JUDAS PRIEST Redeemer Of Souls Sony Music – nac. Este é o derradeiro disco do Judas Priest de estúdio. Eles estão fechando as portas e com chave de ouro. Sem duvidas, o melhor disco desde Painkiller. Melhor que todos com Ripper Owens, e melhor que os anteriores já na volta de Rob Halford. Depois do chato, longo e desnecessário Nostradameus (não sei por que gastaram tanto dinheiro e tempo fazendo um disco longo e chato), eles voltam às raízes. Faixas mais curtas e diretas como sempre havia sido. Foi a estreia em estúdio de Richie Faulkner no lugar de K. K. Downing. O restante da formação, é a mesma clássica e todos fizeram bonito. Embora, Halford tenha perdido bastante sua voz ao longo dos anos, mas aqui também não comprometeu. A banda baixou o tom, para sua voz acompanhar e fez a produção soar moderna e contemporânea. Aqui, a banda não tenta reinventar a roda, fizeram o que sabem fazer melhor, Heavy Metal Tradicional. Dragonaut abre fazendo jus ao nome, uma cacetada digna de se abrir qualquer disco do Judas Priest. Redeemer of Souls é menos acelerada, mais cadenciada, mas ainda rápida, melodiosa com um refrão grudento, poderia estar no Painkiller. Já Halls of Valhalla é um petardo na linha clássica do Judas Tradicional, passando pelo divisor Painkiller e soando como o atual. March of the Damned é uma “marcha” também cadenciada, e mais lenta, e por isso mais pesada (esqueça os momentos mais lentos e chatos de Nostradameus). Down in Flames também e mais melódica e meio Hardy, lembrando a fase Turbo da banda, sem as guitarras sintetizadas e artificiais, claro. Metalizer é outro destaque, fazendo jus ao seu título. E Crossfire? Um plágio de I do Dehumanizer, disco do Black Sabbath de 1992 com Dio nos vocais, tocada até os últimos shows do Heaven And Hell. A guitarra distorcida, o andamento, totalmente sabático! Os solos, você ouve e acha que é Tony Iommi quem está tocando, assim como os riffs! Secrets of the Dead tem aquele ar macabro de Touch Of Evil! Já Battle Cry é um belo de um Power Speed Metal! Encerrando, Beginning of the End encerrada o disco, mais lenta e melancólica. Enfim, essa sim foi uma despedida com chave de ouro! JCB – 9,0 Faixas: 01. Dragonaut 02. Redeemer of Souls 03. Halls of Valhalla 04. Sword of Damocles 05. March of the Damned 06. Down in Flames 07. Hell & Back 08. Cold Blooded 09. Metalizer 10. Crossfire 11. Secrets of the Dead 12. Battle Cry 13. Beginning of the End |
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JUDAS PRIEST Defenders Of The Faith Special 30th Anniversary Deluxe Edition Box triplo Sony – nac. Uma das maiores bandas de Heavy Metal de todos os tempos começa a ter vários de seus discos relançados em edições especiais depois de 30 anos de seus lançamentos. Defenders Of The Faith é um dos melhores discos de sua extensa discografia, assim como foram todos os seus lançamentos até Painkiller, tirando Turbo (será que Turbo terá relançamento especial também? Acho que sim, afinal, não é ruim, apenas as guitarras sintetizadas assustaram e deixaram o som muito pausterizado, mas Turbo Lover é clássico e tocada até hoje). Apesar de fazer Heavy Metal e serem ingleses, eles não entraram na New Wave Of British Heavy Metal, pois eles não eram mais New. Ao contrário, influenciaram todas as bandas que vieram na NWOBHM. Por uma década, até Painkiller, eles rivalizavam tête-à-tête com o Iron Maiden e ambas as bandas perderam seus principais vocalistas (não originais, mas os melhores, claro) no começo dos anos 1990. Ambos vocalistas na metade desta década, ambos em carreira solo, Bruce Dickinson com sua banda que levava seu nome, Rob Halford, primeiro com o Power Thrash do Fight, após resultados longe do