AGENDA
BANDAS
ENTREVISTAS
CDS
DVDS
DEMOS
LIVROS
SHOWS
MATÉRIAS
PROMOÇÕES
LINKS
CONTATOS


A Diva do Heavy Metal!

Entrevista: Júlio César Bocáter.
Fotos: Júlio César Bocáter.
A Diva finlandesa vem pela terceira vez no Brasil, a primeira sem o Nightwish. Desta vez para fazer a Noites Escandinavas, acompanhadas de mais dois cantores e uma pianista. Confira mais esta entrevista onde ela foca mais neste projeto e fala um pouquinho de Nightwish.

Como surgiu a idéia de fazer este projeto, Noites Escandinavas? A Tarja teve este projeto antes ou depois de estar no Nightwish?
Tarja – Eu tive a idéia quando já estava no Nightwish, na primavera de 2002 (nosso outono aqui). A idéia era trazer para os povos latinos as músicas da região escandinava, para levar um pouco mais de nossa cultura para outros países. O projeto é composto de três cantores e de uma pianista. 

Vocês compõe músicas clássicas também ou pretendem compor também?
Tarja – Ninguém é perfeito! (risos) Não compomos não, são tantas músicas belas que não compomos não, somos cantores e não compositores.


Existe um grupo chamado de “Mozartinho de Viena” que divulga material de Mozart (compositor austríaco) ao redor do mundo. Vocês pretendem fazer o mesmo com a música finlandesa?

Tarja – Não, o que apresentamos é um trabalho de 4 ou 5 compositores, enquanto Mozart era “um só” e apenas queremos divulgar estas músicas que achamos bonitas.

Qual critério para a escolha das músicas?
Tarja – Cada um faz 10 números solos e alguns duetos ou tercetos. Nós escolhemos basicamente as músicas que se encaixam melhor em nossa voz.

Como é a recepção dos latinos para este tipo de concerto?
Tarja – É diferente, em Buenos Aires, por exemplo, as pessoas tinham um sentimento de emoção ao ver este tipo de coisa, enquanto na Europa o público de música clássica é totalmente frio. Só essa sensação de ver as pessoas emocionadas aqui vale a pena e nos dá boas vindas para nosso trabalho. Na Alemanha tenho até medo de olhar a platéia quando estou cantando.

Aqui no Brasil e América do Sul desconhecemos os compositores escandinavos, nós aqui temosmais conhecimento e acesso aos compositores do centro da Europa como França, Itália, Alemanha, Áustria, Inglaterra, Rússia, etc. De que data estes compositores escandinavos que vocês apresentam são? Eles são sacros ou pagãos ou até Vikings?
Tarja – Todos são mais ou menos do século 18, todos da mesma época. Este período foi um pouco antes da Independência da Finlândia, eram compositores com sentimento muito grande, a guerra civil influenciou estes compositores. Teve uma grande influência dos sibérios e um deles, Kola, morreu na guerra civil, bem jovem. Existem algumas analogias nas partes cantadas, como quando se cita que temos medo do grande urso, quando se refere aos russos.

E estes compositores finlandeses tinham alguma influência dos compositores mais conhecidos do centro da Europa, como Beethoven, Mozart, Vivaldi, Paganini, Bach, Chopin, etc.?
Tarja – Todos eles tiveram influência sim destes compositores, principalmente dos alemães, eles estudaram, tiveram formação clássica, estudaram na Alemanha, mas criaram um estilo finlandês, com músicas populares que são muito conhecidas na Finlândia. 

E o Nightwish,Tarja? Em julho sai o disco novo?

Tarja – Sim, ele sechama Once, já está pronto e ficamos seis meses em estúdio gravando, sai dia 7 de julho. Em seguida começamos a turnê na Europa, Ásia, Estados Unidos, América do Sul, com show marcado em São Paulo para o dia 4 de dezembro. 

Este é um projeto permanente?
Tarja – Isso depende da minha agenda, dos espaços livres que tenho com o Nightwish, que é cada vez menor. Temos até idéias de levar este projeto para o Japão, mas depende do Nightwish, que é minha banda principal.

Uma curiosidade. Como este projeto visa divulgar mais a Finlândia, esta curiosidade vem a tona. Por que a Finlândia, dos países escandinavos, é o mais diferente de todos? Pois tudo na Finlândia é completamente diferente da Suécia, Noruega e Dinamarca, como traços físicos, língua, cultura e história.
Tarja – Simples, a Finlândia não faz parte da Escandinava. (risos)

Por que então vocês usam o nome de Noites Escandinavas se não são escandinavos? (risos)
Tarja – Mantemos o nome porque quando começamos, tínhamos uma cantora norueguesa e o projeto tinha músicas da Finlândia, da Suécia, da Noruega e até da Alemanha. Inclusive, até duas semanas atrás não sabia que a Finlândia não fazia parte da Escandinavia! (risos) O que se tem em comum então é que Finlândia, Suécia, Dinamarca, Noruega e Islândia fazem parte do extremo norte da Europa, é o que temos em comum.