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PRIMORDIAL
Imrama edição digipack luxo especial duplo CD+DVD
Heavy Metal Rock – nac.
Este é o primeiro álbum da banda Irlandesa de Celtic Folk Black Metal, lançado originalmente em 1995. Chega agora ao Brasil via Heavy Metal Rock de Americana, interior de SP. O selo, pioneiro, ainda é um dos bastiões resistentes do Metal nacional. Não só bandas nacionais, mas também trazendo joias raras do metal mundial. Aqui, nesta versão Nacional de 2016, o CD contém Bônus com a Demo lançada em 1993 (Dark Romanticism) e um DVD Bônus com 5 músicas ao vivo, gravada na Irlanda em 1994. Também possui nova capa e encarte com mais fotos em uma luxuosa versão digipack duplo.
Mais uma luxuosa reedição para o catálogo dos inúmeros fãs do metal pagão e celta dos irlandeses, um dos pioneiros do estilo que iria se proliferar no mundo na década seguinte. No começo, foram recebidos com restrição por parte de 90% dos Black Metalers no mundo todo, hoje já mais aceito, ainda que a banda nunca tenha aberto mão da brutalidade. Os trabalhos seguintes foram melhores explorados, porem, este aqui trás o legado primordial do Primordal. RC – 8,5

TRACK LIST:
1. Fuil Arsa
2. Infernal Summer
3. Here I Am King
4. The Darkest Flame
5. The Fires…
6. Mealltach
7. Let The Sun Set On Life Forever
8. To The Ends Of The Earth
9. Beneath A Bronze Sky
10. Awaiting The Dawn

Bonus - Dark Romanticism – Demo 1993
11. To Enter Pagan
12. The Darkest Flame
13. Among The Lazarae
14. To The Ends Of The Earth

DVD – Live Cork City, Ireland (1994)
1. Among The Lazarae
2. Let The Sun Set On Life Forever
3. To Enter Pagan
4. The Darkest Flame
5. The Fires

NOMANS LAND
Farnord
Paranoid – nac.
Outra grande iniciativa da Paranoid Records, apostar nas bandas de diversos estilos do Metal. Desde o Folk Pagan “alegre” até o Pagan Viking melancólico. Desde o Black Metal Melódico até o mais tradicional. Desde Thrash Metal Tradicional até o Modern Thrash e por aí vai. O Nomans Land começou fazendo Doom Metal e progrediu para o Viking Metal (ou transmutou, melhor dizendo). Daí a atmosfera algo inglesa, apesar do som escandinavo. Sim, a gente encontra algo de Doom inglês (metade das bandas de Doom são inglesas), bem como Heavy Tradicional. Shield Of Northern Fjords abre dando uma deixa do que está por vir. Emendada de Valhalla Calls, na sequencia, a matadora Nornorheim é puro Iron Maiden, com riffs calcados na NWOBHM. O refrão, um cântico pra se cantar junto após uma invasão bem sucedida, e um solo melódico, que gruda no ouvido deste a primeira vez. Até algo de Deep Purple, de Ritchie Blackmore se pode ouvir ali (bem pouquinho). Prophecy Of Runes segue essa linha também. Já Ulvsjar é bem Viking Metal, mais lenta, cadenciada, com quebradas no refrão, depois voltando ao ritmo de velejamento no meio de uma tempestade e frio. Melódica e melancólica! Storm Of Steel é outro novo clássico do Viking Metal, com aquelas guitarras com dedilhados característicos. Matador. O bônus, Voice Of Battle, mais agressiva, sem teclados, mais rústica, saiu do estilo da banda, e não achei tão legal. O Viking, Pagan e Folk estão devastando o planeta. Os Vikings agora devastam o mundo todo e o Brasil está na rota! JCB – 9,0

Faixas:
1. Shield of Northern Fjords
2. Valhalla Calls
3. Nornorheim
4. Prophecy Of Runes
5. Land Of A Cold Flame
6. Ulvsjar
7. Father North
8. Storm Of Steel
Bonus Track:
9. Voice Of Battle

