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SACRED STEEL

A União do Power com o Death Metal

Entrevista: Júlio César Bocáter.
A Alemanha é o maior celeiro e mercado do Heavy Metal, sem dúvida. Todos estilos encontram afago em mãos alemãs, todos! E bandas como o SACRED STEEL mostram que nem tudo é moda, pois faz seu Power Metal com alguma melodia mas sem ser meloso, sem baladas e sem temas épicos. Seu recente disco Slaughter Prophecy (Hellion) tem requintes de Death Metal, tendência cada vez maior no som da banda. O vocalista
Gerrir Mutz nos conta como ele e seus asseclas Oliver Grosshans e Jörg M. Knittel (G), Jens Sonnenberg (B) e Mathias Staub (D) conseguiram ser uma das bandas mais cruéis numa cena cheia de alegria e fantasias medievais.

RU – Por que Bloodlust saiu pela LMP e Metal Blade e Slaughter Prophecy pela Massacre?
Gerrir Mutz – Nosso contrato com a Metal Blade encerrou depois de três álbuns. Eles nos ofereceram mais três mas tentamos a Massacre, pois sua oferta foi mais interessante. Foi uma honra ser a primeira banda alemã deles e não há qualquer problema entre nós e o selo. Apenas queríamos trabalhar com outro selo que tentasse nos empurrar um pouco mais acima.

RU – Que diferenças você vê entre Bloodlust e Slaughter Prophecy?
Gerrir Mutz – Bloodlust é um álbum conceitual e nós tínhamos que entrar em estúdio com 100% do material pronto, era “faça-o ou quebre-o”. Tivemos muita pressão para fazer o disco, enquanto Slaughter Prophecy nos divertimos em fazê-lo. Eu ainda gosto de Bloodlust, mas gostaria que fosse mais espontâneo e estivéssemos mais relaxados.

RU – A capa de Slaughter Prophecy é agressiva e obscura e lembra alguma capa de uma banda de Black Metal. Por que isto?
Gerrir Mutz – Porque sabíamos que suas músicas dariam uma impressão mais dark e sinistra e para mostras às pessoas que a banda tinha tomado um direcionamento mais dark. Por isso decidimos usar uma capa mais simples e dark.

RU – As primeiras faixas de Bloodlust e Slaughter Prophecy são quase um Death Black Metal. Vocês são fãs de Death e Black e isto é um elemento que diferencia ainda mais o Sacred Steel das bandas atuais de Power Metal?
Gerrir Mutz – Nós amamos o Death Metal! Eu sou fã de Death desde o começo do estilo. Autopsy, Immolation e Morbid Angel estão entre minhas bandas favoritas, bem como as de Metal clássico. Nós nos distanciamos de bandas chamadas de True Metal que soam como Kiske/Helloween e Hammerfall. Estas bandas não são Heavy Metal! Nós sim somos uma banda de Heavy Metal e que inclui elementos de Death Metal em nossa música e letras.

RU – Sacred Bloody Steel é uma faixa que poderia descrever o que é o Sacred Steel?
Gerrir Mutz – Sacred Bloody Steel é o tipo de faixa que tem estado em todos nossos discos. Mas se eu tivesse que escolher uma faixa que representasse a nova direção que a banda tomou, seria Faces Of The Antichrist, pois tem muito de Power Metal e ambos estilos vocais, o gutural e o limpo, são um grande trabalho. Eu acho que haverá mais faixas como esta no próximo álbum, Iron Blessings.

RU – Mas o que você acha das bandas de Power Metal que usam castelos, dragões e guerreiros em seus trabalhos e por que o Sacred Steel não os usa?
Gerrir Mutz – Quando estes temas são usados como as grandes bandas Liege Lord, Doomsword e Griffin (Nota do E: banda dos anos 80, não tem nada a ver com o atual Griffin que faz Death Melódico) fizeram, eu acho legal. Mas um monte de bandas tem escroto sobre isso sem dizer nada.

RU – Em que países o Sacred Steel faz mais sucesso?
Gerrir Mutz – Nós ainda somos uma banda Underground. Na Alemanha somos muito conhecidos mas ainda não podemos viver apenas de música. Temos nossos empregos regulares. Nos EUA e Japão somos muito, muito Underground e quase desconhecidos. Mas há paises como a Grécia, Itália e Espanha que tem nos dado suporte desde o começo.

RU – Em Slaughter Prophecyas guitarras lembram muito o Slayer. Vocês são faz deles?
Gerrir Mutz – O Slayer é a banda favorita de nosso guitarrista e nós todos achamos discos como Hell Waits e Reign In Blood clássicos de todos os tempos. O Slayer é uma de nossas influências quando vem nossas músicas mais Thrashies.

RU – As letras são pesadas, falando sobre anticristo, paganismo, etc. Vocês querem relembrar o Power Metal oitentista que falava destas características?
Gerrir Mutz – Assim como nossas músicas, nós queremos dizer que somos diferente das bandas de Power Metal atual nas letras também. Não diria que elas lembram os anos 80. Elas histórias de ficção misturadas com experiências pessoais e nossos sentimentos de nossa religião chamada Heavy Metal!

RU – A palavra Blood (sangue) está sempre presente. Por que vocês gostam tanto de sangue? (risos)
Gerrir Mutz – Sangue é a essência da vida e o Heavy Metal é a essência de nosso ser. Portanto, é uma brilhante expressão combinada com Heavy Metal.