Atualizado em 25/11/2008

EGYPT CENTRAL
Egypt Central
Fat Lady Music – imp.
Se alguma vez houve um álbum que teve sempre para chegar ao mercado (além do Guns n 'Roses Chinese Democracy), este tem de ser. Assinado em 2005 para voltar com a Lava Records, o Egypt Central passou a trabalhar com o produtor Josh Abraham (Orgy, Staind, Linkin Park, Velvet Revolver) e gravado o que foi planejado para ser seu debut. Após isso, a banda lançou a álbum independente, em que o fez muito bem. Depois, veio o próximo registro enfrentar, desta vez, foi Bieler Bros, em 2006. Mais uma vez, o álbum não foi liberado. Depois de uma bem sucedida turnê com o Ozzfest da segunda fase, que já assinaram com Fat Lady Music, e seu auto-intitulado álbum debut, agora irá ver a luz do dia. A grande questão é saber se foi ou não valeu a pena a espera. A música é bem trabalhada, slickly produzido, e preenchido com radio-friendly e riffs cativantes. O outro pensamento, que competiram de igual atenção, foi que este som é bater demasiado tarde. Parece algo que teria sido enorme cinco ou seis anos atrás. Isso foi antes de aprendizagem do álbum da longa história. Eles rivalizariam com o Linkin Park, Deftones, Stand, P.O.D. entre tantos. No entanto, três anos mais tarde, apesar da música ser sólida, as chances de acertar são menores. O som é reminiscente de Chevelle, Saliva, e outros pós-Nu Metal e Alt Metal. E que gêneros são suficientes para você? Eu não posso ficar todos esses rótulos, e estes não podem sequer se encaixam, mas eles parecem ser a forma mais exata para descrever os seus sons. Cada canção parece para definir o rádio, com mais ter facilmente acessíveis com ganchos e executar todas. PR – 7,0

Track list:
1. Different
2. You Make Me Sick
3. Over And Under
4. Taking You Down
5. Leap Of Faith
6. The Way
7. Push Away
8. Walls Of Innocence
9. Locked And Caged
10. Just Another Lie
11. Home

FORGODSFAKE
Life Or Debt
Independente – imp.
Bom trabalho de estréia dos Forgodsfake, banda de Almada, Portugal, formada através de antigos elementos de Painstruck, Twentyinchburial, Judged by Greede Straightshot entre outras mais Underground mais de respeito dentro do Underground português. O som de Forgodsfake passeia dentro Hardcore e o New Metal americano. A banda consegue um registro com qualidade acima da média, a que terá ajudado uma produção de Daniel Cardoso. Este quinteto oriundo de Almada, anteriormente era conhecido como Shrapnel. Praticam um misto de Metal (Death Melódico) e Hardcore com, ou seja, seria uma espécie de Deathcore, Thrashcore, Metalcore ou Crossover (hoje em dia, virou tudo uma coisa só). Riffs bem sacados nas músicas Ghost, Something Lingers, Essence e Self Inflicted são os destaques nos 43 minutos e 20 segundos de duração. Nada de novl,mas bem legal. PR – 7,0      

Track list:

1. Intro
2. Ghost
3. An Ode To You
4. Something Lingers
5. Mindfield
6. Essence
7. Prove Us Wrong
8. Self Inflicted
9. Converge
10. Dilemma
11. Killing Oppression
12. Outro

KILL THE ROMANCE
Take Another Life       
Locomotive – imp.
Nunca será tarefa fácil opinar todas as propostas/trabalhos que me vão chegando diariamente á redação, dos estilos que têm a minha preferência. Um desses gêneros é o Melodic Death Metal, e nas minhas mãos tenho o novo álbum dos Kill The Romance. Eles fundaram-se na Finlândia no inicio de 2004. Depois de 3 EP's bem sucedidos e uma quantidade infindável de concertos, chegou a vez de gravarem o álbum de apresentação Take Another Life. Este é o primeiro registro via Locomotive depois de terem fechado contrato no final de 2006. Take Another Life é o natural desenvolvimento do último EP Cyanide lançado em 2006. São 11 faixas de Death Metal Melódico onde podemos encontrar influências de In Flames, Machine Head, Megadeth, Soilwork, The Crown e The Haunted. Sem novidades, mas muito bom e uma porrada no pé do ouvido.
PR – 7,5