KORPIKLAANI
Karkelo
Paranoid – nac.
Na Europa, o Korpiklaani está estourado, e aqui no Brasil, essa onda ainda não chegou. E este estilo e a banda só serão conhecidos e populares aqui se tiverem seus discos lançados no Brasil e terem a divulgação merecida. O primeiro passo está dado e você já tem disponível Korven Kuningas, que saiu em 2008 por aqui pela Paranoid. Agora, pela própria Paranoid, saiu Karkelo. Eles se diferenciam das demais bandas do estilo. Afinal, o Pagan Metal é originário do Black Metal, com melodias épicas, geralmente cantado em língua nativa, contando lendas e folclores locais, e por vezes lançando mão de instrumentos acústicos e medievais. Mas com o peso acima de tudo. O Folk Metal é mais ameno, com mais violinos e bandolins e é mais “alegre”, mas nem tanto, exemplos de Tuatha De Danann e Skyclad. Já no caso do Korpiklaani (Clã da Floresta), eles se utilizam de tudo o que foi citado, mas fazem uma música extremamente feliz, alegre, e dançante, chamado de Happy Metal (mais ainda do tal de Happy Helloween das bandas de Melodic Metal). Mas essa alegria exagerada em nada desmerece a música do grupo, pelo contrário. Karkelo, a exemplo de todos os outros da banda, ataca mais de Folk Metal, sem chegar a usar a Polka como os seus conterrâneos finlandeses do Finntroll. E claro, há um claro e absurdo amadurecimento entre seus discos, e Karkelo, é sem dúvida o melhor de todos e também o mais maduro. Há uma maior variação entre as faixas, deixando sua audição muito mais agradável. Há vários destaques nas 15 faixas do disco, mas não há como não exaltar a faixa-título, com seus mais de 20 minutos. Esta é mais melancólica, dramática, mostrando os momentos dramáticos e difíceis passados por seus ancestrais. Sem dúvida, dentro deste tipo de som, o Korpiklaani é o líder. Karkelo significa festa em finlandês, e a banda exaltou ainda mais os violinos e outros instrumentos Folk’s por aqui. E prepare-se, eles vão invadir o Brasil em poucos meses! JCB – 8,5

Faixas:
1. Vodka 03:00
2. Ermaan rjyt 02:57
3. Isku Pitkst Ilosta 04:11
4. Mettnpeiton Valtiaalle 06:41
5. Juodaan Viinaa (Hector cover) 03:15
6. Uniaika 04:22
7. Kultanainen 06:16
8. Bring Us Pints Of Beer 02:49
9. Huppiaan Aarre 05:13
10. Vesaisen Sota 03:40
11. Sulasilm 05:37
12. Kohmelo 03:28

EX DEO
Romulus
Paranoid – nac.
Projeto liderado e encampado por Mauriziolacono, frontman dos canadenses do Kataklysm. Pelo nome, percebe-se ascendência italiana. E neste projeto, ele quis resgatar suas raízes querendo rememorar os tempos do Império Romano, como percebe-se pela capa. Do Kataklysm, Maurizio (pra ficar mais fácil de se escrever e ler), arrastou seus companheiros Stéphane Barbe (guitarra) e Jean-Francois Dagenais (também guitarra), mais Max Duhamel (bateria). Apesar do som agressivo, e não teria como não ser com estes caras reunidos, Ex Deo tem ares épicos. Batizando este lançamento com o nome de um dos irmãos fundadores de Roma, Romulus. A produção é impecável e se aproxima do Death Metal, mesclado por melodias sinfônicas que geram uma atmosfera militar, bélica e marcial, para te colocar de volta ao tempo na história. Participações especiais dão um molho às músicas, como tendo Nergal (Behemoth) em Storm The Gates Of Alesia, fazendo o papel de Júlio César (olha Roma enfrentando o Egito!), além de Karl Sanders (Nile) em The Final War (Battle Of Actium) e Obsidian C. (Keep Of Kalessin) em Cruor Nostri Abbas. Romulus tem seu enredo de traição, honra e milhares de mortes. Enfim, se você aprecia o trabalho do Nile, vai se saciar com Ex Deo que é menos Death e mais Épico. Que o Ex Deo se firme, pois ele estará para Roma, assim como o Nile para o Egito! Completa o time Francois Mongrain (baixo) e Jonathan Leduc (teclados). RC – 8,0

