KARCINOMA
The Night... Apogee of Madness
Stygian Crypt – imp.
A música de Karcinoma é muito diferente de qualquer outra banda que eu ouvi de Stygian Cript, durante os últimos anos. A gravadora russa é especialista em gravações, produções, discos e bandas de som épico, melancólicos algo Folk e Pagan, ou Doom e Black. Consigo compreender que esta primeira banda quando começou, foi em 1994, desempenhou Brutal Death Metal, mas o som tinha mudado desde então, o que foi um grande negócio. Em todo o comprimento deste release chamado The Night... Apogee of Madness eu esperava ouvir algum Doom ou Goth Metal, mas o que uma surpresa. A banda está tocando um Sympho Black Metal com elementos adicionais de Death Metal. Existem também algumas peças melódicas me lembrar de algumas bandas Goth, onde o trabalho de guitarra de Michail Evgeniy cabe na frente de uma boa imagem. O apoio de adicionais vocais da vocalista Yana Filippova, confere a esta uma dimensão extra para esta versão, que é novamente um re-lançamento, porque o material original foi gravado em 98. Mas soa atual como nunca! Melhor exemplo de Yana são suas habilidades vocais ilustradas em uma terceira via, um francês um, "La Musique", simplesmente fantástico. É escuro, intenso, forte e cheio com uma aura mística e complexas melodias. Será uma grande vergonha, se não nunca mais ouvir a partir desta banda, porque eles têm muito a oferecer. Quando você pensa deste material a ser feito já em 1998 mostra que esses caras não eram os seguidores, mas criadores de uma tendência, do qual, por estarem fora dos grandes centros da Europa, passaram batidos. PR – 8,0

Track list:
1. Invitation to Twilight / The Night...
2. The Apogee of Madness
3. La Musique
4. Sacred Cave
5. The Curse
6. The Night... (remix)

SCRATCHING SOIL
Separatism
Stygian Crypt – imp
Outro grupo russo tocando Black Metal desde 1996. Este duo lançou dois álbuns antes de Separatism, mas este é definitivamente um dos melhores. .Este álbum mostra-nos como é que este tem vindo a desenvolver com a sua banda musical e escrita. Direito antes que eu te disse que eles estão tocando Black Metal puro, o que não é errado dizer, mas que não preenchem, porque há muito mais a sua música do que puro som Black. Existem numerosos elementos Death Metal bem como, na verdade mais de um Death Old School quando se fala de riffing etc. Rápidos riffs são dominantes, mas também há alguns mais lentos, profundo sons metálicos, melancólicos com algum ar de Doomy, embora muito mais limpos do que em sua versão anterior. Esta banda não tem nada a ver com a seguinte evolução, em que eles não são realmente em nada original e único, na concepção e produção, apesar de que é muito profissional e eles realmente merecem todo o apoio que você pode fornecer-lhes. Se você é honesto e original na veia do Celtic Frost e Darkthrone misturado com velha escola do Death como influência no estilo de Possessed e  Death esta é uma coisa que você deve conferir. Mas nada demais, apesar de muito bom. PR – 7,0

Track list:
1. Time to Cut the Tails Off (separation preview)
2. Lord Mischiefer` Arrival
3. The Dancing One
4. A Remembrance
5. Cordis et Caellum Dissectio
6. The Cutting Word
7. The Cold Word
8. Putting Flame into Mortals` Heads (bringing together the splinters of myself)

VIETAH
Zorny Maroz (Starfrost)
Ambient Black Metal
Stygian Crypt – imp.
A Stygian Crypt Productions mandou um monte de novos lançamentos e alguns deles, meio EPs e até demos. Vietah é Ambient Black Metal, projeto de Antarctis, um cara de Gomel (Bielorrússia). Este tipo de um homem-projetos não estão fora do normal, eu sempre tive enorme respeito pelas pessoas que fazem todas as coisas por si mesmo, tomando caminho diferente, sem compromisso, basta fazer o que sempre que quiserem. Embora, muitas vezes, alguns resultados deixem a desejar. Zorny Maros é seu primeiro álbum cheio de comprimento, com apenas cinco faixas sobre ela, mas todas elas são muito longas com duração de cerca de 8 a 9 minutos cada. Toda a atmosfera sobre este álbum é algo escuro e muito frio, como se estivesse sozinho na mais profunda floresta. A capa é cinzenta e Dark, com paisagens naturais inspirados pela solidão, lembrando o pai da misantropia do Metal, Burzum. Tendo isso em mente, eu não acho que essa música é muito original nem é exclusiva de qualquer maneira, mas há algo cativante e apelativo. Os vocais são ásperos, mas eles não são tão duros quer, há um certo feeling na gritaria toda. Todo o som e de produção se encaixa muito bem a atmosfera geral do álbum, é adequada à natureza do registro. As músicas são tocadas em diferentes velocidades e os teclados também desempenham um papel importante neste tipo de música, aqui com o seu papel na destruição sonora, as vezes de dor, tristeza. Me lembra um pouco o Burzum principalmente outros escandinavos grupos. Interessante e nunca entediante. PR – 7,5