Track list:
01. I'm Alive
02. Prey
03. Ghost White Coma
04. Inner Cell
05. Trespasser
06. Friend
07. Pulse Of Negative
08. Breath
09. Worldwide Destruction
10. My Sweetest Enemy
11. Dark Filth Water

NEOMENIA
Luna Nueva
Locomotive – imp.     
Além de lançar bandas consagradas e revelações de todo o mundo, a Locomotive é a que mais aposta no Metal e no Rock de seu país de origem, a Espanha. Este aqui é um debut. A banda é: Javi Villanueva e Dani Castellanos (guitarras), José Villanueva (baixo), Rafa Díaz (bateria) e Toni Menguiano nos vocais, uma verdadeira revelação. Temos aqui onze faixas de puro Heavy Rock, onde a maior estrela é Toni Menguiano, que interpretação e garganta têm esse cara. A banda tem suas músicas em espanhol, deixando um ar mais pitoresco á sua música. El Hombre Y La Guerra é bem melódica, enquanto Perdido En El Adios é o melhor tema deste disco. E assim vai, para uma estréia, está acima da média, mas esperamos trabalhos mais maduros no futuro! PR – 7,0

Track list:
1. Atrapado En La Noche
2. El Hombre Y La Guerra
3. Perdido En El Adiós
4. Quiso Ser Balada
5. Por Amor
6. Jugando A Perder
7. Luna Nueva
8. A Contracorriente
9. La Visión
10.Colgado De Ti
11.Va Por Ti

NON DIVINE
Asylum 45
Independente – imp.
Esse é o primeiro lançamento oficial do quarteto holandês após a demo My Obsession de 2001. E ‘surpreendente’ é a palavra mais perfeita para descrever a banda! O Non Divine pratica um Metal trabalhado, pesado e moderno. Moderno demais em alguns momentos, o que pode afastar algum ouvinte casual mais radical, mas basta prestar atenção nas harmonias, melodias e ‘groove’ trazidos pela banda pra perceber que os caras sabem perfeitamente o que estão fazendo e têm talento de sobra para apresentar suas idéias com muita qualidade! A banda traz muitas influências, e diversos momentos do álbum lhe trarão à cabeça variados nomes dentro da cena Metal. One Man, One Soul remete ao Dark Tranquility, enquanto New Die-Hard Vampire traz várias passagens que lembram o Pantera. Mended Doll apresenta guitarras que imediatamente te fazem pensar no Sentenced, e Visions flerta abertamente com um remix meio ‘dançante’. Tudo isso pra exemplificar a tamanha variedade que o álbum carrega consigo! Parece uma grande salada de gêneros musicais, mas quando se tem contato com o trabalho do grupo, percebe-se que tudo isso são apenas influências, que quando misturadas formam a grande personalidade do Non Divine. Asylum 45 é um álbum conceitual, onde cada música conta a história de um paciente de uma clínica psiquiátrica, cada um com diferentes emoções e sentimentos, representados pela música da banda. Um trabalho excelente, ainda mais se lembrarmos que este é apenas seu primeiro disco, em que quanto maior o contato com sua musicalidade mais se aprecia as faixas e mais fundo nos adentramos em sua personalidade! Vale a pena verificar, um nome que promete muito para o futuro próximo! PR – 7,5

MALUMMEH
Revival
Spinefarm – imp.
A praga do Metalcore está invadindo e devastando tudo. Esta moda Underground se torna mais nociva ainda do que o Emo ou o New Metal, já que ambos, por terem tido apoio da mídia, todos sabiam que, por mais nefasta fossem as suas influências, seria uma moda passageira. Agora o Metalcore está implantando raízes em todos os estilos, países e milhares de bandas por ai. Como voltar atrás depois? Alguém aí pode me dizer ou apontar diferenças entre uma banda e outra? Eu não consigo. Que horror! Aqui, esta banda que parece um nome árabe (sei lá que diabos isso significa, não quero saber e tenho raiva de quem sabe também!) e você pode vir a achar que a banda pode se diferenciar das demais americanas, sul-americanas, suecas (jogaram Gotemburgo no lixo), alemãs e etc, até pelo grupo vir da Finlândia. Engano seu. Apesar de algumas guitarras interessantes, rápidas que nem seu compatriota campeão da F1, Kimi Raikkonen (parabéns, por ter derrotado o metido Lewis Hamilton), nem isso empolga. RC

