ELFFOR
Son Of The Shades
Northern Silence – imp.
Qual não é o meu espanto quando descubro que a banda já lançou mais dois álbuns, além deste Son Of The Shades: From The Throne Of Hate (2004) e Into The Dark Forest (2006) para além de que o álbum que possuo se tratar de uma versão limitada a 500 unidades! Son Of The Shades é de 2002 e todos os outros citados vieram depois. Entonces, estamos diante de um relançamento e a gravadora não me fala nada? A nostalgia de ouvir de novo aquelas melodias rasgadas pela voz do Eol, a sinfonia que se apresenta a cada música que surge... Despertou-me a necessidade de ouvir os outros dois álbuns! Mas só posso fazer a resenha do que recebemos, e o caso é o de Son Of The Shades. Este álbum abre com uma faixa assombrosa e perturbadora que invoca um sentimento de desânimo e de repressão. A 2 ª faixa (a faixa título) inicia-se com um realmente agradável Ethereal com cordas e piano, que definiu a fase de transição em que a poderosa máquina do cilindro, guitarras e vocais em kick (há também uma boa amostra de um cavalo, que é bonita incomum em si). A  única reclamação que tenho um especial sobre essa faixa é quase certo que após a canção recebe curso, ele desbota fora e esse é o final da mesma. Oh bem, o pontapé inicial na próxima canção com um ritmo semelhante e é um instrumental com exceção de alguns limpos corais. Há muitas passagens, com tempestuoso "soundscapes”, exuberante pianos, e muito dinâmico andamento de mudanças. Um momento que você se sinta à vontade e de forma segura e pacífica e, em seguida, de repente você é varrido em um tornado da escuridão e desespero. O álbum como um todo tem um ambiente medieval e sinto muito a ela, com muitas amostras som utilizados em todo. Vocais são usados moderadamente sobre este álbum (ambos growly Black Metal e vocais limpos vocais são pouco usados). A música em primeira soa muito básica e simples, ainda que com tantos efeitos sonoros (mesmo bagpipes). Tal como para comparações, poderíamos comparar Elffor ao Summoning. Majestoso, sinistro e arrepiante. PR – 8,5          

Track list:
1. Intro
2. Son Of The Shades
3. ...Of Wolves & Blood
4. Infernal Woods
5. Ravensong
6. The Nocturnal Moon
7. Long Winter Days
8. Unholy Gleam
9. Hidden In The Nebular Landscapes*
10. Endless Dark Flames*
*bonus tracks

ANACHRONAEON
The New Dawn
Stygian Crypt Productions – imp.
Anachronaeon começa como Human Failure no ano de 2002, constituído por Andreas Åkerlind na bateria e Patrik Carlsson na guitarra, baixo, vocais, teclados. Eles ensaiam e gravam dez músicas em dez ensaios. Isso gerou a demo Human Failure. A banda decide fazer músicas mais sérias, e realmente trabalha através das composições. Em 2003 Anachronaeon nasceu e com Tales From A Hollow Eternity e o novo caminho foi traçado. Em 2004 a banda consistia em três membros (Mac era então o segundo guitarrista). Os três gravaram o CD As The Last Human Spot In Me Dies em 2004 e fizeram performance em uma tour (a única de TODAS!) abrindo para o Katatonia. Ao vivo Kalle Ullbrandt ajudava como baixista, mas foi despedido quando de repente Mac queria cair fora da banda para se focar mais na música Jazz (!). Novamente eles eram somente dois, e decidem manter a banda assim por agora. No final de 2005 um fã russo da Anachronaeon perguntou se ele poderia promover a banda na Rússia, desde que Anachronaeon ainda não tivesse assinado com nenhum selo. A banda concordou e dentro de duas semanas a Stygian Crypt Productions demonstrou interesse. E aqui está. Um grande Pagan Black Metal!
PR – 7,5

Tracklist:
1. The random twist of fate [Download]
2. Awake from an evil dream
3. The plot thickens
4. A secret revealed
5. Life is just a matter of time [Download]
6. Letter to Nancy
7. The light at the end of the tunnel

