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DARK FUNERAL
Angelus Exuro Pro Eternus
Paranoid – nac.
Sim, os suecos do Dark Funeral certamente estão no topo da cena Black Metal mundial, ao lado dos conterrâneos do Marduk. Afinal, além destas duas bandas terem lançado discos regularmente, não terem parado nem acabado (Emperor e Immortal), nem terem se rendido a modernismos Industriais (Mayhem), nem se envolvido em assassinatos (Burzum), nem em polêmicas extra-música, como homossexualismo ou DVDs apelativos (Gorgoroth), nem se vendido (Dimmu Borgir) eles centraram seus esforços apenas na músicas e com isso, estão na ponta e ultrapassaram todas estas e outras. Note que coincidentemente ou não, todas as bandas em “desvantagem” são norueguesas, em detrimento das suecas, que são mais estáveis e se preocupam menos com o que está foram dos palcos e estúdios de gravação. O Dark Funeral evoluiu muito depois de Diabolis Interium, de 2001, e agora com este Angelus Exuro Pro Eternus, eles assumem o trono. Sim, Angelus Exuro Pro Eternus não tem a pretensão de ser o disco mais satânico, mais brutal, mais rápido, mais técnico, mais atmosférico. Eles vão lá e tocam, e fazem o seu melhor. Seu antecessor Attera Totus Sanctus, de 2006, já surpreendeu, mas agora a banda se superou! The End Of Human Race abre de forma avassaladora, com bumbos a mil, vocais estonteantes e riffs infernais. Impossível imaginar tanta qualidade junta numa só faixa. Ainda destaca-se a também brutal The Birth Of The Vampir, a polêmica My Funeral, que tem videoclipe rodando por aí, Demos Of Five lembra o Black Metal dos anos 90, o seu auge e assim vai. O vocalista Emperor Magus Caligula continua sendo o destaque, talvez o maior vocalista do gênero. Obrigatório! RC – 9,5

Faixas
01. The End of Human Race
02. The Birth of the Vampiir
03. Stigmata
04. My Funeral
05. Angelus Exuro pro Eternus
06. Demons of Five
07. Declaration of Hate
08. In My Dreams
09. My Latex Queen
KULT OV AZAZEL
Destroying The Sacred
Paranoid – nac.
Estamos em 2010, ou seja, três décadas depois do surgimento do Black Metal e duas depois de sua difusão e auge, e ainda passa de geração para geração (de pai pra filho) aquele velho chavão que “Black Metal norte-americano não é sério”. Ok, o Black deles é diferente mesmo, mais brutal, quase sempre só brutal, sem nenhuma concessão em fazer capas escatológicas e temas anti-cristãos. Digamos, que o europeu, tem mais “classe” ou aborda de maneira sutil as coisas, até pela sua ancestralidade e criação. Já o americano é mais escrachado, mais direto e “ignorante”. Isso reflete a cultura e a educação norte-americana, que muito se parece com a do resto da América (continente), a latino-americana (exceção feita ao Canadá, que é a Europa na América). Afinal, os Estados Unidos tem como língua a inglesa, porém, metade de sua população é feita de imigrantes e descendentes de todos os lugares do mundo. Veja que nas bandas de Rock e Metal, muitas vezes são formadas por nenhum norte-americano, ou todos integrantes são descendentes. Ou sobrenomes como Trujillo, Herrera, Cazares, Castillo, Araya, Ines, Souza, Lombardo, Mendoza (paro por aqui, senão terei que fazer um site só sobre isso) e etc são nomes anglo-saxões? E isso se reflete na música e mesmo que a cena Black, que nos EUA é mais hermética que na Europa, já que os europeus sempre convivem com pessoas de todos os paises de lá, tudo isso acaba interferindo na cena, amigos e pessoas do meio. Sendo assim, tendo influência direta disso tudo ou não, o KOA não tem meio termo. Eles vêem da Flórida, ensolarada, mas que é o Estado que mais criou bandas relevantes de Death Metal do mundo por metro quadrado. Essa brutalidade é latente na cena Metal de lá, e a banda sai sombria, como uma resposta ao que vive (assim como as bandas de Black Metal mais extremas em todos os sentidos, aqui no Brasil, vem do quente Rio de Janeiro e o tórrido nordeste (se citar as bandas vai faltar mais espaço ainda). Apesar da Flórida ser sinônimo de Death Metal, a horda por projetar seu nome mundo afora e penetrar nos mercados sul-americano e europeu com mais veemência. RC – 8,0

