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BEWITCHED
Spiritual Warfare
Regain Records – imp.
Cara, que banda, que disco! Das bandas da “nova” safra do Thrash Metal, o sueco Bewitched é uma das que mais se destaca. Eles são um dos maiores representantes do Retroblackdeathrash, ou seja, sabe aquele momento nos anos 80 em que bandas faziam um som mais pesado, sujo e agressivo do que o Heavy Metal puro e simples e que ninguém sabia distinguir? É aquele ponto, esta sonoridade que estamos nos referindo. Ainda não existiam os termos Thrash, Death e Black. Cada hora um falava uma coisa e estas bandas misturavam tudo. Claro, há muita tranqueira por aí, mas Spiritual Warfare é um achado, uma pérola. A começar por sua capa, com um oceano de crânios batendo numa montanha a noite, sendo seu vulcão açoitado por meteoros. Sua música é assim! Obscura, densa, pesada, agressiva, macabra e assustadora! E o melhor: nada de corrida de fórmula para ver quem toca mais rápido! O Bewitched não entrou nessa competição estapafúrdia! As músicas são rápidas em sua maioria sim, mas não velozes e tem muitos momentos mais lentos e cadenciados, como nos anos 80, criando atmosferas sombrias e envolventes. Um certo ar sueco de bandas como Dismember e Entombed (antigo) também pode ser sentido, uma certa aura de Gotemburgo atual, sem ser melódico, no entanto. O Bewitched é Vargher nos vocais e guitarra, Blackheim na outra guitarra, Wrathyr no baixo e Reaper na bateria. Destaques para Gracefallen, Let Darkness Come, Black Burning Hatred, Glorious Are the Ways of Death, Malevolent Force of Destruction, This Is Goodbye e a faixa-título, Spiritual Warfare, que encerra este disco num momento instrumental, com algumas narrativas (anunciações dos tempos atuais), ela é lenta, cadenciada, com riffs melancólicos, batidas e baixo hipnóticos. Excelente! JCB – 9,0

WITCHBURNER
Blood Of Witches
Undercover Records – imp.
Vou repetir o release! Mais de quarenta minutos de puro e fudido Thrash Metal Mayhem! Junto com Desaster (que está em gravadora errada aqui no Brasil) e Nocturnal, o Witchburner é uma das forças deste estilo atualmente no mundo. Com aquela veia que dá uma pincelada no Death (de “leve”), do bom Thrash Metal alemão, de bandas como Sodom, Kreator, Destruction, Living Death, Vectom, Violent Force, etc! Seu som é obscuro e assim como algumas destas citadas em começo de carreira, a banda por vezes chega num misto de Thrash com Black Metal (como nossos patrícios chamam de Retroblackdeathrash – revival anos 80 geral!) desta teutônica horda! A capa é fudida e forte, assim como suas letras, revelando as atrocidades cometidas na idade média. As letras são sanguinolentas, um show a parte! O banguing rola solto dos primórdios tempos do Kreator, cativante, contagiante, com vocais à Tom Algelripper do Sodom (com um pique Punk nas guitarras e levadas e velocidade das músicas, como o Sodom sempre fez). Dirty City é a People Of The Lie do novo século, com um solo matador! A produção é um pouco abafada (proposital, será?), dando a impressão de você estar ouvindo um vinil! E assim segue o massacre desta grande banda de Thrash, que ao lado do bewitched, vieram para salvar o estilo mais uma vez, fazendo Thrash de verdade, e não estes tais de Metalcore’s, que a maioria são na verdade, bandas e fãs de New Metal, envergonhados de seguirem a moda, criticando os verdadeiros Heavy’s e agora posam de agressivos e brutais! Vão ouvir Witchburner e Bewitched para saber o que é peso e Metal de verdade! JCB – 10