NON-DIVINE
Asylum 45
Rusty Cage – imp.
A Holanda é um país maluco. Usam a cor laranja sem tê-la em sua bandeira (embora fosse a cor oficial de seu império, assim como a azul na Itália, o verde na Alemanha, o rosa na Dinamarca, o azul na Espanha e assim por diante – por que fizeram bandeiras sem serem as cores oficiais de vossas pátrias? Depois nós, portugueses que somos portugueses, sem é que me entende). Construíram o país fazendo discks para segurar a água do oceano para expandir o país, sendo o único país abaixo do nível do mar, também chamado de países baixos (não tem como não lembrar deles quando o gajo toma uma bolada na zona do agrião). Tem a droga liberada e também prostituição em vitrines ao ar livre, como se fosse um shopping. Na música, eles são extremos, ou com bandas sutis, angelicais e melódicas como After Forever, Epica (apesar de Simone ser francesa), The Gathering e Within Temptation como porradas à Tio Sam como este Non-Divine. Asylum 45 é o primeiro lançamento oficial após a demo My Obsession de 2001. O Non Divine é Moderno demais em alguns momentos, o que pode afastar algum ouvinte casual mais radical, mas basta prestar atenção nas harmonias, melodias e ‘groove’ trazidos pela banda. Man, One Soul lembra Dark Tranquility, New Die-Hard Vampire lembra Pantera. Mended Doll é quase Gótica e Visions, comercial. Parece uma grande salada de gêneros musicais, mas quando se tem contato com o trabalho do grupo, percebe-se que tudo isso são apenas influências, que quando misturadas formam a grande personalidade do Non Divine. Asylum 45 é um álbum conceitual, onde cada música conta a história de um paciente de uma clínica psiquiátrica, cada um com diferentes emoções e sentimentos, representados pela música da banda. Um trabalho excelente, ainda mais se lembrarmos que este é apenas seu primeiro disco, em que quanto maior o contato com sua musicalidade mais se aprecia as faixas e mais fundo nos adentramos em sua personalidade! Mesmo assim, os radicais vão torcer o nariz. PR – 8,5

MAGNACULT
Synoré
Rusty Cage – imp.
Outra formação montada por caras holandeses. O Magnacult se julga como Death/Groove Metal/Metalcore. E é, meus amigos, e o é. Chorem, pois é sim. E é mesmo! Já os vi em Lisboa e posso dizer que são sim. Apesar deste norte-americanismo musical, a banda ainda soa como uma boa fornada de Heavy Metal. o New Metal ainda persiste em aparecer, e a banda pode agradar fãs de Killswitch Engage, que recentemente ridicularizou a música e o clipes sagrados de Holy Diver do Dio. Prefiro me calar a continuar a praguejar contra uma impropérie destas. PR – 6,0

CYPHER
Darkday Carnival
Rusty Cage – imp.      
Mais uma banda formada por holandeses, lançado pelo selo da terra dos moinhos, tamancos e que está abaixo do nível do mar. O selo leva o nome de uma música do Soundgarden, um de seus maiores sucessos (e uma das mais legais também, pá!). do Cypher após cinco anos de vida e uma demo lançada conseguem finalmente ter seu debut álbum lançado e de cara em formato digipack – já me deixaram ainda mais curioso em ouvir suas musicas. A primeira impressão foi da voz deTobias, aqui como a alcunha de T.Vox, que lembrou Phil Anselmo e a música também um bocado de Pantera. O Cypher faz uma mistura interessante de Thrash com Death e com uma roupagem mais moderna (sem cair no Metalcore). Os CYPHER nasceram na primavera de 2002. O seu nome alude a uma perda de INDIVIDUALIDADE, EGO e IDENTIDADE, um tema que penetra no primeiro EP de 2003 "FORWARD DEVOLUTION". Além disso, o nome da banda adverte a significados escondidos nas letras das musicas, baseadas em VIOLÊNCIA e ÓDIO. Em Outubro de 2006, o QUARTETO HOLANDÊS lançou "DARKDAY CARNIVAL" chegando ao REINO UNIDO apenas a 22 de Janeiro de 2007, e á ALEMANHA, ÁUSTRIA e SUÍÇA somente a 16 de Fevereiro ultimo. Este primeiro longa duração, explora o lado mais ESCURO da condição humana, as letras mascaradas por mais de 2000 anos de DECEPÇÃO e CORRUPÇÃO, enquanto progride musicalmente para um estilo mais COMPLICADO e DINÂMICO, sem perder a extremidade BRUTAL. Nada de novo, mesmo sendo inovador. PR – 7,5

