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DISCOGRAFIA COMENTADA - Theatre Of Tragedy


Theatre Of Tragedy
(95)–
Debut da banda que divulgou um estilo ainda em formação. Na época, 1995, a Noruega vivia o auge da polêmica do Black Metal, com as hordas queimando igrejas, assassinando rivais e adesões ao nazismo. À época, também existiam o Death, o Thrash e principalmente o Doom. Foi nesta vertente que a banda surgiu mas já acrescia elementos de Gothic Rock. A mistura de vocais urrados com vocais femininos angelicais, guitarras à lá Sisters Of Mercy, clima sombrio e letras satânicas ainda, mas entravam a eroticidade mais temáticas do Doom, com coisas relacionadas à depressão, desespero, sobriedade além de natureza etc. Theatre Of Tragedy trás ainda a banda não tão madura na proposta, enquanto despontava o Paradise Lost enveredando pelo Gothic Metal, cujo Type´O Negative já executava. A formação contava com os eternos Raymond I. Rohonyi e Liv Kristine (a primeira dupla da “Bela e a Fera”) nos vocais, Pal Bjastard (G), Tommy Lindal (G), Eirik T. Saltro (B), Hein Frode Hansen (D) e Lorentz Asphen (K). A Hamlet For A Flothful Vassal abre mo estilo que a banda se consagraria. Cheerful Dirge vem no Doom arrastado com vocalzão podrão. To These Words Beheld No Tongue  soturno e macabre, com guitarras tipo Sisters depois. Hollow Hearted, Heart Departed voltava ao Doom e apresentava ao mundo um instrumento até então impensado no Rock, o violino. ...A Distance There Is... é soturna e melancólica (presente no Live), Sweet And Thou volta ao Doom e Mïre é dramática, num Black Doom (nesta época os dois estilos namoravam). O Doom retorna em Dying – Only Feel Apathy e em Monotonë. Der Epiegelé a mais Gótica, mas ainda dramática. As The Shadows Dance é fantasmagórica, que mais tarde seria Der Tanz Der Schatten em alemão. Como bônus no Brasil, Black As The Devil Painteth remix e a tosca Decades.

Velvet Darkness They Fear (96) – Segundo CD que projetou a banda para o mundo levando seu estilo único até então. Considerado o melhor pela maior parte do público, Velvet Darkness They Fear trás um sensual capa, com uma já bela Liv Kristine dando um tapa no visual. Frank Claussen é o novo componente nas guitarras. Aqui, a banda flerta mais com o Gótico e menos com o Doom, mas ainda ele existe e os vocais são urrados. A melancolia e a beleza são aflorados e a capa dá uma certa dimensão do som aqui contido. A faixa-título abre numa bela intro, seguida do clássico Fair And Guiling Copesmate Death (Gothic), Bring Forth Ye Shadow (Doom), Teraphic Deviltry (Gothic) e And When He Falleth, um Doomzão presente no Live, para depois vir o maior clássico da banda, Der Tanz Der Schatten (em alemão). Black As The Devil Painteth é um puta Gótico, presente num remix como bônus no debut. On Whom The Moon Doth Shine o peso retorna para encerrar. Bônus: a sorumbática A Rose For The Dead e remix de And When He Falleth.

Aégis (98) – Terceiro CD em que a banda deixa de vez o Doom e os vocais urrados. Agora a banda toca apenas Gothic Metal com vocais apenas limpos e se antes os dois se dividiam quase por igual, agora Liv é a vocalista principal, sendo o centro da banda em fotos, promoções, ainda mais quando do lançamento do CD solo da mesma, Deus Ex Machina. Mas apesar disso, Raymond é o compositor do momento. Aégis significa proteção paterna e as oito faixas são nomes de oito mulheres. O tema é uma mitologia nórdica e gerou oito temas especiais. Cassandra abre de forma limpa, Gótica e grudenta. Lorelei é a melhor de todas, com guitarras faiscantes e Liv arrasando e Raymond estreando sua voz limpa. Angelique e Aaede são mais paradas, nem por isso ruins, e os novos clássicos vem na seqüência, Siren, Vênus, Poppaea e Bacchante, ambas presentes no Live (junto com Cassandra) e como bônus nesta edição, Samantha e Virago. Entra na banda Tommy Olsson na outra guitarra.

Musique (2000) – A banda seguia o caminho mais bem sucedido da carreira solo de Liv Kristine. Estreava na Nuclear Blast e dava adeus ao Gothic Rock Doom Metal, adeus aos violinos, vocais urrados de Raymond e líricos de Liv. Iniciava-se a era dançante da banda. A aceitação pelos fãs antigos foi de repúdio total, mas ainda aqueles que acompanhavam a carreira solo de Liv já não se surpreenderam tanto.

Assembly (2002) – Segundo CD pela Nuclear e da era poperô. Já acostumados com a nova realidade, a banda amadurece neste novo estilo e faz um trabalho mais coeso. Dá para se notar ainda as raízes pesadas e um fundo Gótico, mais algo de Depeche Mode. Se o Tiamat fez isso de maneira mais Rock e pesada, a banda ainda se sai melhor que grupos como Samael e Kovenant. Automatic Lover e Let Your Down são Garbage puro. Universal Race e Starlit lembram Cardigans, enquanto Superdrive e Envision poderiam estar em um disco novo do Ace Of Base! Liquid Man lembra a fase eletrônica do U2, em específico aquela música que o The Edge canta e ficam passando várias coisas na sua cara. Aliás, a voz de Raymond aqui parece a do guitarrista do U2 e em cada CD ele canta menos. Motion é um Ambient New Age enquanto Episode, Play e Flickerlight lembram os minimalismos e clima do Linkin Park... Ou seja, para os tradicionais e antigos, é uma tristeza, mas para a nova safra, eles fazem bem a proposta disposta. Aí quem decide na hora de comprar é você. Se quiser dar uma coisa Pop para sua namorada... ao menos é de qualidade.

Closure: Live (2002) - Este ao vivo mostra como a banda é afiada e redonda em cima do palco. E o que é mais legal é que das dez, só tem duas faixas da fase eletrônica!  Metade do CD é do último da fase boa e relevante, que é o Gótico Aégis. Ali a banda deixava o Doom e os urros para os vocais masculinos limpos e sonoridade totalmente Gothic Rock, estilo de sucesso na Alemanha (país de maior público do TOT) e de recorde de vendas do Paradise Lost, um dos primeiros a entrar neste linha. Talvez por serem melhores a serem executadas e de meio termo, já que agrada aos fãs antigos e aos mais novos. A escolha foi feliz, pois funcionam muito bem, e os temas são Cassandra, Vênus, Siren, Poppea e Bacchante. Pena que não incluírem Lorelei, a melhor deste CD.O debut vem representado na melancólica A Distance There Is lá na nona faixa, sendo o momento para ascender os isqueiros. E o clássico e melhor Velvet Darkness They Fear, vem com duas faixas, a que abre o Live, And When He Falleth (para preparar a audiência) e para encerrar o clássico mor, Der Tanz Der Schatten, onde Liv Kristine encanta e mostra porque é a melhor de todas as cantoras deste estilo! E a capa trás a tradicional flor.