DAGORLAD
Herald Of Doom
Shiver – imp.
Os Vikings acabaram de aportar em sua terra. Agora eles vão cortar o seu pescoço, te matar e fazer um cozido com você. Claro, exageros bárbaros a parte, estamos diante de uma boa, sinistra e aventureira banda. Claro, tanto a produção quanto o vocal e até algumas execuções ficam comprometidas, já que eles não tiveram tantos recursos para isso. Mas são honestos no que fazem e sua música é legal, ainda mais as incursões de teclados, abrindo como intro para alguma faixa, ou fechando com outro em outras, dando um ar de maresia, mas, gelo, iceberg, neve, frio, chuva, tempestades, demais percalços e obstáculos, além de lutarem contra piratas e inimigos, alguns deles da “MÃE URSSIA” se é que me entende. Isto tudo é narrado aqui e eles tentam fazer musicalidade para estas histórias. A capa é lenda, belo desenho, que reflete a obscuridade da sua música, cadenciada, lenta, alternando muitos momentos mais parados com outros poucos mais rápidos, sempre com peso e vocais bem graves, contando ainda, com algumas narrativas dentro das faixas. Bombástico, teatral, atmosférica desta banda belga, pelo multi-instrumentista e principal compositor Philippe Gandiblue. Originalmente gravado em 2003-2006 esse novo álbum está agora finalmente sendo liberado através belga rótulo Shiver Records, que (aliás), também lançado seu debut 2002, o The End Of The Dark Ages. Sua música lembra os Bal-Sagoth, de modo bem Barbaric! Recomendo. JCB – 8,5

Track list:
01. Intro
02. Herald of Doom
03. Imptacar
04. Silver Cross Brotherhood
05. Dwarves
06. Dragons
07. Elves
08. An Army of Skeletons
09. The Final Battle
10. Outro
11. The Sword

ADORNED BROOD
Heldentat
Black Bards – imp.
A banda ainda fornece os seus habituais mixes de várias boas influências, com seu quinto full-length, Heldentat. A produção é bastante clara com frescor, encaixar na bateria e distinguíveis linhas de baixo. As guitarras possuem uma saudável linearidade com pouco zumbido ou ruído. A banda faz ainda e também Folk Metal com misturas Goth, mas segue aquela linha mais brutal, meio Medieval, Epic, Pagan, Barbaric, como o In Extremo, Ragnarok e Corvus Torax. Os vocais, por conta disso, são guturais, contam com alguns screams, mesmo que a arte gráfica aposta para uma proposta mais tétrica e celta. Aqui, a gama de elementos é enorme, desde folk tradicional até o New Age, passando por tudo o que já foi citado anteriormente. Alternam os vocais agressivos, os mais graves, os mais clean e até alguns pouco agudos, sempre acentuando a growls e shrills.  Desta forma eles conseguem imprimir uma abordagem inovadora e cantando em alemão, que é uma língua muito mais forte e agressiva do que o inglês então nós temos este poderio sonoro amedrontador. A bateria promove pro vezes batidas bem beats, bem dançantes, como o Folk pede. Faixas como Tanze Mit Dem Tod e Der Albtraum, além da balada Farewell são os destaques. PR – 7,5

Track list:
1.Es ist Zeit...
2.Tanze mit dem Tod
3.In Vitro
4.Farewell
5.Sandmann
6.Gezeichnet!!!
7.Der Albtraum
8.Tierra del Fuego
9.7 Tage
10.Felidae
11.Heldentat

MAGO DE OZ
A Costa Da Morte
Locomotive – imp.
Mägo de Oz é uma banda espanhola que foi em torno de 89 e uma vez que foi lançando álbuns desde 94. Eles têm 9 membros, incluindo três violonistas, um violinista e uma flauta / apito / bagpipe player. A Costa Da Morte é a banda ao vivo o terceiro lançamento nos últimos cinco anos, um duplo CD conjunto que abranja a sua carreira a partir de 1994 a sua auto-intitulado debut longo de 2002's Folktergeist. Classic rock fãs podem reconhecer Pesando En Ti, ou Dust Em The Wind, em Inglês, que foi originalmente feito por Kansas voltar no fim do dia. Mägo de Oz desempenha folk metal com fortes influências celtas. Eles também vêem a misturar em um justo valor de Power Metal com crescentes guitarras e um monte de solos. Com nove membros há muito acontecendo musicalmente, com camadas de guitarras, teclados para a atmosfera e folk instrumentos acrescentando sabor e um som diferente. É interessante ouvir música espanhola com este estilo de música, quando normalmente é Inglês ou uma das línguas saxônicas, alemãs, etc. Mägo de Oz são extremamente bem sucedida na sua nativa Espanha e bastante conhecido na Europa, mas que não conhecem a E.U. metalheads ainda. Se você gosta de Power Metal combinada com folk / celta metal, eles merecem sua atenção. PR – 9,0

CD1.
1. Intro
2. El Santo Grial
3. Molinos de Viento
4. El que quiera entender que entienda
5. Santa Compaña
6. El fin del camino
7. Hasta que el cuerpo aguante
8. La insula de Barataria
9. Pensando en ti.