OBSIDIAN
Emerging
Rusty Cage – imp.
A banda faz um Death Metal nos moldes mais modernos. A banda se intitula “Polyrhytmic Melodic Progressive Death Metal”, com bastante quebradeira de forma brutal, mesclando o melhor do Prog com o melhor do Death. Material interessante, e que vale uma conferida, mesmo para os radicais do estilo. Deram à luz em AMESTERDÃ, HOLANDA no longínquo ano de 1988. Este QUINTETO de DEATH METAL ao longo da sua extensa carreira foi alterando a sonoridade, estando atualmente perfeitos para entrarem no "moderno" MATH/THRASH METAL. A confirmação apareceu a 31 de Maio de 2006 com a edição do LP "EMERGING", o ultimo com o vocalista SERGE REGOOR. Influenciados por um numero infindável de bandas e estilos, os OBSIDIAN colocaram "EMERGING" nas páginas do METAL contemporâneo, identificável na onda de MESHUGGAH, OPETH, DARKANE e TEXTURES. Como nota final uma declaração curiosa da parte do novo vocalista ROBBE KOK (DISAVOWED, ARSBREED) que planeia manter as CLEAN vocals tal como acontece noutras bandas de BRUTAL DEATH METAL! É o Death Metal do novo milênio! Ao menos na Europa está sendo assim! PR – 8,0

EVOLOCITY
Evolocity
Nuerra – imp.
Difícil rotular a banda. A priore seria New Metal. Mas seria muito simplista dizer apenas isto. Poderia ser Metalcore? Emo Metal? Sei lá. O que rola é que, a banda é norte-americana, e soa como quase todas de lá hoje em dia. Afinação grave bem baixa, vocais gritados, agressivos, psicóticos, passagens de pula-pula (feitas para pular), bateria intrincada, baixo em evidencia, guitarra minimalista. A banda não apresenta nada de novo, e as músicas soam parecidas entre si. É. RC

DROID
Droid
Adrenaline Pr – imp.
As duas primeiras edições da Emotional Syphon Recordigs, propriedade do revolucionário guitarrista James “Munky” Shaffer dos Korn , estão prontas para serem editadas ambas a 10 de Julho. Os Monster In The Machine e os Droid inauguram as publicações, e o auto intitulado álbum Droid vai fazer história. O quinteto de Long  Beach apresenta-se cheio de ritmos com riffs na onda de Lamb Of God, As I Lay Dying, In This Moment entre tantos outros com os seus gritos guturais ao estilo Hatebreed numa mistura volátil de metal. O disco por vezes lembra os Meshuggah e Fear Factory, mas com influências afiadas de Hardcore com uma entrega vocal suja. A sua agressão derretida por riffs, resulta num ruim power e violento rugido de Hardcore.  A revisão da matéria presente em “DROID” mostra 12 músicas honestas de brutalidade espontânea num “pacote” escuro, violento e catastrófico. Os Californianos Droid são seguramente uma das novidades de 2007 mais consistentes, sólidas e com futuro garantido entre os grupos com maior destaque do estilo. PR – 7,0

MALEFICE
Entities
Anticulture – imp.
Aqui, a estréia de mais um selo, mais uma gravadora na ROCK UNDERGROUND, agora é a vez da Anticulture Records, especializada em Punk, Hardcore, Crossover, Grindcore, Thrash, Death, Metal, Metalcore, Core, e etc. Aqui, no caso do Malefice, temos o Thrash e DeathCore do mais brutal é o que estes Britânicos Malefice na estreia em Entities. O lado mais brutal do Thrash/Death em fusão com o Hardcore. Metalcore, um termo que já está a cair em desuso, mas o Malefice sabe fazer bem, e muito melhor que a maioria dos seus pares norte-americanos. Também não é novidade que tem muito inglês que é paga-pau dos yanques, então, não é de se surpreender. Apesar desta cena estar saturada e inchada, a banda se destaca, com alguma criatividade a mais, deve ser isso, poxa. Agradará a fãs de Chimaira, Sepultura, Slayer, The Haunted, Slipknot, Soilwork, Unearth, Eminence, etc. Confira! RC – 8,0