Track list:
1. Zorny Maroz U Dalinie Zimovaj Imgly (Starfrost in the Winterfog Valley)
2. Tliennie (Smoldering)
3. Vietah Dy Samotnaja Zorka (Old Moon & Solitary Star)
4. U Prastoru Pa-za Inszym Bokam (To the Space Beyond)
5. Adczužanasć (Estrangement)

AD NOCTUM
Arrogance
Undercover – imp.
Banda da Dinamarca, coisa rara de se ver. Num país frio, de alto nível e próximo a Alemanha e com poucas léguas de oceano, se encontra com outros países nórdicos, como Suécia e Noruega. No entanto, são raros os grupos surgidos de lá, sendo os maiores, sem dúvida, King Diamond e Mercyful Fate. Quem sabe agora, a coisa muda. Sua música é apoteótica, hiptônica, suntuosa e draconiana. Um grupo de Black Metal diferente do usual ainda que com propostas análogas, tradicionais e amalgamas. Grupo no resultado, pois na sua feitura, é meio que uma banda de um homem só, Jan Borsing, o dono do troço aqui. Um intenso trabalho de guitarras, bateria voraz, baixo sagaz, estonteante. A produção é boa dentro do possível, ficando claras todas as idéias que ele quis fazer. Arrogance é o segundo disco do Ad Noctum e sem arrogância alguma, deve ser o maior nome do Metal extremo de seu país no momento. São sete faixas só, como nos velhos tempos do Black Metal, poucas faixas, curto e grosso. Letras inteligentes em vocais ininteligíveis, com destaque para Arrogance (From the Angels Point Of View), The Necessity Of Slavery, Deathcramps Of Humanity e Wheelchair Religion. Nada de novo, mas bem functional. Uma artefato funcional! RC – 7,5

Track list:
1. Arrogance (From the Angels Point Of View)
2. The Necessity of Slavery
3. Deathcramps of Humanity
4. Life's Ending
5. Wheelchair Religion
6. World of Pity
7. Modtag Skyggen

DEMOGORGON
Naenie
Undercover – imp.
Black Metal alemão. É incrível como o cenário alemão tem os maiores festivais do gênero, tem o maior público do estilo, tem mais bandas em quantidade do que qualquer outro país dentro do sub-estilo, tem qualidade acima da média, mas suas bandas não alcançam tanta proporção que nem bandas da Suécia, Noruega e Finlândia. A banda lançou sua primeira demo em 2004 e Naenie é seu debut, com o mesmo nome de sua segunda demo. Eles regravaram de forma mais decente todas as cinco faixas de sua demo e fizeram duas novas: Christpenetration (querendo dar uma de profanos que em o Marduk e o Impaled Nazarene) e A Nephilins Child. Naenie, a demo é de 2006. Ainda em 2006, a banda splitou com Khronn Mutilatum e repetiu algumas faixas: Mein Schatten e Black Metal Against Black Metal estão em Naenie demo, Naenie CD e no split. Já Und Schwarz Zerfloss Der Gülden Hain, mais Trauer Gebahr Todes Antlitz e Naenie, a faixa, estão em Naenie demo e Naenie CD. De novas mesmo, só Christpenetration e A Nephilins Child. Muito pouco, duas faixas para dois anos NE? Pra que repetir as mesmas faixas na demo, CD e split? Falta de inspiração? Deve ser. As faixas são boas, mas para um debut, os caras deveriam vir rasgando. RC – 6,5           

Track list:
1. Und schwarz zerfloss der gülden Hain
2. Mein Schatten
3. Trauer gebahr Todes Antlitz
4. Black Metal against Black Metal
5. Christpenetration
6. Nänie
7. A Nephilins Child