CD2.
1. Hijo del blues
2. La Leyenda de la Mancha
3. Resacosix en Hispania
4. Maritormes
5. Astaroth
6. Jesus de Chamberí
7. Satania
8. La Danza del Fuego
9. Fiesta Pagana

WULFGAR
With Gods And Legends Unite
Kampas – imp.
Uma grande surpresa dentro do Viking Metal. Claro, que o Viking surgiu dentro do Black Metal, e a banda que expandiu e deu dimensões a este gênero musical foi o Bathory no meio de sua carreira, colocando doses cavalares de elementos épicos, além de cadência na música, alternância de andamentos e melodias angustiantes e melancólicas, fazendo sentir e viver o inverno rigoroso cheio de gelo, neve e dificuldades por todo o lado.  Abrindo, uma intro chamada aqui se... Intro. Seguindo, dois petardos: Cleansed By Fire e Weapons Of Flesh. Heimdall’s Horn e Wendigo bem lentos, quase Doom, bem agressivas e testosterônicas. No meio de Wendigo, as paradas em suas batidas de tão lentas parece que a música vai acabar ou parar. Mas as batidas são feitas com tanta intensidades, que dá impressão que a sua aldeia ou vila está sendo atacada, é uma porrada na sua cara! O final da faixa com as batidas fortes, são os bumbos prenunciado o ataque! Em This Pagan Blood, contrasta um início e refrãos que remetem ao War Metal, uma verdadeira marcha de Guerra, com estrofes e segundo refrãos a velocidade da luz, como se os bárbaros estivessem aportando e alguma terra desconhecida! Os solos melódicos, pesados e densos remetem ao Power Metal! Os vocais ao longo do disco também são característicos do Viking: guturais e urrados, mas totalmente anabolizantes. O lado épico e que te lança em alto mar retorna em Return From Hel (Hel com um “L” mesmo). Esta faixa vai te dar a impressão de estar em uma grande embarcação no meio de uma tempestade. A rifferama Thrash de He Stands Alone é matadora e melodia angustiante de On A Battlefield In Midgard I Will Die são outros destaques desta excelente obra-prima, uma trilha-sonora da barbárie pagã! JCB – 8,5

Track list:

01. Intro
02. Cleansed By Fire
03. Weapons Of Flesh
04. Heimdall’s Horn
05. Wendigo
06. This Pagan Blood
07. Return From Hel
08. Kneel to The Hammer of Thor
09. He Stands Alone
10. On A Battlefield In Midgard I Will Die
11. Brothers of War (Into Valhalla They Ride)
12. A Wolf’s Tale

HELRUNAR
Baldr Ok Íss
Prophecy CD/Lupus Lounge – imp.
Mais uma banda de Black Metal em essência, com inspirações pagãs. Estes são os novos lançamentos da Lupus Lounge e tenho de dar um tempo a isto. Os Helrunar apresentam 10 temas de Black Metal Nórdico a meio-tempo com ambientes negros e frios numa tentativa, segundo o comunicado de imprensa, de estabelecer o contraste entre fogo e gelo. O disco foi gravado em apenas 5 dias e foram usados muitos “takes” diretos para manter o espírito e a espontaneidade das gravações. Não se trata do típico Black Metal Nórdico, incluindo certos trejeitos Folk e Pagan Metal que lhe dão outra cor. Nessa palete de cores incluo branco (gelo), vermelho (fogo), sépia (a toada Folk / Pagan / vintage) e, claro, cinzento e negro (próprios do Black Metal). Além da edição simples há a salientar a edição especial com DVD (o meu não traz o DVD, que pena, nem sempre vida de jornalista é tão fácil como vocês pensam, gajos!). Mais um soldado nesta luta pagã contra a hipocrisia religiosa. PR – 8,0