THE SENSELESS
In The Realm Of The Senseless
Anticulture – imp.
Se conhecem o trabalho de The Berzerker, então não irão estranhar este disco à primeira audição, pois o The Senseless é um projeto de Sam Bean, baixista dos The Berzerker. Este disco e as 12 faixas que o compõem representam o culminar de 10 anos de composição e 2 anos de gravação. A sonoridade não foge muito da praticada pela banda principal de Bean, embora aqui o som não seja tão extremo e seja mais variado, mas também não é assim tão fácil de assimilar. Podemos encontrar aqui um pouco de tudo, desde riffs Thrash, passando por algumas influências de Metal Industrial da década de 90 (Fudge Tunnel, Godflesh ou Misey Loves Co.), passando obviamente por Death Metal e Gindcore, chegando até aos limites da música eletrônica mais extrema (Gabba, Hardcore e até algum Trance). Segundo o comunicado de imprensa, cada tema levou elementos que tornam impossível a recriação do mesmo ao vivo, desde temas a 550bpm, seis camadas de guitarra, ritmos de bateria invertidos, entre outros. Não sou grande fã do trabalho dos The Berzerker mas, isto aqui tem diversas influências e, apesar de ter uma vertente bem experimental, tem um certo toque de old school (80s e 90s) que me chamaram a atenção. O disco não se torna de modo algum monótono pois há muita coisa a passar-se ao mesmo tempo e, em cada audição encontram-se novos pormenores que mantêm o ouvinte atento. O engenheiro de som para as guitarras foi Matt Wilcock (Akercocke, The Berzerker), a mistura ficou a cargo de Luke “The Berzerker” Kenny e a masterização foi feita por Russ Russell (Napalm Death, Dimmu Borgir, etc). Temos um disco que, apesar da capa lembrar algo de Surf Music, como a coletânea histórica lançada pela finada 97FM há uns 15 anos atrás, só de bandas e do estil  e todas australianas, esqueça! PR – 8,0

THE NICAEA ROOM
Bulletproof Benny Takes On The Yuppie Brigade
Hold True Recordings – imp.
A banda lança este EP de uma boa música que mistura Metal e HC, embora não seja crossover. Eles chamam essa música de Tech Metal (?), mas variam um pouco de tudo. A banda vem de New England e fez músicas pesadas neste EP/MCD (hoje não sei mais quando é EP e quando é MCD). Faixas pesadas com as chamadas skull-crushing e “flesh grinding” blast-beats, com algo de Grindcore e até Black. Pesado e agressivo. Billion And A Half In Dreams, Sleeping With The Piranhas, The Hostage, The Yuppie Grinder v2.0 e Quitter. LT – 7,0

FOREVER IN TERROR
Restless In The Tides
Metal Blade – imp.
Se você não prestar atenção direito na capa, vai achar se tratar de uma banda Viking ou de uma banda nórdica, escandinava ou finlandesa falando dos mares gelados e dos oceanos frios em meio a Icebergs, ou ainda, alguma banda de pirata, içando um marujo ao mar, com frases do tipo “ei marujo, não beba da água do mar, pois ela é salgada e você vai ficar louco”, quando eles estão muito tempo em mar e com sede, mas sem água potável. Mas se reparar bem na capa de Restless In The Tides, verá que isso é feito de maneira parca e tosca, e o nome e logo da banda indicam outra coisa. Aí você fica na dúvida, e vai ouvir Restless In The Tides para saber do que se trata. E ouvirá um Metalcore portentoso e vigoroso, dos melhores feitos nos Estados Unidos e que a Metal Blade insiste em lançar (porque lá, nos EUA, talvez, esse tipo de som venda horrores e mais alguma coisa na Europa, já é motivo para os caras continuarem investindo nesse tipo de música, que apesar dos pesares, é Rock, é Metal sim, e é pesada). O Forever In Terror debuta com Restless In The Tides, que não trás nada de novo ao estilo ou do que já tenha sido feito, mas mesmo assim, fãs desta veia vão delirar com ignorantes Leviathan, The Chosen One e Upon Your Grave. RC – 8,0

