NEBIROS
Kurwa Satana
No Colours – imp.
Banda de Blasphemic Death/Black Metal, como rotulam este tipo de proposta. Comparam eles com o finlandês Beherit do começo de carreira. A horda é brutal, pesada, agressiva, impiedosa, malévola. Lembra ainda algo de Archgoat, com o seu Primitive Black Metal. A banda atualmente é Blachur que faz o vocal, guitarra, baixo, teclados (e já tocou também no Genital Putrefaction) e Solvernus o baterista. Com todo respeito, a capa é uma das mais clichês dos últimos tempos, mas retratam sua real proposta. Dá para remeter também aos Destroyer 666 bem como Semenswallower’s On The Moon, e já disseram que eles são a resposta alemã aos Impaled Nazarene, pelo pique sarcástico, pelo humor negro, por possíveis idéias políticas, raciais e comportamentais discutíveis e ainda por um acento Punkcore. Engraçado que a banda tem títulos em polonês, mesmo sendo alemã. O disco tem sido duramente criticado no mundo todo, mas sinceramente, apesar de não trazer nada de novo, ser clichê e até algo jocoso, a horda de longe é ruim. PR – 7,0

Track list:
01 Pluje Krwia 05:40
02 Testament 04:15
03 Lawina Zgubu 04:07
04 Zatrata 04:01
05 Otchlan Marnosci 03:44
06 Obraz Pustki 03:58
07 Pomiedzu Swiatlem a ciemnoscia 04:38
08 chrom 01:22
09 brain damage 01:15
10 bezlitosnu 04:26



EVOL
The Saga Of The Horned King /Dreamquest
No Colours – imp.
Este é um oficial relançamento dos dois primeiros CDs do grupo em um CD duplo. Puro Atmospheric Medieval/Folk Black Metal Art, dos anos 90, com altas doses épicas e doses ainda mais cavalares de paganismo. Sempre houve, no cenário Metal a tendência de se rotular as bandas; criaram-se rótulos e sub-rótulos e, realmente, é muito difícil fugir desta regra. Afinal, Dream Theater e Burzum, ambos são Metal, mas totalmente diferentes um do outro. Sendo assim, se faz necessário estas tags. O Evol tem toda esta cultura de Raw Black e até Primitive, embora tenha o Atmospheric e o Folk como vertentes principais, ainda assim, acrescentam teclados, alternando registros de órgão e de cravo. Imagine cravos dentro do Black Metal, o quão tétrico as músicas não ficam! O sotaque italiano (a horda e da terra da velha bota) dá um toque ainda mais original e característico à banda. Na primeira obra-prima, The Saga Of The Horned King, a banda era um trio (Lord Of Sorrow G/B, Princess Of Disease V e Prince Of Agony V/K ) e regrava algumas das músicas que foram apresentadas na demo de 1994. Sim, parte dos vocais já eram femininos, antes de se tornarem modinha dentro do Extreme Metal. Neste disco é grande a presença de vinhetas e faixas instrumentais, com uso de sintetizadores e efeitos nos vocais. Mesmo assim, sua música soa orgânica e nunca sintética. Destaques para as músicas regravadas The chant of the Witch e Waiting for His coming. O segundo disco Dreamquest é melhor e apresenta algumas regravações e readaptações da demo anterior The Dark Dreamquest. Agora a horda conta com músicos de estúdio no baixo e na bateria, além de um tenor que participa em algumas passagens e algumas músicas contém partes de flauta. Mais pagão impossível! Se em The Saga Of The Horned King a banda usava corpse paints, bem tradicional ao Black Metal, agora usariam armaduras medievais. Neste disco, as músicas são mais rápidas e mais trabalhadas, sem serem tão cruas como no debut. Hoje o Black Metal em geral se orgulha de tantas bandas, discos, CDs, LPs, splits, VHS, demos, DVDs e ainda de tantos relançamentos de bandas que por diversos motivos passaram batidas do grande público e imprensa e graças a globalização, podem ser divulgadas no mundo todo. O Mal está cada vez mais ao seu alcance! RC – 9,0

The Saga
1- The Present Age
2- The Chant Of The Witch
3- From The Unknown Domain... (The King Awakes)
4- Through Foggy Plains and Mystic Woods He Rides
5- Prologue (Waiting For His Comming)
6- The Eve
7- The Return Of The Horned King
8- The Feast
9- Sorrow Of The Witch (Path To A Greater Knowledge)
10- The Saga Of The Horned King