Faixas:
01. The Plagues Of Humanity
02. Conquer & Decimate
03. Ancient Evil
04. Angel Of Fatal Winds
05. Slaughter The Prophets
06. Gutting Religious Heritage
07. Destroying The Sacred
08. Nocturnal Blasphemy
09. Storming The Gates
10. Hang The Pope

MARDUK
Wormwood
Paranoid – nac.
Estamos diante de mais uma obra-prima destes suecos. A banda que tem uma das discografias mais relevantes dentro do cenário Black Metal e tidos por muitos, como a principal banda, lança mais um artefato digno de nota. Desde já é um dos melhores discos de 2009 e um dos melhores do Black Metal e um dos melhores também de sua carreira. A banda sempre prima por produções impecáveis, deixando de lado sempre o rótulo “podreira”, ainda que a sujeira prevaleça, mas é uma “sujeira limpa”, pois você ouve e reconhece todos os instrumentos e todas as passagens. O instrumental produz verdadeiros opus, com todos os músicos envolvidos no processo de composição, obturando passagens caóticas, alguns experimentos, dentro do estilo, clima satânico, aura macabra e o principal. Faixas, ou Opus, que nos fazem banguear à exaustão. É uma porrada atrás da outra. Até pode-se ouvir em algumas passagens algo de Death e até a morbidez do Doom Black nos momentos mais lentos. Sim, o interessante que diferente de muitas bandas extremas, mais na seara do Brutal Death, a horda Marduk prima por fazer músicas com variação entre as faixas e dentro delas. Sim, diferente de muitas banda do Brutal Death ou até do Black, que compõe uma música só ao longo do Play, o Marduk retalha e muda. Sim, os blastbeats estão lá, como sempre, e a diversificada Funeral Dawn é uma das melhores obras dos últimos anos. To Redirect Perdition flerta fortemente com o Doom sim, enquanto This Fleshly Void é mais melódica (dentro do que se imagine de melódico no Black Metal). O que dizer de uma faixa com o título Chorus Of Cracking Necks? Se você acha que eles aliviaram por ter alguma melodia ou incursão a Doom ou Death, esqueça! Sem contar as impiedosas Nowhere, No-One, Nothing e Unclosing The Curse. Em tempo: Marduk é o nome de um planeta misterioso, já previsto pelos Sumérios e Maias, que se aproximaria da Terra em 2012 e provocaria grandes catástrofes, também chamado de Planeta X pela ciência, Chupão pelos Espíritas, Absinto na bíblia, Marduk pelos sumérios, Nibiru pelos Babilônios e Hercólubus pelos gnósticos. Se isso acontecer, então Wormwood então é a trilha sonora do juízo final! Mas até 2012, o Marduk (a horda, não o planeta), tem tempo de lançar outro artefato ainda. RC – 9,0

Faixas:
01. Nowhere, No-One, Nothing
02. Funeral Dawn
03. This Fleshly Void
04. Unclosing The Curse
05. Into Utter Madness
06. Phosphorous Redeemer
07. To Redirect Perdition
08. Whorecrown
09. Chorus Of Cracking Necks
10. As A Garment