ANTERIOR
This Age Of Silence
Metal Blade – imp.
Ok, anterior ao que? O que será o posterior? Enfim, nomes esquisitos infestam a cena do Metalcore, assim como era no morto New Metal (não era o pessoal do pula-pula que bradava que o Heavy estava morto? Quem é que ta morto agora, seu Zé Mane? Seu Zé Roela? Aqui temos mais uma banda que soa igual a todas, embora, esta nova safra nada mais nada menos está fazendo o que a cena HCNY já vêem fazendo desde que surgiu. Bandas como Agnostic Front, Madball, Pro-pain entre tantos outros: gritaria, porradaria, mistura de HC com Metal, bateria avassaladora, baixo marcadão, riffs insanos, solos curtos mas com alguma melodia. O diferencial do Anterior é que eles têm um som um pouco calcado na cena sueca, que também têm a muito esse tipo de som. Enfim, cada um, cada qual. Alguns destaques podem ser The Silent Divide, Dead Divine, Seraph e Human Hive, mais a faixa-título. Apenas nove faixas, muito pouco para tanta pretensão de achar que reinventaram a roda. RC – 6,5

STRENGTH BEHIND TEARS
Bridges Between Us
Basement Records – imp.
Engraçado, mas não tem graça. Engraçado, porque, você põe para ouvir Bridges Between Us e jura se tratar de uma banda de Death Metal Melódico, mas não é. Aí você ouve o vocal de Jimmy, e a banda descamba para o temível Metalcore. Ok, mas aí vem umas esganiçadas típicas do Grindcore e uns gritos de Hardcore mais arrastado. E aí que não tem graça. Tudo isso é ruim? Claro que não, mas o vocalista faz tanta força para soar urrado e gritado, que em alguns momentos, mesmo tendo em estúdio todo aparato de fazer correções e de refazer algumas partes e “colar” alguma que tenha dado certo, pra não precisar fazer de novo, mesmo assim, Jimmy da umas desafinadas, uns erros e dificilmente ele reproduz as músicas ao vivo com a garganta funcionando até o fim do set. Tem muita mina por ai, que faz vocal gritado e gutural bem melhor. Então, se é pra fazer, faça direito, porra! Ainda, embora Jimmy também seja marca de Molho Inglês, o vocal desse cara é suficiente para estragar o disco, de tão irritante que se torna a audição de Bridges Between Us (que também tem um título de fazer Emo chorar!). O instrumental apesar disso tudo é bom. Resumo da ópera? Trocar de vocalista urgente, com urgência urgentíssima! RC

LODOWN
Black Horse
Bhurr Records – imp.
A banda mescla New Metal com Hardcore, resultando num Metalcore, que as vezes é confundido com o Crossover (uma linha tênue separa os dois – living on the edge), Deathcore, Thrashcore, Emocore, New Hardemocrossocoremetal! Acabei de inventar um rótulo novo! O mais interessante do CD inteiro foi isso! Lembra o Drowning Pool (quem? Ta no release, não sei de nada). Destaques (só para cumprir a rotina) é Jucifer, Step Up, e a faixa-título. Enfim, Black Horse, está mais para Paraguaio Horse! RC

SUBCYDE
Subcyde
Last Entertainment – imp.
Mais uma boa banda deste tipo de Thrash Death em voga hoje, não aquele empolgantes, como Torture Squad e Arch Enemy (cada um com seu estilo e linha musical distintos), ma àquele arrastado do tipo norte-americano e que a Suécia vem desenvolvendo com desenvoltura. Influências de Machine Head, Pantera, com algo de The Haunted (novo), In Flames (novo) e Soilwork (de sempre) e Sepultura (pos-Max). Os vocais são pantéricos, as guitarras seguem as linhas In Flames novo e Machine Head (quase caindo no New Metal). Não sei se podemos classificar a banda como Metalcore (entre tantos outros rótulos, Modern Thrash, etc.). A música da banda acaba soando previsível, sendo que você sabe quando entra refrão, quando começa e termina um solo, que fim vai dar tal riff e etc. Por três ou quatro vezes, cheguei até a adivinhar a letra, qual a próxima palavra. Enfim, a banda faz um som legal, para o estilo. Só. RC – 6,5