Faixas:
01. Romulus
02. Storm The Gates Of Alesia
03. Cry Havoc
04. Invictus
05. Surrender The Sun
06. The Final War (Battle Of Actium)
07. Legio XIII
08. Blood, Courage And The Gods That Walk The Earth
09. Cruor Nostri Abbas
10. In Her Dark Embrace
11. The Pantheon (Jupiter’s Reign)

FINSTERFORST
...Zum Tode Hin
Paranoid – nac.
A Paranoid Records vem sendo um Oasis no meio do deserto que é o marasmo das gravadoras brasileiras especializadas em Metal Extremo. A maioria lança, não divulga, e reclama. E briga com os concorrentes, num mar de intrigas, fofocas e coisas pequenas. Sim, muitas bandas nacionais e títulos estrangeiros ficaram na mão destes. Agora vem a Paranoid e coloca as coisas no seu devido lugar. A banda transita entre o Folk e o Viking Metal e algum outro estilo mais épico. A horda é alemã, e já causou furor com o antecessor Weltenkraft, agora vem com um disco mais maduro e mais certeiro dentro da proposta que quer apresentar. Instrumentos folks e acústicos, alienígenas ao Metal, ganham espaço como flauta, violões e sanfona, ou acordeão. São cinco faixas apenas… É um EP? Não! A faixa mais curta tem 10 minutos. Mas apesar da longa duração, as faixas não se repetem e há boa variação entre elas, verdadeiras viagens em alto mar. Untergang, que encerra o CD tem mais de 20 minutos! Com passagens ora rápidas, ora cadenciadas, criatividade e pertinência. Vocais rasgados são a tônica, mas você nunca enjoa, pois há boa variação vocal. Melodias majestosas e até algo pomposas, ainda que rústicas, fazem de ...Zum Tode Hin, apesar de cantado na língua nativa, uma audição pra lá agradável. Ainda, muita gente confunde o Folk e Pagan com o estilo alegre da nova onda. Esqueça, vamos separar em Funny Folk/Pagan e sad Folk/Pagan. Ok? Aqui, a coisa vai para o lado mais melancólico e com toda a maresia que o Viking Metal proporciona. RC – 8,0

Faixas:
01. Urquell
02. Das große Erwachen
03. Seines Glückes Schmied
04. Sturmes Ernte
05. Untergang

WAYLANDER
Honour Amongst Chaos
Paranoid – nac.
Os estilos mais fantásticos do Metal, como o Pagan Metal, o Folk Metal, o Viking Metal e o Celtic Metal têm crescido muito ultimamente. E estes estilos têm se entrelaçado tanto, que se misturam e acabamos perdendo as referências, embora isso os tornem mais empolgantes ainda, como é este Honour Amongst Chaos do Waylander. Terceiro disco, agora pela Listenable, licenciado pela Paranoid no Brasil, temos uma mescla de tudo o citado acima. Desde passagens Folk Metal de Skyclad (sim, pois os momentos mais Heavy Metal aparecem) e claro, o Nordic e Pagan falam alto também. Afinal, vocais limpos aliados a guturais e agressivos dão um brilho e não deixa nunca Honour Amongst Chaos ser monótono, nem cansativo, como alguns discos e bandas atuais. As texturas remetem às partes mais extremas do Metal, como Pagan e Black, mas instrumentos floklóricos, influência celta, com melodias épicas e letras que rememoram os antepassados e ancestrais além de espíritos anciãos. As faixas são longas, todas com mais de cinco minutos, com inúmeras mudanças de passagens e climas, mostrando que se basearam no Rock Progressivo, além de influência nata, para organizar este verdadeiro caos de influências, instrumentos e sonoridades. To Dine In The Otherworld é longa, com passagens acústicas, mas nunca alegre, pois o disco é bem sério e sombrio. Usurpers Of Our Legacy tem ainda piques e acentos Thrashy, e Bru Na Boinne beira o hipnótico, com muitas atmosferas, encerrando o disco com um gran finale, para este álbum, um dos mais diversificados de 2008. Como a banda surgiu com a idéia de homenagear os Heavy 80’s, essa base Old School se faz presente e torna Honour Amongst Chaos um disco empolgante. Afora o fato do grupo ser irlandês, então, conhecimento de causa para temas pagãos e celtas, eles têm de sobra. Excelente! JCB – 9,0