PROFEZIA
Black Misanthropic Elite
Undercover – imp.
Black Metal algo Ambient. Sim, meio viajante, como um dia Mortis cismou de fazer. Ainda, quem curte Striborg, pode curtir os caras também, ainda chamados de Misanthropic Black Metal vindos das mais obscuras florestas e madeiras. É um duo: Kvasir todos instrumentos (Abhor (Ita), Ancient Supremacy) e Vidharr na bateria (Tenebrae in Perpetuum, Beatrik, Near, Chelmno). Eles participaram do tributo ao Burzum, então você saca que tipo de proposta eles querem propor. A banda vem da Itália e soa melancólica por causa disso, ainda que esporrenta no meio de sussurros e adjacências pretensas espirituais. Primeiro full lenght, depois de lançarem três demos, sendo que a última em 2003, ou seja, um hiato de cinco anos. Apesar de duo, conta com participações especiais, como Baron Drakkonian Abaddon (Michael Ford Nachttoter) (Black Funeral, Sorath (US), Valefor, Darkness Enshroud, Prophecies et) e Sanctus, Ordo Tyrannis, Hexentanz) vocais e letras em Hungering. PR – 8,0

Track list:
1. Overture Psalm 05:01
2. Poem for the... 02:49
3. Under a pale veil of Unconciousness - Reckless 03:03
4. Interlude 01:00
5. Hatred 05:57
6. Black Misanthropic Elite 05:30
7. Bewitched 05:16
8. Hungering 05:32

VARGSANG
Werewolf Of Wysteria
Undercover – imp.
Black Metal em edição digipack limitada, e já dito o melhor disco da banda desde já. Banda alemã, da região da Bavária, com seu terceiro disco. Boa produção, ainda com alguma limitação técnica, mas boa inspiração para forjar hinos nitidamente satânicos. Eles se relacionam com a banda alemã Graven, com grandes lanços de seus membros (não confundir com o sueco Death Metal do Grave). Influências desde as mais noscivas do Mayhem, com uma melhor aparada, ainda que a crueza do Darkthrone seja inerente, algo épico do começo do Bathory, antes de se tornarem Viking, e por aí vai. Eu prefiro Graven ainda, mas o Vargsang ainda é algo legal. Destaques para as guitarras rústicas em And Death Calls From Beyond, Night Of The Forlorn Creature e Werewolf Of Wysteria. Vale citar que no meio da toscaria, você percebe, sente e até inala o cheiro de Underground, do clima, de se criar atmosferas mórbidas e funestas para todos nós curtirmos. RC – 8,0

Track list:
1. Intro
2. And Death Calls From Beyond
3. Night Of The Forlorn Creature
4. Crush The Whores
5. Cold Dark Thoughts of Suicide
6. Sadistic Act of Torture
7. Cursed By Hatred and Death
8. Werewolf Of Wysteria
9. Gothic-Slut Impalement

FUNERARIUM
Nocthule
Undercover – imp.
Olha, a banda é de Luxemburgo, e só esse diferencial, já dá um toque diferente a banda, sabe aqueles países que não tem tradição no estilo, e que suas bandas não têm referência alguma, e a referência é copiar na cara larga algum grupo de outras paragens? Aí você ouve, vê que é cópia, mas dá um desconto, visto que é de um país precário no Metal. Mas mesmo sendo uma cópia, por vir de um lugar pitoresco, acaba soando diferente? Até aquela ingenuidade e falta de estrutura e recursos, você realiza, voltando ao tempo, onde em nosso Brasil e no começo de sua vida metálica você também via dessa forma? Aí vem aquela nostalgia gostosa de primitivismo, e você saca como os caras estão curtindo fazer aquilo. Aqui, temos um Black Metal com muitas doses de Doom, bem ao estilo da escola de Luxemburgo. Bem acho que a escola luxemburguesa deve ser só eles mesmo. Melancholic Depressive Doom Black. Nenhum destaque, citamos a Auro e o espírito do grupo. RC – 7,0

Track list:
1. Intro
2. Riders of Doom
3. Nocthule
4. Journey through the desolated Lands
5. The curse / Ontology of the Trinity capes
6. The parable of the blind leading the w
7. In the streams of Melancholy eak
8. In the dark nihilistic center of gravity