esperado, ambos declaram morte ao Metal, Bruce com o Skunkworks e Rob com o pavoroso Industrial Two. Mas apesar de tudo, o Judas perdeu espaço para o Maiden. E um dos pontos, pode ter certeza, foram as capas dos discos, algo tão importante para os Headbanguers quando a própria música em si. O Judas Priest rivalizava com o Saxon (a terceira força, que também não voou tão longe, mas está firme até hoje!) o prêmio das capas mais feias do estilo. O que a capa de Defenders Of The Faith tem a ver com a banda, com a música, com o Metal, com o titulo? Não tem nada a ver com nada além de feia! Mas vamos ao disco, para que você saiba na íntegra? Apesar de que você pode comprar sem medo, só clássico atrás de clássico, não tem nenhuma faixa dispensável! Nada de ruim, vocal excelente, guitarras das melhores e cozinha precisa. A única coisa feia aqui é a capa! E também os caras não fazem meu tipo.... (risos). Abrindo, a porrada Freewheel Burning, um arrasa-quarteirão de prima (lembram desse ermo demodê?)! Seguindo, a veloz Jawbreaker, outro clássico impagável! Fica difícil resenhas faixas como estas, vou falar o que? Vou acrescentar o que? Rock Hard Ride Free é uma das que passaram batidas, mas surpreendente, ainda mais com a remasterização, jamais deve ser deixada de lado! The Sentinel é um dos clássicos mais eletrizantes de toda a carreira da banda! Perfeita! Love Bites é ao mesmo tempo sinistra e mais acessível. Eat Me Alive é boa, mas genérica no meio de tantas pérolas, mas ainda assim, acima da média. Some Heads Are Gonna Roll e Night Comes Down são momentos menos vibratórios e mais calmos, ainda mais Night Comes Down, a baladinha Heavy Metal. Heavy Duty dá uma caída, encerrando, a faixa-título, que é um prologo de Heavy Duty. Neste pacote Deluxe, o CD é digipack triplo. O CD1 é o original na íntegra remasterizado. Os CDs 2 e 3 são do show de 1984 no Long Beach Arena, mostrando que a banda realmente queria conquistar os EUA (e conseguiram!). O livreto é ilustrado com notas e fotos inéditas da banda. Obrigatório! JCB – 9,0 Disc: 1 Disc: 2 Disc: 3 |
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JUDAS PRIEST
Screaming For Vengeance Sony – nac. Este é o relançamento deste clássico do Judas. Para muitos, o melhor disco do grupo, para todos sem exceção, um dos melhores ao lado de British Steel (1980), Point of Entry (1981) e Painkiller (1990). Esta edição especial de 30 anos duplo CD com faixas bônus já vale por si só. Nem vamos fazer a resenha dele aqui, só as faixas no track list abaixo falam por si só. Além das faixas originais e b-sides já presentes em versões anteriores, o trabalho resgata faixas ao vivo de um show em San Antonio no dia 10 de setembro de 1982. Um clássico atrás do outro, sem concessões. Mas o que vale aqui é o DVD ao vivo no US Festival 83. Este show já havia saído em DVD no box quíntuplo Metalogy de 2004. Agora, está mais acessível para adquirir. A banda estava no seu auge, tinindo, Halford estava irretocável na sua voz e na sua performance, diferente da múmia paralitica que se tornou de uns15 anos para cá. Se você conhece o Judas dos shows recentes, não erre em achar que Rob sempre ficou estático no palco. Antes ele corria e interagia como poucos, além da sua voz cristalina, reproduzindo ao vivo todos os seus agudos registrados em estúdio. A dupla de guitarristas, Glenn Tipton e K. K. Downing, também perfeita, e com suas movimentações ensaiadas e sincronizadas à lá anos 80, é a principal dupla do Metal, até porque nunca se separou,. Só recentemente com a saída de K.K. No baixo, Ian Hill, o único fundador remanescente, apesar de sempre fazer o mesmo movimento, dava densidade à apresentação. E o baterista Dave Holland, se é muito inferior à Scott Travis, que entrou em 1989 e nunca mais saiu, também não comprometia. Engraçado que a maioria destas bandas inglesas de Heavy Metal, os bateristas tocavam “reto”, não tinham espaço que os bateristas de Thrash e até Hard Rock tinham para sua técnica. É um estilo mais calcado e voltado para as guitarras mesmo. Confira! JCB – 10 Faixas: 2-DVD |