F
aixas:
1. As the Deities Clash
2. Walk with Honour
3. Beyond the Ninth Wave
4. Galloping Gaels
5. To Dine in the Otherworld
6. Usurpers of Our Legacy
7. Taker of Heads
8. Elemental Chaos
9. Brú Na Bóinne





THYRFING
Thyrfing1998
Valdr Galga 1999
Vansinnesvisor 2002
Paranoid – nac.
Excelente iniciativa da Paranoid Records! Até que enfim, alguém resolveu lançar no Brasil estas pérolas do Viking Metal! O selo está lançando três dos quatro primeiros discos destes suecos abençoados por Odin! Só não foi relançado Urkraft, que é o terceiro disco da horda, e para mim, até hoje o melhor. Mas você pode começar a fazer a coleção desta que para mim é a maior banda de Viking do mundo! Ok, muitos vão discordar, dizendo que é o Amon Amarth, e outros ainda citar o Bathory, que foi a primeira banda de Black Metal a usar a temática e sonoridade Viking, bem como cadenciar sua música e forjar temas épicos. Mas para mim, o Thyrfing é o melhor. Bem, eles mudaram de disco para disco, “evoluindo” ou modulando sua música, mas sempre dentro da temática. Seu estilo no começo era o puro Black Metal, acrescidos de alguns teclados, algumas melodias épicas e algumas cadencias, que eram apenas o molho de sua música e não o prato principal. Thyrfing, o disco, debut homônimo é bem assim. Nenhuma novidade, se ouvido hoje, mas na época, enquanto algumas bandas que colocavam teclados ou elementos sinfônicos partiam para o caminho trilhado por Dimmu Borgir e Cradle Of Filth, o Thyrfing era mais purista e podemos dizer que Thyrfing, o disco, é um álbum de Black Metal, apenas com esse diferencia (alguns teclados, melodias épica, passagens cadenciadas, etc.). São dez faixas, uma parte em sueco, outra parte em inglês. As capas sempre foram fabulosas, são de arrepiar, e a deste disco uma das melhores já feitas na história do Metal, dá vontade de comprar o disco só pela arte gráfica! Magnífico! Em Valdr Galga, o estilo é basicamente o mesmo: Black Metal com elementos épicos, Viikings mesmo, que ainda eram apenas elementos para dar uma diferenciada em sua música, ainda que os temas sempre tenham sido predominantemente nórdicos, escandinavos e Vikings, por excelência. As faixas também são parte em inglês, parte em sua língua Mãe e o estilo mudou pouco, afinal, era uma banda ainda no começo e apenas um ano de diferença entre um disco e outro. Entretanto, Valdr Galga na capa já entregava um som menos viajante e mais brutal, e musicalmente o é assim. Na seqüência viriam Urkraft, o disco mais melódico da banda, mais épico, com vocais limpos e um som que beirava mais o Folk e o Pagan, mas sempre Viking em essência. Depois de Urkraft, uma obra-prima, vem outro petardo, também já considerado clássico: Vansinnesvisor, de 2002, ou seja, 2 anos depois do revolucionário Urkraft e três anos depois de das raízes de Valdr Galga. Aqui a banda começar a dominar o mundo, assim como os seus ancestrais fizeram milênios atrás. Aqui, a banda tinha obtido a melhor produção até então, e, talvez pelas críticas dos mais radicais, dos fãs mais die hard e ainda de parte da mídia especializada, eles derma um passo atrás com relação aquela sonoridade que eles poderiam vir a desenvolver a partir de Urkraft. Pois Vansinnesvisor, é mais extremo em todos os sentidos. É mais pesado, mais agressivo, mais Black, menos sutil e menos Folk que seu antecessor, mas é ainda mais melódico, “sinfônico” e pagão. Como conseguiram tudo isso? Só ouvindo Vansinnesvisor, mesmo para certificar. Os vocais limpos foram abolidos e agora todas as vozes aqui em diante voltaria a ser guturais. O Brasil ainda carece de bandas e de público forte destas tendências mais épicas (Folk, Pagan ou Viking Metal). E a Paranoid cumpre o seu papel, fazendo sua parte, colocando em nosso mercado estes três petardos, e torçamos para que o selo possa em breve lançar toda a discografia do Thyrfing aqui! JCB – 9,5