MUNICIPAL WASTE
The Art Of Partying
Earache – imp.
Loucura, demência, debilidade mental em altas doses, cavalares digamos assim. Sim, pois esse Municipal Waste é um achado! Ainda Underground, mas já começam a tomar os Estados Unidos que nem fizeram as bandas de Thrash Metal nos anos 80 e as suecas nos anos 00. A capa é uma das melhores, e se você acha que o som reflete o que ela representa, acertou! Sua expectativa é atendida! O Municipal Waste faz Thrash Metal dos bons, matador! Seu estilo está próximo da Bay Area do começo da cena, como os primeiros discos do Anthrax e Testament, mas a maior influência é mesmo o Nuclear Assault. O nome da banda, capa, logo e som remonta ao NA, quase que chupinhado na cara dura! E é tão bem feito, que você vai delirar com The Art Of Partying! A veia principal é mesmo o Thrash, mas assim como o Nuclear, eles trazem algo de Crossover também, mais para a mistura com o Punk Rock, como o Nuclear e a linha Bay Area, que é mais “alegre”, pulante e pogante (e bangueante também) do que o Crossover de NY, que flerta mais com o Hardcore e é mais arrastado e mais sujo (como é o caso do SSS a seguir). Não há o que se destacar, pois as faixas são parecidas e quase iguais, por isso, se você gostar da que abre o álbum, Pre-Game, vai gostar de todas! Aliás, Pre-Game é alguma menção ao clássico disco Game Over do já falado Nuclear Assault? Cara, pega o track list inteiro, esse álbum e banda merecem! Obrigatório para quem ousa dizer gostar de Thrash Metal! no mínimo, melhor disco de Thrash Metal do ano até agora! JCB – 10
01. Pre-Game
02. The Art of Partying
03. Headbanger Face Rip
04. Mental Shock
05. A.D.D (Attention Deficit Destroyer)
06. The Inebriator
07. Lunch Hall Food Brawl
08. Beer Pressure
09. Chemically Altered
10. Sadistic Magician
11. Open Your Mind
12. Radioactive Force
13. Septic Detonation
14. Rigorous Vengeance
15. Born to Party

SSS
Short Sharp Shock
Earache – imp.
Ao contrário do falado acima com muita precisão pelo excelentíssimo JCB, o SSS faz um Thrash Metal mais Crossover do que qualquer outra coisa, mais nova-iorquino, mais lento, sujo e agressivo, lembrando os bons tempos do Biohazard. Apesar de eu, Rogério, preferir esse tipo de Thrash do que o estilo da banda acima, temos que convir que: quantas vezes na vida você viu uma gravadora, que nem é de Thrash, e sim mais voltada para o Death Metal, lançar em uma tacada só duas excelentes bandas com dois excelentes discos? A capa e arte gráfica é toda em preto e branco e tons de cinza, para ficar mais urbana, poluída e cinzenta possível. São 17 faixas imperdíveis, também indicado para fãs de Pro-pain, Cro-mags, Agnostic Front, Sick Of It All, Shadows Fall e The Haunted atual. Destaques para Warhorse, Damaged Goods, Gearin Up For Gettin Down, Last Man Standing, Hallowed Grey e LxBxPx. Mas pega o track list inteiro e só orarei para que não saia no Brasil por gravadoras que só enxergam a 30cm de distância e seus egos só se acham donos das bandas e seus fãs do estilo! Se sair, que saia por alguém descente!
RC – 9,0
1. Quiet Before The Storm
2. Warhorse
3. New Dogs
4. The Answer Is Never
5. Damaged Goods
6. Overload
7. Monster
8. SSS
9. Gearin Up For Gettin Down
10. The Beast
11. Last Man Standing
12. Hallowed Grey
13. OJ Skyrkts
14. LxBxPx
15. Son Of Beast
16. Im Sick
Bônus Track
17. Black Night White Light

THE BLACK DAHLIA MURDER
Nocturnal
Metal Blade – imp.     
Mais um disco de estúdio para os prolíficos The Black Dahlia Murder. Há que aproveitar enquanto está dar! Neste novo Nocturnal a banda deixa para trás alguns dos seus trejeitos Metalcore para abraçar uma sonoridade vincadamente Death Black. É o que está a acontecer com a maioria das bandas do famigerado gênero, deixam para trás a fusão de Metal com Hardcore, a qual já está a morrer em termos de popularidade, para redireccionarem a banda para outros campos mais específicos (Hardcore mais puro, Thrash, Death Metal mais brutal ou Death melódico estilo Gotemburgo). O resultado final não é lá muito satisfatório, oferecendo-nos os The Black Dahlia Murder dez novos temas em cerca de trinta e cinco minutos do mais básico Death Metal com trejeitos Black e ainda alguns apontamentos mais melódicos e uns toques de Hardcore. E o álbum está com um som fantástico. Mas e a originalidade? Ou, pelo menos, algo com mais substância. Lá nos Estados Unidos pode até ser um must para os putos, mas aqui na Europa, a cosia não pega. Não é que seja mau de todo, mas, tendo em conta o seu trajeto, discos anteriores, enquadramento na dita cena já moribunda em particular e no cenário pesado em geral… deixa muito a desejar! E se tivermos ainda em conta o sucesso que a banda está a ter e a forma como a Metal Blade os está a tentar vender. Enfim, tanto o New Metal como o Emo estão mortos, e agora o Metalcore está com os dias contados. Bandas como o Black Dahlia Murder estão cada vez mais Thrash ou Death. Opa! PR – 8,0

