LAMB OF GOD
VII Sturm Und Drang
Voice Music – nac.
A banda passou por um momento trágico que acabou marcando a vida do vocalista Randy Blythe e do Lamb Of God. Depis da turnê europeia de 2010, em junho de 2012, a banda retornava à República Tcheca para mais um show e Randy foi preso ao desembarcar no aeroporto, acusado da morte de um fã que teria sido empurrado do palco pelo vocalista na turnê anterior. Após um mês na prisão, Randy foi lberado sob fiança e foi absolvido em março de 2013. A banda gastou muito com a Justiça e Randy resolveu tirar um longo tempo de férias, para refletir sobre tudo e até acabou escrevendo um livro. No final de 2014, o Lamb Of God retornou para gravar mais um disco com o mesmo produtor dos dois últimos álbuns, Josh Wilbur. A banda foi chutada pela Roadrunner e entrou para a gravadora Nuclear Blast (nos EUA, continuaram com a Epic). Apesar de já ser o sétimo disco, mas é o primeiro depois de tudo o que aconteceu. Então eles vieram com uma fúria de outro mundo para fazer um de seus melhores trabalhos! O disco inteiro é acima da media, mas destaques para Embers (com participação de Chino Moreno, do Deftones) e Torches (com participação de Greg Puciato, do Dillinger Escape Plan). Para a versão brasileira, a Voice Music negociou dois bônus: Wine & Piss e Nightmare Seeker (The Little Red House). Depois de sua participação avassaladora no Rock In Rio, a tendência é ganhar mais fãs por estas paragens. RC – 8,0

Faixas:
1 - "Still Echoes"
2 - "Erase This"
3 - "512"
4 - "Embers" (participação de Chino Moreno, do Deftones)
5 - "Footprints"
6 - "Overlord"
7 - "Anthropoid"
8 - "Engage The Fear Machine"
9 - "Delusion Pandemic"
10 - "Torches" (participação de Greg Puciato, do Dillinger Escape Plan)
Faixas bônus:
11 - "Wine & Piss"
12 - "Nightmare Seeker (The Little Red House)"
SOULFLY
Archangel
Voice Music – nac.
E agora a Voice chega com tudo, lançando até o disco novo do Soulfy. Essa versão luxuosa digipack deluxe dupla, com a belíssima arte de capa de Eliran Kantor (Testament, Iced Earth, Sodom, etc.) já atraem a atenção dos futuros compradores. Musicalmente, a banda está sempre se renovando, uma característica desde Max Cavallera fundou a banda. E aqui, eles não se estagnam novamente! We Sold Our Souls to Metal é icônica e fala na cara qual é a deles! Venderam a alma para o Metal. Aliás, nesta versão Modern Metal do Rock In Rio, faltou o Soufly!  Destaques ainda para “You Suffer”( cover do Napalm Death), presente apenas nesta edição dupla que vem com o DVD. Ótima estratégia para atrair as vendas! O disco vem com mais dois bônus para esta edição. O CD2 é um DVD Live At Hellfest 2014, que saiu apenas nesta edição. Sem comentários para a performance da banda ao vivo! Mas claro, não poderia faltar as incendiárias Refuse/Resist e Roots Bloody Roots. Se você diz ser fã, Archangel é obrigatório!
RC –9,0

Faixas:
CD1
01. “We Sold Our Souls To Metal”
02. “Archangel”
03. “Sodomites” (com Todd Jones do NAILS)
04. “Ishtar Rising”
05. “Live Life Hard!” (com Matt Young do KING PARROT)
06. “Shamash”
07. “Bethlehem’s Blood”
08. “Titans”
09. “Deceiver”
10. “Mother Of Dragons” (com Richie Cavalera do INCITE, Igor Cavalera do LODY KONG, Anahid M.O.P.)
Faixas bônus especiais para a versão com DVD:
11. “You Suffer”(NAPALM DEATH cover)
12. “Acosador Nocturno”
13. “Soulfly X”

CD2
Bonus DVD: ‘Live At Hellfest 2014′ (Special edition only)
01. “Cannibal Holocaust”
02. “Refuse/Resist”
03. “Bloodshed”
04. “Back To The Primitive”
05. “Seek ‘N’ Strike”
06. “Tribe”
07. “Rise Of The Fallen”
08. “Revengeance”
09. “Roots Bloody Roots”
10. “Jumpdafuckup/Eye For An Eye”