Thyrfing 1998
1. Raven Eyes
2. Vargavinter
3. Set Sail to Plunder
4. Ur Askan Ett Rike
5. Celebration of Our Victory
6. A Burning Arrow
7. En Döende Mans Förbannelse
8. Hednaland
9. Wotan s Fire
10. Going Berserk

Valdr Galga 1999
1. Prelude: Heading for The Golden Hall / Storms of Asgard
2. From Wilderness Came Death
3. Askans Rike
4. Valdr Galga
5. The Deceitful
6. Arising
7. Firever
8. A Moment in Valhalla
9. Mimer s Well
10. A Great Man s Return

Vansinnesvisor 2002
1. Draugs Harg
2. Digerdöden
3. Världsspegeln
4. The Voyager
5. Ångestens Högborg
6. The Giant s Laughter
7. Vansinnesvisan
8. Kaos Återkomst

THRUDVANGAR
Zwischen Asgard und Midgard
Hollehammer – nac.
Zwischen Asgard Und Midgard é o último álbum do ato alemão Thrudvangar e entre esta nova versão (que eu considero muito mais Black do que "Viking") é um sólido álbum de música épica. Thrudvangar não é esse tipo de bandas que vai re-inventar um gênero, mas eles são bons para desempenhar as suas músicas e eu realmente acho que um monte de metalheads a partir dos fãs de Black Metal aos Folkers e Headbanguers Pagãos vão encontrar um verdadeiro interesse na libertação destes germânicos. Zwischen Asgard Und Midgard é acima de tudo, um artefato frio. Além disso, épico como poucos, bons coros, e atmosferas reais num bom campo de batalha, mas no seu conjunto, este álbum é Dark, maleficente e maldoso. Ok, não é Funeral Doom, mas algumas músicas que não são rápidas, muitas possuem boas cadências. Atmosferas Viking frias, escuras misturada com melodias melancólicas. Este álbum é poderoso e violenta, mas por outro lado este é também um pouco atmosférica e isso é o diferencial desta horda nesse primoroso artefato. Em suma, Zwischen Asgard Und Midgard soa como uma espécie de Epic Black Metal, realmente com muita lentidão atmosférica em passagens que não estão tão longe do Doom Metal (mas isso não é Doom, ta?). Fica sem graça de citar destaques, pois todas as faixas acabam soando especiais de sobremaneira, como se fosse opus para Odin, hinos para todos os deuses nórdicos, embora a banda seja teutônica. O diferencial é a cadencia e uma puxada mais Doomy e linearmente, é Black. Mas épico, atmosférico e pagão.
RC – 8,0


Faixas:

01. Thor
02. Barenpelz Und Wolfsmantel
03. Heimwarts
04. Runenstem
05. Midsommernacht
06. Zwei Raben
07. Siezvater
08. Frostland
09. Im Zeichen des Hammers (bonus from the Vinyl EP)

ELUVEITIE
Slania
Paranoid Records – nac.
Mais uma agradável surpresa vinda da Europa. Os suíços do  Eluveitie vão agradar a fãs de Pagan Metal, Folk Metal, Gothic Metal, Death Metal e Melodic Death. Eles usam ainda, desde a autêntica música celta, melódico com clássicas influências do som de Gotemburgo, da Suécia. Eles misturam um pouco de tudo isso em todas as faixas, fazendo de Slania um disco nunca monótono e muito diversificado. O grupo lança mão de vários instrumentos acústicos e folclóricos, como gaita, flauta, bandolim, gaita irlandesa (acentuando o aspecto celta), mandola, bodhrán além dos tradicionais baixo, guitarra e bateria. Essa tica mistura produz efeitos prodigiosos em faixas como Primordial Breath, Gray Sublime Archon, Bloodstained Ground entre todas as outras do total de 13 faixas. Mas o que é mais interessante é que estes elementos alienígenas ao Metal (gaita, flauta, bandolim, gaita irlandesa, etc.) são apenas temperos e não o ingrediente principal. Eles apenas complementam e enriquecem a música, pois a veia principal é o Death Metal Melódico, calcado principalmente nas bandas suecas e ainda na aura de Gotemburgo. Juro, se não soubesse que a banda é suíça, só ouvindo, acharia que eles eram suecos, apesar das bandas suecas e principalmente de Gotemburgo não tenham estes adornos Pagan e Folk. Embora, ainda a capa e o logotipo indiquem algum som Gothic Metal ou algo Dark Folk. Indicado desde fãs de Entombed, In Flames, Dark Tranquility, até Korpiklaani (não tão feliz como eles), Skyclad, In Extremo (não tão agressivo), Cruachan (não tao clean), Skyforger e Tuatha De Danann (não tão chapado também). Claro, com tanta gente tocando instrumento exótico, nem é preciso dizer que as mudanças de formação são uma constante na carreira deles, a não ser que sempre foi presente a presença do líder Chrigel Glanzmann. A Suíça tem poucas bandas que ganham renome no mundo inteiro, mas também, quando aparece, são bandas top, seja em que estilo sejam. Que o digam Krokus, Helhammer, Celtic Frost, Gotthard e agora o Eluveitie. JCB – 8,0