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JUDAS PRIEST
A Touch Of Evil Live Sony Music – nac. Mais um disco ao vivo do Judas Priest. O que a banda representa, dispensa comentários, e acho válido e positivo ter vários formatos para agraciar aos fãs. Até porque, toda turnê é diferente, sempre com músicas novas do disco em voga, vários clássicos anteriores e sempre músicas que ficavam escondidas com o tempo. Aqui, não é diferente, só que o disco é compacto, “apenas” 13 faixas, pouco para um álbum ao vivo de uma banda com mais de 30 anos de história, e muito curto para um set normal. No entanto, ainda bem que é um CD e não um DVD. Pois as “mexidas” em estúdio ficam encobertas em CD, mas escancaradas em DVD. Pois elas são inevitáveis. Primeiro, diz-se que o disco foi gravado por Martin Walker e Brian Thorene durante as turnês do Judas em 2005 e 2008 pelo mundo e ouvindo o disco, parece ter sido um show só, pois a equalização está igual. Ok, isso é necessário para não parecer disco pirata com oscilação de gravações entre uma faixa e outra, mas foi muito bem montado. Outra coisa, quem os viu ao vivo na volta de Rob Halford em 2005 e 2008, como eu, sabe que ao vivo, Rob não alcança mais estas notas. Além do que, a movimentação de palco do Judas, que sempre foi sua marca registrada e ainda mais do outrora “serelepe” Halford, foi pro saco faz tempo. Ok, os caras estão mais velhos, mas outras bandas contemporâneas de mesma faixa etária, como Iron Maiden, Saxon e Scorpions, só pra citar algumas, estas outras estão muito mais em forma! O disco é um resumo do resumo das duas ultimas turnês destes anos, dos dois últimos discos, Angel Of Retribution e Nostradamus. Ao menos, apesar da sintese do sintetico, acertaram na escolha das faixas! Pois, do Angel Of Retribution escolheram justamente as três melhores faixas deste disco! Judas Rising, Hellrider e Deal With The Devil! Matadoras! Eles descartaram músicas novas lentas e morosas, das mais recentes, pegaram as mais porradas! Estas faixas deveriam ficar em seu set list para sempre. Ok sei que os clássicos antigos são mais importantes... Do mesmo disco, ainda temos encerrando a boa Worth Fighting For. Do Nostradamus, a clássica Prophecy e a arrastada, mas lega, quase Doom Metal, Death. O resto são clássicos que você vê abaixo e a exceção de Painkiller, sempre presente em todos os sets desde que o disco homônimo saiu em 1990, são músicas que normalmente ficam de fora! Curiosidade, o disco ao vivo aqui se chama A Touch Of Evil Live, e é estranho, pois esta faixa é do citado Painkiller de 1990. Mas como uma faixa de um disco de 20 anos atrás pode batizar um disco ao vivo lançado agora? Bem, do Painkiller temos Painkiller, A Touch Of Evil e Between The Hammer & The Anvil, excelente! As demais quatro faixas, são de discos espalhados, Riding On The Wind (Screaming For Vengeance), Eat Me Alive (Defenders Of The Faith), Dissident Aggressor (Sin After Sin) e Beyond The Realms Of Death (Stained Class). Ou seja, faixas antigas obscuras e faixas novas! Me agrada este tipo de iniciativa, mas teria ficado melhor e mais conceitual, se tivessem feito que nem o Iron Maiden com os A Real Live One e A Real Dead One, ou seja, um disco só com faixas recentes e outro só com faixas antigas. Mesmo assim, o set foi bem escolhido! Confira! JCB – 8,5 Faixas: |