AGENDA
BANDAS
ENTREVISTAS
CDS
DVDS
DEMOS
LIVROS
SHOWS
MATÉRIAS
PROMOÇÕES
LINKS
CONTATOS



Depois de Três Capítulos, a invasão no Brasil!

Entrevista: Júlio César Bocáter
O Metalium surgiu chamando a atenção. Nomes de peso integravam sua formação, como o guitarrista Chris Caffery do Savatage e o baterista Mike Terrana que tocou com Rage, Axel Rudi Pell e Roland Grapow (no Brasil em 99) e isso por um lado chamou a atenção e qualquer headbanger um pouco informado já ouviu falar da banda. Mas por outro, ficou com uma cara de projeto-hobbie, o que é um grande equívoco. Seu primeiro disco, Chapter I, saiu no Brasil mas passou meio batido. Ambos, Chris e Mike, voltaram à suas bandas e entraram outros substitutos, Jack Frost e Mark Cross respectivamente. E aí que o público se ligou que a banda era a tríade Henning Basse (vocal), Matthias Lange (guitarra) e principalmente Lars Ratz (baixista e o Steve Harris alemão). Lançaram o segundo disco (Chapter II) e serviu de transição para que a banda firma-se de vez, além de um ao vivo (seus discos de estúdio saíram pela Massacre Records e o Live pela Locomotive). Mas mais mudanças aconteceram na banda. Mark Cross foi ganhar um troco a mais no Helloween (no lugar de Uli Kusch) e Jack Frost foi para o Savatage (no lugar de Al Pitrelli, que foi para o Megadeth), fazer dupla com o Chris, o ex-Metalium.  Com o fim do Megadeth, Al Pitrelli voltou para o Savatage e Jack Frost foi mandado embora, ficando apenas com sua outra banda, o Seven Witches. E com o novo batera, Michael Ehre, a banda vira quarteto de vez e lança Hero Nation – Chapter III, o CD que vai dar lugar ao que a banda sempre mereceu definitivamente. E o melhor, Hero Nation está sendo lançado no Brasil pela Hellion, que vai investir pesado na banda, o que não ocorreu com Chapter II e Live. Então, o Steve Harris do Metal alemão, Lars Ratz nos deu esta entrevista que, esperamos, esclareça sobre esta banda que em breve poderá estar no Brasil.    

RU – Por que você criou o Metalium com Chris Caffery e Mike Terrana, mesmo sabendo que eles tinham outras bandas ativas e poderiam mais tarde não conciliarem elas com sua banda?
Lars Ratz – O Metalium foi fundado quando o  Mike não estava tocando com o Rage. Na época ele era desconhecido na Europa ainda. Com o Metalium, seu nome tornou-se grande na Europa. Nós o substituímos por Mark Cross e Mike foi para o Rage então. Chris é amigo meu e juntou-se à banda depois das músicas estarem escritas por mim, Matthias e Henning. O Metalium sempre foi criado por nós três.

RU – Como você descobriu Jack Frost e como ele entrou para o Savatage depois?

Lars Ratz – Jack escreveu um e-mail dizendo “hello, este é Jack Frost e se precisarem de um guitarrista, me chame. Eu amo o Metalium". Na primeira tour européia em 99, Chris teve que entrar em estúdio com o Savatage e não poderia vir conosco, então chamei o Jack e ele entrou para nós. Jack não era um compositor no Metalium e pareceu ser um atrativo para ele se juntar a uma banda como o Savatage que, ainda é, uma banda maior que o Metalium. No começo de abril deste ano, ele foi “chutado” do Savatage com a volta de Al Pitrelli.
 
RU – E como você descobriu Mark Cross e como ele entrou no Helloween?

