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Entrevista: Pedro Ribeiro.

Foto:
divulgação.

Os loucos finlandeses que executam Folk Pagan Metal ao extremo, estiveram recentemente no Brasil para shows e aproveite e confira esta exclusiva rapidinha que fizemos com eles! Jonne Järvelä, o frontman, vocalista e líder nos conta!

RU – Como está a expectativa para esta turnê sulamericana?
Jonne Järvelä – A melhor possível. Várias bandas finlandesas já tocaram no Brasil e falam muito de seu país, da comida, das caipirinhas, do clima, das pessoas e do público. Sabemos que Stratovarius, Nightwish. Sonata Arctica e Children Of Bodom são grandes aí e queremos nossa fatia!

RU – Os argentinos do Skiltron estão abrindo seus shows. Fale sobre eles.
Jonne Järvelä – Pessoas amáveis, legais, boas de se lidar e como banda são excelentes. São a banda de suporte perfeita para nós! Chega a ser exótico uma banda tão longe de nós fazer com talento um estilo tão europeu.

RU – A música de vocês é festiva, alegre, feita para se dançar como se fossemos camponeses. Muitos seguimentos do Metal os criticam justamente por isso. O que você tem a dizer sobre?
Jonne Järvelä – Nada! Nossa música é para isso mesmo. A vida de todos já é difícil, então, queremos dar alegria e entreter as pessoas com nossos discos e nossos shows.

RU – Obviamente, as letras da banda relatam muito sobre bebida, músicas com nome de Vodka ou Cerveja, Cerveja denotam isso.
Jonne Järvelä – Bom se a nossa música não é séria e é alegre, as letras tinham que acompanhar. Quer coisa mais alegre do que bebida? Ou melhor, ela nos deixa mais alegres ainda!

RU – Bom, os finlandeses têm a fama de serem os mais beberrões da Europa...
Jonne Järvelä – (interrompendo)... E não duvide disso, desafio você a hora que você quiser! Na Idade Média e Antiga os músicos folk paravam de cantar se eles não tivessem bebida alcoólica e nos continuamos isso. Sem bebida, não tocamos também. Ainda, nosso povo é um dos piores no quesito em se comunicar com os outros. Coisas simples, temos vergonha e timidez em se expressar. A bebida nos ajuda.

RU – Bandas Viking como Moonsorrow, Turisas e Ensiferum são líderes da cena Viking mundial e são finlandesas. Como seu país pode produzir bandas tão distintas e com tanta qualidade e diversidade?
Jonne Järvelä – Estas bandas que você citou são de músicos que nasceram ou vivem nas cidades e capital, eles tiverem mais acesso e contato e vivência com culturas do mundo todos. Nos chamam de caipiras também por causa disso, pois viemos do interior mesmo, e nossa Música, apesar de Metal, reflete isso. Chega a ser estranho bandas de nosso país tocarem Vikings, pois a Finlândia não é um país nórdico, escandinavo e Viking. Nossa cultura e língua e história é totalmente diferente de Noruega, Suécia e Dinamarca. Somos apenas vizinhos na geografia. Pois é fato histórico que os finlandeses foram inimigos dos vikings. Havia alguma relação de comércio com eles. Mas hoje existem bandas de Viking no Brasil, no mundo todo, então, virou mais um estilo musical do que apenas a parte cultural e histórica.

RU – E o fato de vocês cantarem em finlandês, isso não atrapalha para conquistar fãs em todo o mundo, visto que fazer sucesso só na Finlândia não seria suficiente?
Jonne Järvelä – Bom, estamos tocando no mundo todo cantando em finlandês. As pessoas talvez se interessem mais pela música do que pelas letras. O fato de alguém cantar, seja em que língua seja, acho que acentua mais a musicalidade. Mas também não é o mundo todo que fala ou entende inglês, isso também ajuda na auto-estimo do nosso povo, que é muito consumista e copia tudo o que acontece nos Estados Unidos e resto da Europa. Isso ajuda a marcar uma identidade nossa, que as vezes nos falta.