Formação:
Merlin - Drums
Anna - Hurdugurdy
Ivo - Guitar
Rafi - Bass
Meri - Violin
Sime - Guitar
Sevan - Irish Flute
Chrigel - Mandola

Faixas:
1-Samon
2-Primordial Breath
3-Inis Mona (Full)
4-Gray Sublime Archon
5-Anagantios
6-Bloodstained Ground
7-The Somber Lay
8-Slania's Song
9-Giamonios
10-Tarvos
11-Calling the Rain
12-Elembivos
13-Samon (Bônus Acústico)

DIE APOKALYPTISCHEN REITTER
Riders Of The Storm
Paranoid Records – nac.
Este já é o sexto álbum da banda alemã, que faz um excêntrico Death Folk Metal. Isso mesmo! E cantado em alemão, para deixar a sua música ainda mais pesada. Apesar do peso, eles pendem mais para o Folk do que para o Pagan, ainda que vá agradar fãs de tal. Em determinados momentos, as bandas se fundem e vira tudo uma coisa só. Claro, sua música é exótica e bem feita, pois para fazer esta mistura, tem que ser muito bem feita, para que funcione. O excelente vocal em alemão de Fuchs, dá aquela força e protuberância, que muitas bandas que cantam na língua de seu país mostram, como Rammstein e Lacrimosa, só para citar algumas. Completam a formação Pitrone (G), Volk-man (B) e Sir G (D), e o teclado sombrio de Dr. Pest. A banda mostra muita variedade, como nos violinos em Seemann, além do clima latino de Revolution. Outro show é a introdução (ou abertura) de In The Land Of White Horses, bem surpreendente. Realmente, um disco bem difícil de se ouvir, de se entender e de se resenhar, se faz necessário algumas audições para entender este arroubo desta banda diferente e criativa, que realmente, tenta fazer algo diferente dentro do Metal extremo. Tire as suas próprias conclusões! RC – 7,0

Faixas:
1-Friede Sei mit Dir
2-Riders on the Storm
3-Seemann
4-Der Adler
5-Revolution
6-Wenn Ich TrÃume
7-Soldaten Dieser Erde
8-In the Land of White Horses
9-Liebe
10-Schenk Mir Heut Nacht
11-Himmelskind
12-Feuer
13-MMMH
14-Peace May be With You