DRAUTRAN
Throne Of The Depths
Prophecy CD/Lupus Lounge – imp.
Mais uma da Lupus Lounge com Pagan Metal alemão. Germânico. Após oito anos da edição da sua estréia auto-financiada Unter Dem Banner De Nordwinde eis que surge o sucessor Throne Of The Depths. São oito temas que não resultam tão bem quanto pode parecer à primeira. Não há propriamente uma fusão de estilos. Os temas iniciam e/ou fecham com passagens Folk / Pagan e o “grosso” da faixa é um Black Metal pouco inspirado, desinteressante e monótono. Ao fim de um par de faixas torna-se cansativo e até mesmo incomodativo. Sempre receberemos todas as bandas de Metal Extremo com gratidão e respeito, ainda mais de Black Metal, ainda mais ainda de Pagan/Folk/Epic/Viking. Apesar disto, o Drautran (de nome estranho) fica abaixo da media.
PR – 7,0

NOMANS LAND
Raven Flight
Einheit Produktionen – imp.
Cara, o que eu tenho enrolado para fazer a resenha deste disco, não está escrito. Estou a quase dois meses com o CD aqui, mas sempre deixo para depois. Por que, é chato? Longe disso, é uma obra-prima, ou masterpiece, como dizem lá fora! Por isso demorei, e ainda não me acho pronto para fazer esta review, mas vamos lá. Aqui, temos uma banda russa (isso mesmo) que faz Viking Metal (sim senhor!). Só nos dias de hoje isso seria possível. Pois, é sabido historicamente que, os russos eram inimigos dos escandinavos, por conseqüência, vikings, que sempre os chamavam de ursos brancos, tão cantados em canções Folk locais. Se aqui temos a versão dos russos, ou dos Vikings de fato, não sabemos, pois as letras trazem vários significados ocultos e escondidos. Sinceramente, é uma das melhores bandas do estilo que já ouvi até hoje! Depois da maresia da introdução de To The Far Lands, entra com tudo a quase Black Sea Battlefield. Torir Scald e Bridge Warder são bem Folk em suas melodias, com o lado épico, estrondoso, pomposo e grandioso do Viking Metal voltando em Mjolnir. Em Beard Of Storm, parece que você está numa embarcação Viking, no meio daqueles bárbaros, festejando, mas atentos e preocupados com a tempestade que se aproxima em alto mar. Em Back With Glory, é hora de voltar para casa, trazer de volta o navio e contar as histórias e os tesouros obtidos. Raven Flight tem melodias pagãs, guitarras com riffs do melhor do Metal nórdico, um bom vocal que não chega a ser gutural nem urrado nem gritado, mas bem agressivo e áspero. A capa deste disco é uma das mais lindas que já vi e de tão bom e viajante que é Raven Flight (terceiro disco do grupo), que todas as vezes que eu ia fazer a resenha, desistia, para ouvir o disco sem precisar escrever (e olha que é uma das coisas que eu mais gosto de fazer). Dentro do estilo, o melhor disco do ano até o momento!
JCB – 9,0

SKELETON WITCH
Beyond The Permafrost
Prosthetic – imp.
A banda é promovida como Viking Metal também, e tem algumas coisas pagãs aqui e acolá. Na verdade, eles fazem um bom Death Metal Melódico, que como quase sempre, primam por melodias Folk e Pagan. Mas o correto é Death melódico mesmo. Não sei se a banda vai ter o mesmo sucesso de In Flames, Children Of Bodom e Soilwork antigo, mas temos boas possibilidades, mesmo que no Underground. A capa é bela, as letras, escritas em medieval, são ilegíveis de tão tétricas, e em Baptised In Flames, temos melodias mais fortes do paganismo, medievalismo e etc. Em Vengeance Will Be Mine tem uma letra mais bárbara e um pique que faz você pogar, banguear e até mesmo dançar, bela faixa, com as guitarras cheias de suspense nos solos. Toscas, mas legais! Outro contraste (mas nem tanto) é Fast Into The Open Sea, que tem uma pegada Thrash, e uma letra meio pirata, querendo jogar o cara oceano adentro, e uns Screams bem Death da Flórida, além de Blast Beats. Ou seja, os caras pegaram tudo o que eles gostam de ouvir e colocaram tudo junto aqui em Beyond The Permafrost. Em Remains Of The Defeated, ao ouvir para fazer esta resenha, começou a chover! Ainda, Frost Upon Flesh tem um acento meio Punk, lembrando os momentos mais pogantes do Impaled Nazarene. E assim vamos, em mais um bom disco, que se não vai marcar a sua vida, pode acreditar em mim, vai garantir momentos de boa diversão com um som de boa qualidade. Destaque ainda pelo fato de seu selo, Prosthetic Records, ser especializado em Death Metal e Grind, ou seja, anti-música, anti-melodia e em Beyond The Permafrost deste esqueleto de bruxa, o que mais temos e isso! JCB – 9,5

