TAAKE
Nattestid…
Peaceville – imp.
Você que ainda não conhece estes caras, saiba que eles são veteranos. Nos é que não sabíamos deles ainda. Ou, as nossas revistas não nos deixavam saber. Formados em 1993, mastermind Taake Hoest formou a banda com o nome de Thule, liberando duas demos, "Der Vinterstormene Raste 'em 1993 e 1994's" Av. Omfavnet Svarte Vinger'. Pouco tempo depois, tornou-se Thule Taake (que significa 'Fog' em Inglês), um nome que melhor reflete a música da banda e da área onde foi Hoest de; as montanhas de Bergen, Noruega. O primeiro álbum, "Ser Nattestid Porten Vid", foi originalmente lançado em 1999. O álbum foi escrito inteiramente por Hoest, que foi acompanhado por um músico de sessão, Tundra, para executar baixo e bateria. Foi gravado no lendário 1997/98 Grieghallen Studios (Immortal, Mayhem, Gorgoroth) com Pytten.'Nattestid…' "foi uma introdução ao estelar marca incomum Taake de frio e ainda surpreendentemente melódico, por vezes complexa composição - Ambas as sombrias e limpa vocais e riffs de gelo e atmosfera que combina para uma experiência verdadeiramente escuro. As letras foram escritas e cantadas em norueguês antigo e com uma execução em comparação com os gostos de Darkthrone anterior, Immortal ou Satyricon, 'Nattestid ... "rapidamente se tornou um álbum altamente considerados clássicos da True Norwegian Black Metal. RC – 8,0

Track list:
1. Vid I
2. Vid II
3. Vid III
4. Vid IV
5. Vid V
6. Vid VI
7. Vid VII

OPERA IX
Black Opera
Peaceville – imp.
Apesar da banda ter ficado famosa pela sua vocalista Cadaveria uma das pioneiras em cantar gutural feminino, muita gente acha que o Opera IX é Cadaveria, e não é! Opera IX é uma banda de black metal formada em Itália em 1988 pelo guitarrista Ossian. Opera IX foi sempre mais do que um bi-banda de metal para a frente preta, misturando elementos de thrash e death metal com elementos sinfônicos; influências até mesmo folclóricas. A banda era conhecida por seus temas fortes no ocultismo versões anteriores e, gradualmente, tornou-se centraram em torno de temas do paganismo como a sua carreira progrediu. ' 'A Ópera Negra' foi Opera IX do terceiro álbum, e primeiro de sua nova gravadora Avantgarde Music. Foi gravado no Studio Underground (Madder Mortem, October Tide, Carnal Forge) na Suécia e foi produzido e construído por Pelle Saether. Lançado em 2000, o álbum atraiu elogios devido à característica, variada e incomum (especialmente na época) vocais black metal de front-woman Cadaveria, misturado com outros estilos vocais limpos para elogiar a música. A conceptual, álbum de metal muito escuro e oculto, melodic 'fecha The Opera Black' com uma versão de "Bela Lugosi's Dead 'pela Bauhaus.
RC – 9,0

Track list:
1. The First Seal
2. Beyond The Black Diamond Gates
3. Carnal Delight In The Vortex Of Evil
4. Congressus Cum Daemone
5. The Magic Temple
6. The Sixth Seal
7. Bela Lugosi’s Dead

POCCOLUS
Ragana
Inferna Profundus – imp.
Poccolus, Pagan Black Metal da Lituânia. A sua demo/promo de 1994 é reeditada em formato CD, com duas músicas ao vivo, nunca antes lançadas. Remisturadas por Munis (Nahash, Zpoan Vtenz, Ha Lela). Poccolus é um ato bastante obscuro da Lituânia, da qual o selo Inferna profundo Records decidiu que era hora de um re-lançamento do "Promo '94", incluindo um bônus de duas músicas adicionais, gravado em Riga, em 1997. Desde que eu não tenha ouvido falar muito da banda recentemente, além do fato de que há um CD cheio chamado 'Poccolus' de 1996. Metal Atmospheric Black Primitive e Sanguinolento, inspirada em Burzum. Desde pagão é de grande procura, foi decidida a relançá-lo como um álbum de pagãos. Eu mesmo acho que há poucos povos envolvidos, tanto quanto os instrumentos e arranjos, assim, por enquanto, eu prefiro chamar de Pagan Metal Atmospheric Black. As músicas ao vivo soam como um bootleg, e chamar memórias dos primeiros dias, quando tudo o que importava era o som obscuro e oco. A música é mais direta, mas aqui também se torna mais interessante quanto mais eu tocar a música. A música tem uma ligeira semelhança com Mayhem antigo. Mesmo para os fãs obstinados Poccolus, se essa pessoa está presente nos países baixos, não haverá muito a pena, pois as faixas estavam no estúdio "Promo '94 'e as faixas ao vivo foram já lançadas no split ao vivo ''Live at Black Friday, Riga 13/06/97, com Ha Lela e Skyforger. N ão é uma Brastemp, mas... PR – 7,0

