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Black Metal com consistência e perseverança!

Entrevista: Júlio César Bocáter. Foto: divulgação.
RU – Como a banda foi formada? Fale sobre os primórdios do grupo!
M.Mictian: O Unearthly foi formado em meados de 1998 por mim e pelo ex-vocalista, Lord Toth. Em 2000 lançamos nosso primeiro trabalho “Blessed Are The Destroyers Of False Hope...”, em 2001 sai o segundo CD-Demo “Living Under The Sign Of Blasphemy”, no mesmo ano assinamos com o selo Encore Records para gravar nosso primeiro álbum “Infernum –Prelude To A New Reign" de 2002 também licenciado no Estados Unidos. No Final de 2003 "Black Metal Commando" é lançado e sofremos com mudanças de formação, mas continuamos na ativa e em 2004 fizemos uma tour pelo Nordeste.
Em 2007 lançamos “Unmercyful Personalized Bestiality” e embarcamos numa tour Sul-americana muito bem sucedida onde gravamos “Revelations Of Holy Lies...live!” álbum ao vivo e entre setembro e outubro de 2008 gravamos “AGE OF CHAOS” nosso CD novo que foi lançado em junho de 2009.

RU – Como é fazer Black Metal, um estilo frio como concepção, numa das cidades mais quentes e ensolaradas do mundo, o Rio De Janeiro.
M.Mictian: Não tem diferença nenhuma se estou no Rio de Janeiro ou em Oslo eu faço música e isso não tem nada haver com a temperatura ambiente. Eu simplesmente componho as canções que gosto de ouvir. Metal é uma coisa universal, você poderá girar pelo mundo e nos lugares mais longínquos este estilo de música estará presente.
Eregion: Talvez a frieza pessoal e o frio remeta a algumas pessoas o som o Black Metal, pois foi um estilo bastante difundido no norte europeu, mas isso de fato não tem nenhuma influência no trabalho do Unearthly.

RU – Por falar no Rio, como estão as coisas por aí e se a banda foi afetada pelas fortes chuvas e suas conseqüências.
Eregion: Felizmente não sofremos nenhum dano com essas chuvas, mas pessoas próximas a nós realmente sofreram muito, mas nada que os impeça de viver e trabalhar, e nada que alterará a rotina do Unearthly.

RU – No começo dos anos 2000 a banda já existia e a cena Black carioca e fluminense já chamava a atenção, com grandes bandas. Como andam essas bandas, pois não ouvi mais falar, e se estas “tretas” já amenizaram.
Eregion: Realmente aqui no Rio é difícil de se manter uma banda por muitos anos, brincamos dizendo que as bandas aqui nascem com prazo de validade pra no máximo 5 anos. Brincadeiras a parte, a cena mudou bastante no quesito bandas e público, em suma está bastante diferente, principalmente pelas "tretas" de antigamente que não se tem mais e pelo fato de que quase todo o cenário de bandas mudou, no momento não consigo lembrar outra banda além do Unearthly que tenha mais de 10 anos de estrada e que já não tenha ou esteja parado.

RU – Qual a importância dos corpse paints para a banda.
Eregion: O Corpse Paint foi pra banda algo muito importante que ajudou a banda achar a identidade visual referente ao som que a banda executava na época em que foi criada, mas hoje é algo que está fora de nossa realidade musical, mas que respeitamos muito, encaramos o uso do Corpse Paint como o uso de uma indumentária de guerra, quando um soldado se prepara para a batalha.

RU – A banda lançou seus dois primeiros discos, Infernum: Prelude To A New Reign em 2002 e Black Metal Commando em 2003. O terceiro disco cheio veio apenas em 2009. Por que esse hiato de 6 anos? E como foi a parceria com a Encore Records nestes dois discos?
Eregion: O que fez a banda perder todos esses anos para o lançamento do terceiro disco de estúdio, foram as constantes mudanças de line-up. Como disse anteriormente, aqui no rio é muito difícil permanecer durante muitos anos fazendo metal, mas nestas idas e vindas procuramos deixar a banda sempre na atividade, por isso lançamos dois discos neste tempo além das tours. A Encore cumpriu um acordo de gravação e lançamento, mas acho que não deu o devido valor, no quesito suporte e marketing, mas nada que viesse a atrapalhar de fato os discos.

RU – Como chegaram até a Free Mind para o lançamento de Age Of Chaos e o que acham do trabalho da gravadora.
Eregion: A Freemind entrou em contato conosco através de uma pessoa em comum, quando descobrimos que o pessoal do selo era fã da banda. A partir deste contato fomos trocando ideias e propostas foram surgindo de ambos os lados, hoje o trabalho com a Freemind é algo que podemos chamar de casamento feliz (risos), pois ambas as partes (banda e gravadora) estão trabalhando a todo vapor para sempre estarmos melhorando.
M.Mictian: E até o momento estamos satisfeitos com o trabalho da Freemind o pessoal é bem profissional e fazem um trabalho que nos agrada e muito.

RU – Antes, teve o ao vivo Revelations Of Holy Lies... Live de 2008. Fale sobre ele.
Eregion: Durante a tour sul americana de 2007, tivemos a oportunidade de em alguns shows gravarmos trechos e em outros casos o show inteiro, depois recolhemos este material na chegada ao Brasil, então decidimos separar duas músicas para entrar de bônus nos relançamentos que a Freemind fez dos nossos dois primeiros álbuns, dai quando eles ouviram a gravação gostaram tanto e nos propuseram a reunir mais músicas e compor um play inteiro ao vivo e ai está.

RU – Como está o lance de shows com a banda.
Eregion: Atualmente fechamos parceria com uma nova empresária, Natália Amorim, que está cuidando de todo este tramite, já havíamos trabalhado com outros produtores e até nós mesmos ficamos durante um bom tempo negociando shows e tudo mais, mas atualmente decidimos apenas nos dedicarmos a tocar e compor. Então devido a essa mudança a banda ainda está sem shows, mas logo anunciaremos novas datas.
M.Mictian: Estamos procurando mais organização e profissionalismo e esperamos que a Natalia Amorim possa nos ajudar com isso e desta forma nos dedicarmos somente na parte musical.

RU – A horda pretende lançar carreira no exterior?
Eregion: Sim, este é um grande objetivo que almejamos, pois acreditamos que aqui no Brasil a banda já mostrou que tem potencial, agora queremos alçar vôos maiores.
M.Mictian: Temos essa idéia sim de ir pra Europa e fazer uma tour sabemos das dificuldades e então não queremos fazer algo desorganizado sem estrutura.

RU – O final é seu!
Eregion: Muito obrigado pelo espaço e pelo apoio, continuem sempre apoiando e trabalhando em prol do metal brasileiro.