Dreamquest
1- Dreamquest [Il Monito di Nasht e Kaman-Thah]
2- Sad Doom of a Dark Soul [Chutulusumgal's Presence]
3- Sona-Nyl [Il Regno Della Fantasia]
4- Flying With the Night-Gaunts
5- Celephaïss [Barocco Veneziano]
6- The Ancient King of Ice [Mighty Yugsuduk]
7- Sarkomand [La Legendaria]
8- Darkmere [The Heart of Darkness]
9- Ulthar [La Citta dei Gatti]
10- Dark Stairs of R'Lyeh [The Grey Temple of Leng]
11- Cathuria [Oltre le Colonne di Basalto]
12- The Black Crystal of Astar
13- Verso la Città del Tramonto [L'Inganno di Nyarlathotep]

NYKTALGIA
Peisithanatos
No Colours – imp.
Segundo artefato da horda. Eles são um dos representantes do novo Depressive Black Metal. A banda é da Alemanha, como quase todas da alemã No Colours Records, e vá se preparando para um funeral. Sua música é trágica, malévola, triste. A maldade de muitas bandas de Black, que quererem maldiçoar, satanizar e demoniar os outros, fica ao inverso no Depressive Black Metal e também no Funeral Black Metal, que muitos costumam chamar esta vertente vertiginosa do Black. No caso Depressive Black Metal, é como se os caras fossem vítimas da maldade do mundo. É uma revolta pra dentro, uma intra-revolta. As vezes, a música dos Nyktalgia raspam no Doom, mas são Black em essência. A horda (diferente de outras de Depressive BM, onde a maioria são one-mand-band) for formada em 2001 e eles são: Skjeld (vocais - Tairach, Sterbend), Malfeitor (guitarra e baixo - Krieg, Sterbend, Godless North) e Winterheart (bateria - Armagedda, Flagellator (Estados Unidos), Hunok, Krieg, Kataplex, Sterbend, ex-Tairach, Total Hate (Alemanha)). Percebe-se que os indivíduos são experientes, ainda mais o batera Winterheart, que tocou em dezenas de formações. Os temas aqui vagueiam entre a penumbra da noite, suicídio e dor... muita dor. Apesar de temido por quem não curte BM, rejeitado pelos radicais e ameaçado pelos radicais, eles são indicados para quem se gosta da agressividade do Black Metal, sendo aqui assombrado pelo depressivo ambiente criado pelo trio. O álbum contém quatro músicas apenas, mas todas longas. Nekrolog, a mais curta tem sete minutos e meio, e a opus-título tem mais de doze minutos. Afunde-se. PR – 8,0       

Track list:
1. Nyktalgia 11:36
2. Nekrolog 07:26
3. Peisithanatos 12:14
4. Pavor Nocturnus 12:04

VINTERRIKET
Gebirgschohenstille
Displeased – imp.
Eu poderia ficar ligeiramente aflito ao dizer isto (não há novidades, então), mas creio que o seu potencial de gozo e regojizo no novo álbum dos Vinterriket é certo. Se você já teve contato com alguns dos quarenta e tantos lançamentos anteriores desovados por este super-prolífico alemão, este álbum terá um recurso limitado, enquanto se esse é o seu primeiro encontro, o charme inegável deste ato possui conquistá-lo-á, no caso deste Dark, Ambient, Synth Black Metal. So what is the reason for this bizarre inverse-fandom theory of mine? "Gebirgschohenstille" , despite comprising of six brand new tracks, doesn't offer anything original in comparison to Ziegler's past workGebirgschohenstille, apesar de composto de seis novas faixas, não oferece nada original, em comparação com o passado do trabalho de Christoph Ziegler, o dono do negócio aqui. Não significa que ele ainda anda na seqüência de um padrão semelhante, que poderia ser dito da maioria das bandas. Em vez disso, há instantes sobre este álbum, durante Gipfelpforte e Steig in die Ungewissheit, por exemplo, que são reciclados diretamente a partir de álbuns anteriores, mais notavelmente stand-out disco Lichtschleier. Eu não estou inventando isso; os tons Synth, progressões e pausas são idênticas às faixas que tenham chegado antes. É um bom trabalho para os novos fãs, então, que o Vinterriket e seu estilo seja muito impressionante, que se deslocam à velocidade dos glaciares, embalado com mournful e eerie tons. Felsmassiv é um bom exemplo, com um profundo Trance Synth repetindo os mesmos temas de outrora, adornados com apenas passagens mais esparsas, guitarras limpas. Tal como acontece com as versões anteriores, a natureza soa como chuva e ondas a quebrar na costa adicionar uma sombria paisagem. Tal como o trágico resultado de um filme sobre a exploração espacial, o ambiente em trilhas Gebirgschohenstillesão espantosamente plácidas, calmantes e depressivas viagem. Claro, pelo preço baixo em se fazer este tipo de disco, pois é um cara só, geralmente o mesmo tem um estúdio e o uso de elementos eletrônicos, teclados e computadores, faz com que o mesmo possa gravar vários e vários discos. Mas Christoph Ziegler precisa inovar um pouco mais e se repetir menos. Ainda assim, vai fazer a festa (ou o lamúrio) de fãs dele e de Nortt e Xasthur. PR – 8,0

