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O Ripper do Planeta Gelado!

Entrevista: Joseph Wildenberg.
Todos já devem saber da volta de Rob Halford ao Judas Priest e da saída de Tim “Ripper” Owens. Todos também devem saber da saída de Matt Barlow do Iced Earth para seguir sua carreira de advogado. E que com isso, Ripper entrou para o Iced Earth. The Gloriuos Burden foi um dos discos mais aguardados deste ano por conta disso. E o resultado é fenomenal, um dos melhores discos do ano até agora! Batemos um papo com Ripper para falar de Judas, de Iced Earth, de The Gloriuos Burden e etc.! Confira o que Ripper tem a dizer!

RU – Primeiro, fale sobre The Gloriuos Burden, seu primeiro trabalho full lenght depois do Judas Priest.
Ripper – Bem, é um grande disco. Heavy Metal puro! Eu não compus quase nada, Jon Schaffer fez quase tudo sozinho. Ele é um grande compositor e não seria muito normal eu entrar numa banda que já tem muitos anos de estrada e mudar tudo. Eu compus Red Baron/Blue Max e Jon me pediu para ajudar a escrever Attila e Waterloo, mas não pude ajuda-lo. Então, Jon terminou tudo sozinho, pois eu estava ensaiando as letras e as músicas antigas da banda, e olha que não são poucas!

RU – Como você conheceu Jon?
Ripper – Num show do Judas em 98. Ficamos amigos e ele me convidou para participar de um projeto com ele e aceitei. Só tive tempo mesmo depois de sair do Judas! (risos) Ele me ligou dizendo que os vocais de Matt não ficaram legais em The Gloriuos Burden e pediu para eu fazer os vocais neste disco. Tudo isto antes de Matt sair e antes do Judas me tirar da banda. Aí, o resto é história.
 
RU – Quais as maiores diferenças entre estar no Iced Earth e no Judas Priest? Muitos acharam que você foi rebaixado. Eu acho o contrário, pois você participou de uma das maiores bandas de todos os tempos, o que é um grande currículo para qualquer músico. E entrou como uma estrela numa banda média, em que você vai ter menos pressão!
Ripper – Concordo, eu penso igual. Sou muito grato a tudo que o Judas fez por mim, sou muito feliz pelos seis anos que estivemos juntos. No Iced Earth a pressão é menor, e acaba sendo mais legal, pois sei que terei mais liberdade de fazer o que quiser. Claro, cantar uma música antiga do Iced Earth tem menos cobrança do que qualquer música do Judas.

RU – Até porque, você é bem melhor do que Matt Barlow, enquanto que comparando com o Halford, eu até acho que você canta mais que ele. Mas ele é Rob Halford!
Ripper – Bem isso é o que você esta falando! Matt era um grande cantor e é uma pena ele ter saído da cena musical. O que acontece é que as músicas do Judas são mais clássicas que as do Iced Earth, que ainda está na metade de sua trajetória. E fico feliz de construir junto esta história daqui em diante!

RU – No Judas você tinha a posição de Rock Star, e até inspirou um filme pela sua trajetória. Hoje, você é uma estrela do Underground, você concorda?
Ripper – Isto é relativo, pois hoje, o Iced Earth vende mais que o Judas.

RU – Sério? E você se acha responsável por isso?
Ripper – Sim, é verdade. No entanto, sei que fiz um melhor de mim, mas substituir um vocalista lendário, por melhor que você seja, nunca é fácil. E quando entrei no Judas, o Metal não estava em alta. Hoje, Halford voltou num momento muito melhor, por isso vai ser grandioso!

RU – No Judas você não compunha nada. Os CDs em que você participou, a dupla KK Downing e Glenn Tipton é quem compôs tudo, e eles diziam que compunham para sua voz. E estes dois CDs, Jugulator e Demolition, são meio modernosos, afinação mais grave, não era o Judas Tradicional. Mas no Iced Earth, creio que você vai compor mais coisas e a banda não vai mudar radicalmente por sua causa certo?
Ripper – Sim. No Judas eu não compunha nada, já que KK e Glenn sabem muito bem como fazer o Judas soar. No Iced Earth Jon me dará liberdade para compor, só não compus muito em The Gloriuos Burden porque quando entrei, ele já estava quase todo pronto e só não fiz mais, porque tinha que aprender as músicas todas, as novas e as antigas.

RU – Agora que você está numa banda mais Underground, você está mais ambientado com a cena atual?
Ripper – Um pouco, não tenho tido tempo de acompanhar a cena, mas saindo em turnê, vou conhecer muitas delas!

RU – Você já tocou no Brasil com o Judas, e o Iced Earth ainda não tocou aqui. O que achou do Brasil, e quando o Iced irá tocar aqui?
Ripper – O Brasil é um país maravilhoso e São Paulo é uma das capitais do Rock no mundo! Espero ir com o Iced Earth para o Brasil, e que desta vez possa ter mais tempo para conhecer o país.