GRAVEWORM
Diabolical Figures
Paranoid – nac.
Confesso que eu era um ávido apreciador do chamado Black Metal Melódico, ou Black Metal Sinfônico. Quando o estilo surgiu com bandas como Cradle Of Filth, Dimmu Borgir, Old Man’s Child, Covenant entre tantas, eu pirei, pois era algo inovador e revolucionário. Depois, com o tempo houve a saturação do estilo, com centenas de bandas novas soando todas iguais, ficando difícil separar qual era qual. Entre elas, estavam os italianos do Graveworm, que sempre admirei. Tomei contato com eles através do disco Engraved In Black, do qual me apaixonei e considero um dos melhores discos do estilo. Sua capa é majestosa e lembra o estilo das de King Diamond. Dali em diante, as capas ficaram mais brutais e o som também. Mas com Diabolical Figures, musicalmente, o grupo volta a fazer o que sabe, que é Black Metal sim, e melódico. Com um quê especial, talvez pela origem latina, ainda mais italiana, ter um ar mais dramático. Voltou toda aquela aura tétrica e soturna, perdida até então. Quem produziu foi Andy Classen, irmã de Sabine, vocalista do Holy Moses, banda do qual também fez parte. Andy já produziu discos de Dew-Scented, Tankard, Legion Of The Damned, Die Apokalyptischen Reiter, Asphyx, Belphegor e Occult entre outras dezenas. Quem fez a bela capa (que não tem o mesmo charme das de outrora) foi o artista digital italiano Daniel Hofer e aí que pega. Esse negócio de arte digital é um lixo (assim como download e quase tudo o que é digital). O legal eram as capas que eram pinturas de verdade em tela com tinta a óleo e depois fotografadas e viravam capa de discos, como todas do King Diamond (disso ele não abre mão) e inclusive a do clássico Engraved In Black do próprio Graveworm. Bom, musicalmente falando, a banda resgata os primórdios do Black Melódico. Vengeance Is Sworn abre numa porradaria sem precedentes, com riffs bem Thrash e aqueles teclados amargos. Sim, os teclados são instrumento principal, mas sempre colocados no momento certo. Circus Of The Damned é mais cadenciada, com o refrão sendo mais rápido e mais brutal, quase tribal. Diabolic Figures soa bem tradicional, com melodia que mostra influência de NWOBHM e teclados maravilhosos, tétricos e divinos, como melodia principal, algo como em alguns momentos do Crematory. Hell’s Creation é mais rápida, também brutal e lembra muito o pique do disco Enthrone Darkness Triumphantdo Dimmu Borgir, o melhor disco deles até então e o melhor deste sub-estilo. Nem o DB faz mais músicas assim, que pena! Forlorn Hope é bem arrastada, bem Doom (quase Funeral Doom) e mórbida. Mostra que o Black Metal também pode ser satânico, assustador e sombrio em momentos mais lentos e não só nos rápidos e brutais. E mantendo a tradição de sempre trazer um cover de artistas inustados, agora é a vez de Message In A Bottle do The Police e fiou muito ruim. Police é magistral e essa música é um clássico, mas não virou. Ok, a banda já fez até covers de Pet Shop Boys, Bonnie Tyler e REM, mas essa do Police não ficou legal. Voltando, Ignoreance Of Gods é uma das melhores do disco, variada, rápida, pesada, brutal com os teclados menos evidentes que nas demais. Encerrando, The Reckoning, épica, sinistra, com teclados arrepiantes, rápida, dois minutos e é instrumental, pra você refletir e partir para outras dimensões do mundo das sombras. Matador, um dos discos do ano do Black Metal! JCB – 9,0

Faixas:
01. Vengeance Is Sworn
02. Circus Of The Damned
03. Diabolic Figures
04. Hell’s Creation
05. Forlorn Hope
06. Architects Of Hate
07. New Disorder
08. Message In A Bottle
09. Ignoreance Of Gods
10. The Reckoning

