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Fúria metálica alemã

Entrevista: Rodrigo Sanches.
A banda alemã Rage tem uma carreira de altos e baixos, desde os tempos em que se chamavam Avenger. Ao longo de quase duas décadas, Peter “Peavy” Wagner (V/B), enfrentou várias mudanças de formação até atingir a estabilidade agora formando um super power trio, ao lado do americano multi-braços Mike Terrana (D) e do russo Victor Smolski (G). Unity é o melhor CD desde End Of All Days e Peavy solta o verbo!

RU – Peavy, em minha opinião, o line-up atual do Rage e o melhor de sua carreira, você concorda?
Peavy – Sim, eu concordo, este é o melhor line-up da banda.

RU – No Brasil, o disco End Of All Days é o álbum mais festejado. Em outros países ocorre o mesmo?
Peavy – Foi com End Of All Days que tocamos no Brasil, então deve ser esta a razão de ter sido o mais bem sucedido por aí. em outros lugares, os discos mais vendidos são diferentes de um lugar para outro. Nossos discos mais vendidos são Perfect Man, Missing link, XIII e Unity.

RU – Como você vê hoje, álbuns experimentais como XIII, Ghosts e Welcome To The Other Side? Por que os fez assim e neles você deixou de lado o estilo Tradicional do Rage, como foi feito agora em Unity?
Peavy – A fase experimental do Rage foi quando trabalhamos com uma orquestra de 96 a 99. Eu não vejo Welcome To The Other Side como um álbum experimental, ele já marcava nossa volta ao caminho do Metal. Os experimentos foram feitos porque nós gostamos de fazer coisas diferentes além do conhecido estilo do Rage, depois de termos feitos muitos álbuns. Nós fomos bem sucedidos aqui na Europa, então continuamos com este jeito por enquanto.

RU – Mas Unity é excelente! Ele resgata a sonoridade da época de End Of All Days e é mais pesado que estes três últimos álbuns!
Peavy – Sim, eu gosto demais dele. É nesse estilo que nos sentimos agora e nós continuaremos este som daqui para frente.

RU – Peavy, você consegue sons acessíveis e de fácil assimilação, com coros e melodias grudentas em seu Heavy Metal. Você gosta de Pop Music e outros estilos de músicas?
Peavy – Nós estamos abetos para outros tipos de música, se for música de qualidade, mas a música do Rage é o Heavy Metal! Nós sempre tivemos muitas melodias nas canções. Todas vindas de nosso background clássico.

RU – Peavy, por que quase sempre suas músicas têm uma aura depressiva e triste?
Peavy – Eu costumo e uso escrever músicas como uma terapia quando estou para baixo. Talvez seja essa a razão. Mas ao mesmo tempo há também muitas letras com revolta e críticas sociais.

RU – Suas letras sempre também falam da morte. Com é sua relação com ela?
Peavy – Eu tenho uma relação natural e relaxada com a morte.

RU – Você lembra do turnê no Brasil? E quando vocês irão tocar aqui de novo?
Peavy – Eu tenho muitas lembranças boas sobre o Brasil, eu me lembro de um monte de gente boa. Eu espero poder tocar ai em breve novamente, havia uma oferta para a próxima primavera (outono aqui).  Vamos ver.

RU – Por que há tantas mudanças de formação nas bandas alemãs? Bandas como o Rage, Grave Digger, Running Wild e Gamma Ray viviam trocando seus integrantes entre si.
Peavy – Isto tem acontecido em toda parte com quase todas as bandas. Isso ocorre porque as pessoas mudam e você as vezes não pode ir muito longe com elas. Como em toda parte da vida.