Formação:  
Fuchs - Vocals, Guitars
Dr. Pest - Keyboards
Volk-Man - Bass, Screams
Sir G. - Drums
Pitrone – Guitars
FOREFATHER
Steadfast
Somber – nac.
Este é um dos poucos exemplares, seja de banda, seja de disco, de Viking Metal a saírem no Brasil, mas este com certeza tem que vender. Pois além de sua música ser fabulosa, ela deve cair no gosto de Vikingheads e Paganheads tupiniquins. Suas músicas são fáceis, as guitarras são um misto de Thrash Metal com Melodic Death, em outros momentos bem ao estilo Viking mesmo, claro, entremeadas com coros épicos, vocais que variam dos limpos, mas agressivos, aos mais ríspidos, sem serem tão guturais. O duo inglês está de volta! Isso também atesta o porquê da música deles ser um pouco diferente dos grupos Vikings nórdicos, a maioria suecos. O estilo inglês está aqui, lembrando e tendo influências de bandas e estilos locais, como ícones do Death Metal e do Doom. Isso aparece nas faixas e momentos mais cadenciados. Athelstane e Wulfstan conseguiram novamente fazer uma obra prima do estilo. Apesar de Steadfast não bater Ours Is The Kingdom de 2004 (infelizmente, demoraram 4 anos para lançar seu novo disco). Steadfast é mais limpo, mais técnico, e conta com uma produção ultra-cristalina. A arte da capa fica por conta de Martin Hanford (Bal-Sagoth) e é linda! Brunanburh abre o CD arregaçando tudo, rápida, quase Speed Metal, claro, dando espaços para as paradinhas cadenciadas. As melodias de Cween Of The Mark são de arrepiar, com uma faixa bem melódica, pesada e agressiva ao mesmo tempo. Theodish Belief completa a trinca que abre o CD. Hallowed Halls é outro petardo, rápido, melódico e épico, como o estilo deve ser. A faixa-título beira a NWOBHM (influência local) e em Three Great Ships volta aquela rapidez pagã, num ritmo quase que Polka Metal e Eostre é a instrumental viajante. E assim vai este grande disco. Destaque ainda para as letras, ainda a dizer-nos de gloriosas histórias de velhos tempos.
RC – 8,5

Faixas:
01. Brunanburh
02. Cween Of The Mark
03. Theodish Belief
04. Hallowed Halls
05. Steadfast
06. Three Great Ships
07. Eostre
08. Fire From The Sky
09. Mellowing Of The Maids
10. Wolfhead's Tree
11. Miri It Is

CRUACHAN
The Morrigan’s Call
Metal Maximum – nac.
A banda já teve quase todos seus discos lançados aqui no Brasil e a Encore/Metal Maximum presta mais esse serviço ao público nacional. Lá fora, a cena que compreende bandas de Folk, Pagan, Medieval, Celtic, Fantasy, Mystic e etc. Metal é gigantesca. Aqui no Brasil, ainda muito pouco se fala destes estilos, se limitando a termos também poucas bandas nacionais do gênero, como o famoso Tuatha de Danann, Olam Ein Sof, no lado Viking o Baptised In Ice e pouca coisa mais. Além disso, as bandas estrangeiras, bombadas na Europa toda, passam despercebidas do público brasileiro e o Cruachan é uma destas pérolas. The Morrigan's Call é seu quinto registro e segue a linha Pagan, mas sem cair pro lado mais extremo, pendendo mais para o lado celta da coisa. Além do corrente do Rock e Metal (baixo, guitarra e bateria) eles lançam mão de tambores, flautas, bandolins, banjos, violinos, etc. A abertura Shelob, tem lances que beiram o Black Metal, e outro destaque a épica The Brown Bull Of Cooley. Já The Great Hunger é trágica, com belíssimos violinos, sendo um dos grandes destaques do disco. Em outros momentos aquela alegria pagã, medieval, camponesa aparece em The Old Woman In The Woods, típica para se dançar. Teir Abhail Ru é cantada em gaélico, a CuChulainn, original do debut Na Gael Tuatha aparece revisitada e também como mais exótico ainda a cover Wild Rover, uma canção tradicional irlandesa, rebatizada como The Very Wild Rover. Resumindo: com o fim do Skyclad, o Cruachan aparece na ponta do Folk Metal mundial! RS – 8,0

Faixas:
01. Shelob
02. The Brown Bull Of Cooley
03. Coffin Ships
04. The Great Hunger
05. The Old Woman In The Woods
06. Ungoliant
07. The Morrigan's Call
08. Teir Abhail Ru
09. Wolfe Tone
10. The Very Wild Rover
11. CuChulainn
12. Diarmuid And Grainne

