mais recente Abysmal Grief, com o seu Doom horror. Os teclados fantasmagóricos com aquele ar de Família Adams e também lembrando qualquer mansão mal assombrada se fazem presentes em todas as faixas. Como citar destaques num disco que na verdade é uma obra-prima? JCB – 10 Track list: |
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GEIN AND THE GRAVEROBBERS
Gruesome Twosome Necro-Tone Records – imp. Os Gein e os Graverobbers são uma pesada Instrumental Surf banda de Massachusetts. Their influences include Dick Dale, Glenn Danzig, Slayer and Iron Maiden. Suas influências incluem Dick Dale, Glenn Danzig, The Trashmen e claro, Misfits. This is actually a two disc collection of previously released material as it includes their “Songs in the key of evil” album from 2003, “The passion of the anit-christ” album from 2005 and all of the songs off of the now out of print “Humanoids from the deep” seven inch from 2000.Isso mesmo. Pois são Surf, em essência Punk (como muitas bandas de Surf são), bem Metal pois são pesados (ao vivo devem ser um inferno! Devem beirar o Speed Metal e o Fast Hardcore, estilos também do Misfits). Componentes de terror se sobressaem no visual da banda, na gráfica e na sua música, com uma linha bem Dark. Se procuras aquele Surf alegrinho, tradicional, esqueça. A banda também chega a lembrar por vezes o The Cramps, pois no instrumental, as vezes, soa meio Psychoabilly e Rockabilly também (por que não?). Gruesome Twosome é um CD duplo, um 2 em 1, um conjunto de dois discos lançados anteriormente, a saber: Songs in the key of evil de 2003 e The passion of the anit-christ de 2005 (igualzinho ao Surf Music que você ouve por aí né?). O lado zombie é bem abordado aqui, e também o lado mais gosmento, a começar pelo nome da banda, O Gein (que é uma referência ao serial killer Ed Gein, que inspirou O Massacre da Serra Elétrica, de Tobe Hoper). O lado Surf, tem influência de Ventures e em alguns momentos, ouvimos até mariachis! Esta versão ainda vem como bônus o EP Humanoids From The Deep, que estava disponível antes apenas em 7’EP, ou seja em vinil. Uma heresia citar algum destaque aqui, num disco perfeito! JCB – 9,5 Disc One |
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ANIMA MORTE Viva Morte! Last Entertainment – imp. Banda macabra e tétrica. Este single ou MCD ou EP (sei lá), tem apenas três faixas. Sua embalagem é vazada, para possamos ver o CD dentro dela, imitando os antigos compactos 7’EP, singles na época, onde o papelão era vazado e você podia ver o rotulo do vinil, com o nome das faixas, ordem, duração, nome da banda etc. Inclusive, a parte estampada do CD é em relevo, com as ranhuras que os discos de vinil têm/tinham. Viva Morte! é uma ode à morte e ao mundo obscuro pós-vida. São quatro faixas a saber: The Graveyard Plague, End Of The Scourge, Are They Dead Yet? e Viva Morte! Este CD é limitado em 500 cópias apenas, portanto corra para garantir este pedacinho de Terror musical, inpirado em filmes de horror dos anos 70 e 80. Clima soturno, melodias macabras, ótimos para o seu próximo Halloween! JCB – 9,0 |
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MIDNIGHT SYNDICATE Gates Of Delirium (2001) Vampyre (2002) Dungeons & Dragons (2003) The 13th Hour (2005) Out Of The Darkness Retrospective: 1994-1999 (2006) Halloween CDs – imp. Esta é uma das resenhas mais difíceis que tive que fazer em toda a minha vida. Apesar de apreciar muito e curtir esse tipo de música, transcrevê-la em um comentário em poucas linhas é tarefa das mais difíceis. Como vou trazer o que está no abstrato para o concreto? Vamos tentar. A Midnight Syndicate é uma gravadora especializada em músicas de Terror, propícias para trilhas sonoras de Halloween e qualquer outra coisa que envolva o Horror. Tanto, que a distribuidora deste selo se chama Halloween CDs. Em cada um destes discos, eles trazem algo de diferente. Todos são CD instrumentais, com climas macabros, tétricos e assustadores. Em The 13th Flour, com uma capa com um casarão assombrado lembrando as capas dos álbuns Them e Voodoo de King Diamond, já lhe dá uma dimensão do que vai acontecer ao ouvir o disco. A história acontece em uma mansão Vitoriana, com uma família sinistra (The