Power Metal alemão diferente
RU – Under The Cross tem uma sonoridade parecida com os últimos álbuns do Blaze, Halford e Helloween. O responsável por isso foi Andy Sneap, que mixou o disco junto com Mikko Karmilla?
Lars Döring – Este disco novo é muito mais pesado e duro que nossos anteriores. As composições são mais compactas também. Nós tivemos a idéia de fazer isto no estúdio do Andy Sneap e mixar as vozes no Fiinvox com Mikko na Finlândia. Nós tivemos duas pessoas diferentes trabalhando conosco desta vez e ficamos satisfeitos com o resultado final. Esta sonoridade estava na nossa cabeça por muito tempo e só agora encontramos o jeito a as pessoas para isso.
RU – As capas do Squealer são macabras e sua música tem um pouco de tristeza e escuridão, diferente do Metal alemão que é alegre. Há coisas macabras que influenciam a banda?
Lars Döring – Sim, nos influenciamos neste mundo, nas suas notícias e nas pessoas e em monte de merdas que acontecem todos os dias. Isto é macabro e acho que as pessoas no Brasil pensam o mesmo, pois acredito que não deve ser fácil morar aí. É fácil conversar sobre coisas engraçadas e é fácil também pintar o mundo de negro. Mas somos felizes, as vezes. (risos)
RU – Under the Cross é excelente! A imprensa em geral deve achar que vocês são a próxima sensação do Metal alemão, junto Edguy e Avantasia. Voce acredita nisso?
Lars Döring – Não, eu não acredito nisso. Eu não sei, apenas palpite. Nos somos uma banda com uma longa história e nós temos muita experiência agora. Nos últimos shows sentimos que os garotos tem gostado de nós e de nossa atual fase. Nós estamos entre os 40 das “hit parade’s” de duas revistas alemãs por meses. E também nossa música é mais pesada que a do Edguy, por exemplo. Nosso cantor tem “bolas grandes”, se é que você me entende... (risos)
RU – Under the Cross tem muitas influências de diferentes sons. Painful Lust é mais Hard, Facing The Death é mais Thrash, Thinking Allowed! é rápida e poderosa. Comente sobre isto.
Lars Döring – São estas músicas as nossas preferidas. Temos várias influências dentro da banda, e nós as mostramos em nossos álbuns. Nossa marca é colocar todas elas, um monte de estilos e coloca-los embaixo de nosso estilo.
RU – Já Under The Cross é Blind Guardian na veia. Down And Out lembra o estilo do Grave Digger. Isto mostra que o Squealer é uma típica banda alemã de Heavy Metal, mas não na linha do Gamma Ray Helloween e Accept.
Lars Döring – Sim! Nós não nos inspiramos na sonoridade típica dos EUA e nem da Inglaterra também. Quando estávamos no estúdio de Andy Sneap, ouvimos as faixas, uma a uma. Todas vez que um coro começava, Andy (Sneap) bradava “é tipicamente alemão!”. Mas não temos nem um pouco do estilo do Helloweem nem Gamma Ray, é mais sério e forte. Eu concordo com você.
RU – Fade Away tem sido criticada por alguns fãs por ser uma canção Gothic Metal. Ela tem um clima do novo disco do Tiamat. Vocês tem ouvido algo novo deles?
Lars Döring – Não temos nada contra nem o que dizer algo negativo sobre o Tiamat, mas posso dizer que não há nenhum grande fã de Tiamat na banda. Foi eu quem tive esta idéia de fazer uma canção mais Gótica. Eu acharia estúpido tirar esta música fora do álbum apenas por ser um pouco diferente das demais. Acho que fizemos uma gravação interessante.
RU – Por que colocaram a faixa In Zaire? O estilo dela lembra RATM e Helmet, você gosta destas bandas Alternativas e New Metal? Porque ela tem um forte Groove.
Lars Döring – Esta é uma canção dance dos anos 80. E é claro que existem boas bandas de New Metal com muitas boas canções. Andy, nosso vocalista, junto com Schiel, tem uma banda com várias canções que não são Metal. Eles tocavam In Zaire nesta banda de covers primeiro. Mas nós tínhamos planejado pôr esta faixa como bônus, mas ficou tão legal que resolvemos colocar no algum regular mesmo.
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