Track list:
1- Gipfelpforte
2- Im Dunkel des Höhenzuges
3- Felsmassiv
4- Bergesland
5- Steig in die Ungewissheit
6- Gebirgshöhenstille
7- Gipfelpforte (mpeg-videoclip)

STRIBORG
Solitude
Displeased – imp.
Eu tinha medo de vir o dia que era a minha vez de um reexame de um álbum do Striborg. And here it is: 'Solitude.'E aqui está: Solitude, pra deixar um clima mais ainda misantrópicoFico temeroso em fazer resenhas desse tipo. Não se ouvir reclamação do editor e dos leitores. Mas de como resenhar este tipo de música, maior parte instrumental, cheia de ambiência, ventinhos, efeitos, musicalidades, climas, sussurros, em que se prevalece o Black Metal, mas que cai no Avantgarde, no Dark, no Ambient. Ele é retro e visualmente Black Metal, mas musicalmente fica difícil. Sin Nanna (Veil Of Darkness), é o produtivo multi-instrumentista por detrás do projeto Striborg. A guitarra é monocórdica, minimalista, apenas para ajudar a dar clima, sem estará frente. O teclado é o instrumento principal dessa viagem que é uma verdadeira trip para o lado escuro do seu ser. Se fazem presentes sons florestais (folhagem das árvores, pequenos animais e insetos e certos momentos você vai jurar que ouviu coisas diferentes, ou seja, seres da floresta sim, mas de outro mundo. Geralmente estas investidas dão resultados ridículos, mas Striborg (ou Sin Nanna) é um dos poucos que sabem realmente fazer. Chame-nos de Minimal Black Metal ou ainda de Post Black Metal. Seus discos são tétricos, climáticos, perfeitos para se ouvir numa floresta fechada a noite, no frio, na chuva e na nevasca. Lindo! RC – 8,0

Track list:
1. Ektoplasmic Dreams
2. Solitude
3. Pernicious Paths Of Perception
4. The Untouched Land
5. Doppelganger
6. The Failure Of Human Nature
7. The Grandeur Of Melancholy
8. Homosapiens Devoid

CERBERUS
Klagelieder-Grabesgesang
Schwarzdorn – imp.
Banda alemã, como quase todas da Schwarzdorn, de Old School Black Metal, com alguns elementos melódicos e dramáticos. Mas melodia aqui se refere à musicalidades sombrias e macabras, e não aquele padrão sinfônico cheio de teclados. Eles se rotulam como canções de tristeza, cantadas a partir do túmulo. Ou seja, aqui a coisa é mais embaixo mesmo, fazendo muitos acharem a banda ser uma espécie de Xasthur, mas nada disso, pois a coisa aqui é brutal mesmo. Blackend abre como se fosse uma sinistra e maquiavélica valsa. A produção de Klagelieder-Grabesgesang é cristalina e talvez faltasse alguma sujeira nela para que ficasse mais Old School ainda. Os vocais de Beleth (não confunda com o Beleti, que jogou no São Paulo, na seleção brasileira, no Barcelona e agora este no Chelsea – aliás, que comparação non-sense esta!) são tipicamente da velha guarda do Death e Black Metal. If Frozen Fire Falls é a segunda faixa com guitarras simples e minimalistas, repetidas 23 vezes! Aí começamos a perceber que a banda não é espontânea. Eles não plugam seus instrumentos e saem tocando como a maioria (que depois na gravação e produção vão lapidando). Eles já entram fazendo algo como se fosse mecanicamente e matematicamente estipulado. Sim, os riffs são legais ao longo do disco, totalmente anos 80, mas sem inspiração e sem maiores atrativos. Também sem muita variação no decorrer do disco. Enfim, Klagelieder-Grabesgesang é um bom disco, mas muito manjado, com idéias que já ouvimos milhares de vezes e temos centenas de bandas melhores no Brasil. E quantas bandas melhores então que existe na mesma Alemanha? Louva-se o fato de resgatar as raízes, mas para se comporem músicas novas com idéias, melodias e harmonias distintas e não apenas um interminável Deja-vu. RC – 7,0

Track list:
1. Blackend
2. If frozen fire falls
3. Drachenland
4. Seven Gates
5. Song of Blood and Ice
6. Klagelieder - Grabesgesang
7. Siegestanz
8. Todestränen

