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Hard + Heavy = MIDNIGHT SUN


Entrevista: Júlio César Bocáter
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A Suécia já é um dos grandes celeiros e mercados para o Metal em geral. Se antes predominavam a brutalidade do seus Death, Black e Hardcore característicos, agora têm-se mais melodia ainda, tanto no Death como no Black e no Hardcore e no Heavy Metal, depois do Hammerfall. O Midnight Sun é uma das tantas formações que buscam um lugar ao sol, e conta com músicos experientes com background voltado para o Hard Rock. Na junção deste com o Metal, produziu-se em Metal Machineuma mistura interessante e que deixa de ser a heterogênea partir de então, num cruzamento entre Mötley Crüe e Judas Priest. Quem nos atende é o meio mau-humorado Reingold, guitarrista e proprietário de uma banda solo com seu sobrenome. Conheça mais um nova (e boa) banda nórdica nas palavras dele.

RU – Como foi formado o Midnight Sun?
Jonas Reingold – A banda começou em 96 por mim e por Pete Sanberg. Foi uma espécie de experimento, pois o álbum foi escrito em apenas seis horas! Mas as resenhas e as vendas foram boas e esta experiência se tornou um grupo e aqui estamos, quatro álbuns depois.

RU – Jacob Samuel é um vocalista muito bom, com uma voz diferente. Como ele entrou para a banda?
Jonas Reingold – Eu e Pete tentamos vários vocalistas e decidimos Jacob como vocalista. Jacob é puro Metal e ele tem a postura de “Morte ao falso Metal”, e é perfeito para uma banda como um Midnight Sun.

RU – A banda tem uma imagem Hard Rock Glam, como Mötley Crüe, mas toca Heavy Metal. Você gosta de Hard e do Mötley?
Jonas Reingold – Eu não posso dizer que o Mötley Crüe é nossa banda favorita. A púrpura de nosso estilo Glam que criamos neste disco é um conceito futurista. Nós somos como figuras animadas como robôs a procura da “Metalmachine”, um tipo de “Mad Max”.

RU – Metal Machine tem muitos hinos ao Metal. Títulos como Metal Gods, Dungeons Of Steel, Steel To Steel, Metal Machine, Fight e Metal Will Stand Tall são exemplos. Isto foi uma intenção da banda?
Jonas Reingold – Os jornalistas de todo mundo tem prestado atenção nas letras, de repente. Se você usar palavras como Metal ou Steel, eles nos vêem com um espírito de Spinal Tap (Nota do E: banda “armada” que fazia os clichês do Heavy Metal propositalmente e sempre aparecendo em filmes, mas esta banda nunca existiu de verdade. Seria mais ou menos o Massacration do Hermes & Renato). Nossa intenção foi criar um álbum de Heavy Metal com hits duros. E você pode cantar sobre pássaros e flores e paz e amor e sorrir olhando garotos como nós... (Nota do E: o cara viajou...)

RU – A faixa Metal Gods lembra um pouco a música Metal Gods do Judas Priest. Alguma influência?
Jonas Reingold – Não, a última vez que escutei o British Steel do Judas foi em 84, eu acho.

RU – O que achou do último disco deles, Demolition? Por que a faixa Fight poderia estar nele.
Jonas Reingold – Não posso dizer nada, não ouvi este disco.

RU – Steel To Steel lembra e parece com Steel Meets Steel do Hammerfall, que foi a banda que colocou a Suécia no mapa do Power Metal. O que acha deles?
Jonas Reingold – O Hammerfall é uma das maiores bandas na Suécia hoje. Eles são uma boa banda, mas apenas os títulos das duas músicas são similares, nada mais.

RU – Você gosta de temas medievais com castelos, guerreiros e dragões?
Jonas Reingold – Eu acho que você usa guerreiros e dragões nas letras porque as músicas Power Metal são bombásticas e tem um forte apelo teatral e heróico.

RU – Você soube do incidente em que Malmsteen e seu tecladista Derek Sherinian ofenderam os brasileiros ano passado?
Jonas Reingold – Malmsteen é um cara legal (Nota do E: é o primeiro cara que fala isso!) e ele não teve a intenção de ofender os brasileiros. Mas às vezes você comete erros num momento. Ele deve estar arrependido agora, eu acho. 

RU – Quem fez o “carrão” da capa? Ele é sensacional!
Jonas Reingold – Foi um amigo meu, Patrik Larsson. Ele é um cara talentoso!