INFRARED
No Peace
Independente – imp.
Infrared, vindo do Canadá é uma banda Thrash que joga o mesmo estilo que era popular nos anos 80. Eles lançaram em 1988 o clássico e a cult demo tape R.I.P. (Recognition in Power) na segunda metade daquela década antes de pendurarem as chuteiras por volta de 1990. Uma pena, pois se tornou uma banda cult pois deveria se tornar promissora. Os membros originais se reagruparam em 2014 e lançaram seu debut No Peace, que é composto de músicas escritas entre 1985 e 1988. Eles rescreveram sua história! Eles fazem um Thrash mais melódico, menos frenético, que me lembra o que bandas como Anthrax e Exodus e claro, toda a famosa e saudosa Bay Area, e o que faziam na época em que essas músicas eram compostas. Não há nada no No Peace que você não tenha ouvido antes, mas o nível de energia é alto e as composições melhores do que você normalmente consegue com reuniões nos dias de hoje. Se não falássemos que a banda regravou as músicas da década de 80, você não saberia, apesar de sacarem a veia oitentista. Bangueie com TOC, No Peace, My Good Will e Social Science! Uma porradaria só! RC – 9,0

Track List:
01. Inframental
02. TOC
03. No Peace
04. My Good Will
05. Social Science
06. Cliche
07. Some Kind of Disease
08. Down Below
09. Untimely Storm
10. Thoughts Caught (In Between)
11. In Search Of…

THE GERMAN PANZER
Send Them All To Hell
Voice Music – nac.
Este é o Panzer alemão! Desde os anos 1990 temos o Panzer aqui no Brasil e agora foi formado outro na Alemanha. Então aqui no Brasil, a banda se chamará THE GERMAN PANZER, ok? O power trio de Heavy Thrash alemão é formado por Schmier (voz e baixo, Destruction), Herman Frank (guitarra, ex-Accept, Sinner, Victory, etc.) e Stefan Schwarzmann (bateria, ex-Accept, Helloween, UDO, Running Wild, etc.). Inclusive este tenha sido o motivo para Herman Frank e Stefan Schwarzmann terem sido demitidos do Accept, uma pena, pois o Accept ressurgiu mais forte do que era com eles dois mais o vocalista Mark Tornillo. Mas voltando a vaca fria, quando vi sobre este projeto, achei que seria chato. Além de eu nunca ter sido faça de Destruction, embora respeite, claro, achei que seria algo que não acrescentaria nada. Ledo engano. O Panzer alemão não é Thrash como o Destruction, e é mais pesado do que o Tradicional Accept. Ou seja, temos um belo Power Heavy Thrash Metal Melódico, sim a cargo das guitarras de Herman Frank. A Cozinha faz bonito com Schmier e Stefan Schwarzmann, nunca imaginei os dois juntos, mas deu liga e entrosamento. Aqui, Schmier canta mais, bem diferente do vocal gritado do Destruction. O instrumental não dá para dizer que não é alemão, realmente Herman Frank arrebentou! Destaques para a melódica Panzer e Mr. Nobrain, moderna, cadenciada e melódica, sem deixar de ser pesada pela sua densidade. Experimente o Panzer alemão! RC – 8,0

Faixas:
1. Death Knell
2. Hail and Kill
3. Temple of Doom
4. Panzer
5. Freakshow
6. Mr. Nobrain
7. Why?
8. Virtual Collision
9. Roll the Dice
10. Bleed for Your Sins

M-19
Mission: Destroy
Voice Music – nac.
O Metal Extremo gaúcho, sempre foi de ponta no Underground. Depois de MG e SP, nesta ordem, deve ser o pessoal de RS vindo na sequencia em quantidade e qualidade de bandas extremas. Quem não lembra a avalanche de bandas de Death Doom ou Doom Goth no final dos anos 1990 e começo dos 2000? Aqui, o M-19 faz Thrash e surgiu no fim dos 1980 e depois de 11 anos, volta com um disco de inéditas. O M-19 surgiu no final dos anos 80, lançou duas demos Manifest of Insanity (1089) e When a Promise is Broken (1994), com Thrash Metal agressivo e rápido, influenciado por Destruction e Slayer (como 90% das bandas brasileiras). No começo dos anos 2000 a banda resolveu encerrar as atividades, retornando em 2011. Ao ouvir Mission: Destroy vimos que a banda fez uma continuação à altura, na mesma toada, só que agora com a melhor produção de sempre, feita pela própria banda e pelo renomado produtor Sebastian Carsin, que também cuidou da mixagem, que foi feita no Hurricane Studio. Realmente, a banda não faz um som original, mas muito bem feito e temos aqui mais uma dezena de faixas boas para o estilo. Destaques para a abertura com o preludio Destructor, seguida pela pesada I Kill For God, e as sequenciais Southern Brave e 171. PC – 7,5