POTENTIAM
Years In The Shadows
Schwarzdorn – imp.
Aqui temos o que se chama na Europa e no selo como Dark Avantgarde Metal. Eles misturam de tudo o que for triste e imaginário. A tristeza do Gothic, a melancolia do Dark, a vagarosidade e dormência do Doom, a ambiência do Ambient e por aí vai. Embora grande parte das músicas sejam rápidas, agressivas e elétricas. Muitos rotulariam como Depressive Black Metal, pois é impossível ouvir o Potentiam e não associar ao Black, por seus vocais rasgados e toda a sua estética macabra e sua aura maligna. Elementos que fundem o Extreme Metal com o Progressive Metal abundam, num instrumental intrincado, quebrado, técnico, virtuoso e complexo. Impossível não lembrar e não citar o mezzo sueco e mezzo chileno Opeth, uma das bandas mais criativas dos últimos tempos. Aliás, pó Brasil está ignorando o Opeth. Ninguém lança disco dos caras aqui, eles nunca tocaram nestas paragens (mesmo eles tendo feito turnê na América Latina, tocando no Chile, Argentina e México) e eles já estão influenciando centenas de grupos no mundo todo, por dar uma nova dimensão ao Metal Extremo. Daqui poucos anos, veremos gerações de bandas no mundo todo, tendo como escola o Opeth. O fato do Potentiam vir da longínqua e fria Islândia (chamada de Iceland literalmente na Europa) da cidade de Reykjavík, dá uma influência ímpar ao grupo. Por mais que queira imitar ou se influenciar em qualquer outro grupo de qualquer outra parte do planeta, eles transmitem um ar único à sua música. Este Years In The Shadows é na verdade uma coletânea, ou um split de duas demos suas: Elysium (2003) e Chameleon (2006). Fez muito bem a Schwarzdorn trazer à luz do dia, ou às trevas da noite, estas duas demos. Pois por mais que demore para muitos headbanguers vierem a ter acesso às estas músicas, mas agora seus registros estão eternizados. Até porque a banda já tem dois full length’s Bálsýn de 99 e Orka I Myrkri de 2004. RC – 8,0

Track list:
1. Elysium
2. Mirror god
3. The idolized
4. Eternity’s dark embrace
5. 8 for holy rebels
6. Chameleon
7. Black light
8. Star of the 10th moon

DARKTHRONE
Frostland Tapes
Peaceville – imp.
Normalmente, discos e coletâneas com faixas raras e contendo versões de demo ou demos inteiras cheira a produto caça-níquel. Isso dependendo da banda em questão, da gravadora e de como é apresentado o material. Mas no caso da gravadora Peaceville Records e com Frostland Tapes a coisa é totalmente diferente! Sim, pois o negócio foi tratado com respeito aos fãs, respeito à banda e com um requinte especial. Afinal, Frostland Tapes é um CD triplo lançado num Box especial, sendo um digipack tripo! E não se trata de qualquer banda, se trata do Darkthrone! E não se trata de qualquer demo, se trata de três raridades, antes disponíveis apenas em demo-tapes nas mãos de poucos reais e fãs da banda. Agora, está disponível para todos! Aqui temos Land Of Frost de 88, A New Dimension de 88, Thulcandra de 89 e Cromlech de 90. Sim, se o Black Metal norueguês ganhou o mundo com sua música e suas polêmicas de 92 em diante, no final dos anos 80 o Darkthrone já se lançava neste tipo de música controvertida. Além das quatro demos, temos um show em 1990 na Dinamarca, e o álbum Goatlord de 91, gravadas durante um ensaio, sem vocal. As tosqueira, a precariedade dos instrumentos, a mal gravação e a ingenuidade das músicas dos primórdios do Darkthrone, fazem deste Box um lançamento único, obrigatório para fãs, compulsório para colecionadores e recomendado para qualquer um adepto do Metal Extremo. Este lançamento marca e comemora os 20 anos de banda, e o deleite é Goatlord, cujo intuito era que essas músicas estivessem no segundo álbum, antes que a banda mudasse de idéia e as fitas fossem mumificadas. Neste disco, os vocais foram adicionados no meio da década de 90, mas aqui é só a versão instrumental. Impraticável citar faixas de destaque, já que as mesmas são muito cruas. Mas é justamente por isso que este Box triplo se torna obrigatório para fãs da banda e Blackmetallers. PR – 10   

CD 1
Land Of Frost” Demo (1988)
01. Land of Frost
02. Winds of Triton
03. Forest of Darkness
04. Odyssey of Freedom
05. Day of the Dead
“A New Dimension” Demo (1988)
06. Intro: Twilight Dimension
07. Snowfall
Thulcandra” Demo (1989)
08. Eon
09. Thulcandra
10. Archipelago
11. Soria Moria (bonus)