METHEDRAS
The Worst Within
Independente – imp.
Segundo disco desta banda italiana já com dez anos de estrada. Experiência e tarimba eles têm. Ou deveriam ter. Sei lá. Eles fazem Thrash estilo Slayer. Até aí tudo bem e que bom que cada vez mais, mais banda de Thrash tenham surgido e outras que tenham se mantido. Ok. Mas o que tem de banda ruim e disco fraco, como este, não está escrito. Gravação meia-boca, execução primária (era de se esperar mais num segundo disco e com dez anos de estrada) e música que vão do nada a lugar algum. Passo. RC
contact@methedras.com
andrea.bochi@fastwebnet.it

SHADOW DEMON
Grimoire Of Ruin
Independente – imp.
Debut desta banda norte-americana de Power Metal Melódico. Apesar dos clichês do gênero, eles soam maispesados e agressivos, com nuances que beiram o Thrash Metal. A capa (feia e amadora por sinal) lembra uma banda de Thrash Death também, mas a música do Shadow Demon (que está com nome mais para Gothic Ou Death do que Melodic) é mais melodiosa. Bem, capa e nome de banda equivocados. Ao produção é mediana e as músicas na tem tanta inspiração. Melhor esperar o segundo disco deles do que a dissertar mais sobre este. RC – 5,0jeff@shadowdemon.us

AS I LAY DYING
An Ocean Between Us
Metal Blade – imp.
A banda ainda não tinha me chamado atenção com os seus CDs anteriores, não eram nada de especial a meu ver, o que faziam, faziam-no bem, mas, eram iguais a tantas outras bandas, nada de mais. Ao ouvir pela primeira vez este disco levei uma estalada porque não estava prevenido contra o que iria ouvir. O novo trabalho dos As I Lay Dying encontra-se a um nível muito superior em relação aos seus anteriores discos. Mais pesado, mais rápido, mais agressivo (mas com muita melodia à mistura) e com um trabalho de composição mais cuidado. O som devastador deste disco deve-se em parte também ao excelente trabalho de produção de Adam D (Killswitch Engage) e à mistura do mestre Colin Richardson (Carcass, Machine Head, etc). Ao peso do Thrash de orientação moderna aliam-se algumas influências do Hardcore mais pesado, alguns trejeitos Death (com alguns blastbeats e dar o seu ar de graça) e muita melodia de guitarra inspirada no Heavy Metal mais tradicional. Chamem-lhe Metalcore. Chamem-lhe Thrash. Chame-lhe Deathcore. Chamem-lhe o que quiserem, mas, lá que é uma puta de um álbum de música extrema, lá isso é! Sério candidato a um dos discos do ano! PR – 8,5

ST. MADNESS
Vampires In The Church
Independente – imp.
Bandaça de Thrash Metal cheio de elementos de terror! Aliás, a banda só lançou discos independentes até hoje, incrível, talvez por opção, pois qualidade não lhe falta. Isso ajuda a dar a ela um status ainda mais cult, mais underground, parece esse o intento, pois o som do St. Madness é para poucos! Eles tocam pintados, mas sem os corpse paints do Black Metal, é uma pintura diferente. Suas apresentações são teatrais e sua música... ah, sua música! É Thrash norte-americano sim (neste estilo, os EUA dominam!), mas com diferencial. As letras são de terror, assim como toda a temática da banda em si. Afinal, disco de Thrash com a palavra vampiro no título só com eles mesmos! Apesar de americano, eles soam meio melancólicos em alguns momentos, mesmo no meio da porradaria e do banguin’. Faixas gostosas, cheia de groove e swingue, mas nada de modernoso, nem alterna, nem pula-pula, como a carro-chefe que abre o disco são provas disso. Arizona é mais lenta e arrastada, mas Thrash total, enquanto Covered In Blood Again é um Blues! Melhor do que Country ou o nefasto Southern (ô coisa chata e sem graça que é qualquer coisa Southern)! Carl The Clown é pesada, para balançar sua cabeça, com riffs mortais e solos distorcidos e estonteantes! Já Head é renovada, revigorada, você sai assoviando sua melodia e solos depois de ouvi-la, depois de repeti-la a exaustão. E um susto: cover para Walk do Pantera! Seria uma homenagem póstuma à morte do seu guitarrista, Dimebag Darrel, assassinado estupidamente há um tempo atrás? Nem precisava dessa cover, pois Vampires In The Church funciona sozinho, mas... Enfim, chega de ficar lendo aí, e vá bater cabeça com este petardo Thrash Metal do novo milênio! JCB – 9,0
mjohnson@amendmentone.com