ARCANA XXII
Your Fatal Embrace
Einheit Produktionen – imp.
Apesar do apelo pagão, a banda faz o que poderíamos chamar de Metal Melódico (e não Heavy Melódico). Apesar do nome cabalístico, suas letras não chegam a tanto. Apesar da capa atentadora, o som é um Heavy comum, moderna, mas repito, não é Heavy Melódico, do tipo com dois bumbos, vocais agudos e melodias felizes não. Também não chegar a ser Metalcore, muito menos New Metal ou qualquer outra moda insípida. Apesar de boas músicas, o disco não é tão legal como um todo, com destaques para Survive, Out Of Control, Wildhunt e a faixa-título. Poderia ser melhor. RC – 7,0

ANTICHRISIS
A Legacy of Love - Mark II
Reartone Music – imp.
Dessa vez errei feio, errei lindo, fui bater o pênalti e isolei a bola na arquibancada! Eu nunca tinha ouvido o som do Antichrisis, apenas tinha ouvido falar. Eu pensava ou tinha lido, que seria algo de Metalcore, ou algo Death/Grind, enfim, algo pesado, agressivo, sujo e brutal. Tomo um susto e ouço que a banda faz música Folk, Medieval e Pagan! A banda mal faz Metal, nem Rock, é música celta ao extremo. Calmo, lenta, vozes femininas em sua maioria, quando aparece masculina, elas são limpas, instrumentos acústicos, folks, locais e de época! Lembra algo do Ritchie Blackmore’s Night e algo de Ix Entremo, mas bem menos pesado e com letras em inglês aqui. A embalagem é um lindo digipack, com um lindo encarte interno também! Viaje, pogue, folke, dance em volta da fogueira, e exalte a Deusa! Destaques para as pagãs The Mountain?, Our Last Show, Dancing In The Midnight Sun (que coisa mais nórdica do que o Sol da meia-noite?), Baleias Bailando (?), End Of December e The Sea. Veja que as letras sempre falam de um jeito ou outro, da natureza. RS – 8,0

MORRIGAN
Damned
Undercover Records – imp.
Excelente banda de Black Metal, com muitas influências de Viking Metal. Damned é o quinto álbum do grupo, sendo o mais rápido e agressivo. Também é o de melhor produção, mas isto mão signifique que ela seja cristalina. Boa produção, para este tipo de Black Metal, gélido e com atmosferas e climas Viking, fazendo você entrar a marra numa embarcação desse povo escandinavo, indo rumo a conquistas de novos horizontes, amparados pela matriarca (sim, o povo viking era matriarcal – quem mandava eram as mulheres, costume este que, até hoje, a maioria das pessoas nascidas na península escandinava leva o sobrenome da mãe e não do pai), que joga runas incessantemente para prever os próximos passos e navegadas. As narrativas entre as faixas são demais, alternando-as algumas em inglês, outras em alemão, até com direito a mulheres desesperadas sendo atacadas e orando ave-maria’s sem parar! Muitas de suas faixas são longas, épicas, lentas, mórbidas e frias, e apesar da banda ser alemã, a influência da cultura escandinava, mais o jeito sueco de fazer Black Viking de forma seca e a latente influência de Bathory, são a tônica. A produção e toda a execução do trabalho remete aos álbuns Blood Fire Death e Hammerheart! Se continuar deste jeito, mesmo com a morte de Quorton, a musicalidade do Bathory continuará mais viva do que nunca! Destaques para as tétricas e mórbidas Innozenz The 3rr, Guilty e a que encerra Confession, majestosa, com corais épicos de arrepiar! Damned é essencial! RC – 9,0