IMMORTAL
All Shall Fall
Nuclear Blast – nac.
Eu me pego dizendo que não tem nada de bom hoje no Rock ou Metal. De bandas novas, são poucas e novidades, nenhuma. Mas algumas bandas clássicas arregaçaram as mangas e detonaram neste ano de 2009. O Immortal é uma delas, mais uma grande volta para nosso bem (ou mal) da dupla Abbath e Daemonaz. Depois de sete anos, soltam o que pode ser o seu melhor disco! Sim, All Shall Fall é magnânimo, majestoso, mortífero. Parece que a banda não parou, continuou sem perder o pique e sem se perder no tempo, sem soar datada nem descaracterizada, o grande drama de 9 entre 10 bandas que ficam mais de 5 anos paradas. Depois de dois discos históricos, DamnedIn Black e SonsOf Northern Darkness, a horda conseguiu um sucessor a altura. A faixa-título já mostra que estamos diante de um disco fadado a se tornar clássico, já mostrando aqueles riffs secos, melodias sombrias características do Immortal, que sempre é Black, mas nem sempre Brutal. Tudo é bem feito, tocado e produzido, dentro do estilo do grupo. The Rise Of Darkness é um tema refrescante de tão gélido e melancólico, sem quebradeiras, com os riffs proferidos de forma incessante. Hordes Of War é a mais brutal, dentro do padrão Immortal. Norden On Fire é épica, mas muito épica! Daemonaz puro! Ou seria Quorthon puro? Sim, pois se você se distrair, vai pensar que se trata de algo do Bathroy, os mentores do Viking Metal e um dos caras mais criativos e talentosos do Metal em geral, não só do Black! Mais um cara que faz falta aqui, que Odin o tenha! Sem dúvida, o Bathory é a maior influência do Immortal (mesmo nas músicas menos épicas) e Quorthon, a maior inspiração para a dupla Abbath e Daemonaz, cabe lembrar que Daemonaz não toca mais instrumentos na banda, mas ele é o principal compositor ao lado de Abbath e cuida dos negócios do Immortal ainda (assim como Paul O'Neill está para o Savatage). Abbath canta e toca guitarra, Horgh continua na bateria massacrando o seu kit. Fala-se muito pouco dele, uma injustiça, por não ser “exibido”. Pois dentro da proposta, é um dos mais versáteis bateristas do Metal Extremo! Claro, aqui não tem espaço para aquela agressividade desenfreada de um Krisiun pro exemplo, mas justamente por isso, a bateria do Immortal é variada e precisa! Completando, Apollyon substitui Iscariah no baixo, fazendo sua parte, sem muito a acrescentar e ainda bem! Arctic Swarm parece extraída de outro disco do Bathory, talvez algum dos controversos Nordland’s. Já Mount North é um tema intrincado, mais quebrado, trigado, como um clima de guerra ou batalha. Encerrando, Unearthly Kingdom, outro tema épico, bem Viking, transportará você para o meio do Oceano, velejando em meio a uma tempestade, por entre os icebergs, mais uma influência de Bathory, com riffs instigantes, mantricos (como mantras, vão grudar na sua cabeça) e as batidas acompanhando o bater do coração da Terra. O que vou falar de uma faixa destas? Graças a poucas pessoas que ainda compram discos, que ainda temos trabalhos como este sendo lançados. Não faça downloads, não mate o Metal! Nos dê o direito de ouvir estes opus! JCB – 10

Faixas:
01. All Shall Fall
02. The Rise Of Darkness
03. Hordes Of War
04. Norden On Fire
05. Arctic Swarm
06. Mount North
07. Unearthly Kingdom