Lars Ratz – Mark já era um amigo nosso e era um bom substituto para Mike. Ele também não era compositor e foi para o Helloween para ganhar mais dinheiro.  Até agora temos três compositores na banda juntos até hoje. Com nosso novo baterista, Michael Ehre, nós teremos pela primeira vez um novo bom compositor, que escreveu uma de minhas músicas favoritas no disco, Odin's Spell. Em toda banda há um membro-chave: Kai no Gamma Ray, Luca no Rhapsody, Joey no Manowar e eu no Metalium. Como estes membros-chave, há pessoas que não tem com o que se preocupar na banda.

RU – Conte para nós sobre Chapter I e Chapter II.
Lars Ratz – The Chapter I saiu no Brasil em 99 mas o Chapter II não, bem como o Live. O Metalium é desconhecido no Brasil ainda por causa disto. Chapter III sairá no próximo mês no Brasil pela Hellion Records (Nota do E: a entrevista rolou em abril).

RU – Você acha que Chapter III sera o verdadeiro começo do Metalium no Brasil?
Lars Ratz – Possivelmente, mas nós conseguimos mais fãs pelo mundo e também da América do Sul. Temos fã-clubes no Brasil, México e em outros doze países. Nós queremos tocar na América do Sul em 2002, pois escutei boas coisas sobre os fãs por meu amigo Luca Turili (Rhapsody), quando fizemos um churrasco no meu jardim na última vez.
 
RU – No Brasil, Rhapsody, Hammerfall e Nightwish aconteceram logo no primeiro CD, entretanto Stratovarius e Edguy somente estouraram no terceiro ou quarto álbum. Você acha que o mesmo pode ocorrer com o Metalium?
Lars Ratz – Pode ser.
 
RU – O Karma é uma banda brasileira de Prog Metal que é conhecida por revelar músicos para outras bandas, como Angra, Dianno e outros projetos. O Metalium seria uma espécie de Karma alemão?
Lars Ratz – (Risos) Isto mostra que o Metalium que mantém procurando o que estamos fazendo e com quem está tocando.
 
RU – Hero Nation é um excelente disco de Power Metal. Conte-me sobre ele
Lars Ratz – Eu não posso falar sobre nossa própria música, apenas que o fã escute-a e faça tenha sua própria opinião.
 
RU – Revenge Of Tizona, Rasputin  e Throne In The Sky são rápidas e fortes temas Speed Metal. Já In The Name Of Blood, Odin’s Spell e Accused To Be A  Witch são mais lentas e mais pesadas. Fale sobre elas!
Lars Ratz – Bem, estas são uma das marcas do Metalium. Estas são as várias facetas de nossa música.

RU – Odyssey já é mais comercial, enquanto Fate Conquered The Power é uma poderosa canção. Como surge inspiração para momentos tão distintos e diversificados?
Lars Ratz – São quatro pessoas escrevendo com um monte de idéias conseguidas juntos e eu, apenas com meu “cérebro metálico”, as intitulo e as torno na sonoridade metálica nossa.

RU – Infinity Love parece um hino celestial. Quem é a mulher que canta esta faixa?
Lars Ratz – Ela é vencedora do prêmio “Carolin Fortenbacher”, a mais famosa cantora alemã de Ópera.
 
RU – O que são Tizona e Rasputin?
Lars Ratz – Tizona é a espada de El Cid e Rasputin era um russo bastardo. Você poderá ler estes detalhes todos no livreto do CD (Nota do E: a entrevista foi feita antes do CD sair mesmo. A resenha foi feita a partir de um CDR com algumas faixas presentes no mesmo. Na próxima edição, acompanhe a resenha mais completa e detalhada).
 
RU – O Metalium é uma banda de Power Melodic Metal mas não lembra nenhuma outra banda como Hammerfall, Helloween, etc. O Metalium tem um diferente e original estilo. Como vocês conseguiram isto?
 
Lars Ratz – Por nossa própria criatividade que acredito estarmos fazendo. Nós não sentimos que copiamos alguém, mas também temos nossas influências do passado e isto é Ok, se algumas delas aparecem em nosso estilo próprio.