FINNTROLL
Ur Jordens Djup
Spinefarm – imp.
A sonoridade deste último trabalho mudou um pouco, uma vez que o antigo vocalista (Tapio Wilska) foi despedido em Janeiro de 2006, sendo apenas encontrado um substituto à altura, o atual Vreth (Mathias Lillmåns) em Abril. Não se trata do melhor dos Finntroll. Todas as características Humppae Folk estão presentes e ao seu melhor nível, a que a banda já nos habituou. Os álbuns antigos tinham uma grande influência Polka e este registo também tem, mas menos! A banda continua pagã e bárbara, e ainda Viking, mas soa um pouco mais crua e um pouco mais Heavy, sem tantos elementos Folk e de Polka, já citados, mas ainda assim, um bom disco e, como o Finntroll é uma das maiores, melhores e poucas bandas reais do estilo, nós temos que abraçar e louvar este Ur Jordens Djup, que é mais um acalanto aos nossos ouvidos ancestrais. RC – 9,0

GRIMM
Heksenkringen
Displeased – imp.
A banda faz é um bom Pagan Metal. Na capa, cenas da inquisição. A banda é holandesa e canta em sua língua natal, como a maioria das formações pagãs, até porque, relatam sobre a história de seus respectivos países. Seus integrantes já pertenceram á bandas de Black Metal locais, por isso, você pode confundir eles achando que o Brimm é Black Metal. Claro, o Pagan Metal é uma divisão do Black, que é uma divisão do Heavy Metal, que é uma divisão do Rock. Um trabalho bárbaro nos dois sentidos e destaques para Us MedergangerDwalend e Opera Van de Nacht.
RC – 8,5

GOD
The Barbarian Return
Khaeotica – imp.
Banda que poderia ser de Black Metal ou Gothic Metal, mas claro, usa elementos do Pagan, Viking e Barbaric Metal. Apesar disso, a banda não é escandinava. Eles surgiram na Romênia e agora estão estabelecidos em Portugal. Apesar da origem, eles não falam de vampirismo. Pena ser um EP, pois quando você esta gostando da banda, o CD acaba. Este é seu maior defeito, mas fica aí a pedida para aguardarmos um disco full deles. O God promete! RC – 7,0
office@khaeotica.com promotion@khaeotica-productions.com

AMON AMARTH
With Oden On Our Side
Metal Blade – imp.
A maior banda de Viking Metal do planeta, considerada por todos (para mim ainda é o Thyrfing que senta neste trono) volta com mais um petardo: With Oden On Our Side. A banda continua com seu som Viking com estética totalmente voltada para o Black Metal. Denso, obscuro, agressivo e sombrio. É de arrepiar! With Oden On Our Side fará você viajar num barco Viking com centenas de bárbaros e guerreiros, na forma mais bárbara que você possa imaginar! Mas apesar desta força, lembre-se que a cultura Viking era Matriarcal! Musicalmente, With Oden On Our Side pode não ser o melhor disco do Amon Amarth, mas com certeza os colocará num patamar ainda mais alto. Afinal, faixas como Valhall Awaits Me, Asaror, Runes To My Memory (as runas são um oráculo Viking), Prediction Of Warfare e a faixa-título são novos clássicos deste líder de segmento. Afinal, se milênios atrás, o Vikings faziam suas conquistas pelo mar, hoje fazem em forma de CD e a música é a sua arma! JCB – 9,0

