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O Jogo Apenas Está Começando!

Entrevista: Joseph Wildenberg. Fotos: Márcio Rodrigo.
A esta altura, todos já devem saber das tretas do Helloween, da saída de Roland Grapow e Uli Kusch e da formação do Masterplan. Também que Russell Allen (Symphony-X) seria o vocalista, posto hoje ocupado pelo escandinavo Jorn Lande. Mas, o que passa na cabeça de Roland com tudo o que está acontecendo? Só mesmo uma exclusiva com ele para sabermos mais sobre está já revelação de 2003!

RU – Pirmeiro, quero parabeniza-lo pelo trabalho com sua nova banda. Mas vamos direto aos fatos. Você esperava todo este sucesso com o Masterplan, já que a princípio seria apenas um projeto paralelo?
Roland Grapow – Bem, se disser que sim, estarei mentindo. Mas se disser que não, também estarei mentindo! (risos) Digo isso porque quando eu e o Uli criamos o Masterplan, era para fazermos a música que estivéssemos a fim de fazer, sem padrões ou moldes estabelecidos. E as músicas eram tão boas, que após nossa saída do Helloween, não tivemos dúvidas que a banda daria certo!

RU – Por que Russell Allen não continuou?
Roland Grapow – Justamente por isso. Porque no começo, era para ser apenas um projeto. Então ele cantaria no disco para a gente e faria alguns shows quando o Helloween e a banda dele estivesse livre. Só que o projeto virou banda e não daria para ele nos acompanhar. Até porque, nos últimos dois anos, o Symphony-X também cresceu muito, sabe aquele típico reconhecimento tardio? Somos amigos e desejo sucesso para ele e o S-X, uma das minhas bandas prediletas!

RU – Muito já foi falado sobre sua saída e a de Uli do Helloween, tanto da sua parte como da deles. Ainda há algo que não foi falado e que você gostaria de acrescentar?
Roland Grapow – A única coisa é que, tanto eu quanto o Uli e eles, estamos felizes agora! Eles estão fazendo o que eles gostam e agora nós também!

RU – Mas tem uma coisa que chamou a atenção. Todos que saíram do Helloween, saíram reclamando do Michael Weikath. Você, Uli, Michael Kiske e Kay Hansen. E ele, também reclamando das pessoas que saíram. Para todos, passa a imagem que ele é uma pessoa insuportável. Mas, em entrevista cedida a nós, Andi Deris defendeu Weikh e disse que foi graças a ele que vocês ficaram mais tempo na banda, pois de dependesse do Andi e do Markus, vocês teriam saído a três anos e meio atrás. O que você diz disso?
Roland Grapow – Quanto ao Markus, eu não acredito, isso é só para jogar mais lama em cima de tudo ainda. Mas não duvido do Andi, pois agora mostra ciúmes por estarmos bem e por fazermos sucesso com aquilo que pensávamos para o Helloween e eles não queriam.

RU – O engraçado é que nos shows, Andi sempre pegava no seu cabelo e ficava chacoalhando quando você solava. Era um dos momentos mais engraçados do show e ninguém percebia que vocês não se davam bem.
Roland Grapow – Para você ver que numa banda, tudo tem que ser espontâneo. Essa e outras coisas eram legais, mas isso com o passar do tempo fica mecânico, soa forçado.

RU – Andi Deris nos disse que gostou do Masterplan, mas você gostou do disco novo deles, Rabbit Don't Come Easy.
Roland Grapow – Não. Achei feliz, “happy” demais, o Helloween já fez muitos discos assim, não precisaria de mais um. O gozado é que eles falam tão mal do The Dark Ride, abominam tanto, mas eles mesmos disseram que foi ele quem abriu as portas para a banda nos Estados Unidos. Eles não entendem que as vezes é preciso fazer isso para uma banda crescer. Se você fica se repetindo, você estagna e não cresce. Por mais que você se repita, são as músicas antigas que todo mundo gosta de ouvir. Toda banda em qualquer tipo de música é assim, do Pop ao Black Metal. Então, não é melhor tentar fazer algo diferente para ganhar fãs novos de outros estilos e abrir outros mercados?

RU – Como são os shows do Masterplan?
Roland Grapow – Um orgasmo! (risos) Nós, por termos apenas um CD, ainda tocamos algo do Helloween, mas justamente as músicas totalmente diferentes do estilo da banda, como The Chance (Pink Bubbles Go Ape) e The Departed (Sun Is Going Down) num medley com algo da carreira solo de Jorn. Mas vamos tocar o menos possível, pois percebemos que as pessoas nos shows curtem mais nossas músicas que as de fora. Então, daremos cada vez mais Masterplan para elas! (risos)