KASHEE OPEIAH
Panic In Solitude
Whirlwind – imp.
Mais uma banda alemã a atacar de Metalcore. O que os fãs do estilo vêem nele? Peso? Agressividade? Brutalidade? Pra bancar uma de machão? Ok. Mas as bandas são todas iguais! Todas estão ficando derivativas e oníricas. Agora, o pior, é que toda gravadora está investindo no estilo. Todas. Daqui a pouco até a Magna Carta vai vir com algum MetalcoreProg ou a Frontiers com algum Melodic Metalcore. Fala sério! Chega! Cansei! Esta banda de nome esquisito até que é uma das mais legais, mas se estas bandas fazem este tipo de som, porque não estão legais com a vida, então hoje também não to legal e não vou falar mais nada. RC – 6,0

S A P H E N A
Das Leben Wird Zu Glas
Whirlwind – imp.
Saphena é uma ótima banda de Metalcore da Alemanha. Esse álbum lançado em 2005 tem uma produção sonora e gráfica de primeira qualidade! Músicas bem pesadas, sujas, agressivas, nervosas, com todas as letrras interpretadas em alemão. Claro, mais uma vez o Metalcore que me causa empáfia, mas mesmo assim, mais uma boa banda (do estilo). O fato de cantarem em alemão torna sua música talvez um pouco diferente e eles se diferenciem (um pouco) das demais do gênero. RC – 7,0

REBELHEAD
Fightback
Whirlwind – imp.
Com uma capa meio Hardcoriana, com algo de Crossover, influência de Thrash Metal alemão e americano, nada demais. Fightback é um furioso Metalcore europeu com pegada a lá Figure Four. A banda teve uma ótima produção e vai agradar aos fãs de Walls Of Jericho e Unearth. Indicado para os fãs das bandas do estilo. Não tem nada de diferencial, mas é boa a banda. RC – 7,0

BUILT UPON FRUSTRATION
The Book Of Mourning
Da’Core – imp.
Banda de Pittsburg (EUA) que tem no Metalcore sua principal influência, com uma boa produção. O álbum é um prato cheio para os fãs de bandas como Born From Pain, Terror e afins. Destaque para as músicas: Periah, The Immaculate Rejection e Birthrites. Mas será que ninguém ainda enjoou deste estilo, que já deu o que tinha que dar? De qualquer forma, nos States, este estilo está em alta, o estilo na Europa ainda resiste e transforma reais bandas de Hardcore e Thrash Metal em grupos Metalcore's (como se fosse um enorme buraco negro no universo dragando e succionando estes grupos para os riffs e temática deste estilo). E no Brasil? O estilo também já tinha uma gama grande de fãs, herdados de outros estilos, como Crossover e New Metal. Sendo assim, esta banda pode fazer sucesso por aqui. Tenho dito. FSS – 7,0

BENEATH THE SKY
What Demons
Victory – imp.
Sexteto de Metalcore da cidade de Ohio apresenta com What Demons Do To Saints, seu primeiro trabalho completo, já que possuíam um EP lançado anteriormente em 2006, a banda usa a velha fórmula de sonoridade, mesclando a técnica de seus músicos com vocais guturais e limpos, nada de novo ou revolucionário, mas eficiente e empolgante em faixas como: A Grave Mistake, 7861, Goodfellas. Enfim, sem mais delongas, Metalcore é isso aí: não tem muito o que falar musicalmente e sim pogar, bangear e agitar! FSS – 8,0

THE ORANGE MAN THEORY
Riding A Cannibal Horse From Here To...
Indelirium – imp.
Banda italiana formada em 2003, mas que só recentemente lançou seu primeiro registro, que contou com a produção do americano Steve Austin que trabalhou com bandas conceituadas como Converge, Unsane e Lamb Of God. A sonoridade da banda é calcada no New Metal, nada de novo, mas bem interessante de se ouvir, destaque para a musica que intitula ao álbum, Merendina Will Have His Revenge On Capeside e a caótica 007 (ce fa na pippa). Tem horas que o Metalcore parece com o New Metal e vice-versa, são estilos que caminham em paralelo e as vezes, seus destinos se cruzam. FSS – 7,0

BORN FROM PAIN
War
Metal Blade – imp.
A banda é um dos ícones do atual Metalcore, que anda em evidência nos EUA, uma resposta totalmente oposta ao Bull shit Emocore! Em War, a banda segue o mesmo caminho trilhado em seus antecessores e cá entre nós, você consegue diferenciar seus discos, um do outro? De qualquer maneira, a banda é a maior aqui no Brasil desta nova geração e sua usina de riffs hipnóticos, quase minimalistas (esbarra no New Metal, mas não é) fará muita gente pular em casa, chacoalhando suas mochilas nas costas e toda hora tendo que pegar a bombeta que cai no chão a cada faixa ouvida. RC – 8,0