INFERNO
Uctivani Temne Zurivosti
Undercover – imp.
Banda da República Tcheca, com letras na língua natal, praticando Black Unholy Metal. São onze faixas, algo longo para o Black Metal, que geralmente não passa de oito faixas, pouco se fudendo para a logística do Compact Disc, onde muitas bandas acabam gravando 14 temas apenas para encher lingüiça. Adramalech é o cara por trás do negócio, e a banda goza de respaldo em seu país e algum conhecimento no Leste Europeu. A banda ainda tem elementos líricos mais próximos de um paganismo satânico do que do satanismo como um fato. Musicalmente, é Black Metal, mas a postura e de glorificar suas entidades locais. Algo bem cru e sem nada demais, acrescentar a cena. Oito faixas seriam suficientes, embora tenha a tenebrosa intro e o lúgubre epilogo ou outro. RC – 7,0

Track list:
1. Intro - Nekoneèné hlasy z temnoty
2. Když zima pøichází
3. Vidím v plamenech tvou víru zkrze èerný kov
4. Uctívání temné zuøivosti
5. Píseò krve, ohnì a odporu
6. Tyranie nesvatého umìní
7. Apokalyptický oheò pro novou etapu života
8. Nejtemnejší, krvežíznivý
9. Ve vøavì války
10. Peklo na zemi
11. Outro - požitek ze smrti a pekla

HYADNINGAR
Imminent Useless Soul
Independente – imp.
A França é um país singular. Apesar de rico e chique, não esquece sua raízes latinas (sim, a França é um pais latino) e desperta a maloqueirice em meio a tanta frescura. Algo Brega e Chique. Ainda, em seus primórdios, na época da Gália, era um povo bárbaro, retratado com maestria nas histórias de Asterix. E eles levam a sério aquele lance de poção mágica que os tornam valentes guerreiros. Hyadningar é um projeto do vocalista, baixista e baterista do Ataraxie. O destaque é a abordagem variada para canto, incorporando os gritos desesperados de It (Abruptum) até os angustiados “shrieks” de Varg Vikernes (Burzum latente influência – quando ele vai sair da cadeia, pra continuar sua saga?) e os growls de Attila (Mayhem). Ou seja, Black Metal escandinavo. Diferente das bandas italianas que são mais macarrônicas, da Espanha que são mais odiosas e das portuguesas, que são mais Góticas, com os francesesThis is in addition to more standard black metal shrieks and death grunts. Não tem meio termo: é 8 ou 80. Ou eles curtem lambada, ou vão pro Black Metal Mayhem/Burzum. Isto é, para além da norma do mais puro, insano e insantificado Black Metal através de militarista e cativante Headbanging agressão. As restantes canções não são tão caóticas como a faixa de abertura, Cross Destitution, a melhor de todas, mas os ritmo freqüentes e mudanças inesperadas de passagens asseguraram que se mantém pouco menos de som imobilizado. Esta é um excelente estréia para os Hyadningar. Vamos esperar o que há mais para vir. Entretanto, penso que é tempo que eu tinha uma para ouvir Ataraxie, que ainda assim, é melhor. RC – 7,0

Track list:
01. Cross Destitution
02. Autumnal Fears
03. 'Cause I'm My Own...
04. Allemande
05. ... Of Ashes And Dust
06. Dreaded Infinite Crescendo
07. Imminent Useless Soul

ARMAROS
Godless Empire
Independente – imp.
Pois bem, este álbum certeza me surpreendeu! Eu levei um olhar para o gênero Blackened Death Metal, figurava que era, e eu achei ser uma espécie de Black Metal melódico com influências Death Metal. Você sabe, como Naglfar ou Belphegor. Isso é o que parece Blackened Death Metal, a fim de constituir atualmente. Este álbum soa nada parecido. É realmente muito mais enraizado na American Black Metal. Eu estou referindo-se ao Thrashy, brutal e violento (mas com uma boa produção) som que é um pouco perceptível em faixas como díspares como Angel Corpse. Esta banda de Black Metal é violenta, vibrante e riffs a soar oco, mas colocá-las em Death e Thrash estruturas. Além disso, essa música é muito menos do que tonal Black Metal europeu. Realmente, eu estou surpreso que não há outra banda que soa como esta; mais bandas americanas parecem ser mais inspiradas pelos noruegueses e suecos do que os seus próprios compatriotas. Evidentemente, isso não quer dizer que não há nenhuma influência européia sobre este álbum. Há definitivamente um pouco de Mayhem nos riffs, assim como em todo o álbum. O lurching, para frente e para trás em andamento sentir Vanquish é muito Celtic Frost, se me perguntar. No geral, porém, este álbum é bastante fucking americano, e muito fucking brutal. Hell, das partes de que descerão para a sub-nono círculo dos níveis de brutalidade dissonantes do Incantation no estilo, por isso, este é um dos melhores álbuns que posso oferecer . Trata-se de Blackened Death Metal feito a maneira americana, e os meios que o Death Metal parte da equação está enraizada nas American percussões e dissonantes, em vez de melodia sueca. Tava faltando uma banda que fizesse Black Metal resgatando as raízes norte-americanas, fazia tempo que não honravam a cena de lá que também tem relevância e bandas de qualidade. Ainda conta com uma trilogia dentro do disco, em Towards The Übermensch partes I, II e III. RC - 8,0