ENSLAVED
Vertebrae
Somber Music – nac.
Esta horda, que foi um dos sustentáculos do Black Metal épico, notadamente Viking, é mais uma a aderir ao Rock Progressivo. Todo mundo está ficando Progressivo hoje. Uma das pioneiras em Metal extremo e aderir à este tipo de música foi o Borknagar, do qual seu vocalista, Andreas Hedlund (Vintersorg), desde sua entrada, começou a aderir esta sonoridade. Aliás, as duas bandas, ambas norueguesas, têm um background parecido, inclusive tendo Ivar Bjornson Peersen (guitarra e teclados), já tocado por lá. Não que Vertebrae seja ruim, longe disso! Nessa linha extrema que tem flertado com o Prog, este é um grande disco, um dos melhores artefatos! Mas a gente sente saudade do Enslaved de outrora. No entanto, agora temos seus discos lançados por aqui via Somber Music. Aqui, muitas passagens chegam a ser hipnóticas e em outras psicodélicas, relembrando os anos 70 muitas vezes, mesclando tecnologia atual com algo vintage. Joe Barresi mixou o disco, produtor de discos de bandas viajantes e as vezes quase Stoner, como Tool e Queens Of Stone Age. Os vocais são em maioria limpos e claros, mas em certos momentos o peso se faz presente, bem como sua agressividade! Mas, a atmosfera amarga e melancólica continua presente. Sim, não espere nada alegre! A angustia e lugubridade perturbadora continua! Sim, escutei três vezes o disco até começar apreciá-lo, afinal, toda mudança leva tempo para nos acostumarmos. Sem destaques individuais, apesar de apenas oito faixas, você já deve ter percebido que elas têm duração acima da média! Mas ouça atentamente Clouds, Reflection e a faixa-título e estarás diante de uma nova dimensão!
RC – 8,0

Formação:
Grutle Kjellson - voz e baixo
Ivar Bjornson - guitarra e teclados
Ice Dale - guitarra
Herbrand Larsen - voz e teclados
Cato Bekkevold - bateria

Faixas:
01. Clouds
02. To The Coast
03. Ground
04. Vertebrae
05. New Dawn
06. Reflection
07. Center
08. The Watcher

ABSU
Absu
Somber Music – nac.
Os texanos do Absu retornam com mais um grande disco, mostrando mais uma vez que os Estados Unidos também podem fazer Black Metal de qualidade. Muito de preconceito já se teve conta a cena ianque, que aos poucos vai acabando. Depois de 8 anos após Tara, parece que o grupo não parou no tempo! É como se a horda tivesse continuado e lapidado seu som. Aqui encontramos ainda riffs certeiros e massacrantes, bateria destruidora, baixo no talo e vocais poderosos! As faixas são diversificadas entre si, e Absu (o disco) é uma verdadeira viagem! O CD foi gravado pela banda, mixado pelo J.T. Longoria da Nomad Recording Studio (King Diamond, Solitude Aeternus, etc.) e masterizado pelo Proscriptor em seu estúdio, Tarot Productions. Lá fora saiu pela Candlelight e no Brasil, via Somber Music.
O disco conta com uma constelação de convidados como:
Blasphemer (Mayhem, Ava Inferi) - solos de guitarra em "Night Fire Canonization" e "Girra's Temple"
Michael Harris (Darkology, Michael Harris) - solos de guitarra em "In The Name Of Auebothiabathabaithobeuee" e "Those Of The Void Will Re-Enter"
David Harbour (King Diamond, David Harbour) - solo de sintetizador em "Our Earth Of Black"
Mindwalker (The Firstborn) - voz de fundo e corneta cerimonial tibetana em "13 Globes"
Nornagest (Enthroned) - voz de fundo em "Amy" e "Night Fire Canonization"
Vorskaath (Zemial) - voz de fundo, Brake Disc Gates, Greek Bell e Vibraslap em "Amy" e "Diversified Signs Inscribed"
Ashmedi (Melechesh) - letras de "Nunbarshegunu" e "Those Of The Void Will Re-Enter" e "Ye Uttuku Spells"
Equitant - Programação em "Twix Yesterday, The Day & The Morrow"
A formação fixa e official da banda é:
Proscriptor McGovern - voz, bateria e mellotron
Aethyris MacKay - guitarra, baixo e sintetizadores
Zawicizuz - guitarra e sintetizadores
Sim é um trabalho épico em todos os sentidos, musicalmente, na feitura de suas músicas e na monstruosidade da produção e dos participantes envolvidos. Talvez, o melhor disco de Black Metal do ano!
Este é o seu quinto álbum de estúdio, o melhor produzido e o mais polido também, menos cru e rude, mais elaborado, mais melódico e melancólico que antes, com mais teclados, de forma soberba. A aura ocultista permanece o tempo todo, que á a principal característica do grupo, independente da forma musical que se expresse (Thrash, Black, etc). sem destaques, todas as faixas sai excelentes, é daqueles discos para se ouvir de cabo-a-rabo! Mas se queres ouvir uma faixa para decidir se compra ou não, vá direto em …Of The Dead Who Never Rest In Their Tombs Are The Attendance Of Familiar Spirits… (sim, o título é tudo isso) que ainda é dividida em três partes, numa tensa e intensa jornada musical, gananciosa e ambiciosa! Um marco! RC – 9,5

