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Entrevista: Júlio César Bocáter.                                                           
O Savatage volta ao Brasil pela terceira vez, sendo duas em 98 e uma dessas no Monster Of Rock daquele ano com Saxon, Glenn Hughes, Dream Theater, Manowar, Megadeth e Slayer. Agora numa turnê mesmo, a banda ainda tocou em para quase cinco mil pessoas em São Paulo no Via Funchal. O tecladista, fundador, bonachão e ainda vocalista Jon Oliva nos concedeu esta entrevista, mostrando que, apesar das mudanças na formação (como a ida de Al Pitrelli para o Megadeth e a saída de Zac Stevens para cuidar de sua famíla) ele é a cara do Savatage: os outros acabam sendo coadjuvantes de sua genialidade e seu carisma. Seu novo disco Poets And Madman já é considerado por muitos como um dos melhores do ano. Confira o que ele tem a dizer!

RU - Como está a receptividade do novo álbum, Poets And Madmen?                                                                                 
Jon Oliva -
Tem sido muito boa...Saiu bem na Europa, e no Brasil também! Não sei quanto vendeu, não vi isso ainda porque estamos em turnê, mas sabemos que vendeu bem.                  
                                                                  
RU - E como foi a reação do público aos novos integrantes (vocal) e Jack Frost (guitarra)?                  
Jon Oliva -
Foi muito boa, recebemos um apoio positivo até em relação à internet.

RU - Eles podem ser considerados integrantes do Savatage ou apenas estão completando a formação para  os shows?
Jon Oliva -
Sim... Eles se sentem como integrantes da banda, e são integrantes da banda.

RU - O que podemos esperar deles?                                                                                                                
Jon Oliva -
Eles trazem uma coisa nova. Damond tem uma influência de vários estilos de música, e Jack sempre esteve por aí tocando com algumas bandas. Essa é a primeira grande banda em que eles tocam, estão muito excitados e felizes, isso acabou contagiando a banda, que está imensamente feliz. Se alguém da banda está infeliz ou desmotivado, acaba refletindo nos outros integrantes e na atmosfera. Já tivemos esse problema no passado, e é difícil prosseguir assim. Esses caras tem um alto astral incrível, e as coisas tem sido perfeitas.

RU - Na época da saída de Zak, muitos foram os boatos, um dos mais freqüentes era de que o novo vocalista seria John West (vocalista do Royal Hunt), essa possibilidade realmente existiu? Se sim, por que não se confirmou?                      
Jon Oliva -
John é um velho amigo nosso e deu uma força em algumas músicas no álbum, cantando algumas coisas. Mas, ele tem outras coisas pra fazer, como o Royal Hunt e outras bandas. Nós precisávamos de alguém que se dedicasse inteiramente ao Savatage e John não podia nos dar isso. Não funcionou do jeito que queríamos, mas ele é um excelente cantor.

RU - Como você se sentiu cantando em um álbum inteiro depois de tanto tempo? (Jon esteve afastado dos vocais do Savatage desde 1992).                                                                                     
Jon Oliva -
Foi legal, divertido... Na verdade, eu sempre estive cantando uma coisa aqui, outra ali, mas com certeza um álbum inteiro deu muito mais trabalho,embora foi uma coisa que me senti apto a fazer. Quando o Zak saiu da banda, eu não queria largar as gravações do álbum pela metade e não daria tempo para procurar por outros vocalistas. Foi essa a melhor decisão que achamos, inclusive para os fãs; é a primeira vez que canto desde 1991.

RU - O Savatage tocará novamente no Brasil, agora com a nova formação. O que o público pode esperar de diferente nos shows que a banda fará por aqui?                                                                                                                      
Jon Oliva -
Não vai mudar muito, só mais músicas do que da última vez, onde teve mais do Dead Winter Dead e The Wake Of Magellan. Essa turnê conta a estória da banda, temos músicas dos primeiros álbuns. É um show bem completo, cobrindo quase todos os discos. Tenho certeza que os fãs vão gostar, teremos vários medleys com músicas de todos os discos (menos Fight for the Rock)

RU - Mudando de assunto, como foi excursionar com o Trans Siberian Orchestra? Conte- nos um pouco sobre os shows.                       
 Jon Oliva - É uma experiência diferente, quer dizer, não é igual tocar numa banda de metal. É muito bom, eu curti muito, mas não é uma coisa que eu quero fazer o tempo todo. Eu quero fazer rock'n'roll!! Ter a chance de tocar numa orquestra é algo que você pode fazer quando se está mais velho...

RU - Quais são seus planos futuros, tanto para o Savatage como para o Trans Siberian?                                        
 Jon Oliva -
Agora, os planos são a turnê com o Savatage. Faz um bom tempo que não tocamos juntos. Nós queremos tocar e gravar um álbum ao vivo ainda esse ano, talvez em Outubro quando nós voltaremos para shows na Europa e teremos um bom material ao vivo. Não há nenhum disco em progresso para o Trans Siberian. Nós temos muito trabalho, estamos bem ocupados com o Savatage ha ha ha...