Track list:
01. Intro
02. I Paganiu Zeme
03. Ragana
04. Karo Deive Junda
05. Sukvietimas (Kraujas Ir Ugnis)
06. The Curse Of Black Sun
07. Naujosios Eros Kariai

SVARTTHRON
Bearer Of The Crimson Flame
Inferna Profundus – imp.
Svartthron vem propor aqui uma boa mistura de Primitive Black Metal melancólico e Ambient. Isto é mais lento e as vezes se confunde com Funeral Doom, não ao contrário de alguns dos posteriores (apenas pré-álbuns) do Burzum, um pouco monótono, mas eficaz Black Metal com ritmo onipresente de guitarra apenas um pouco repetitivo, lento rufar - estilo muito apropriado neste caso. Algumas passagens acústicas que surgem aqui e ali são perfeitamente integradas ao Black Metal e peças de Ambiente, a banda alterna entre todos os estilos, sem perder o rumo. Algumas faixas são um pouco mais pesadas e um pouco mais rápidas, mas, mesmo passando por aquelas atmosferas sombrias melancólicas. Os vocais são baixos, grossos que duram apenas ao fluir junto com a música, tão indecifrável e com mistura realmente ficando muito perto do Doom. Bearer Of The Crimson Flame é lenta, às vezes deprimente melancolia que é perfeita para quando você está naquele estado de espírito. Eles ligam você ao seu lado mais negro que existe em seu interior. Cuidado. PR – 8,0

Track list:
1. Doth Memory Betray
2. Path's of Failed Light
3. Of Malignity Carven
4. Ethereal Murder (in Quiescence)
5. Bearer Of The Crimson Flame
6. Negation's Blade
7. Dreams in Ashes

AUGRIMMER
Autumnal Heavens
Northern Silence – imp.
Este é o primeiro lançamento oficial do trio alemão, liberando através da Northern Silence, depois de uma demo em 2007. Possui quatro faixas de Black Metal denso e sombrio, embora eu não iria chamá-lo de depressivos. Ou seja, não chegam a ser Depressive Black Metal nem Funeral Black. O EP tem um bom som: o baixista pulsante a direita ao longo de paredes espessas de atmosféricaa riffings, enquanto vocalista 'Satan' (o pseudônimo mais original que já vi na minha vida!) tem um gorwing ainda a rosnar para o estilo Black Metal. A banda não faz qualquer comparação imediata para mim, eles têm uma abordagem muito fresca para o estilo, revigorada, nada de novo, mas bem interessante e envolvente. Após uma sinistra palavra falada em ruído na intro, The Sombre Cabinet, a faixa-título floresce com sua mistura de sutis passagens acústicas e, em seguida, os emergentes e acima referidos, os acordes e riffs rebuscados. Of Endless Fall Is The Land Below é outra peça simples e direta com algumas guitarras mais rápidas que quebram em acordes mais lentos para um efeito agradável. Essa variação é demolidora. O baixista é muito bom aqui, fazendo a ponte para os riffs. A última faixa Spectres Of Mortality foi a minha favorita no EP, sinistra. Nota-se influências diretas de Venom e ainda mais Motörhead. Aliás, todo trio e que tem o baixo em evidências, as vezes na frente da guitarra, têm influência de Lemmy e companhia. Seu estilo é o tradicional Black Metal sueco de meados dos 90’s. Melódico, mas cheio de sobriedade e seriedade. Recomendadíssimo! Falta um disco cheio agora. RC – 8,0

Track list:
1. The Sombre Cabinet
2. Autumnal Heavens
3. Of Endless Fall Is The Land Below
4. Spectres Of Mortality