CD 2
Cromlech” Demo (1989)
01. The Watchtower
02. Accumulation of Generalization
03. Sempiternal Past/Presence View Sepulchrality
04. Iconoclasm Sweeps Cappadocia

Live From Denmark 1990
05. Cromlech
06. Sunrise over Locus Mortis
07. Soulside Journey
08. Accumulation of Generalization
09. Sempiternal Past/Presence View Sepulchrality
10. Iconoclasm Sweeps Cappadocia
11. Neptune Towers

CD 3
Goatlord” - Rare Instrumental Version (1991)
01. Rex
02. Pure Demoniac Blessing
03. (The) Grimness of which Shepherds Mourn
04. Sadomasochistic Rites
05. As Desertshadows
06. In his Lovely Kingdom
07. Black Daimon
08. Toward(s) the Thornfields
09. (Birth of Evil) Virgin Sin
10. Green Cave Float
11. A Blaze In The Northern Sky
12. Fenriz Drum Solo

SOLEFALD
The Linear Scaffold
Peaceville – imp.
Na verdade, The Linear Scaffold, é uma reedição do álbum de estréia da mais vanguardista banda da história do Black Metal norueguês. Não por outra coisa é chamada de Avantgarde Metal, ou ainda, Avantgarde Black Metal. Este disco é de 97 e ficou muito cultuado no Underground local e do estilo. Agora com este relançamento remasterizado e com embalagem especial, vai poder ser resgatado, curtido e apreciado como se fosse um lançamento novo. The Linear Scaffold foi lançado originalmente em 97, acrescentando uma dimensão sinfônica numa sensibilidade melódica e ambiental até então nunca tinha sido experimentada. Sim, bandas como Dimmu Borgir, Covenant e Old Man’s Child estavam ganhando o mundo, mas muito delas se deve ao Solefald, que é contemporâneo e não teve a sorte de ter tido uma promoção adequada da época, sendo assim, as outras hordas citadas saíram na frente, conquistando o mundo. The Linear Scaffold não chega a ser enjoativo, como as vezes transparece elementos destas outras bandas citadas. A agressão fala mais alto, mas a brutalidade em demasia dá espaço para outras ambiências musicais. Apesar da banda ter crescido em popularidade, nunca mais atingira o nível criativo de The Linear Scaffold. Pena esta nova edição não vir acrescida de um DVD ou algum bônus (seja algum EP, faixa ao vivo, unrealeased track, cover, bônus em edição especial, regravação, nada). Mas a qualidade palpitante fala por si só. Você que gosta da vertente do Black Metal mais trabalhada, mais sinfônica e menos crua, acrescente o Solefald em sua lista de bandas preferidas e a partir de agora, The Linear Scaffold em sua discoteca (ou Blackteca). RC – 8,5

Track list:
1. Jernlov
2. Philosophical Revolt
3. Red View
4. Floating Magenta
5. Macho Vehicle
6. Countryside Bohemians
7. Tequila Sunrise
8. When the Moon is On the Wave

URN
Soul Destroyers
Dynamic Arts – imp.
Eles são um dos pioneiros do Black Metal na Finlândia, assim como Beherit e Barathrum. Sim, e o que eles estão fazendo agora é Thrash Black Metal. Isso mesmo! Acostume-se com este hibrido, visto que na teoria de evolução do Metal a ordem é Heavy, Thrash, Death e Black. Você acostumou com Heavy/Thrash e Thrash/Death. Mas o Thrash e o Black nos anos 80 andavam juntos, ou o que você acha que bandas como Slayer, Venom, Destruction e Sodom fazia? Thrash Black! Eles existem desde 94, e tem vários lançamentos sob a sua cintura, de modo que fiquei com a impressão de que teria sido passado sua primeira fase e estabeleceu seu próprio som por agora. Este álbum não é mau, há alguns dignos solos de guitarra e a bateria tem interessantes partes, mas é só nada interessante. Eles ainda têm alguns bons violões no início, e o ar de War Metal é iminente. Alguns temas synth me deixa preocupado, mas só fica nisso, entretanto, de forma desnecessária, pra que isso? As faixas não têm muita variação, fazendo de Soul Destroyers as vezes um disco monótono. Para uma banda com uma década e meia de estrada quase, se esperava muito mais. RC – 7,0

Track list:
1- Lifeless Days
2- (Bringer of) Pain, Agony and Death
3- Black Steel Worship
4- Strike of Conqueror
5- In Darkness..The Fire
6- Legions United
7- War and Victory
8- Blood of the Desecrators
9- Decibel Hellstorm
10- Soul Destroyers  