Track list:
01. A New Dark Age (intro)
02. Days of Destruction
03. ….and Ye Shall Be As Gods
04. When Death Comes Sweeping Down
05. Vanquish the Shadow
06. Towards the Übermensch I
07. Towards the Übermensch II
08. Towards the Übermensch III
09. The Abhorred
10. Godless Empire

ADVERSAM
Proclama
Bloodred Horizon – imp.
Itália não é conhecida pela sua cena Black Metal, apesar de estar em uma expansão é uma verdade. Tem muito público, e muitas bandas que ainda não conseguem penetrar em outros mercados. A partir desse cenário o Adversam recentemente libertou seu segundo álbum inteiro, Proclama. Esta é uma coisa surpreendente, uma vez que começou seu caminho em 1995. Eles tinham só libertado duas demos, juntamente com estes álbuns, de modo que não é surpresa que eles continuaram a permanecer como Underground ainda. Início instantaneamente com faixa título Proclama, com um Black Metal comum, com vocais não muito bons. Urrar gutural é uma arte. Uma arte para poucos. E as bandas italianas pecam nisso, com seu sotaque forte, acaba deixando caricata a sua música, além de não se entender direito muitas vezes, fazendo-nos rir do que nos chocar com estes vocais macarrônicos. Teria sido preferível musicalmente fazer vocais limpos, ou simplesmente deixar de ter-los totalmente. O disco não é ruim, mas os vocais estragam e deixam as músicas menos legais e aterrorizadoras do que poderiam. Ainda assim, o instrumental de faixas como The Conqueror Worm, Kamanlie, Metrodogs e Death Wants More Death salvam o disco e valem a sua aquisição. PR – 7,0

Track list:
[01] Proclama
[02] The Conqueror Worm
[03] Kamanlie
[04] Fog
[05] Metrodogs
[06] Little Death
[07] Death wants more Death
[08] Unfairy Tales
[09] Warped Fate

SANGUIS
Ascension
Bloodred Horizon – imp.
Banda da Áustria, país com uma inacreditável falta de tradição dentro do Metal, ao menos, dentro do Black Metal, algumas bandas pipocam de lá. O Sanguis é uma delas, e Ascension é o terceiro disco da horda, com mais de 45 minutos de um Cru, Raw, Fast, Rápido e Technical Black Metal com muita melodia. Sim, não é só no Death Metal que há o Technical. O Black Meta é mais calcado mais em atmosferas, ideologias, letras, visuais e religião do que o Death, onde estes fatores são mais modestos e o que vale mais é a agressividade e a técnica. Mesmo assim, esta técnica é trazida para cá, fazendo muitos acharem erroneamente que o Sanguis é Death Black. Não é. Ascension é melhor do que o antecessor Infernum Infernitum. Tirando a intro de 26 segundos de barulhinhos desnecessários (se ainda fosse uma intro orquestrada cheio de ambiência, vá lá), entra o esporro de I Saw The Fall Of Idols, com um grande trabalho nas guitarras. Em Chains o vocalist Umbra (viria ele do Umbral?), explora sua versatilidade em guturalizar vocais Black Metal. A guitarra de Azazel acompanha a seção rítmica do baterista Svart e em I Decline sentimos influências de Death Thrash (só influências, o som é Black mesmo). Mais uma banda que se locupleta do filósofo Fredrik Nietzsche nas letras de Unter Feinden. Realmente, a banda é muito inteligente podendo ser chamada de Intelectual Black Metal também. O disco ainda conta com o cover do Immortal para Unsilent Storms In The North Abyss, que se não superou a original, ao menos ficou muito boa. A Áustria pode se orgulhar do Sanguis! Uma banda que consegue se diferenciar dentre milhares hoje em dia. PR – 9,5

Track list:
[01] Intro
[02] I Saw The Fall of Idols
[03] Chains
[04] I Decline
[05] Unter Feinden
[06] My Curse
[07] Abjuration
[08] Ad Infinitum
[09] Unsilent Storms in the North Abyss