NATAN
Het Zicht Van De Dood
Iron Age – imp.
Mais uma bela embalagem digipack aqui. A banda executa Atmospheric Pagan Black Metal direto da Bélgica. É a banda mais Black Metal do cast da Iron Age. A Bélgica é tirada na Europa toda e a sua cena Black não é levada a sério, apesar do Enthroned ser um fenômeno mundial, dentro da cena. A banda surge em 2001 e em 2002 debuta com Akeldema. Então, após algumas alterações no line up, o Natan chegou a bater com as lojas Het Zicht Van De Dood que é liberado em 2008. A velha escola Black Metal na veia do Darkthrone e algo do conterrâneo Enthroned veem à cabeça imediatamente. Algo mais épico como Bathory também surge. A atmosfera malévola e Dark se faz presente. A produção é muito crua, não sei se proposital ou não. Algumas passagens melódicas também são legais, e há algo de Folk ainda que homeopático. Nomes como Waylander veem a cabeça nestes momentos. Há alguns teclados e sons eletrônicos (epa!) em Doodsfeest, que encerra, mas como um prólogo o outro. Recado dado e som passado a limpo. Vá atrás do seu. RC – 7,0

Track list:
1- Grauwbaard’s Lied
2- Volkskracht
3- Eezaam
4- Velden Van Bloed
5- De Hoge
6- Mijn Lot
7- In Het Zicht Van De Dood
8- Ondergang
9- Doodsfeest

VULCANO
Tales From The Black Book
I Hate Records – imp.
O Vulcano é uma das bandas lendárias do nosso Metal. Enquanto muitas bandas faziam apenas Heavy Rock ou Rock’n Roll pesado que acabou sendo chamado de Metal pela estética, o Vulcano já fazia Black Metal. Em 1981 o guitarrista Zhema se juntou ao baixista Carli Cooper e ao guitarrista Paulo Magrão e fundaram o Vulcano. A banda foi fundada em Osasco, mas se mudaria para Santos. A banda durou até 1990, encerrando suas atividades. Retornando em 2004, 14 anos depois, um disco novo de estúdio. O falecimento do guitarrista Soto Jr. em 2001 fez com que essa volta demorasse um pouco mais, ocorrendo a 5 anos atrás. E esse disco passou batido por muita gente no Brasil, as grandes revistas ignoraram e agora ele é relançado. Sim, ele tem que ser engolido pelo público e imprensa, pois além de ser um disco de uma bandas das mais respeitáveis, Tales From The Black Book foi um dos melhores discos de Black Metal daquele ano (e ninguém no Brasil se movimentou para que ele fizesse acontecer). Da formação original que gravou o single Om Pushne Namah  em 1983,  apenas o agora baixista (antes guitarrista) Zhema restou. A produção é crua, parece um vinil dos anos 80, e que bom! Será que foi gravado ao vivo em estúdio e usou-se equipamentos analógicos apenas? Numa época em que brilhava o Black Metal Sinfônico e Melódico de Dimmu Borgir e afins, e onde as bandas mais tradicionais, usavam produções estrondosas, ainda que sua música não era Melódica nem Sinfônica, a banda apostou no contrário de tudo isso. Lembra o que disse que para analisar um disco temos que ver o contexto, a parte social dos integrantes, a época, o país, seu regime político, religião, predominante? E nesse caso, a época, onde a horda virou as costas para as modernidades já presentes em 2004. O disco não teve tanta repercussão fora do Brasil também, mas merecia ter tido mais, ficando, mais uma vez, Tales From The Black Book ficando como disco cult. Lembro na época de gente que nem conhecia a banda, dizendo que eles imitavam o Blind Guardian na capa. Ai, ai. Influências de Death são latentes, mas é o Black dos anos 80 que fala mais alto, não tão esporrento, sem blast beats, vocais mais agressivos e guturais do que gritados. A banda já foi peculiar, sendo a primeira do mundo a debutar com um disco ao vivo, o Live de 1985, sem ter tido disco completo de estúdio antes. E eles regravaram duas faixas daquele disco ao vivo, pela primeira vez para estúdio com gravação decente: Guerreiros de Satã e Total Destruição. Pode soar datado, aquelas letras profanas e ingênuas em português com instrumental primitivo, mas cara... Que bem faz ouvir estas faixas!
O atual line-up é:
Zhema - Baixo
Angel - Vocal
Arthur - Bateria
André - Guitarra
Passamani – Guitarra
Enfim, mais um clássico do Metal nacional e do Black Metal mundial com riffs primitivos e bateria reta, mas criando novos hinos com musicalidade que tanto queremos ouvir. Mais do mesmo, mais do simples. O Black Metal ficou muito complicado e virtuoso. Vamos voltar às raízes!
JCB – 9,0