Formação:
Will F. (Baixo/Vocal)
JR. Vives (Guitarra)
Iuri Dall Olmo (Guitarra)
C. Armani Wagner (Bateria)
Faixas:
01 Destructor
02 I Kill For God
03 Southern Brave
04 171
05 Hell Is Now
06 Cult Of Suffering
07 Thermical Death
08 Ecocine
09 Disequilibrium
10 Resistance
11 School Of Crime

SEPULTURA
The Mediator Between Head and Hands Must Be The Heart
Substancial – nac.
Cá entre nós. Desde que Max saiu, a imprensa tem dado uma força para o Sepultura. Se a coisa diminui, foi a força dos fatos. Não foi culpa da imprensa, nem da especializada, e nem da grade mídia (falo de TV aberta e rádios mesmo), pois ambos sempre falam da banda. De programas de humor até programas de esporte eles estão sempre presentes. A mídia especializada também, mais ainda dentro do seu limite. Toda vez que eles lançam disco novo, a imprensa especializada diz “o melhor da fase com Derrick Green”, “o melhor desde a saída de Max”, “o melhor da nova fase”, “agora a banda adquiriu sua nova identidade”. Mas de longe, nada do que fizeram depois de Roots, chegou perto da fase antiga. As músicas não são ruins, mas não são Sepultura. Faz falta a segunda guitarra em todas as músicas, ninguém se ligou nisso? Não tem nada do Thrash brasileiro que a banda sempre entoou. A coisa esta cada vez mais nova-iorquina. Em vez de mudar para algo mais comercial, mudaram para algo mais Underground. Não está errado. Mas todos os gigantes do Thrash Metal continuam lançando álbuns que, se não estão a altura do seu passado, ao menos fazem jus à sua carreira. Pegue os últimos de estúdio do Anthrax, Testament, Slayer, Sepultura, Megadeth, Kreator, Destruction e compare. Aí você diz: “mas olha com quem você está comparando”. Sim, estou sim, pois nos anos 1990, a banda estava acima de todas estas, só perdia para o Metallica em termos comerciais, mas batia todas as outras, juntando ainda Pantera, Machine Head e outros da época. Apesar de não gostar de New Metal, o Sepultura influenciou toda a geração do Nu Metal, Aggro Rock, Alterna Metal, e outros pula-pulas. E agora? Eles são cópia das crias deles. Ultimamente, fazendo discos conceituais, com títulos bizarros para chamar a atenção, é o que restou. Depois de tantas covers de respeito, como cover do Motörhead, Exodus, Hellhammer, U2, Ministry, New Model Army, trazer um cover do Chico Science é esculhambação. Algo contra a música brasileira? TUDO! Eles nos renegam, pra que bajula-los. Por que não fazem um cover de alguma banda mineira de sua geração? Passo. RC

Faixas:
1. Trauma of War
2. The Vatican
3. Impending Doom
4. Manipulation of Tragedy
5. Tsunami
6. The Bliss of Ignorants
7. Grief
8. The Age of the Atheist
9. Obsessed (com participação de Dave Lombardo) 
10. Da Lama ao Caos (Cover de Chico Science & Nação Zumbi)

