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O Calor Vindo Do Gelo

Entrevista: Júlio César Bocáter.

O quinteto finlandês é responsável por um dos melhores discos do ano passado, o ótimo Silence, e é mais uma força do Power Melódico daquele país. Se no começo de sua carreira o Sonata Arctica era uma cópia descarada do patrício Stratovarius, agora desponta com até uma certa originalidade. E quando você ler esta entrevista, eles ou estarão para tocar, estarão tocando ou já tocaram no Brasil. É a quarta força finlandesa a invadir nosso país depois do Strato, do Nightwish e do Children Of Bodom. Com vocês, o simpático vocalista Tony Kakko!

RU – Primeiro gostaria de saber, no momento, quem é a maior banda da Finlândia no momento: o Apocalyptica (Nota do E: quarteto de cordas que fez versões do Metallica e gravou o hino do Sepultura no CD Nation. Uma versão daquele país de nossa família Lima – que maldade...) ou Stratovarius?
Tony Kakko – Nenhum dos dois, é o Nightwish!

RU – Sério?
Tony Kakko –
Sim. É incrível quanto a banda cresceu e como a Tarja (vocalista do Nightwish) se tornou uma estrela em nosso país. Graças a ela, o Nightwish hoje tem um público além do Heavy Metal e do Rock, atingindo toda a população.

RU – No Brasil, Stratovarius, Nightwish e Children of Bodom tem feito shows lotados e por aqui eles são bandas grandes. O Sonata vai tocar aqui em alguns dias. Você acha que vocês serão a quarta maior banda da Finlândia no Brasil?
Tony Kakko – Eu espero que sim! O Brasil tem a fama de ser o público mais louco do planeta e o pessoal do Stratovarius já nos contou sobre isso. Eu espero mesmo que isso aconteça!

RU – Quase rodo mundo acha o Sonata parecido com o Stratovarius. Eu também achava isso em Ecliptica e em Sucessor mas em Silence a banda encontrou sua maneira de fazer Melodic Metal. Você concorda?
Tony Kakko – Sim! Realmente no começo éramos parecidos com o Stratovarius, pois foi uma das primeiras bandas de Heavy Metal que começamos a ouvir, assim como o Nightwish que gostamos muito. Mas a medida que começamos a fazer vários shows e nos entrosar, achamos nosso próprio estilo. Nós amadurecemos! (risos)

RU – A capa de Silence é bonita e original, uma mistura do dia e da noite, do frio e do calor. Como vocês convivem com este extremo em seu país?
Tony Kakko – Bem, agora estou falando com você com 24 graus negativos, é nossa realidade.

RU – Bem, e estou falando com 36 graus positivos! (risos)
Tony Kakko – Você não quer trocar? (risos) Bem, sobre a capa é uma bonita ilustração, pois aqui, principalmente no inverno, temos uma vida durante o dia e outra a noite. E aborda diversas coisas que tem a ver com esta mudança.

RU – A Finlândia tem tradição de suas bandas soarem frias e tristes. Mas em Silence o Sonata é alegre como as bandas alemãs tipo Helloween e Gamma Ray, reis do Funny Metal. Você concorda?
Tony Kakko – Sim, você está certo! As bandas finlandesas soam assim pelo clima frio, que faz as pessoas ficarem mais introspectivas. Pois no inverno as pessoas ficam trancadas no estúdio ensaiando, compondo e gravando e no verão as bandas saem para tocar, tanto que ao vivo as nossas bandas soam bem mais alegres. No nosso caso, além destas bandas serem nossas influências, estamos num clima muito bom.

RU – Uma curiosidade. Você já reparou que o símbolo do Sonata é quase igual ao do Euro?
Tony Kakko –
(pensativo) É verdade! (risos) Não tinha reparado nisso, é parecido mesmo, só que o nosso é na vertical e o da moeda é na horizontal! (risos) Você é muito engraçado! (nesta hora Tony tem um ataque de riso que levou alguns tempo para passar, mas aí jogamos conversa fora e a entrevista acabava ente muitos risos e pequenas piadas infames, regadas a sotaque finlandês e brasileiro. Só faltou uma cerveja – apesar de eu não beber).