BOHICA
Written Ignition
Revolver – imp.
A primeira coisa a dizer sobre esta versão é sua embalagem: slipcase, belo encarte, bela embalagem, tudo! Além do disco de áudio, vem um bonus DVD com música ao vivo, mostrando a fúria da banda em cima dos palcos. Mas e a música em estúdio? Bem, convenceu a mim. Banda de Guildford, chegando em seu segundo disco, produzido por eles mesmos! A música é pesada, com belas atmosféricas, a maior parte das vezes Heavy e em muitas, com algo de Thrash. Trata-se de um Metal moderno, bem atual, grave, afinações baixas, mas ainda um bom Metal, que pode fazer muito sucesso nos Estados Unidos e até na Europa, pois este tipo de música tem tido boa recepção por lá. Alguns momentos, lembra o melhor de Machine Head e Avenged Sevenfold como em An Open Book, outras como Chokehold tem algo de Trivium, com pegadas de Hardcore e algo de Punk inglês. Destaca-se ainda a bela intro de abertura, com violoncelo e tudo o mais. Apesar do peso e agressão, a banda calca com altas doses de Melodia. Recomendado! RS – 8,0

THE SORROW
Knights Of Doom
Drakkar – imp.
Apenas um single com duas faixas. E nem é o single completo, é um promo de um single, minúsculo e rapidíssimo. Ao contrário do que a capa e o nome da banda podem remeter, eles não tem nada de Gothic Rock nem de Dark Metal. O som deles é sombrio e cavernoso sim, mas na linha Thrash. Eles variam com vários estilos, pois além do Thrash, ele tem um pé no Metalcore, outro no Crossover e a cabeça voltada para o novo Thrash Metal, o Modern Thrash. Eles misturam em apenas duas músicas uma poção mágica com o americanismo do Machine Head, com o Thrash seco de um The Haunted e ainda a agitação e contagiosidade do Shadows Fall. A faixa-título é assim, sendo Her Ghost Never Fades mais européia. Confira! RC – 7,0

SILVER FIST
Tears Of Blood
Avispa Music – imp.
Bom Power Metal, já não tão dramático, intensivo e emocional quando o Stravaganzza, que realmente, comete uma extravagância e abusa do direito de usar deste artifício. O Silver Fist tem uma pegada mais oitentista, mais Heavy Tradicional e canta em inglês. Nesse quesito de latinidad, estes espanhóis passam longe e fazem um som mais frio e direto. Muitas influências de Thrash Metal também podem ser sentidas, como na bateria de Ivan Manzano (o Dave Lombardo espanhol?). O cara tem uma pegada precisa, milimetricamente marcada no metrônomo, e com peso absurdo! Seu irmão, Silver, é vocalista (esse negócio de dois irmão na mesma banda, um no vocal e outro na bateria, não dá muito certo – alguém aí lembra do Sepultura o que aconteceu?) e também tem um vocal rasgado e agressivo, com um timbre peculiar e particular. Que boa banda essa! Além da capa e encartes legais, e dos irmãos, donos do negócio, destaque também para Fight Of The Phoenix, Martyr (obviamente, falando de Cristo, como já entrega a capa, com um significado oculto, com Jesus estando com um chifre de fogo) e Encouraged. RS – 9,0

BLINDEAD
Devouring Weakness
Independente – imp.
A banda faz um razoável Thrash Metal, com influências de Hardcore, Crossover, New Metal e Thrashcore. Ou seja, a banda é pesada e agressiva sim senhor, vão agradar aos fãs destes estilos, principalmente os de Metalcore (mais um nome nesta cena). A banda está anos-luz de ser original, ou ao menos de ser uma banda que traga músicas legais e alguma representatividade na cena Metal em geral. A banda vêm da Polônia, e mesmo lá, tem bandas muito melhores do que o Blindead. Destaques para as medianas Suicidal, Mindscape e The Time. Como curiosidade, o disco tem apenas seis faixas, mas elas são longas, variando entre os sete e os dez minutos, mas sem elas se definirem: você torce para que elas acabem logo o quanto antes possível RC – 6,0