TORTURE SQUAD
Esquadrão da Tortura
Substancial – nac.
Com um luxuoso Box com slipcase, o Torture detonou aqui! Quanta coisa a banda já fez desde Shivering, de 1995. Este é o primeiro disco sem o vocalista Vitor “Silvio Santos” Rodrigues. E não decepcionou. De quarteto, virou um Power Trio, formação clássica do Rock Nacional, o país com mais trios do mundo: agora o Torture, se junta ao Dr Sin, Krisiun, dentre tantos outros. Vitor montou o Voodoopriest, sem ressentimentos. E a fúria daqui vem na forma de um dos melhores discos da carreira dos paulistanos. André Evaristo, guitarrista, assumiu os vocais, completando a melhor cozinha do Brasil, Castor (B) e Amilcar (D). O som, que sempre variou entre o Thrash e o Death, e que vinha ficando mais Death, agora com Esquadrão da Tortura finca mais no Thrash. Mais tradicional, menos intrincado, mais direto, menos gutural, mais musicado, e apesar do titulo em português, as músicas são em inglês. Mas bem sacado, pois é a tradução em português do nome da banda. O tema: a ditadura militar no Brasil. Uma aula de história, ainda mais para a moçada que nasceu num Brasil livre, com várias eleições seguidas, direito de opinião, liberdade de expressão, sem hiper inflação, sem reserva de mercado, sem reserva de informática. A gurizada com menos de 20, e muitos são fãs do TS, não sabem o que é isso. Musicalmente, o disco é impecável. A melhor produção que a banda já teve. Escape From Hell abre arrasa-quarteirão, e nos mostra como será a voz do Torture daqui pra frente. Menos gutural, menos agressivo, sem os screamos de Vitor. Uma nova identidade. Pull The Trigger um Thrash com altas doses de pogo. Pátria Livre a única em português, que é quase inteira instrumental, mas com poucos vocais em português e eles são de João Gordo do Ratos de Porão, este sim, passou e apanhou da ditadura em sua época de Punk no fim dos 1970 e começo dos 1980. Archtectur Of Pain mostra uma tônica, pois algumas faixas possuem narração na introdução das mesmas, geralmente de noticiários da época. Never Surrender é o que se chamaria de Progressive Thrash/Death. Por mais que eu tenha arrepios à este rótulo, realmente vem fazendo sentido e várias bandas novas entram nessa veia. E daí vai. Se não é o melhor disco da banda, é um grande recomeço! JCB – 9,0

Faixas:
01 - No Escape From Hell (04:58)
02 - Pull The Trigger (05:41)
03 - Pátria Livre (05:10)
04 - Wardance (06:29)
05 - Archtectur Of Pain (06:32)
06 - Never Surrender (05:53)
07 - In The Slaughterhouse (06:15)
08 - Conspiracy Of Silence (07:45)
09 - Nothing To Declare (04:07)
10 - For The Countless Dead (02:25)
11 - Fear To The World (08:51)
12 - A Soul In Hell (Recorded Version) (Bonus Track) (04:18)

JEFF LOOMIS
Plains Of Oblivion
Urubuz Records – nac.
Após sair do NEVERMORE e de um período de quase um ano de silêncio, o guitarrista Jeff Loomis volta a estar em evidência com seu segundo disco solo, Plains of Oblivion, recém-lançado pela Century Media á fora e licenciado pela Urubuz no Brasil. Vários convidados participaram do CD como Ihsahn (Emperor) e Christine Rhoades nos vocais, Marty Friedman (ex-Megadeth e Cacophony), Tony MacAlpine (ex-M.A.R.S., Planet-X e consolidada carreira solo), Chris Poland (também ex-Megadeth) e Attila Vörös (ex-Nevermore) nas guitarras, e o batera Dirk Verbeuren (Soilwork), e Shane Lentz, onde Jeff o encontrou através de uma série de vídeos que Lentz postou no YouTube. Ou seja, um time de peso (em todos os sentidos) e de respeito. Plains of Oblivion foi produzido e mixado por Aaron Smith (7 Horns 7 Eyes), masterizado por Jens Bogren (Opeth, Amon Amarth), ou seja, temos uma produção sonora extremamente límpida e audível, sem perder o peso, sendo produzido o disco como uma banda e não apenas dar atenção ao cabeça. A arte gráfica foi feita por Colin Marks, linda. Enfim, então estamos diante de um disco de guitarrista, um disco feito de músicos para músicos? Será? Sim, há muito virtuosismo, mas não é só isso, as músicas são orgânicas e podem ser ouvidas para qualquer um. Destaques para as instrumentais The Ultimatum, onde Tony mostra as caras com seu estilo neo-clássico de tocar, em duetos e solos sensacionais. Sim, apesar de ser disco solo de guitarrista, abundam os duetos de duas guitarras, coisa que não acontece nos discos de Satriani, Vai e Mamlsteen. Escape Velocity é cheia de variações, variando do Thrash de sua ex-banda, com o Clássico. Sibylline Origin é super pesada, poderia estar em qualquer disco do estilo. Nas com vocais, Tragedy and Harmony, com a voz forte de Christine se destaca. Enfim, um disco refinado, bem feito e de bom gosto, com muito peso e técnica. O CD saiu em 2012, mas chegou agora no Brasil, então não perca, ainda esta fresquinho. RS – 8,5

