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A Torre do Prog Metal Alemão

Entrevista: Júlio César Bocáter.
A alemã Ivory Tower é executora de um Progressive Metal de qualidade com tudo aquilo que um fã do estilo quer ouvir: músicas longas, difíceis, virtuosas, técnicas, climáticas e com muita melodia. A banda se situa entre o exagero de um Dream Theater e o diretismo do Symphony-X. Seu guitarrista Sven Böge tirou umas férias no Brasil (mais um) e nos concedeu esta exclusiva. Confira o que o (hoje) bronzeado alemão tem a nos dizer! Como estava de férias, Sven bebeu umas cervejas para mais e falou, falou, falou, que foi uma tarefa árdua resumir sua fala. Mas que o cara é gente boa, isso é!

RU -  O que você está fazendo no Brasil? Apenas férias?
Sven Böge – Sim, eu sempre quis conhecer o Brasil, que é mundialmente conhecido por suas praias, pelo calor, pelas mulheres e pelo povo hospitaleiro. Estou adorando!

RU – E o que você conheceu daqui e o que lhe chamou a atenção?
Sven Böge – Fui ao Rio, que é onde estou ficando e agora para São Paulo. O mais incrível para todo europeu acho, é a diversidade das pessoas por aqui. É incrível! Você anda na rua e vê de tudo! Você vê brancos, loiros de olhos azuis como eu, negros, mulatos, índios, árabes, orientais. Pessoas de todos os tamanhos, peso, corpo e cor. E aqui é tudo misturado, pessoas com a pele morena e olhos claros ou brancos com cabelo crespo. Aqui você pode ver todas as nacionalidades e todas elas misturadas! Você é uma das poucas pessoas com aparência européia comum que vi por aqui! (risos) Você é uma exceção! (risos)

RU – (risos) É, minha mistura é até que grande mas de povos similares, de europeus com árabes. Bem, vamos à música. Como representante da cena Prog Metal, o que você acha de bandas novas como Magnitude 9 e Symphony-X que estão fazendo algum barulho?
Sven Böge –
São boas bandas, gosto delas! Inclusive o vocalista do Symphony-X (Nota do E: Russel Allen) ia fazer parte do projeto paralelo dos caras do Helloween, o Roland (Grapow) e o Uli (Küsch). Agora acho que vai ser uma banda, porque ambos saíram da banda. Há muita competição neste meio mas há muita amizade também, afinal todos sabem que músico de Prog Metal nunca será um Rock Star, a exceção do Dream Theater.

RU – Você conhece o Karma, talvez a melhor banda brasileira de Prog Metal?
Sven Böge –
Alguém já me falou deles por aqui, mas ainda não ouvi nada e na Europa ainda não ouvi falar deles.  

RU – No Brasil, a cena Prog Metal é pequena. Poucas bandas e pouco público, mas o mesmo é muito fiel, e acredito ser o Rio de Janeiro o maior público deste segmento Progressivo no Brasil, tanto que muitas bandas ou só tocam lá ou tocam para mais gente lá que no resto do país. Como é a cena na Alemanha?
Sven Böge –
Na Alemanha e em quase todo mundo é assim. Tanto que são raros os músicos de Prog que vivem apenas da banda, quase todos ou dão aula ou trabalham em estúdio.

RU – Me parece que o maior mercado disparado do estilo é na França. Além de algumas bandas surgirem de lá, como Syrens Call e Headline, lá o público é maior. Tanto que o Angra faz um grande sucesso por lá, principalmente depois do Holy Land, que é o disco mais Progressivo da banda, e a nova banda de André Matos, o Shaman que mais Progressiva ainda, já é praticamente banda grande por lá sem ter disco gravado ainda.
Sven Böge –
Sim, a França é o maior mercado. A Alemanha também é, mas além de termos muitas bandas na Alemanha, quase todos os estilos são fortes por lá, desde o Hard e Melodic Metal até o Gótico, o Black e ainda o Thrash. Então sobra uma fatia pequena para nós.

RU – Quando sai o próximo CD do Ivory Tower?
Sven Böge –
Acho que só no ano que vem, pois tivemos mudanças na formação. Além do que nossa gravadora, a LMP,  tem como artista principal o Rhapsody e estão apostando mais nesta linha Power Metal que deve vender mais. Talvez não continuemos com eles.