EMPIRE AURIGA
Auriga Dying
Moribund Cult – imp.
Numa época em que as misturas são cada vez mais comuns fica aqui mais uma. E o caso desta banda norte-americana de nome Empire Auriga. Com as suas bases dignas de Black Metal, mas são adicionados momentos que vão do Industrial, a certa forma misantrópica do Shoegazer mais obscuro, o Dark, O Ambient, o Avantgard e o Apocalyptic. Ou seja, todas as tendências mais controversas e perniciosas do Black Metal. Como a banda é francesa, acaba trazendo um algo mais para sua música. E tem vêem a sua mente nomes como GodFlesh, Nortt, Striborg, numa viagem meio espiritual, meio cósmica. Depois de petardos, das maiores bandas do Underground norte-americano como Satan’s Host, Leviathan, Azrael e Brown Jenkins, a Moribund Cult aposta no excêntrico francês do Empire Auriga. Um estilo difícil, minoritário, e intrínseco. O Empire Auriga é um duo na verdade, mostrando um som em decaída da tecnologia, mesclando sempre o Black Metal com Martial Black, Martial Ambient, elementos psicodélicos, épicos e algo eletrônicos. Um disco difícil, mesmo para quem está habituado com este tipo de música. PR – 8,0

Track list:
1. Time Expanding
2. Sorrow Song
3. Dreaming of Breath & Stars
4. The Lurker
5. Waiting For the Fall
6. Soul Interrupt
7. Dust & Ether

MELENCOLIA ESTATICA
Letum
ATMF – imp.
Depois do homônimo debut foi símbolo de um caminho emotivo e personal, foi rearranjada as sombrias visões do Black Metal. Letum começa com um melancólico hino, assim como no debut encerrara, com mais improvisações do escritor e com um potencial expressivo. O disco e todas as suas faixas (I, II, III, etc.) carregam o nome da criatura Letum, da mitologia romana, sendo que na grega, era Keres. No mundo subterrâneo do Melencolia Estatica, é a representação do excesso do mundo dos vivos e o mundo spiritual dos homens. Sim, o Melencolia Estatica faz música spiritual, tentando trazer as sonoridades do plano paralelo e outras dimensões. O conceito é o limite da experiência entre nossa vida e o além dela. As harmonias das guitarras, bem como suas desarmonias dissonantes, impressionam, com uma ênfase na dramaticidade. O Melencolia Estatica pintou de negro e trevas os sentimentos mais sublimes, adentro da solidão introspectiva. PR – 8,0

Track list:
1. Letum I
2. Letum II
3. Letum III
4. Letum IV
5. Letum V

TRANCELIKE VOID
Destroying Something Beautiful
ATMF – imp.
Para os caras do Trancelike Void, a vida é um tédio, e todos estão fartos dela. Este duo belga, quer ter um sentimento de aura transcendental. Se o Black Metal para muitos tem ficado repetitivo, no selo ATMF, suas bandas querem reinventar o estilo. Desde as one-mand-bands/projects, até duos como este, eles tentam inovar no Darkest, Sadly, Depressive, Melancholic Black Metal. A música do Trancelike Void é hipnótica, com riffs simples, monocórdicos, as vezes minimalistas, bateria adormecida em transe, e faixas pra lá de Ambient. As músicas inspiram temas claustrofóbicos, desesperadores, angustiantes, doença mental, sempre quebrando a monotonia quando esta ameaça aparecer. Indicado par fãs de Xasthur (é muito parecido), Nortt (inclusive, nas fotos promocionais, um de seus integrantes usa camiseta do Nortt) e outras bandas do gênero. Sua música quase chega a ser Doom, mas a estética é do Black, pois a temática sempre cai para o lado negro. Ouça este disco sóbrio, não se arrisque a beber nada antes da audição. Não tente para ver o que pode acontecer. RC – 7,5

Track list:
1. Prelude: Descent
2. Part I: Everything Fails
3. Interlude I: Daydream
4. Part II: Fragile Consciousness
5. Interlude II: Nightmare
6. Part III: Total Desolation
7. Epilogue: Escape