VERZIVATAR
In The Shadow Of Sombre Clouds
Old Temple – imp.
A banda vem da Hungria. Este é um debut com apenas quatro faixas. Frieza, crueza, impiedade, guitarras toscas e cruas, vocais esganiçados, velocidade média e passagens lentas e cadenciadas. Música rancorosa, amargurenta melancólica, como o Gloomy Black Metal pede. São poucas faixas, apenas quatro, mas em 31 minutos. As faixas beiram os 10 minutos de horror, atrmosfera Dark, inspirado na Natureza. São de espírito pagão, mas musicalmente, são Black Metal. Impossível citar destaques ente quatro faixas, mesmo ainda que elas sejam diversificadas dentro delas mesmas. Vale mais ouvir e tentar entender este triste e depressivo artefato. In The Shadow Of Sombre Clouds é o relançamento da demo homonima e indicado para fãs de Striborg. RC – 8,0

Track list:
01. Sadness Of The Night Forest
02. Melancholic Dead Dreams
03. Walking Through The Empire Of Eternal Snow
04. Caducous Riverside Shadows

CELESTIAL BLOODSHED
Cursed, Scarred And Forever Possessed
Debemur Morti / Mystic Arts – imp.
Tal como o título indica, este álbum irá deixar-lhe amaldiçoado, cheio de cicatrizes e para sempre possuído. A faixa abertura tem faíscas vívidas em cenas na minha mente. Quando ouço isso, penso no frio, na escuridão e nos sinuosos corredores das masmorras. Você pode ouvir os gritos de um fraco torturado com sua alma e como está sendo arrastado para as profundezas do inferno em cadeias de congelamento de gelo. A sério, este álbum irá fazer isso para você. Ao longo de todo o resto do álbum, que é nada mais brutalidade. Ora, a música também é preenchida com tristeza e escuridão, e deixa você sentir uma sensação de se aproximar de castigo. Você pode realmente ter uma visão geral sobre os seus ombros de vez em quando se você escutar a esta, só para ter a certeza de que não há nada lá. Os vocais são típicos “wails” e gritos, mas nada mais do topo como o vocalista de Sargeist. E você pode realmente saber o que ele está dizendo, que é uma coisa boa, já que as letras não vêm com o CD. No geral, achei que este é um álbum muito bem trabalhado. Como já afirmado anteriormente, a bateria poderia ter sido mais potente, mas não acho que ele é de uma grande coisa. Eu recomendaria este a qualquer entusiasta do Black Metal, e que faria uma boa adição à sua coleção. Sua música é datada e envelhecida, muito nostálgica. As vezes cai bem uma nostalgia, ainda mais quando é bem feita e de alta, e não só uma cópia barata de alguma formação. PR – 8,0

Track list:
1- Intro
2- Cursed, Scarred And Forever Possessed
3- Sign of the Zodiac
4- Truth is Truth, Beyond The God
5- All Praise to Thee
6- Gospel of Hate
7- Demon of Old

ARKANUM
Antikosmos
Debemur Morti / Mystic Arts – imp.
Há dez longos anos se passaram desde Kampen, um disco fenomenal e passaram a terceira parte da saga Pan. A última quarta parte Faunaz Samgang deve seguir em breve, mas quando o projeto foi sempre sobre o Reserve Bank adiada até que eventualmente ainda era pouco provável que algo de Johan "Shamaatae" Lahger. Os céticos foram, então, em 2002, com o Boka Vm Kaos EP disabusado e novamente passou mais algum tempo, seguido pelo SVARTSYN cm suas melodias fantásticas e o Split com o anúncio de que a saga tem finalmente a Faunaz Samgang seu final e deverá ser, e já na parte de cima do quinto álbum Antikosmos no horizonte anunciado. Eventualmente, ele se tornou evidente que o fosso simplesmente tornar-se muito grande, e os planos foram rejeitados. Ano 2008, a saga da Pan história poderia vir, para ouvir o nome Antikosmos Chaosgnostiker Lahger e, entre os escritores se passou, ele ainda está acontecendo, e ele cria com seus ouvintes novos sons para surpreendê-lo. Antikosmos será absolutamente um início auspicioso. Svarti e Dauðmellin nós estamos com dois típicos opus do ARCKANUM, matérias-primas (não tão) Black Metal aproximada de fazer, como nós já estamos acostumados nas últimas publicações regulares que se podiam ouvir. Røkulfargnýr então segue uma peça cuja versão chega no Death Thrash Metal. A faixa seguinte é uma coisa dessas divisões do passado e de que já não é habitual. Juntamente com o seu coletivo experimental KAOS131 ele vem com Blóta Loka que pra gente tem um significado esquisito, mas na língua deles, deve ter outro. Já em Nákjeptir segue outra direção do 'novo' ARCKANUM, com algo Death com linhas melódicas de guitarra. A seguinte Eksortna é uma espetacular solo de guitarra Intermezzo, e Sú Vitran, então é a maior canção do álbum, nos moldes habituais e com uma longa duração, outro esquema experimental. A celebração do disco é Formála, um pedaço anormalmente lento, o que foneticamente novamente tem uma pitada de Death Metal Doom, mas também respira. Findo mais um capítulo da música negra (do Metal, claro). PR – 8,5