ENSIFERUM
One More Magic Potion
Spinefarm – imp.
Apesar da mesmice assolando o Metal em geral, a Europa tenta e começa a reagir! Esta banda é um verdadeiro achado! Eles fazem em suma o que poderia ser chamado em voga hoje o Dark Symphonic Melodic Black Metal. Sim, eles são tudo isso, mas embora não chegue a ser Pagan Metal, nem Folk Metal, lançam mão destes elementos! Epic Metal? Pode ser também! Os caras não usam os corpse paints, mas pintam o rosto, prontos para a batalha e acabar com quem aparecer na sua frente, como seus ancestrais bárbaros! Cuidado com estes finlandeses! Bem, Ad Victoriam é a intro macabra e tétrica. Blood Is The Price Of Glory é Black Metal, cheio de sinfonias e melodias, enquanto Deathbringer From The Sky (repare na sublimidade dos títulos das faixas...) abre como num Power Metal Melódico, descambando com influências Épicas e Folks. Ahti é quase Death Melódico (o vocal de Markus Toivonen as vezes, puxa mais para o Black do que Death), com teclados no começo à Dimmu Borgir e depois, à Children Of Bodom. O lado Viking e pagã aparece em One More Magic Potion (que coisa mais pagã e druida do que isso?).  Wanderer já é mais cadenciada, cavalgada e mais épica e pagã do que as demais, fazendo o ouvinte viajar à um grande campo de batalha, onde só os fortes sobrevivem. Raised By The Sword é pesada, mas melodiosa, feita para cantar e dançar em volta de uma fogueira bebendo vinho. Aliás, o trabalho de guitarras de Markus Toivonen (ele é V/G) e Petrin Lindroos é sensacional! Os riffs dobrados são uma rifferama absurda! The New Dawn é a menos legal, mas ainda assim, uma boa canção. Encerrando, Victory Song, uma verdadeira canção de vitória depois de uma batalha, lenta, emotiva, um final feliz e vencedor, descambando para a porradaria do meio para o final. Cara, sem mais comentários! Dez com louvor! JCB – 10

MOONSORROW
V: Hävitetty
Spinefarm – imp.
Quinto disco da saga da banda Moonsorrow, uma das maiores de Pagan Metal na Europa e em seu país, a Finlândia. Apesar de Pagan Metal, em seus discos anteriores a banda primava mais pelo Black Metal em si com toques e influências. Aliás, este estilo pagão é maravilhoso por isso também: além de contentar as verdadeiras almas pagãs, como eu, é um dos mais diversificados. Sim, pois o paganismo varia de país para país, região para região. Isso porque lança mão de do Folk, e cada país tem uma tradição nisso. Cada lugar tem seus contos, suas entidades, tipos diferentes de florestas, de histórias, de tradição e costumes, todos eles ligados à Deusa e à Antiga Religião (a primeira de todas). E mesmo que uma banda venha de um país, como o Moonsorrow vem da Finlândia, e lance mão de músicas e instrumentos locais, cada história será contada de forma diferente. No lado musical, V: Hävitetty é o mais diferente de todos os discos lançados pela banda, menos pesado e mais folklórico. Os vocais Black continuam, mas estão baixos, como sussurros expostos aos ventos nórdicos, no meio de ventos, instrumentos locais, uivos, pios e dezenas de manifestações da natureza. V: Hävitetty é dividido em duas faixas, a primeira dividida em quatro partes e a segunda em suas. Todas são envoltas num contexto, sem uma se destacar à outra, pois V: Hävitetty é que nem um ritual pagão realizado numa floresta à noite: tem começo, meio e fim, mas tudo tem importância igual, nada se destaca, mas tudo se diferencia! JCB – 9,0

MANEGARM
Urminncs Hävd
Displeased – imp.
Seguindo o caminho de outras formações pagãs, o Manegarm toma um caminho menos pesado, menos agressivo, e mais sutil e sublime, atingindo em cheio seguidores do estilo e da Antiga Religião. Aqui, instrumentos totalmente acústicos, vocais femininos líricos, mas não operísticos, vocais masculinos graves sem urros e melodias para se dançar em volta de uma fogueira de braços dados com alguém. Os elementais dos quatro elementos da natureza e das três divisões (construção, conservação ou manifestação/destruição) farão a festa e se farão presentes! Claro, o instrumento principal é o violino, seguido por demais, como banjo medieval e outros de percussão. Como destacar faixas em especial? Impossível! Se interessou? Então não perca mais tempo e ouça Urminncs Hävd! Em tempo: até a capa deste disco se diferencia do anterior Vredenstid, que é mais Black e mais agressiva, enquanto a de Urminncs Hävd chega a ser relaxante. Qual das duas linhas seguidas pela banda e por outras e melhor? Nenhuma! São duas formas diferentes de abordar cada faceta da Mãe Terra! JCB – 10

HELLHEIM
The Journeys And The Experiences Of Death
Karisma Records/Dark Essence – imp.
Banda norueguesa de Viking Metal, também apostando no lado mais Black e agressivo do estilo. Também são pequenos toques neste elemento, pois é o Metal Negro quem predomina por aqui! Eles começaram sua carreira em 92, no auge do Inner Circle norueguês, e já primavam por uma outra filosofia sem ser o satanismo. The Journeys And The Experiences Of Death é o quinto e melhor disco deles sem dúvida alguma! Aliás, o CD é conceitual, dividido em três partes: Two Cenceptions, The Journeys e The Symbols And Sacrifice. Faixas como Dead Man’s Eyes, Helheim 5 e 13 To The Perished são destaques desta obra bárbara e colossal!
RC – 8,0