GORGOROTH
True Norwegian Black Metal - Live in Grieghallen
Regain – imp.
A polemica banda norueguesa continua aprontando das suas. Não bastasse o insano DVD Black Mass Krakow 2004, recém lançado, agora eles lançam mais um CD ao vivo. E usando a alcunha de True Norwegian Black Metal, ou seja, se auto-intitulando como os verdadeiros no Black da Noruega. Talvez o CD tenha problemas autorais, já que, o título é homônimo a um livro que conta a história da cena, recém saído também. As atividades polêmicas extra-palco, abandonada por quase todos da cena, faz deles continuarem com casos de prisão, brigas e etc. Eles não abandonam o seu estilo “tradicional”, sem lançar mão de elementos melódicos e sinfônicos como muitas hordas têm feito, no entanto, se recusam a fazer música tosca, mal tocada e mal produzida. Ao vivo, podemos conferir como os vocais de Gaahl são realmente infernais. Muitas bandas de Black da Noruega nem tocam ao vivo, e das que tocam, é muito diferente do que é executado em estúdio em relação a fazer em cima dos palcos. Isso não é problema para o Gorgoroth. Ao mesmo tempo em que eles não são como o Dimmu Borgir (de tão bem tocado e limpo parece você estar ouvindo um CD ou ainda um DVD em Blue-Ray), também não toscos. Eles reproduzem ao vivo exatamente o que você ouve no CD, mas com a sujeira, peso e agressão que precisam estar em uma apresentação ao vivo. O disco que poderia ser maior, afinal discos ao vivo muitas vezes são duplos até, e a banda tem carreira para isto, tem apenas nove faixas, afinal, show de Black Metal invariavelmente é um pouco mais curto do que o comum. Impossível destacar alguma faixa, já que elas soam um pouco retas, mas sujas e impiedosas. PR – 8,5

Track list:
1. Bergtrollets Hevn
2. Destroyer
3. The Rite of Infernal Invocation
4. Forces of Satan Storms
5. Possessed (by Satan)
6. Unchain My Heart!!!
7. Profetens Åpenbaring
8. Revelation of Doom

DESASTER
666 Satan's Soldiers Syndicate
Metal Blade – imp.
Já que a gravadora nacional que licencia sempre esta banda não quer saber de divulgação (acho que não querem vender os discos que lançam – devem ficar se masturbando olhando caixas e caixas de CDs no depósito, se olhando no espelho de forma narcisista e falando: “eu lance o Desaster no Brasil”) devemos recorrer às matrizes. A banda de Black Metal alemão Desaster, é uma das maiores do mundo dentro do seu sub-segmento: não é nem o Black nórdico, muito menos o melódico e sinfônico. Referências oitentistas, Old Schooler’s e ao Thrash Metal não faltam. De longe são virtuosos, mas mais longe ainda são precários como muitas bandas do estilo se orgulham de não saberem tocar. Riffs maquiavélicos, dissonantes e atmosféricos, com batimentos, envolto em uma voz Thrash blasfema. Sim, os vocais não são ininteligíveis, nem guturais, nem urrados. São graves, ríspidos, e agressivos. O disco conta com participações do norte-americano Proscriptor (Absu), o irlandês A.A. Nemtheanga (Primordial) e o israelense/israelita (mas este aqui jamais judeu)Ashmedi (Melechesh). Seu mais novo artefato, 666 Satan’s Soldiers Syndicate, já vem como o seu melhor disco até agora, superando o grande Algelwhore (2005). Talvez hoje, o Desaster seja a banda mais conhecida do Retroblackdeathrash, ainda que essencialmente apenas Black. Destaques para Angel Extermination, Razor Ritual e Fate Forever Flesh, além da apoteótica e caótica Tyrannizer. Mais do que recomendado! PR – 9,0

Track list:

01. Intro
02. Satan’s Soldiers Syndicate
03. Angel Extermination
04. Razor Ritual
05. Hellbangers
06. Fate Forever Flesh
07. Vile We Dwell
08. Tyrannizer
09. Venomous Stench
10. More Corpses For The Grave

LUCTUS / ARGHARUS
Sonitus Caeli Ardentis
Ledo Takas – imp.
Com tantos formatos hoje, ainda mais com o maldito download, acho meio defenestrante lançar CDs em formato split, pois, ou se quer atrair o consumidor, ou espantá-lo de vez. Mas para estas bandas iniciantes, querendo lugar ao sol, para ter mais um título em sua discografia, então, dá pra se entender melhor. Aqui temos duas bandas do Black Metal letão, o Luctus e o Argharus. A capa é tosca e simples, mas legal e segundo a gravadora, são duas das melhores bandas de lá. O Luctus tem mais experiência, já lançou duas demos e um MCD desde 2002, enquanto o Argharus debuta neste split. Ambos vem com um som misantrópico, feroz e, por conseguinte, inequivocamente subterrâneo. Embora a sua abordagem à música difere pouco do gênero que define o Black Metal norueguês e seus godfathers. A admirável alta qualidade da produção garante um som demasiado agressivo, não soa como trilhas-sonoras de confusos desventurados algures por debaixo desta Terra. Primeiro sobre o desdobramento tempestades um one-man-project Luctus; um simples, militarista Black Thrash num perfeito híbrido, baseando-se principalmente na grande velocidade e força. As seções mais lentas revelam algumas influências Heavy Metal, ao mesmo tempo que as letras e logo sugiram mais do que apenas simpatia por lituano nacionalismo.
Argharus consiste em quatro faixas de concreto Old School Black Metal, designado de “profunda ritualística intensidade" ou simplesmente como um culto ao Mayhem e Darkthrone. O som ainda é grande, apesar de a abordagem é bastante necro, verdadeiramente, na mais negra tradição norueguesa. Variação é limitada ao mínimo absoluto, ao mesmo tempo repetitivas guitarras com seus riffs difusos. RC – 7,0