Faixas:
01. Between The Absu Of Eridu & Erech
02. Night Fire Canonization
03. Amy
04. Nunbarshegunu
05. 13 Globes
06. …Of The Dead Who Never Rest In Their Tombs Are The Attendance Of Familiar Spirits…Including:
A.) Diversified Signs Inscribed
B.) Our Earth Of Black
C.) Voor
07. Magic(k) Square Cipher
08. In The Name Of Auebothiabathabaithobeuee
09. Girra's Temple
10. Those Of The Void Will Re-Enter
11. Sceptre Command
12. Ye Uttuku Spells
13. Twix Yesterday, The Day & The Morrow



KAMPFAR
Heimgang
Paranoid – nac.
Lançado em 2008, Heimgang é o quarto álbum do Kampfar, uma banda que pratica Black Metal norueguês (país de origem, então, obviamente) tradicional, bem ao estilo do surgido no começo dos anos 90 na terra do bacalhau. Apesar de quatro full lengths apenas, eles datam de 1994, ou seja, surgiram no ápice e no meio de todas aquelas hordas e todas aquelas polêmicas e confusões do referido tempo. No entanto, eles não ficaram com a mesma sonoridade sem mudanças como o Dakrthrone e o Gorgoroth, mas também não chutaram o balde se de venderam como o Mayhem. Também, não caíram na onda do Black Metal melódico de Dimmu Borgir, Old Man’s Child e nem se renderam ao Industrial e Eletrônico do Covenant, atual The Kovenant (que aliás, cadê? Se continuassem a fazer Black, estariam mais em evidência do que fazendo puts-puts). Dolk, seu líder, formou o Kampfar das raízes do então cremado Mock e debutaram com um EP em 95 pela Season Of Mist. Hoje, estão na Napalm, que diga-se de passagem, trabalha muito melhor  e tem seu disco solto no Brasil agora. Sue Black Metal é Pagão, mas não dá para chamá-los (ainda) de Pagan Metal, pois não são tão melódicos e menos “alegres”. Ainda são muito agressivos para serem rotulados de Pagan. Mas claro, toques regionais e Folk se mixam com o real Black, nua temática mais pagã do que satânica. E isso percebemos nas letras, a exaltação aos seus ancestrais. A atmosfera é sombria e é um dos melhores discos do ano do Metal extremo em geral. A banda é mais uma vez impulsionada por Thomas, um talentoso e virtuoso guitarrista cujo grande riffing é o que fez Kampfar vai soar tão distinto. Esse som melancólico com atmosfera angustiante ainda diferencia a banda das demais que flertam com estes gêneros, mas que vai agradar a fãs de Pagan e Viking, como Manegarm e Helrunar. Destaque para Dodens Vee, Skogens Dyp, Mareham e Feigdarvarsel.
RC – 8,0