SUIDAKRA
Command To Charge
Dynamo – nac.
Mais um disco desta que é uma das maiores bandas de Folk Metal da atualidade (ou Pagan Metal, como queiram). Estes alemães que tem um jeito sueco de se fazer Metal, aqui em Command To Charge, abusam das melodias folklóricas, e acabam soando mais como uma banda de Death Metal Melódico do que de Folk Metal propriamente dita. Command To Charge é o disco menos Folk de sua carreira! A capa é meio destoada para a proposta e sonoridade da banda, mas o disco é garantia de um bom headbanguin’ para seu pescoço! Ainda assim, Command To Charge é muito bem arranjado, pomposo, grandemente bem produzido, detalhado. Arkadius (Vocal/Guitarra), único remanescente original do grupo, faz esta transição de sua sonoridade com classe. Aliás, seu nome artístico, Arkadius, nada mais é do que o nome da banda ao contrário. Decibel Dance vem com muita melodia, boa guitarra e os bumbos fritando, ao melhor estilo Power Metal Melódico, só que Death (com vocais guturais). Reap The Storm tem vocais limpos, na sonoridade e tom que as bandas suecas costumam fazer (to falando...), a cargo de Matthias (Vocal/Guitarra), ficando os urros para Arkadius. Em The Alliance, o ar pagão, celta e medieval vem a tona com direito a gaita de foles e tudo, assim como a instrumental Dead Man’s Reel. A Runic Rhyme é bem folklórica também e nórdica (até por falar de runas também). Feita para se cantar em volta de uma fogueira! E o que dizer da cacetada chamada Second Skin, que relembra os grandes momentos do In Flames e At The Gates? E quando digo que eles são a banda alemã mais sueca do mundo, não estou brincando. Ouça Reap The Storm e inspire o ar de Gotemburgo brotando dos seus auto-falantes! Outro momento bucólico e campestre vem com Gathered In Fear, para a pancadaria rolar a solta com Strange Perfection. E tome Folk Pagan Mediecal Barbaric Celtic Druida em Dead Man’s Reel, um instrumental de muito bom gosto. Fechando com chave dos quatro elementos, The End Beyond Me, meio Melodic Death também. Como bônus live vídeo tracks, dois grandes momentos em I Reap The Storm e Morrigan. Acenda a sua fogueira e dance com Command To Charge! RC – 9,0

SUIDAKRA
Caledonia
Dynamo – nac.
Até que enfim, uma gravadora decente para lançar esta grande banda no Brasil! Com a Dynamo, teremos um bom trabalho de divulgação, à altura da banda, você pode ter certeza disso! Caledonia possui uma capa belíssima e é o melhor disco da banda! Caledonia é o oitavo disco deste fantástico quarteto alemão, formado por Arkadius Antonik (guitarra e voz), Marcel Schoenen (guitarra e voz), Marcus Riewaldt (baixo) e Lars Wehner (bateria). Caledonia é conceitual e fala da história da tribo Picts, nativos da antiga Escócia, chamada Caledonia, contra os invasores romanos. Impossível não ler as letras e sentir o clima e não lembrar e viajar com as histórias do Asterix, que apesar de ser um desenho Francês e falar da resistência da Gália contra o Império Romano (e não falar da Escócia, claro), mas o clima épico e de barbárie é o mesmo! O clima celta fala alto, abrindo o CD com Highland Hills, nos remetendo à Escócia daquela época, com uma atmosfera densa com relâmpagos, chuva e gaitas de fole. Demais! Outros momentos caem para o Death Metal Melódico. Aliás, tantas bandas com esse estilo Folk e de época, caem no Death Melódico! O Finntroll é um dos poucos a ser citado, com uma música por vezes similar com o Suidakra. Até porque, as melodias Folk e por vezes celta, caem como uma luva para as melodias do Death Melódico, assim como o clima épico do Viking, cai como uma seda para o Black Metal Sinfônico! Os momentos mais agressivos respondem por Blackened Shield, com riffs rapidíssimos e vocais rudes e agressivos. O Folk Rock (ou Folk Metal) vem com The Ember Deid (Part II), com The Distant Call com guitarra acústica e refrão cantável e assoviável, para se reunir na frente da fogueira e cantar e dançar junto, mais a Ramble, instrumental. A alternância entre vocais urrados de Arkadius e limpos e cristalinos de Marcel dão a tônica em Evoke The Demon. Enfim, indicado para realmente quem tem bom gosto e quer reviver momentos antigos, bárbaros e épicos! RC – 9,0


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