SKYFORGER
Kauja Pie Saules
Paragon – imp.
Banda que usa do Viking e do Pagan Metal como referências, mas em roupagem Black. Vocais ríspidos, instrumental meio melódico, melancólico, com várias passagens épicas, mas o som é mais perto do Black mesmo, pois estes elementos Vikings ficam mais na parte lírica, gráfica e em pequenos toques nas músicas, dando um molho especial. Como ainda um atrativo maior, a banda vem da Latvian, da península Báltica, dos Bálcãs, ou seja, Leste europeu, e as letras são em seu idioma nativo, tendo apenas a tradução para o inglês o título das faixas. Ou seja, você não entende porra nenhuma do que eles estão cantando! Por isso, um CD diferenciado!
RC – 8,5

FALCHION
Legacy Of Heathens
World Chaos – imp.

Mais uma grande banda finlandesa a assolar a cena Metal mundial. Sim, pois muitos países são tradicionais em determinados estilos, mas a Finlândia revela boas bandas em todos os estilos! Agora, o Falchion vem na linha Pagan, para deixar a coisa mais no genérico, mas como a própria gravadora os rotula, eles fazem Mythological Epic Viking Metal. Rememorando as melhores bandas do estilo, mas nem vamos citá-las, pois o Falchion conseguiu imprimir um jeito próprio de fazer a sua música. Você vai ouvir Legacy Of Heathens e vai se sentir dentro de uma gélida floresta nórdica! Faixas como Immortal Heroes, Broken Stone e Swordmaster Of The Dragonland são hinos! Mas nao se deixe enganar por duas coisas: primeira, as letras e títulos em nada lembram bandas de True Metal, nada a ver! E outra coisa (boa em partes): apesar da banda utilizar de temas folclóricos locais, as letras são em inglês em vez do idioma nativo! Portanto amigo, aqui temos um deleite para nosso inverno que está chegando! JCB – 8,5
MANEGARM
Vredens Tid
Displeased – imp.

Mais uma excelente banda de Viking Metal! Som pesado, passagens Black, lógico, alternando com vocais limpos, melodias floclóricas, guitarras flamejantes, bateria pesada, violinos sempre na hora certa. A capa é linda e as músicas marcantes! Que clima que este Vredengtid gera, ainda mais de você ouvi-lo num dia frio, nublado e chuvoso como o que eu fiz esta resenha! Faixas como Sigrblot, Frekastein e a faixa-título são como os hinos e gritos de guerra! Sinta-se um viking por alguns minutos! JCB – 9,0
MORRIGAN
Headcult
Undercover – imp.

Aqui temos 60 minutos de puro Pagan Black Metal! Produção razoável e uma banda mais razoável ainda. Tudo bem, já está cansando esta onda de Pagan Metal, mas ainda aparecem algumas bandas de vez em quando honestas e com algo a dizer. Com influências nítidas de Bathory (que além de ser um dos mentores do Black Metal escandinavo, é um dos pioneiros do Viking, Pagan e Epic Metal), muitas de suas faixas são longas, épicas, lentas, mórbidas e frias. Vale conhecer!
RC – 8,0
HELLVETO
Stos Seven
Kingdoms – imp.

Das frias florestas polonesas eis que temos uma banda de Pagan Metal de um homem só. Hellveto executa um transcendental Metal Pagão orquestrado com vocais femininos, teclados e toda aquela atmosfera de uma banda que trata sobre Paganismo antigo. Sem novidades também, mas um grande nome para o estilo e para você, headbanguer pagão, mais uma boa banda! RS – 7,0
AES DANA
Formors Celtic Black Metal
Adipocere – imp.

A banda pratica um Celtic Black Metal neste segundo disco, então podemos classificar como Folk Black Metal com temática lírica focada na cultura Celta. A banda francesa soube mesclar com bastante maestria o Black Metal com Folk e as letras são vociferadas em francês, para dar um tom mais folclórico ainda! Nenhum destaque individual, apenas mais um bom nome para você que gosta de Metal Pagão! RC – 7,5

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