Track list:
LUCTUS

01. World of Blades
02. Filthy Blood, Guts and Shit
03. Už Lietuvą!
04. Don’t Sign the Armistice
05. Age of Decadence
06. No Future [for your future]

ARGHARUS
07. Nusiramink prieš Audrą
08. Pašauktas Delčios
09. Žvaigždės Aukštybėj Užges
10. Niekšas

CONFUSION GODS
At The Gates Of Confusion
Necrotorture – imp.
Banda de Black Metal nascida em 97, com músicos que há anos antes disso vinham gabaritando pela cena italiana. A banda lançou sua primeira demo em 98 e o debut veio ainda em 2002 e agora temos mais essa demo, não tão bem gravada, mas mostrando uma banda gutural, agressiva e sórdida. Apesar disso, eles imprimem alguma melodia em sua música, ainda que a produção não ajude. Ou seja, é um demo com cara e jeito de demo mesmo! Destaques para At The Gates Of Confusion (a faixa-título),Towers Of Repugnance e Fucking Spiritual Priest. A Itália é um dos grandes baluartes do Black Metal e aqui estão eles, sem corpse paints, para provar isso! RC – 7,0

Track list:
1- At The Gates Of Confusion
2- Ghost
3- Dead Fish
4- Towers Of Repugnance
5- Hell In The Cell
6- Fucking Spiritual Priest

BLACKWINDS
Flesh Inferno
Regain – imp.
Apenas recentemente os suecos da banda Blackwinds tem libertado um álbum novo. Cheio de refrescor, cheiro e aroma de Underground, ainda que algo melódico e muito épico, retrata a maledicência do verdadeiro Black Metal. Com ex-membros do Setherial entre as fileiras não é difícil identificar a sua principal influência. A sonoridade do Watain também é similar em seu estilo. As melodias e riffs são atraentes, mas triste com o Metal sueco tem em assinatura em seu som. Os teclados estão a desempenhar um papel significativo no aumento do peso da música e são muito semelhantes aos do Setherial  em se álbum Nord… Mas ao contrário Setherial, o Blackwinds dificilmente confia em velocidade, mas sim a forçar batidas, bateria e contrabaixo incontornáveis em andamento em meados de agressão. Apesar da relativa ausência de manter a velocidade das músicas estar sendo interessante, sempre quando se fala em Metal extremo sueco, devido ao regime e engenhosidade, a sua música é auxiliada por uma obliterada produção. Flesh Inferno surge como um imprevisto, mas uma surpresa bastante agradável. PR – 8,0

Track list:
01.Before Time 05:23
02.Enter the Pandemonium 05:24
03.Architecture of Phantasmagoria 05:42
04.Flesh Inferno 04:48
05.Plague Bringer 05:40
06.Seraphim Ephemeral 05:00
07.Inquisition 06:22
08.Crimson Thirst 07:30
09.Conceptualizing the Devil 05:14
10.Quintessence of Hell 05:16

BROCKEN MOON
Das Märchen vom Schnee
Northern Silence – imp.
Após 5 demos e sua estréia com o álbum Mondfinsternis, em 2005, o Brocken Moon regressa com um álbum fantástico que combina o Cold Black Metal atmosférico e peças acústicas com uma história que tinha noção melhor de ser descrita como folk tale (ou contos de Folk). Os vocais, as vezes urrados, outras vezes gemidos, são medo. Parece que está diante de tribais e primitivos canibais que vão te destroçar! Das Märchen vom Schnee é   é um brilhante trabalho artístico que é, por um lado escuro e puro underground como a música Black deve ser, mas por outro lado umabeautiful expression of the whole lyrical concept. bela expressão de todo o conceito lírico. Ela não acontece muitas vezes que a música, letras e imagens de um álbum aparecemin such perfect unity. em tais perfeita unidade. Sim, o conceito é Folklórico, mas expressa de forma pura, espúria e brutal. Das Märchen vom Schnee é um lançamento que é altamente recomendado para fãs de Ulver, In The Woods, Lunar Aurora e o estranho Paysage d'Hiver. A maior parte do que você possa estar consciente do fato de que a banda ao ter lançado este CD feito eles próprios, a gravadora não titubeou e lançou o artefato. Deleite-se! PR – 8,5     

Track list:
1. I
2. II
3. III
4. IV
5. V
6. VI