DISILLUSION
Gloria
Metal Blade – imp.
Não tenha desilusão como Disillusion. A banda é boa, vai na fé. Brincadeiras a parte, a banda é um conglomerado de vários estilos, como está na moda no Underground dos EUA. Misto de Thrash, Death, Black HC, Crossover e no caso aqui, até Goth. Isso é bom ou ruim? Depende do público que ouve uma banda desta e depende de como a banda trabalha com estes elementos. Na real, o que sobra é barulho, vocais graves, passagens ultra-rápidas com outras bem lentas, quase Doom. Não sei se a banda vai ter glória com este CD, mas que está tentando, isso sim, está. RC – 7,0

UNEARTH
III: In The Eyes Of Fire
Metal Blade – imp.
Depois do Born From Pain, o Unearth é a banda mais famosa da Metal Blade em termos de Metalcore, e aqui no Brasil também, devido seus discos terem sido lançados aqui no Brasil pela finada Sum Records. A diferença é que o Unearth é mais melódico, tem mais groove e tem passagens mais quebradas do que a banda número 1 do estilo. III: In The Eyes Of Fire foi produzido pelo renomado Terry Date (Deftones, Pantera, White Zombie) e é um dos discos do ano. Do estilo, claro. Destaques para This Glorious Nightmare e Giles. RC – 8,0

PHOENIX MOURNING
When Excuses Become Antiques
Metal Blade – imp.
A Metal Blade já foi o maior selo de Metal no mundo. Quando surgiu a mais de 20 anos atrás, revelou bandas nos estilos tradicionais: Thrash Metal com Slayer; Power Metal com Armored Saint; Prog Metal com Fates Warning; Death Metal com Cannibal Corpse; e etc. só para ficar em um exemplo de cada. Com o passar dos anos, e para sobreviver no mercado norte-americano, agora o selo só aposta em banda de Metalcore, ou as que misturam Metal com HC, Crossover, Death, enfim, barulheira. Que é legal, mas cansativo, pois todas as bandas soam iguais. Nem conceito de capa e imagem estas bandas tem, pois suas capas as vezes parecem Black, as vezes Gothic, as vezes não parecem com nada. Os logotipos também. Nem os caras do selo e das bandas sabem ao certo, estão todos perdidos. Sendo assim, o Phoenix Mourning é mais uma destas bandas, com destaque para a faixa Niche. RC – 7,0

FROM A SECOND STORY WINDOW
Delenda
Metal Blade – imp.
Sei lá mais o que é isso. Mistura de Heavy, Metal, Death, Prog, HC, Crossover, Grind, Thrash, Punk, etc. Onde iremos parar desse jeito? Olha o nome da banda: vindo da janela da segunda história (acho que é isso, também de mudar a ordem de uma palavra ou outra, vai dar na mesma). Passagens de pula-pula são perigosas, quase New M., mas não chega a ser. Banda bisonha, cheia de paradinhas e quebradeiras de ritmo e de andamentos. Alternâncias de velocidade em todo momento, seu cérebro não vai agüentar! Se eles queriam quebrar barreiras e limites, conseguiram. Mas, pra que, se ninguém vai agüentar ouvir? A não ser aqueles banguers intelectuais que querem ouvir atentamente para falar para os amigos depois: olha, na música tal, o cara fiz isso e aquilo... RC – 7,0

CRIMSON FALLS 
The True Face Of Human Nature
Shiver Records – imp.
Banda belga deste selo idem, responsável por um bom Metalcore que, infelizmente está tomando a cena na Europa também. Apesar de estilo plenamente norte-americano, alguns cantos da Europa se rendem ao barulho pelo barulho e banda mais. Além disso, é sabido que a Bélgica é um país ridicularizado dentro da Europa, sendo alvo de piadas, principalmente por parte dos franceses (como aqui no Brasil se faz com os portugueses), e muitas bandas de lá (algumas até pertinentes) não são levadas a sério por causa de sua origem. No Crimson Falls, o Death ainda fala mais alto, mas não escapa de ser apenas mais uma banda no meio de tantas fazendo tudo igual. RC – 6,5
hans@metalzone.be


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