DREAMS OF DAMNATION
Epic Tales Of Vengeance
Say It In Blood – imp.
E aí que você se engana! “As aparências enganam, e eu acredito no que fala e faz” já dizia Catalau, nos bons tempos do Golpe de Estado. Nem tudo que aprece é. Pega a capa dessa banda, o nome do disco e o nome da banda em si, de fato. Aí você abre o encarte (simples, mas bem feitinho) e as músicas são enumeradas em algarismos romanos. Até aí, estamos diante de mais uma banda e disco de Power Metal melódico ou Heavy Metal épico, ou ainda algo de Progressivo ou Heavy Tradicional. Se você acha isso, induzido pelo material que você vê, errou feio e longe! Nota zero! Então, eu e você não entendemos de Metal? Lógico, que não! Mas o que leva uma banda de Thrash Metal na linha alemã a fazer isso? Se o som ainda fosse legal, vá lá, mas não é. Passo e protesto. RS
siibrecords@yahoo.com

SUSPERIA
Cut From Stone
Tabu Records – imp.
A banda que um dia já foi do cast da gigante Nuclear Blast e já teve até disco lançado no Brasil, volta ao Underground, mas sem perder a qualidade. Afinal, um selo melhor, pode dar mais atenção à banda. O Susperia desde que surgiu fio um sucesso de crítica e público, além deles serem queridinhos por muitas bandas do meio, desde as mais novas até os medalhões. É comum você ver shows com caras de bandas usando camiseta deles. Seu som permanece intacto, aquele Modern Metal, Modern Thrash ou New Thrash, mais melódico, psicótico, grave e mais brutal também, sem cair no Metalcore no entanto (ainda bem). O petardo tem onze faixas que variam da parte mais melódico (meio à Gotemburgo) em Release as mais cacetadas em More, Life Deprived e mais amargurados em Bound To Come. Confira mais esta pedrada no novo Thrash! RC – 8,5

MAPLE CROSS
Heimo
Independente – imp.
Estamos perante um álbum conceptual baseado nas histórias e experiências vividas na guerra de inverno em 1939-40 pelo avô (Heimo) do único sobrevivente da formação inicial do Maple Cross, o vocalista Marco R. Jarkka. È uma história de um homem valente que poderia ser considerado um lutador pela própria vida, dando um enorme impacto no enredo deste álbum. O conceito da história em Heimo pode-se considerar sem igual, sendo do melhor que apareceu até hoje num álbum de Metal. Musicalmente este terceiro registro do Maple Cross está mais pesado e Thrash que qualquer álbum anterior, em sintonia com alguns elementos Rock e também Hardcore. Em Heimo encontramos nuances de Suicidal Tendencies, DRI e Voivod, mas o grupo finlandês nunca perde a orientação Thrash que sempre o caracterizou. A maior parte das musicas são agressivas com algumas fases brutais fazendo de Heimo, um registro diferente, e vale a homenagem ao avô combatente. RC – 8,0
www.maplecross.net

DEVIOUS
Domain
Deity Down Records – imp.
A banda iniciou as atividades em 98 como uma banda de Thrash Metal, mas transformaram em tempos depois em Thrash/Death Metal com o passar dos anos. Depois de uma bem sucedida turnê com o Krisiun em Março de 2006, gravaram este segundo álbum fazendo onze músicas brutais exaltando o terror. Com um novo selo, e um novo CD, a banda mostra estar querendo chegar no primeiro escalão do Metal Extremo e da cena Thrash. A banda da Holanda combina o novo Death Metal com as raízes do Thrash oitentista. RC – 7,5
gerard@deitydownrecords.com

ATROPHY
Socialized Hate
Displeased – imp.
A banda do Arizona (EUA) surgiu como um dos futuros do Thrash Metal, mas infelizmente não teve a seqüência esperada. Socialized Hate é o debut de 87, onde a banda mostrava muita influência da Bay Area de San Francisco: riffs curtos, mas certeiros, pegajosos e bangueantes. Solos econômicos, não muito técnicos, mas que eram outra música dentro da mesma música. Baixo tosco, alto e grave, para cobrir qualquer falha e buraco na rifferama nervosa. Bateria reta, discreta, acompanhando toda a caoticidade sonoro. Destaques para Beer Bong, Killing Machine e Urban Decay. RC – 7,5