Faixas:
01. Mercurial
02. The Ultimatum
03. Escape Velocity
04. Tragedy and Harmony
05. Requiem for the Living
06. Continuum Drift
07. Surrender
08. Chosen Time
09. Rapture
10. Sibylline Origin

SACRED REICH
Surf Nicaragua
Urubuz Records – nac.
A Urubuz Records está relançando pérolas do Metal mundial aqui no Brasil. E aqui, é uma pérola literalmente! O Sacred Reich foi formado em Phoenix (Arizona/EUA) em 1985 pelo vocalista Dan, o baixista Phil Rind, o batera Greg Hall e os guitarristas Jeff Martinek e Jason Rainey. Eles foram e ainda são uma das bandas mais importantes do Thrash Metal norte-americano e mundial. Eles não tiveram o mesmo êxito que outras conterrâneas, mas no Underground sempre tiveram o seu espaço e seu valor. Surf Nicaragua é um EP lançado em 1988 e neste disco, a banda era um quarteto, como a maioria das formações de Thrash. Se puxar da memória verá que todas as formações têm duas guitarras, mas nem todas tem o vocalista livre no palco, vide Slayer, Metallica, Megadeth, Sepultura, etc. Dan saía e Willey Arnett entrava no lugar de Jeff Martinek. A edição original é um EP de 6 faixas, mas aqui temos mais 6 bônus, ou seja, totalizando um disco completo. Letras sarcásticas e cheias de humor negro, críticas sociais e por aí vai, como a maioria das bandas Thrash americanas, mais preocupadas com as situações do cotidiano e vida real do que temas fantásticos. O EP original tem 3 faixas de estúdio próprias, mais um cover para War Pigs (Black Sabbath) e 2 ao vivo. O bônus vem 4 faixas de uma demo de 1986 e duas faixas da coleânea Metal Massacre VIII. Curta este Thrash técnico, mas não Technical, pesado, mas não chega no Death, veloz, mas não tão Speed, melódico, mas não melodioso. Thrash na medida certa! RS – 8,5

Faixas:
1. Surf Nicaragua
2. One Nation
3. War Pigs (Black Sabbath cover)
4. Draining Your Life
5. Ignorance (Live)
6. Death Squad (Live)
Bonus Tracks:
7. Draining You of Life (4 Track Demo 1986)
8. Ignorance (from Metal Massacre VIII Compilation)
9. No Believers (4 Track Demo 1986)
10. R.I.P. (4 Track Demo 1986)
11. Sacred Reich (4 Tracks Demo 1986)
12. Sacred Reich (Metal Massacre Sessions)

NASTY SAVAGE
Abstract Reality/Indulgence (2 em 1)
Urubuz Records – nac.
O Nasty Savage é banda de Thrash Metal de Brandon Flórida, EUA. Este lançamento duplo da Metal Blade Records traz uma dobradinha mortal de uma das melhores bandas da década de 80. E a Urubuz (com Z no final) lança no Brasil, licenciando vários relançamentos da Metal Blade. Parabéns à gravadora! Indulgence é de 1987 e vem com nove faixas de um Thrash agressivo como pedia a época, uma das pioneiras no estilo, mas que não reproduziu o mesmo sucesso de suas conterrâneas, por isso, virou uma banda cult com relançamentos especiais, como este. Este foi um dos primeiros lançamentos da Metal Blade e a banda tinha tudo para crescer. Na sequencia, veio o EP Abstract Reality de 1988 que vem de bônus neste combo. Sim, 2 CDs em 1, 2 CDs pelo preço de 1! Destaques para XXX, ? e a faixa-título. Depois de lançar quatro álbuns entre 1983 e 1989 eles se separaram. Depois houve especulações sobre uma reunião há algum tempo, um álbum de material novo foi lançado em 2004, Psycho Psycho, resenhado aqui na ROCK UNDERGROUND, mas ficou só nisso. Se você se considera banger e curte ficar tirando fotos de fodão pra por no facebook e fica embaçando nos bares ao redor da Galeria do Rock, pagando uma de Thrash, mas nunca comprou disco, só faz download, caia fora! Se você está querendo aprender e conhecer outras bandas do estilo, além do Metallica, comece por aqui! RS – 9,0
:
Faixas:
1. Stabbed in the Back
2. Divination
3. XXX
4. Indulgence
5. Inferno
6. Hypnotic Trance
7. Incursion Dementia
8. Distorted Fanatic
9. ?
Bonus Tracks:
Abstract Reality (EP)
10. Abstract Reality
11. Unchained Angel
12. Eromantic Vertigo
13. You Snooze, You Lose