Track list:
01. Svarti
02. Dauðmellin
03. Rokulfargnýr
04. Blóta Loka
05. Nákjeptir
06. Eksortna
07. Sú Vitran
08. Formála

URFAUST
Drei Rituale Jenseits Des Kosmos
Debemur Morti / Mystic Arts – imp.
Eu ouvi pela primeira vez esta banda a partir da canção Der Halbtoten Dichters Schein-Existenz sobre o split-álbum chamado Auerauege Raa Verduistering. Fiquei intrigado com o único som que se fez: Black Metal que os ordinários faziam, cru de doer, misturado com vocais limpos (com um pouco de wailing e atirados screeches aqui e ali. Ou seja, gutural e gritado, mas na maior parte das vezes, limpo). Esta técnica pode ter sido utilizada várias vezes por outras bandas, mas nenhum delas tiveram maestria ao fazê-lo como o Urfaust. Vamos deixar uma coisa bem clara, eu odiava as faixas orquestradas simplesmente porque eram desnecessárias. Infelizmente, estas faixas perfazem cerca de metade de seus álbuns. Tudo o que eu queria ouvir até o final da década passada era Black Metal em suas canções, e as faixas foram capazes de fazer por si só os Urfaust uma das minhas bandas favoritas do gênero. Mas depois veio Urfaust/The Ruins Of Beverast, outro split, e começaram a me preocupar. Parecia que o Urfaust foi se tornando mais orientada para o ruído, baseando-se fortemente na atmosfera. Aquele tipo de Black atmosférico, algo Striborg. Quanto a este EP, parece ser o caso. Mas ainda assim, I like it! EP, MCD, mini-álbum, sei lá. Agora virou moda e você vai ver muito nestas últimas resenhas. Sabe o que? Agora algumas hordas nem dão nome para as faixas. É simplesmente faixa 1, 2, 3 etc. Ou Untitled track I, Untitled track II. Sabe coisa de povinho Pop e povinho Dance, que nem sabe o nome das faixas, mas com o advento do CD, eles falam “eu gosto da faixa 2”, ou “não gosto da faixa 4”? Será que isso irá a empestear o Black Metal agora? Bem, a One Track abre com uma simples batida do tambor e, em seguida, uma parede de ruído ambiente composta de guitarra e alto-out do nada. Em seguida, o canto, a entrar em demência, pura loucura é o que cheira a partir desta faixa. Embora existam algumas peças que havia um relaxamento, sinto um pouco a ela, mas esta canção teve uma inquietante atmosfera global. Two Track é o preview que toda a gente têm ouvido e acho que se trata de uma canção chata. Poderia ser boa, mas só quando você estiver em um determinado humor, um humor que só vem de vez em quando. A abertura é grande no entanto, com um vocal líder, fazendo um baixo rosnar. Ouça a faixa chamada Verflucht Das Blenden Der Erscheinung de seu segundo álbum Verräterischer, Nichtswürdiger Geist e verá que praticamente é um auto-plágio. Three Track a faixa final a esta jornada de pura agonia (no bom sentido, é claro). Ela começa com risos perturbadores e, em seguida, mais uma vez a guitarra e o Ambient. A seguir após tambores, simples e meramente um pós-pensamento. A voz vem em seguida, com os vocais limpos encontrados neste mini-álbum. Não tenhamos ilusões sobre isso entanto, ainda é um pouco dura. É semelhante à primeira faixa, uma atmosfera que mistura relaxamento com dor agonizante; uma ótima maneira de terminar o álbum. Para mim, muito pouco três faixas que parecem nome de grife “nem nome tem”. PR – 7,0