Track list:
01. Gates of Iron
02. The Bells of Death
03. Priests of Bacchus
04. From the Black Metal Book
05. Devote to Devil
06. Fail of the Corpse
07. Face of the Teror
08. Guerreiros de Satã
09. Troubled Mind
10. The Sign Carved on the Door
11. Obscure Soldiers
12. Total Destruição
13. Bestial Insane

DARKTHRONE
Dark Thrones & Black Flags
Peaceville – imp.
Ted "Nocturno Culto" Skjellum, do Darkthrone disse: "O inverno chegou quase definitivamente, e eu estou desfrutando o sentimento de isolamento ao máximo. Ótimo! Fora isso, quero agradecer primeiramente ao Fenriz pelo ótimo trabalho feito na página oficial do MySpace do Darkthrone, du brenner for saken, bokstavelig talt! E também para todos que nos mandaram mensagens através deste site. O inverno significa mais atividades dentro de casa pra mim, então vou dar meu melhor para manter essa cyber-prisão. 'Dark Thrones And Black Flags' já é, bem, história pra mim agora, já que o planejamento e a composição para um novo álbum está em curso. Gostamos de gravá-lo e esperamos o dia 13 de dezembro, quando iniciaremos o novo álbum. Há muitos pequenos detalhes dessa vez em torno disso que bem provavelmente resultarão em um som e um 'sentimento' um pouco diferentes. Parece sem sentido mencionar essas coisas aqui, mas posso garantir que tanto Fenriz quanto eu estamos esperando isso. A primeira sessão de um álbum novo é sempre empolgante, desde que ela estabeleça alguns padrões fundamentais... Pelo menos em nossas cabeças... Bem, pelo menos na MINHA cabeça, então. Trabalhar do jeito que nós trabalhamos agora é tão nebuloso que é difícil de descrever". Isso pode soa auto-indulgente, mas ele estava apenas sendo sincero. O último disco, F.O.A.D. de 2007 foi demolidor, mostrando que a banda não esgota em criatividade. Um EP, NWOBHM (New Wave Of Black Heavy Metal), antecedeu esse álbum em julho de 2007, também demolidor. Depois disso, lançou um box set de três CDs intitulado Frostland Tapes em 23 de junho de ano passado. Frostland Tapes é uma fascinante jornada aos primeiros anos da banda, além de ser o primeiro lançamento oficial a conter todas as quatro demos do DARKTHRONE. Frostland Tapes também inclui uma rara gravação ao vivo na Dinamarca em 1990 (uma das poucas apresentações ao vivo que o DARKTHRONE já fez) e, o que talvez seja mais importante, a versão inédita da famosa sessão de ensaio de 1991 Goatlord. Essas músicas deveriam ter sido lançadas no segundo álbum, antes que a banda mudasse seu estilo, mas ficaram guardadas. Os vocais foram acrescentados em meados dos anos 90, mas eles são apresentados aqui da forma como a gravação soou em 1991 – genialidade instrumental, mostrando a complexidade e obscuridade de uma banda com um grande futuro à frente. O lançamento vem em um “digibook” de capa dura que mostra uma entrevista com a banda contando sobre seus primeiros dias, suas ambições e inspirações. Uma embalagem que vale cada centavo do seu suado dinheirinho. Darkthrone é uma banda formada pela dupla Nocturno Culto e Fenriz, que praticam uma Black Metal rápido, ríspido, pesado, cru e altamente influenciado pelo Punk/Hardcore/Crust. Essa é a marca da banda, ao lado do escárnio e constante deboche das letras e pose dos integrantes, o que eu aprovo. Este novo álbum da banda é absolutamente excelente, do inicio ao fim, uma das melhores coisas que ouvi da banda. Está bem variado, com diversos vocais, diversas levadas, diversos cadenciamentos além do Black Metal convencional. Algo único, sem a menor sombra de dúvidas. Altamente recomendado! A banda é inesgotável, enquanto outras ficam relançando discos ou fazendo acústicos insípidos e inodoros. E olha os títulos: Hiking Metal Punks… Norway In September… Dark Thrones And Black Flags… Witch Ghetto… Quer coisa mais urbana que isso? Interessante, que cada vez mais, o Darthrone expôs sua parte Punk em sua música e filosofia, cada vez mais urbanas. Sabe bandas como Motörhead e Impaled Nazarene? Essa linha porrada eles vão. Em vez apenas de blasfemarem, cantarem odes à Satã, criticarem o cristianismo, fazerem louvores aos ancestrais, ou ainda falarem de florestas densas, eles falam de coisas do cotidiano coisas da rua, das cidades, metrópoles e causos urbanos. Claro, todas as facetas citadas acima dentro do Black Metal têm seu valor e são legais. Mas o Darkthrone inova desta vez, falando de tudo isso (como ser anti-cristão, satânico, ter honra dos antepassados, honrar os anciãos e cultuar florestas), mas trazer tudo isso ao dia-a-dia no seu cotidiano, sem viver na fantasia apenas, pois nenhum Black Metaller pode viver o que prega 24 horas por dia, infelizmente, nem pode fazer tudo o que tem vontade. Então, eles trazem isso tudo para o dia-a-dia. Seria Street Black Metal? PR – 9,5