Haverghast Family, que aparecem em Gates Of Delirium – a casa, a história conceitual e sua continuação, bem como suas capas, não remetem as histórias de King Diamond em Them e Conspiracy e em Abigail e Abigail II?). Uma terrível experiência ao lado negro, escuro e sobrenatural. Obviamente, não vou falar a história toda, você terá que ir atrás do seus CD para acompanhar e se amedrontar! O Dungeons & Dragons, como o nome sugere, (masmorras ou calabouços e dragões), tende para o lado mais épico, fantasioso, onde templos anciãos e subterrâneos, cavaleiros Dark, labirintos misteriosos, tumbas abandonadas e esquecidas e criaturas das profundezas das infra-dimensões, ou seja, clima mais do que perfeito para jogos de RPG com temas épicos, antigos e medievais! Já em Vampyre, como o nome entrega, eles tentam retratar o mundo dos vampiros, onde criptas abandonadas, cemitérios, sinfonias assustadoras, clima de suspense, horror, mistério, enfim, depois de ouvir Vampyre você vai começar a ficar com medo da noite! O tema é o mais previsível possível, mais esta trilha, até hoje, ninguém sequer se aproximou de perto de criar um clima possível para isso! Foi em Gates Of Delirium a estréia oficial desse projeto, onde a The Haverghast Family barbariza. Uma mansão escondida no miolo de uma floresta, numa colina. A Asylum Haverghast é o palco para tudo, escondida atrás de copas de árvores centenárias. Chegar lá, só de carruagem, numa vista cheia de morcegos, corujas e crânios e ossos espalhados pelo chão. Por que isso? Vá até lá e descubra sozinho. Descobrir, eu tenho certeza de que você vai, agora, voltar para contar... duvido! Antes da saga da família Harveghast e da Criptas de Forsaken, eles já tinham lançado várias coisas e este Out Of The Darkness Retrospective: 1994-1999 trás compilados seus melhores momentos, da década e século passado! Aqui, eles trazem as sagas de Midnight Syndicate, Born Of The Night e Realm Of Shadows remasterizadas, algumas regravadas e com faixas extras e outras ainda inéditas ainda não lançadas. Ligue sua máquina de fumaça, acenda lâmpadas vermelhas, coloque a discografia inteira do Midnight Syndicate no carrossel de seu CD player e aterrorize! JCB |
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LORDI The Arockalypse The End – imp. A banda de Rock Horror ou Terror Metal da Finlândia está cada vez mais em evidência na Europa, vide o EMA (European Music Awards) do ano passado, onde foi destaque, vencendo cinco categorias: banda do ano, música do ano, disco do ano, banda exportação da Europa e mérito por conceder downloads legalmente. Ou seja, desbancaram todas estas merdas de Black Music americano que infestaram o mundo. Seu visual é um misto de Gwar com Rob e White Zombie, sua música vai dese o Hard dos anos 80 até o Punk do Misfits e Danzig e o Metal de demais bandas obscuras e tétricas, sem ser Black. The Arockalypse vem para colocar a banda em seu devido lugar, no topo da Europa! O Lordi tem ganho repercussão mundial, vencendo o Eurovision do ano passado e este CD é disparado o melhor de sua carreira, apesar dos anteriores serem soberbos também. Bringing Back The Balls To Rock, mostra que eles querem trazer as bolas de volta do Rock (gíria em inglês), num puta Rockão. The Deadite Girls Gone Wild é melodiosa, rápida, um belo Hard Rock de primeira! The Kids Who Wanna Play With The Dead é na mesma linha: guitarras envolventes, com solos memoráveis e riffs certeiros, teclados na hora correta, refrãos pegajosos, cozinha imbatível, e vocal fácil agressivo e melódico ao mesmo tempo! Hard Rock Halleluiah é o hino e single e hit deste disco, mesmo não sendo a melhor faixa. Já em They Only Come Out At Night tem a participação especial de Mr. Udo Dirkschneider (Accept), num puta Heavy clássico, lembrando a banda de Udo no auge dos anos 80. The Chainsaw Buffet é comercial na música, porque na letra, não tem nada de acessível, contando na guitarra com a cortesia de Jay Jay French, do Twisted Sister. Good To Be Bad é quase AOR do terror, e encerrando, Supermonstars, mostrando que Rock e Metal é isso: peso, música de qualidade, rápida, sem ser alegre bobamente e nem choradeira Emo, e com um toque de terror, fica ainda melhor! JCB – 9,5 |