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ÀQUELES QUEM OS DEUSES DETESTAM NO BRASIL!

Entrevista: Pedro Ribeiro. Foto: divulgação.
Sem dúvida alguma, o Nile é uma das bandas mais idolatradas atualmente. Seu Technical Death Metal rivaliza com nomes como Krisiun e Vader ao redor do mundo, além do tema pitoresco que a banda aborda, o Egito, e a sonoridade repleta de peso e brutalidade aliada ao exótico e étnico. Confira esta entrevista dada ao nosso colaborador de Portugal, Pedro Ribeiro, quem além de resenhar muitos discos, agora também fará muitas entrevistas.

RU – Bom, Those Whom The Gods Detest tem sido aclamado como um dos maiores discos de 2009 e o melhor na carreira do Nile. O que tem a dizer sobre isso?
George Kolias – Que estamos satisfeitos com o resultado final sim. Todo músico quando lança um disco, acha que é o melhor trabalho de sua carreira, pois deu de si o máximo. No entanto, depois que o disco sai, fica achando que poderia ter feito algo diferente. É sempre assim (risos). Esse é o nosso desafio e vai ser sempre assim. Ms sem dúvida, em Those Whom The Gods Detest nos superamos e foi o maiorpasso da nossa carreira.

RU – Essa obrigação de se superar a cada disco, não te assusta? Pois a responsabilidade para o próximo será maior ainda!
George Kolias – Sem dúvida. Mas não pensamos num novo disco ainda, então ainda não deu tempo de nos assustar. (risos)

RU – Apesar de Ithyphallic ter saído a três anos, ele esta disponível em nosso mercado e como é nossa primeira entrevista com a banda (para o Brasil), fale sobre ele.
George Kolias – Para nós já é um disco antigo, até algo rudimentar visto do que estamos fazendo agora. Mas foi nosso melhor e ele reflete o Nile em 2007. Ele também é oálbum mais rápido que já gravamos, mais brutal e extremo, mas ainda épico. Foi o disco que mais trabalhamos em estúdio. Quer dizer, em Those Whom The Gods Detest também fizemos um trabalho árduo, mas acho que jáéramos melhores músicos em Those Whom The Gods Detest, por isso foi mais fácil. (risos)

RU – O Nile, ao lado de Krisiun, Vader e Hate Eternal são considerados os maiores grupos de Death Metal da atualidade, ditando uma tendência, do lado mais técnico. Há rivalidade ou amizade entre vocês?
George Kolias – Ambos. (risos) Somos muito amigos de ambos e já tocamos juntos diversas vezes e turnês próprias ou nos esbarramos em festivais. Inclusive, tocamos a pouco tempo aí em Portugal com o Krisiun e foi demais. Eles são muito selvagens, mas é um desafio quando se toca com estas bandas. Como eles tocaram antes da gente e quebraram tudo, tivemos que quebrar mais ainda! A rivalidade é sadia, sem vaidades e ego entre nós, pois sabemos que estamos no Underground e todos precisamos sobreviver. Se dividirmos ainda mais nossa cena, ficará pouco para cada um. Mas ótimo que os fãs do Krisiun também são nossos fãs e vice-versa.

RU – A banda no meu entender poderia ser cut se continuasse na Relapse, mas o grupo se mudou para a Nuclear Blast. Claro que foi melhor para a banda, mas até que ponto?
George Kolias – Totalmente. Apesar de na banda eu não ser muito indicado para falar de negócios, mas sentimos isso no dia-a-dia. Mais recursos para gravar um CD e também uma gravadora com maiores braços. Tanto que essa é a primeira entrevista que dou para Portugal e Brasil. Na Relapse, isso talvez não aconteceria. Também os discos vendem mais, vemos em mais lugares. Até que nos grandes centros a coisa é a mesma, mas me parece que agora também vendemos em países que não vendíamos antes como o Brasil.

RU – Você entrou na banda em Annihilation Of The Wicked. Como foi a reação dos fãs no começo, houve resistência.
George Kolias – Acho que eles gostam de mim. (risos) Mas sinceramente, acho que estas mudanças causam mais confusão quando se trocam vocalistas e guitarristas, quase ninguém repara nos bateristas. (risos)

RU – E como você vê hoje AnnihilationOf The Wicked?
George Kolias – Na época foi um disco mais direto do que vínhamos fazendo. Dos que gravei com a banda, foi o menos trabalhoso. Acho que a banda queria soar assim naquele momento, e voltamos mais para o lado técnico novamente depois.

RU – O Nile, até como o próprio nome entrega, sempre fala do Egito. O que você acha dessa temática?
George Kolias – Eu gosto muito e é algo diferente. Chega a ser surpreendente eu estar tocando bateria alucinado e ouvindo as letras falando de deuses, pragas e maldições. Muita coisa sobre o Egito aprendi na banda, desde a parte histórica até a mitológica.

RU – O que acha do antigo baterista, Tony Laureano?
George Kolias –
Tony é um excelente baterista, é um desafio todo dia substituí-lo. Eu o vi tocando foi em 2004 na Grécia e minha banda estava abrindo para o Nile. É uma honra ser seu substituto e acho que estou fazendo um bom trabalho.

RU – No Brasil, Ithyphallic saiu diretamente pela Nuclear Blast, mas Those Whom The Gods Detest foi licenciado pela Paranoid Records. Que conhecimento vocês tem do trabalho feito no Brasil?
George Kolias – Está sendo bom, tanto que só agora estamos indo na América do Sul e no Brasil. Nossos fãs nos chamaram muito alto e tivemos que desta vez, ir visitá-los.

RU – Finalizando nossa rápida entrevista, deixe uma mensagem para os brasileiros.
George Kolias – Não vemos a hora de tocar aí pela primeira vez. O pessoal do Krisiun, gente boa, sempre falou bem dos bangers brasileiros e queremos levar “àqueles quem os Deuses detestam” para a América do Sul!