Track list:
The Winds They Called The Dungeon Shaker
Oath Minus
Hiking Metal Punks
Blacksmith Of The North
Norway In September
Grizzly Trade
Hanging Out In Haiger
Dark Thrones And Black Flags
Launchpad To Nothingness
Witch Ghetto

AYAT
Six Years Of Dormant Hatred
Moribund Cult – imp.
Definitivamente, o Metal está globalizado. Não bastam as bandas ocidentais tocarem no mundo todo, mas o mundo todo tem bandas e assinando com gravadoras de expressão como a norte-americana Moribund. Não bastasse o Sepultura tocar em Cuba, lá surgem bandas extremas, e já recebemos material de hordas da Indonésia, Filipinas, China, Irã e o Ayat é uma banda do Líbano de Anti-Islamic Black Metal. Sim, e está explicado! O Islamismo domina os países árabes, certo? É a religião predominante. A banda toca Black Metal, e em vez de ser anti-cristã, é anti-islamita. Mas como assim? As bandas européias e da América inteira são anti-cristãs, por que o cristianismo é a religião predominante nestes dois continentes. Como o Ayat é do Líbano e ainda que o cristianismo seja forte lá, eles se tornam anti-islã. A horda é: Ayat: Aisha Suicide, Reverend Filthy Fuck (vocais), Mullah Sadogoat (guitarra e baixo) e Dr. Cripples (bateria). Aqui temos uma banda de Black Metal pútrido, pestilento, resignado, purulento e visceral. Raivoso e odioso. Afinal, o título seis anos de ódio adormecido, ou dormente, você queria o que? Se eu tivesse que explodir no meu ouvido por um dia, minha vizinhança imediata seria suficientemente decorada na minha sangrenta vomitar. As letras são infecciosas e cáusticas. Julgando a partir do primeiro minuto de Ilahiya Khinzir! (All Hail Allah the Swine) esses meninos libaneses pareciam que estariam dispostos a evocar um espírito. Os títulos são todos enebriantes, compostos, frases longas com explicação em parênteses. Apesar de Black, lances de Death Metal, Hardcore, lembrando algo de Wurdulak, em momentos descambando para o Grind. As letras são de arrepiar. Musicalmente, não trazem nenhuma novidade, o que é de se esperar de uma banda de um país que não tem tradição nem sequer no Pop! Por isso, estes caras são heróis. Mas um ar diferente toma conta do disco, talvez influências de músicas locais que desconhecemos. Um ar melancólico também paira aqui, parecido com a raiva e ódio das bandas do norte da América do Sul, mas diferente. Uma atmosfera maligna que desconhecemos até o momento. Imagina algo tipo Dødsferd curzando com Wurdulak querendo soar com o Shining, querendo parecer o Melechesh. Enfim, se demorou seis anos para este disco sair, que os próximos dois não demorem mais seis cada um, senão teremos um 666 Muçulmano! PR – 8,0