ATROPHY
Violent By Nature
Displeased – imp.
Segundo disco da banda, mostrando ainda que teria futuro pela frente. Realmente, Violent By Nature foi um grande passo: uma melhora na produção, na execução das músicas e nas composições propriamente ditas. Progressão musical! Das nove faixas, as melhores são In Their Eyes, Right To Die e a faixa-título. Não sabemos ao certo porque a carreira do Atrophy foi atrophyada (essa foi horrível), mas apesar de ser mais uma banda abortada pelo curso natural da música, ao menos seus registros foram eternizados agora em CD! Pena que as capas dos dois CDs são horríveis! RC – 8,0

SADUS
Out For Blood
The End – imp.

Grande trabalho desta banda veterana na cena Thrash! Com toques de Death, as vezes Heavy, peso, cadencia, riffs mortíferos, bateria precisa e baixo no talo fazem de Out For Blood um puta CD! In The Name Of... abre arregaçando tudo, dando espaço para a Smackdown com um peso ensurdecedor, você vai banguear até não parar mais! Down também vai nessa linha, dá-lhe anos 80! Uma das bandas mais obscura da Bay Área retorna com tudo após sete anos de hiato! Um disco matador! JCB – 8,5
YYRKOON
Unhealthy Opera
The End – imp.

Mais uma vez recebemos um disco do Yyrkoon. Esta banda de nome esquisito é uma das pérolas do Metal atual, vindo da improvável França, país quase nulo no Thrash Metal! Apesar de sempre ter sido classificada (inclusive por nós) como Death Thrash, desta feita consta na seção Thrash Metal pois em Unhealthy Opera, julgo ela estar mais para Thrash Death. Sim, pois seu lado Thrash está mais acentuado, com influências desde o Thrash alemão até algo de Bay Área (Testament) nas guitarras, ainda mais nos solos e em algumas passagens. O vocal continua gutural, mas pero no mucho, e as composições continuam matadoras! Agora de contrato com a grande Osmose, distribuída nas Américas pela The End Records, a banda nos brinda com Temple Of Infinity, The Book, ...Of Madness e a faixa-título. Confira! JCB – 8,5
WARMACHINE
The Beginning Of The End
Nightmare – imp.

Banda canadense de Power Thrash Metal, produzido por David Ellefson (Megadeth). Temos aqui um Thrash moderno sim, mas que remete aos anos 80 de bandas como Coroner, onde não sabíamos mais o que era um Heavy mais pesado, se era Thrash mesmo ou Power Metal de tão densos pesados e agressivos (lembre-se que, nos anos 80, a conotação para Power Metal era totalmente diferente a dada nos anos 90, onde por exemplo, consideravam Stratovarius como Power Metal). Sem novidades também, apenas um bom disco do estilo, indicado para fãs de Eidolon e Nevermore. RC – 7,0
PENETRATOR
Penetrator
Sonic Age – imp.

O selo grego tem despejado no Mercado pérolas do Metal oitentista e noventista, mas todas elas com raízes fincadas nos anos 80, sendo elas, bandas gregas ou não (no caso aqui, a banda é canadense). O Penetrator (nome perigoso...) vai penetrar nas entranhas de seu cérebro e vai consumir cada neurônio seu sem dó nem piedade! Também podemos ver alguns toques de Power Metal (dos anos 80, que nem explicamos acima) e faixas como Unleash The Fury, Guns And Whiskey e Templars Of Hate são os destaques. RS – 8,0
WITCHBURNER
Final Detonation
Undercover – imp.

Belo nome, bela capa e boa banda! Um Thrash com acentos que variam desde o Heavy Tradicional e o Death Metal, o alemão Witchburner resgata sem preconceitos os anos 80. A banda parece ter saído diretamente daquela década, sem ter se contaminado por nenhuma onda noventista, a não ser pela qualidade da gravação, que ainda sim, tem um ar abafado mais grave de vinil. Mais de 40 minutos de Thrash Metal ao melhor estilo Destruction, Sodom, Kreator (a santa-trindade do Thrash alemão) e mais coisas obscuras como Living Death, por exemplo. Destaques para as mortíferas Iron League, Fighting Force, Máster Of Hell, Alcohol Patrol e a faixa-título! Detonador! JCB – 8,0
DEMIRICOUS
One
Metal Blade – imp.