INTRUDER
Psycho Savant
Urubuz Records – nac.
A importância da Metal Blade Records e de Brian Slagel, seu fundador e um dos principais pilares para para a história do Heavy Metal americano e mundial, é grande. Fundamental, ao lado da holandesa Roadrunner, para que o HM existisse nos EUA. A gravadora foi a casa de Slayer, Manowar, Gwar, Cannibal Corpse, Mercyful Fate, etc. E o Intruder foi uma delas, banda norte-americana de Nashville, Tennessee, e foi um dos grandes expoentes do Speed/Thrash Metal mundial. E dá-lhe relançamento da Metal Blade licenciado no Brasil pela Urubuz! Nós não nos estendemos muito em resenhas de relançamentos, pois este não tem a expectativa de um lançamento, que pretende apuro. Relançamento tem que ser divulgado, para que as pessoas adquiram, pois muitas vezes, a banda não existe mais e não há expectativa de lançar discos novos nem de fazer shows para lançar DVDs e muito menos tocar no Brasil. E relançamentos como este têm que ser divulgados aqui, como estão sendo, para os verdadeiros fãs que COMPRAM CDs e não vivem de download. O selo Urubuz Records relança no Brasil um álbum que está fora de catálogo inclusive no exterior. Psycho Savant é o segundo álbum de estúdio da banda e mostra o quinteto revigorado em relação ao primeiro álbum, trazendo uma pegada mais técnica e sem dúvida uma produção mais encorpada. Mas de longe, este é o melhor disco da banda, e um dos melhores do estilo. Destaques para a trinca Geri`s Lament (when), The Enemy Within e It`s A Good Life. RC – 8,0

Faixas:
1-Face Of Hate
2-Geri`s Lament (when)
3-The Enemy Within
4-It`s A Good Life
5-Invisible
6-Traitor To The Living
7-Final Word
8-N.G.R.I.

VIKING
Man Of Straw
Urubuz Records – nac.
Apesar do nome, a  banda não faz Viking Metal, para você não se enganar, aliás, nem existia este estilo na época do lançamento deste disco, 1989. E a polêmica, pois apesar do som pesado, banda foi uma das pioneiras do White Metal. Calma. Este disco foi concebido normalmente, sucedendo a boa estreia com Do Or Die, mas no meio do processo de composição deste aqui, o vocalista e guitarrista vocalista Ron Eriksen se converte ao cristianismo e no estúdio de gravação resolve mudar as letras das músicas, retratando a sua nova direção espiritual, sua nova concepção da vida. Ou seja, isto não é coisa nova, já aconteceu nos anos 80. Pouco tempo depois o batera Matt Jordan se converte também e a banda lança o disco e encerra as atividades, largando a Metal Blade e a tour para trás. Uma pena. Eles eram amigos do pessoal da Bay Area do Dark Angel, e Ron Rinehart foi até convidado para fazer backings no disco! Então, curta o pequeno, mas respeitável legado do Viking, com destaque para as faixas White Death, They Raped the Land e a curiosa cover de Pat Benatar, Hell Is for Children. RC – 7,0

Formação:
Matt Jordan - Drums
Brett Eriksen - Guitars
James Lareau - Bass
Ron Eriksen - Vocals, Guitars

Faixas:
1. White Death
2. They Raped the Land
3. Twilight Fate
4. The Trial
5. Case of the Stubborns
6. Winter
7. Hell Is for Children (Pat Benatar cover)
8. Creative Divorce
9. Man of Straw