Track list:
01 Ilahiya Khinzir! (All Hail Allah the Swine)
02 Fornication and Murder
03 The Fine Art of Arrogance Part one (The Icon and the Cattle)
04 Collective Suicide in the Boudoir (Feeling Wonderful Tonight)
05 Puking Under Radiant Moonlight (Followed by a Century Long Ejaculation)
06 Misogyny When We Embrace
07 Necronarcos (Tame You Death)
08 Curses! Curses! And Never Sleep...
09 Thousands of Pissed Motherfuckers...
10 Such A Beautiful Day! (The Exaltation of Saint Francis)

BLOOD STAINED DUSK
Black Faith Inquisition
Moribund Cult – imp.
A banda de Black Metal de Huntsville/Alabama Blood Stained Dusk assinou contrato com a MDM/Moribund Records. O novo álbum do grupo, Black Faith Inquisition saiu no final de 2008.  Black Faith Inquisition era para ter sido gravado no começo de 2005 mas teve de ser adiado devido a trágica morte do guitarrista, vocalista e compositor Dageth, em Janeiro de 2005. O CD agora está sendo gravado pelos membros que sobraram na banda: Thorgrin, Oroan e Profana. Black Faith Inquisition conta com o frontman Pest (Gorgoroth/Obtained Enslavement) nos vocais no lugar de Dageth. Eles são bastiões do Black Metal nos EUA, cena da qual, nunca foi levada a sério por parte da cena européia, sempre vista com desconfiança. Embora os EUA sejam auto-suficientes dentro do Black Metal (ok, lá muuuuito Underground, mas o Underground de lá e quase o Mainstream daqui), suas bandas começam a ganhar o mercado europeu, japonês e sul-americano. Depois de um hiato de quatro anos, uma verdadeira hibernação, vem com um disco com mais de 70 minutos numa viagem aos cantos mais obscuros de sua alma. É o primeiro disco pela Moribund Records, e o primeiro depois da trágica morte de seu ex-líder. São oito faixas de pleno horror em forma de ópus neste terrível artefato! Confira esta volta pro cima! PR – 8,0

Track list:
1- March To Death (Intro)
2- Of Wolf's Blood
3- Coven of the Dying Sun
4- Conquering the Avarice of Mortality
5- Eve of Maelstrom
6- Astrum Obscurum
7- Ashes From a Burning Heaven
8. The Knell Resounding (Outro)

DODSFERD
Death Set The Beginning Of My Journey
Moribund Cult – imp.
Não deve haver muito que fazer na Grécia, como o projeto solo Dodsferd tem dobrado a um escalonamento a quatro full-length álbuns desde 2006, sem nenhum sinal de desaceleração (como esse álbum é aparentemente o primeiro de uma trilogia). Claro, todo projeto de one-man-band, é mais fácil, rápido e econômico de se fazer um disco, e muitas vezes, venda garantida dentro do universo Underground, geralmente pela excentricidade de seu mentor. Poderíamos equacionar aparentemente tão compulsiva produtividade com menor qualidade sobre a abundância de bandas, mas que não é o caso aqui. A despeito de seus hilários títulos com um som Black’n Roll, aqui a coisa é do contra de todos. Você até pode comparar com algo do Darkthrone dos álbuns mais recentes, ou ainda o Gorgoroth nos momentos mais extremos, como em Under The Sign of Hell. Ou seja, humor negro na concepção da palavra. Apesar de não se levar tão a sério, acaba sendo legal e um outro lado do Black Metal também válido. Rifferama Black Metla tipicamente, vocais infernais, clima diabólico e taciturno. You Were Talking About A Kingdom; What The Fuck Is That!!! Abre e deixa claro o espírito (de porco) da coisa. Olha a tradução do título: Você estava falando sobre um Reino; Que porra é essa!!! Eu é que te pergunto, que porra é essa de título? Melodias simplistas alternadas com os mais fast, raw e blasting passagens infernais! A segunda I Can Easily Destroy All The Things I Have Created possuo belas melodias e harmonias, dentro do estilo, claro, mostrando habilidades do compositor Wrath. Apesar de ultra-graves misantrópicos temas, Death Set The Beginning Of My Journey, consegue ser um disco até alegrinho. Como um ancião profeta, esta legenda do Black Metal grego justifica esse título mais uma vez, e claro, trazendo características que só o Black grego tem. Aliás, em bom português, negro e grego combinam! Que fez a heresia aqui foram os bestiais: Personnel: Wrath (vocal, guitarra, sampler); Sardonic (baixo); Maelstrom (bateria).
RC – 8,0