Faixas:
1. Vantro
2. Inferno
3. Dodens Vee
4. Skogens Dyp
5. Antvort
6. Vansinn
7. Mareham
8. Feigdarvarsel
9. Vettekult
10. Vandring
KEEP OF KALESSIN
Kolossus
Somber Music – nac
A banda norueguesa de Black Metal Keep Of Kalessin lança seu novo álbum Kolossus, se firmando cada vez mais no cenário Black mundial, além do seu país. A banda será mais conhecida aqui, através da Somber Music, fazendo um bom trabalho de divulgação dela no Brasil e lançando Kolossus, um dos melhores discos de Black Metal dos últimos dois anos. A horda contou no passado com o lendário e atormentado vocalista Attila Csihar (Tormentor, Mayhem) e com o baterista Frost (Satyricon, 1349) e hoje é integrada pelo guitarrista Obsidian Claw (A.O Gronbech) e ex-membros do Satyricon. Gronbech ganhou destaque na grande mídia por sua prisão no Canadá durante a turnê do Satyricon pelo país. Falando do disco em sim, Kolossus já é o quarto álbum da banda, na ativa desde 93. Seu lançamento será feito pela gravadora alemã Nuclear Blast, licenciado para o Brasil pela Somber. Eles executam desde o Black Metal clássico de seu país, passando pelo Death Black. Elementos melódicos e melancólicos se fazem presentes, sem cair na seara do Dimmu Borgir. Muito de Satyricon pode ser ouvido aqui ainda, com seu Black seco, ríspido, melancólico e algo teatral, mas de uma forma diferente. Sim, o KOK já tem um estilo próprio. Algumas faixas trazem aquela aura mítica de Mother North e os detalhes épicos estão quase sempre presentes, seguindo a linha do antecessor Armada, mas com algumas mudanças. Origin, a intro, sugere algo Pagan. A New Empire's Birth tem um pique Satyricon/ Mother North, enquanto Against The Gods tem um lado atmosférico nas guitarras, meio Emperor. Já The Rising Signs é uma das mais brutais, bem Old School. Warmonger é a menos legal, meio moderninha, em compensação Escape The Union é uma das mais brutais. Os dedilhados iniciais de The Mark Of Power sugerem o paganismo nórdico, viajante, numa faixa quase lenta, com vocais limpos no começo (ao bom estilo Vintersorg), descambando para um dos momentos mais melancólicos e densos do disco, naquela linha de mesclar elementos Progressivos á extremidade total. A faixa-título vem com blast beats e numa fúria bem Death Black Technical e Brutal. Encerrando, a veloz e cheia Ascendant, bem trampada, quebrada e pesada, além de bem amargurenta, mostrando que se Kovenant mudou de estilo, Dimmu Borgir ficou cansativo e o Satyricon nunca mais vai fazer um Mother North, o KOK pode ser a próxima grande banda do estilo. Ok, a capa e o logotipo nada tem de Black Metal. As aparências enganam... RC – 9,0

Faixas:
01. Origin
02. A New Empire's Birth
03. Against The Gods
04. The Rising Signs
05. Warmonger
06. Escape The Union
07. The Mark Of Power
08. Kolossus
09. Ascendant

1349
Hellfire
Somber Music – nac
Assim como os Nile foram identificados como os salvadores do Death Metal, o 1349 pode ter sido considerado por alguns como salvadores da velha escola do Black Metal norueguês. Sim, a cena nunca mais foi a mesma. Nem em polemicas, e nem musicalmente. A exceção do Darkthrone, que continua lançando discos empolgantes e apaixonantes para os Black Metallers, todas as outras bandas da velha guarda não estão a contento. O 1349 vem para mudar isso. Embora eu não possa acreditar que os 1349 possam ser, tecnicamente, uma pura banda Black Metal, eles estão perto o suficiente. Sim, pois muito do Death Metal atual se faz presente (naquela vertente mais Technical Brutal Death, com muitos blasts beats, solos, virtuose e velocidade da Luz). Entretanto, algumas passagens, como o começo de Nathicana, com seus solos diferentes, riffs secos e andamentos quebrados, tudo de forma dissonante e caótica, mostra como a banda sabe se superar e tenta inovar. Claro, influencias do Thrash tradicional também, são sentidas, e as vezes, os 1349 soam como algumas bandas finlandesas, como Beherit, Impaled Nazarene e Barathrum. Sim, eles não se limitam a copiar seus conterrâneos apenas, e sim, abrem um leque de variações e soluções, não deixando o Black de raiz morrer. Apesar do baterista aqui ser Frost (Satyricon, Keep Of Kalessin, entre outros), a cozinha é diferenciada. Parece que Frost tem uma bag de idéias para sua bateria e as guarda para usar e cada banda diferente que toca. Poucos discos de Black Metal tem tantas viradas e tantas mudanças de timbres e sonoridades neste instrumento (geralmente o estilo é marcado por ter baterias sempre retas). Os vocais de Ravn' caem as vezes mais para o Death Thrash, bem na linha 80 do Celtic Frost. A faixa Hellfire, em tempos, a um surpreendente e 13 minutos e 49 segundos (recorda-me de como Danzig do álbum 4 entrou em trilhas e de 60 a 66 minutos para o CD player iler um cute 66-6). Tipicamente a intro para essa faixa seria usada no início do álbum, mas é sabiamente deixada para a faixa final, por ser uma das mais climáticas. Temos mais um CD de Black Metal cru, frio e ríspido, mas sem ser enfadonho e maçante, como muitas bandas têm ficado. Dá para ser original e ser criativo sem ter que ficar pondo teclados, orquestras e vocais femininos. Dá para ser criativo e talentoso fazendo o verdadeiro Black, ainda que venha buscar algo do Thrash e do Death de vez em quando. RC – 8,0           