Track list:
1- Untitled
2- Untitled
3- Untitled

NIFELHEIM/VULCANO
Thunder Metal
I Hate Records – imp.
Me responde uma coisa. Por que é mais fácil receber material de fora do Brasil do que daqui de dentro mesmo? Ainda mais quando a banda é brasileira? Aqui o pessoal mal responde e-mail, tanto muitas gravadoras quanto as próprias bandas e no estrangeiro, ao menos, o pessoal e atencioso, mesmo quando não dá para nos atender. Agora que poucos selos restaram e não tem mais nenhuma revista dedicada ao Metal Extremo, como fica? Bem, aqui temos um MCD split de duas bandas Cult, obscuras e influentes. O sueco Nifelheim e o santista Vulcano. Os brasileiros aparecem com duas faixas, e os suecos com três. É muito pouco, deveria ser um split com 10 faixas, cinco de cada lado pelo menos, mas mesmo assim, valeu a iniciativa, em levar para a garotada daqui e do mundo todo quem é que chegou primeiro. RC – 7,0

VULCANO:
1. THE EVIL ALWAYS RETURN
2. SUFFERED SOULS

NIFELHEIM:
3. RAGING FLAMES
4. SEPULCHRAL FORNICATION
5. INSULTER OF JESUS CHRIST

SPITE EXTREME WING
Vltra
Avantgarde – imp.
Virou moda? Agora, ninguém mais dá título para as faixas, agora as faixas é o número delas, I, II, III, IV, etc.? Que porra é essa? A banda que raramente é mencionada como uma das d melhores do gênero. Um pouco esquecida e ignorada por muitos, a poucos stands para a maior Black Metal italiano. Na verdade, em comparação com outras criações paralelas de todas as partes do mundo, o Spite Extreme Wing apresenta-se como um projeto de primeira qualidade. A sua saída contendo duas demos e três full comprimentos, talvez não tenha sido extremamente impressionante em números, mas é verdade quando falamos sobre a qualidade. Esta regra foi confirmada com o seu esforço recente intitulado Vltra. Tal como tem sido promovido, o mais recente álbum é um arco para as próprias raízes da música pesada. Ele vai mais longe do que o Darkthrone e seus seguidores, que busca as raízes da música Black Metal, em que já poderia ser descrito como Metal. Spite Extreme Wing encontrada as raízes da música Black Metal no rock. Ao utilizar instrumentos vintage, e, diferentemente sobre os seus álbuns anteriores, talvez um clássico “equipo” em estúdio, que são capazes de captar a essência do sentimento guitarra na sua música. Vltra consiste de nove novas faixas e uma cover dos Beatles, Helter Skelter. As músicas deste álbum mudam muito e várias faixas podem ser tratadas como enchimento. No entanto, após algumas escutas eu achei legal este disco. Em Vltra estas idéias são ainda ampliada por práticas que vêm a tradição, utilizando instrumentos vintage. Por isso a aura Old School é inerente, e por vezes raspa no Depressive Black Metal. PR – 7,5

Track list:
1- I
2- II
3- III
4- IV
5- V
6- VI
7- VII
8- VIII
9- IX
10- X

REQUIEM LAUS
The Eternal Plague
666 Production – imp.
A banda é bem madura já, veterana na cena portuguesa e lança um full lenght. A banda passeia com facilidade entre o Black, o Death com muitas passagens de Doom, as vezes caindo no mais Brutal Death Black, com algo de Depressive Black e Funeral Doom. Ou seja, só os estilos mais raivosos, doentios, e pesarosos. O vocal de Miguel Freitas fica entre o Grind e o Black mesmo. Muitos o comparam com José Costa do patrício Sacred Sin. Eles vem da mesma safra de ótimas bandas do Underground lusitano da geração 90’s como Dissaffected, Heavenwood, Drawned In Tears, Incarnated e Extreme Unction, por exemplo. A banda não inova em nada, mas ao menos faz um som honesto. Destaques para as verdadeiras e reais Am I Not Mercyful?, Black Decay e Gallery Of Lies, a trinca que abre o petardo, mais Silently ... Death Leads. PR – 7,0

Track list:
1.Am I Not Mercyful?
2.Black Decay
3.Gallery Of Lies
4.Ad Vitam
5.Perception
6.Silently ... Death Leads
7.Hatred Guilt
8.Mors
9.Life Goes On
10.Falling Faster
11.The Eternal Plague
12.Peccata Mundi