Track list:
1- You Were Talking About A Kingdom; What The Fuck Is That!!!
2- Day You Will All Rot, I Will Burry Forever My Hate!, The
3- I Can Easily Destroy All The Things I Have Created!
4- Suicide Was Created By Your Incompetence.
5- Light Is Darker In This Swamp.
6- Death Set The Beginning Of My Journey.

NECRONOCLAST
Haven
Moribund Cult – imp.
O Necronoclast é mais um destes taciturnos projetos de one man band. O disco é Haven, álbum de G (sim, o cara se chama assim, para deixar o ar mais sombrio ainda), desta vez, o trabalho vem da Escócia. Black Metal regado a um bom Scotch, kilt e gaita de foles? O CD tem sete faixas e uma atmosfera atmosférica (deu pra entender?), caindo no Depressive Black Metal. Ou ainda, o Slowly Black Metal. Dedilhados e notas e solos minimalistas, provocam um mantra no ouvinte, com uma aura melancólica, com forte apelo Doom. O Depressive Black Metal é a tônica (que não é a água) de Haven. Das sete faixas, a última, Slashed By Shards Of Existence, é uma trilogia dividida em três partes, que são as faixas 7, 8 e 9. O fator as vezes irritante, é a bateria eletrônica, que apesar de não comprometer e ser até lugar comum em projetos de bateria, que mesmo eletrônica e deste tipo de proposta, dá um ar muito sintético, mesmo que a produção parca deixa o som e o resultado final mais sujo. Mesmo assim, o Atmospheric Black Metal, com vocais ininteligíveis, vai fazer muitos fãs na América do Sul. PR – 7,5

Track list:
1- Haven, The
2- That Which Crawls Among The Shadows
3- Nyctophpbia
4- Entombed In Silence Amove
5- Beneath The Embers Of Time
6- Deathless
7- Slashed By Shards Of Existence: I. Wounds
8- Slashed By Shards Of Existence: II. Echoes
9- Slashed By Shards Of Existence: III. Exit

SEPTIC MOON
The Silent Breath Of Evil
Omeyacan Productions – imp.
Banda Mexicana de Black Metal muito Brutal, rápida, rasteiro, gélido, frio e ríspido. Som muito rápido, e odioso, como quase tudo feito na Latino America, lembrando o Marduk antigo eo o Darkthrone antigo. O quinteto é ZeTezcatlipoca (Vocals), Deathbearer (Lead Guitar), Abaddon (Rythm Guitar), Neocroner (Bass) e Shadowbuilder (Drums). O disco foi gravado em outubro de 2007, teve em Miguel Angeles Tavera como engenheiro de som, que teve um aproveitamento acima da média das produções hispânicas. O disco também foi lançado localmente pela Antichristian Black Metal Records, que ajudou na produção artística, ou melhor, satânica. As letras são quase todas do batera Shadowbuilder, assim como as músicas, sendo ele o provável e profano líder do negócio aqui. Exceto Blackstorm Attack, escrita pelo urrador, bardo bárbaro e gárgula do Inferno, o esgoelador ZeTezcatlipoca. E exceto Intermezzo, opus composto por Deathbearer, donatário e curador dos solos mais infernais já feitos em terras astecas. Ainda, encerrando, um cover do Tsjuder, para a música Ghoul. A capa foi feita por Celia Alejos Rodriguez e o conceito gráfico por Shadowbuilder, realmente o sacerdote desta seita. PR – 9,0

Track list:
1. The Hidden Beast
2. Towards The End Of Times
3. Inside The Great Makesty Of THe Night
4. The Nameless One
5. Intermezzo
6. Blackstorm Attack
7. The March Of The Ancient Creatures
8. The Mist Behind The Black Mountain
9. The Silent Breath Of Evil
10. Outerworld Graveyard (outro)
11. Ghoul (Tsjuder Cover)