Faixas:
01. I Am Abomination
02. Nathicana
03. Sculptor Of Flesh
04. Celestial Deconstruction
05. To Rottendom
06. From The Deeps
07. Slaves To Slaughter
08. Hellfire

BELPHEGOR
Bondage Goat Zombie
Paranoid Records – nac.
A horda Belphegor, que é um orgulho para seu país, a Áustria, país que carece de quantidade de bandas de destaque internacional, tem mais um disco lançado no Brasil. Desta vez, um disco duplo, no formato CD+DVD, e parabéns à Paranoid Records pela iniciativa. Primeiro, por lançar este título no Brasil, em vez de outras gravadoras que não sabem o que é divulgação, e depois, reclamam que vendem pouco e queimam na baciada seus discos. E segundo, o mercado brasileiro precisa deste tipo de formato, CD+DVD. Afinal, além do último disco de estúdio da banda, vem um DVD com videoclipe, entrevistas, making off da gravação do disco, cenas de bastidores, making off do videoclipe e outros bônus. A banda tem sete discos de estúdio, sendo quatro deles desde 2003. O conceito por trás de Bondage Goat Zombie é inspirado em Marquês de Sade. Musicalmente, Bondage Goat Zombie é um disco muito calcado nas guitarras, combinando riffs rasgados com outros com mais melodia, apesar de termos um show de blast beats no disco todo quase. Os vocais, rasgados, urrados, agressivos ao extremo, como poucas bandas fazem. A produção de Andy Classen (que produziu o antecessor de 2006 Pestapokalypse VI) fez a diferença também, extraindo o máximo da brutalidade da banda, em forma nítida, cristalina, nunca seu som soando embolado. O disco tem nove faixas, a dupla composta pelo líder absoluto Helmut, também vocalista e guitarrista, ao lado do seu fiel companheiro, o baixista Serpenth, cria uma química maléfica e maldosa. O batera contratado Torturer fez bem o seu trabalho, e a gente se questiona como um trio consegue fazer um som tão cheio e portentoso. As músicas são muito variadas, embora brutais e muito técnicas, contando com passagens de canto lírico, além das harmonias dissonantes em Justine: Soaked In Blood e das passagens cadenciadas (e mortíferas) em Sexdictator Lucifer. Enfim, Bondage Goat Zombie, o disco é excelente! No DVD, temos o brutal clipe da faixa-título, e como já falado, o making off deste vídeo, o making off do disco, ensaios e faixas ao vivo. Ultra-obrigatório! RC – 9,5

Formação:
Helmut - vocals, guitar
Serpenth - bass
Torturer – drums

Faixas:
1. Bondage Goat Zombie
2. Stigma Diabolicum
3. Armageddon s Raid
4. Justine: Soaked In Blood
5. Sexdictator Lucifer
6. Shred For Sathan
7. Chronicles Of Crime
8. The Sukkubus Lustrate
9. Der Rutenmarsch


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