Surgida em Indianapolis, capital do automobilismo, a banda faz uma mescla de vários estilos do Metal, centrando-se mais no Heavy e no Thrash. Uma das poucas bandas novas norte-americanas contratadas pela Metal Blade que aposta na linha Old School, mesclando o Thrash Bay Area com o europeu, tipicamente alemão. Nada muito original, mas um acalanto para os ouvidos e pescoços de quem deseja um bom Thrash Metal oitentista, claro, envolto em uma produção moderna e uma mixagem atualizada. RC – 8,0
DETONATION
Portals To Uphobia
The End Records – imp.

Boa banda de Thrash Metal, ou Modern Thrash, ou Melodic Death Metal, ou ainda Melodic Thrash Metal! Bah! O que interessa que Portals To Uphobia é um bom disco destes estilos acima, cativante do começo ao fim, sem frescuras e sem inovações, sendo um CD em que você sabe o que vai encontrar nele. Detone com Detonation! RC – 7,5
HIMSA
Hail Horror
Prosthetic – imp.

O Himsa é uma das bandas representantes do Metal extremo desconexo, que vai do nada, para lugar algum. A banda não é ruim, mas a salada de estilos e barulhos, variando do Hardcore, Punk Rock ao Thrash e Death, passando pelo Crossover, não agrada, ao menos a mim. Mas ao mercado americano, cujos muitos de seus fãs nem sabem exatamente o que estão escutando, apenas se impressionando por piercings, tatuagens, calças largas, tênis caros e berros de “como minha vida é difícil”. Vem morar no Brasil então para saber o que é bom pra tosse!
JCB – 6,0
CATAMENIA
Winternight Tragedies
Independente – imp.

Banda finlandesa de Thrash Death Metal gutural, agressiva, pesada e densa. Este já é seu sexto álbum e passou da hora da banda decolar na cena, até porque, sua música também não trás nada demais. Aqui no Brasil temos pelo menos, uma centena de bandas do estilo bem melhores do que o Catamenia. Mas como eles são da Finlândia, conseguiram contrato com a Massacre, e como as bandas brasileiras são daqui mesmo, ralam para lançar discos independentes. Depois vocês reclamam que eu insisto na questão geográfica para muitos revezes que os brasileiros enfrentam. JCB – 6,5
band@catamenia.net
CALLENISH CIRCLE
Pitch Black Effects
Metal Blade – imp.

Esta banda continua sendo aclamada como a salvação do Death Metal americano, como se os States precisassem disso. Afinal, um dos poucos estilos em que os governados por George Walker Bush dominam no mundo, é o Death Metal. Mas cada vez mais, o Callenish Circle se afasta das influências modernas e cai fundo em suas raízes, apesar do visual e estética Nu (só por isso, com tanta molecada burra que tem lá, que vão achar que eles são uma Nu Metal band – longe disso, cada vez mais!). Sem destaques individuais, apenas muito barulho! RC – 8,0
CANNAE
Gold Becomes Sacrifice
Prosthetic Records – imp.

O Cannae é uma das bandas esquisitas, que prima por fazer Metal Extremo, mas sem sabermos exatamente que tipo de Metal Extremo está fazendo (acho que nem eles mesmo sabem, apenas plugam seus instrumentos e saem tocando – o que saiu, saiu). Seguindo a linha dos também irregulares Himsa, Trivium e God Forbid, a banda se destoa. Bem, o que esperar de uma banda e um disco em que a própria gravadora recomenda para você ouvir as faixas 1,2 e 3? Nem o nome das músicas eles, citam no release, apenas o número das faixas! Pô, então eles lançam um disco completo, sendo que eles recomendam as três primeiras apenas? RC – 6,0

SLITER
Think Other Wise
Akom Produtctions – imp.

Banda japonesa de Thrash Metal. Apesar de não ser original, a banda mostra influências diversas que vão do Progressivo Ao Death, passando pelo J-Rock (Japan Rock). Mas a banda é Thrash mesmo! Destaques para Aimless, Magic Of Music, Ready e Thrash Out. um dois defeitos do disco é a curta duração e poucas faixas, apenas oito no total. O mesmo número da nota.
RC – 8,0


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