FOETICIDE
Inside My Blood
Omeyacan Productions – imp.
Banda Mexicana, assim como o seu selo. Como todas as bandas de Death Black Metal da Latina América, esta aqui não poderia deixar de ser mais uma, todas elas são odientas, odiosas, rancorosas e mortíferas. A começar pelo nome do grupo, que em português significa feticídio, ou seja, assassinato de um feto ou aborto. A malignidade do grupo ultrapassa qualquer pudor e conseqüência, a banda nasceu (ou foi abortada) em 1992, quando de seu o embrião desta horda (ainda bem que ninguém matou esse embrião). A horda lançou algumas demos nefastas e debutou pela American Line Prods (nossa parceira também) com The End Of The Beginning em 98, vindo depois com War, Domain And Torment em 2002 pela Sempiternal Prods, está de Chicago, EUA. Depois viria Embrace Of Death e pronto, chega logo de cara com o duplo Inside My Blood. De longe, o CD é original, porém, é bem feito para fãs do estilo mais Brutal do Metal Morte. Do CD1 que é de fato o Inside My Blood, destaques para a faixa-título, Impiodissector e Mechanical Mind. O CD2 é uma compilação, de momentos anteriores de discos antecessores e demos, também vale checar, embora seja muito mais primitivo e tosco. RC – 8,0

Tracklist:
CD1 Inside My Blood
1. In This War
2. Inside My Blood
3. Resistance
4. Impiodissector
5. Born In Blood
6. Rebellion
7. Mechanical Mind
8. War and Flesh
9. Slither Death
10. Extinction
11. Frozen

CD2 The Early Days Of Rage (Compilation)
1. Spermatic Introduction
2. Necropediatric Infection
3. Miscarried by Purulent Manifestation
4. Putrefact Corpse
5. Foeticide
6. Death Is Creation
7. Reflections About Life and Death
8. In My Black Sky
9. The Lament Of My Soul
10. Deadly Epidemie
11. Destruction OF The Human Race
12. Nuclear Death

DARK EDEN
Frightful Chronicles Of Human Nature
Omeyacan Productions – imp.
Nao se engane, não se trata da banda de Dark Metal de Santos. A nossa banda surgiu em 98, lançou um bom disco em 2002 e desapareceu junto com sua gravadora na época, a Megahard, lembram? Quantas bandas nacionais surgiram graças a esta gravadora e quantas bandas de Prog Metal e Metal Melódico italiano eles lançaram? Uma pena. Aqui, o grupo é do México e a coisa ferve. Black Metal puro, ríspido e satânico. O disco foi gravado ainda em 2006. O quarteto é formado por Samathoth (Vocals), Luciferion (Guitars), Pulse Of Doom (Bass) e Black Fire (Drums). A banda é bem brutal e agressiva, mas seis faixas são muito poucas para se ter uma opinião formada melhor a respeito do grupo. Que venha um full lenght da próxima vez! PR – 7,0

Track list:
1. Demonic Stigmata
2. Devotional Murderer
3. Ministry In Lie
4. Dark Eden Rising
5. The Pleasure
6. The Wrath Of Unborn

EVIL POETRY
Letheus Nocturnus (demo)
Omeyacan Productions – imp.
Demo desta banda do Mexico, mais uma a produzir um disco no M.A.T. Studio by Miguel Angeles Tavera, como engenheiro de som novamente. São sete faixas, verdes de toscas, parcas, fedorentas, escafonas de toda a sorte de perversidade. De as bandas do selo em questão, de maneira geral, são bem abruptas e cruas, imagina uma demo então! O trio é Zephiroth (Guitars, Vocals and Brackground Vocals), Rockarla (Bass) e Shadowbuilder (Drums). Peraí! O Shadowbuilder é baterista e lider do Septic Moon! Olha a corja se reunindo! Aqui, ao menos, transparece que quem é o dono do negócio é Zephiroth. Então no México, as coisas são que nem na Noruega onde cada um toca em várias bandas, e se cruzam (musicalmente). Isso é legal. Apesar da boa (ou melhor, na vontade, pois Zephiroth é o poeta do Mal), a banda precisa amadurecer ainda mais suas idéias. PR

Track list:
1. Drama And Evolution
2. Beyond The Tress Of The Sacred Forest
3. Lacus Somniorum
4. Letheus Nocturnus
5. Omeyocan Conjure
6. The Silence Is Behind
7. Hate