DEADLINESS
Guerreiros do Metal
Independente – nac.
Quem assistiu o documentário obrigatório Ruído Das Minas, falando da cena mineira do Metal, se emocionou e esse filme fez jus. Desde bandas dos anos 80 e 90, de renome internacional, e outras que vieram nos anos 2000, a cena é completa, ainda mais em Metal Extremo. A Deadliness está na ativa desde 1989, lançou várias demos, e demorou a debutar com um full. Agora com Guerreiros do Metal, parece galgar lugar ao Sol. O disco é sincero, produção esforçada e os músicos experientes, aqui você não vai se decepcionar. A banda sempre fez músicas em inglês e agora, em português, fazendo nos voltar aos tempos dos anos 80, com o revival e a volta de muitas formações daquela época. Influência de Thrash Metal da Bay Area, com tempero brasileiro, ou mineiro, melhor dizendo, Roberto Antunes (V / ex-Calvary Death), junto com seus filhos agora Igor (G) e Ícaro (B), com Moisés Corradi (D) mostra que ele sim, é um guerreiro do Metal. Sabemos das dificuldades financeiras, tempo, espaço e para promover a banda, mas o grupo carece de melhor produção (gráfica e sonora) e mais divulgação. Até informações básicas, que hoje usamos como ferramenta para resenhas, como capa, formação e track list, não se acha fácil na internet. Continuem guerreando, agora em família, como o Hatriot do Steve Souza (ex-Legacy, Testament, Dublin Death Patrol e  a principal, Exodus). E que daqui pra frente, melhorem a produção e principalmente a divulgação. Hoje a coisa está muito competitiva. Tem bandas muito ruins perto da Deadliness, mas que tem mais divulgação e se sobressaem, mesmo com menos qualidade. RC – 7,0

MEGADETH
Super Collider
Universal – nac.
Sempre um disco novo do Megadeth revela diversas reações no meio Heavy Metal. Expectativa, decepção, amor, ódio, enfim, ninguém fica incolume a isto. Depois de lançar discos bombásticos até Cryptic Writing de 1997 e do fiasco de Risk em 1999 (quando todo munda da imprensa maior e das gravadoras encheram a cabeça dos músicos que o Rock e o Metal estavam mortos), a banda toda debandou, só restando Mustaine. Uma retomada aos bons tempos em 2001 com The World Needs a Hero com uma formação totalmente diferente, fez com que a banda, retomasse o rumo, mas nunca mais fosse a mesma.  A sequencia com bons trabalhos, mas nenhum excepcional, fez a banda estacionar, o que diga-se de passagem, mediante as circunstancias atuais, não é de nada ruim. Chegamos a Super Collider com a banda cada vez mais consistente. Dave Mustaine acertou a mão (e a voz) aqui. O disco lembra um pouco de cada fase passada, fazendo sua recente discografia:
2001 - The World Needs a Hero
2004 - The System Has Failed
2007 - United Abominations
2009 - Endgame
2011 - TH1RT3EN
Soar consistente, com intervalos regulares entre um disco e outra, sempre com várias gigs no meio. Completam a banda Chris Broderick na guitarra (desde 2008 até atualmente) e Shawn Drover na bateria, desde 2004. Com a volta do baixista David Ellefson em 2010, a banda volta a se estabilizar e lançar discos com consistência.
Apesar do disco irregular, vamos aos destaques. Kingmaker abre sensacional, tirada da brutalidade, rapidez e peso de Endgame, essa linha moderna que liga o peso do passado com a produção atual. Burn! Poderia estar em qualquer disco deles da fase mais “comercial”, Youthanasia ou Countdown to Extinction, mais melódica, acessível, mas pesada. Off The Edge segue essa linha, embora sem tanta variação em sua duração, faixa típica de Mustaine. A volta de David Ellefson deu mais qualidade e densidade acessível à banda, como no passado. Ele acaba polindo as composições de Mustaine. Já The Blackest Crow é destaque negativo para mim, pois eles misturara Country com Rock e não ficou legal. Já Forget To Remember é ultra-melódica, fria, sombria e grudenta. Este é o novo Megadeth! Don’t Turn Your Back… é bobinha, não acrescenta, mas enche o disco com essa linha moderna. Encerrando, Cold Sweat, talvez a melhor, mais marcante e obrigatória do disco! JCB – 8,0

Faixas:
01. Kingmaker
02. Super Collider
03. Burn!
04. Built For War
05. Off The Edge
06. Dance In The Rain
07. Beginning Of Sorrow
08. The Blackest Crow
09. Forget To Remember
10. Don’t Turn Your Back…
11. Cold Sweat


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