THE VOID
Vision Of The Truth
My Kingdom Music – imp.
O que é Black Metal? Você deve saber como é a música Black. O que é Gothic Metal? Você também sabe, a mistura do Gothic Rock com o Metal, seja com o Melódico e sinfônico como o Nightwish, seja com o Metal extremo e Doom como o Tristania antigo. E o que é Dark Metal? É a mistura de Dark Rock com Metal? Não. Está mais para um Black com nuances Góticas e Dark, mas mais Black Metal em essência. Um tipo de Black Metal mais melódico e sombrio. Os The Void são uma das mais promissoras bandas italianas de Metal da atualidade. O seu Dark Metal tem uma aura mistério e uma abertura ímpar em relação a influências de outros estilos como o Doom Metal e o polêmico Darkwave. Mas antes de tudo, Black Metal, sem ser brutal. O resultado, neste segundo álbum da Visions Of The Truth, é um trabalho completo, bem equilibrado entre melodias atmosféricas melancólicas e a agressividade na medida certa. Recomendado para fãs de Tiamat, Moonspell, The Gtahering ou Paradise Lost antigos, ou naquela fase intermediária antes de se tornarem apenas Góticos, sem serem mais Black, Doom ou Death, como queira. Destaques para o disco todo! PR – 8,5

Track list:
- Light
- Macha
- Vision Of The Truth
- Hope
- I Need Light
- Sad Moon
- Beauty
- Fearless Gladiator
- Step Into Nowhere

I SHALT BECOME
Requiem
Moribund Cult – imp.
I Shalt Become são outra das várias one-man-black-metal-band dos Estados Unidos. Misantrópica é a mãe! Até para fazer músicas, os caras querem fazer tudo sozinhos! Só falta fazerem só para eles escutarem também! De novo, agora em Réquiem, a banda nos traz momentos de solidão e reflexão, que nos forçam a pensar no que há de pior neste mundo, surgindo como uma banda sonora ideal para aquelas alturas em que apetece estar sozinho e reavaliar o comportamento humano e o incomparável processo que levará ao nosso fim. Sim, esse tipo de Metal é até intelectual, por mais sentimental que seja, pois fará você pensar, refletir e ver como o mundo de hoje é uma merda. As faixas são todas atmosféricas, incluindo algumas suítes e seções apenas instrumentais, tristes e desoladoras. A banda soa bem parecido com o avô de todas as one-man-black-metal-band, o insano e assassino e devastador Burzum. Das poucas bandas que criaram em mim um vazio tão profundo. Não consegui ouvir até o final. Imperdível! PR – 8,0

Track list:
01 Intro
02 An Atteridgeville Horror
03 Cleansed
04 Enigma
05 The Corpse in the Forest
06 Seven Days to Dead
07 The Casket Letters
08 Beggars Belief
09 Want
10 Outro

NASTROND
Muspellz Synir
Moribund Cult – imp.
Heavy metal e música em geral é uma forma de expressar nossos sentimentos, os nossos sonhos, as nossas idéias… A fim de fazer uma banda que deve ter as aptidões musicais, porque, no fim, tem tudo a ver com boa música... Talvez os Nastrond são grandes iniciadores do escuro ofício, mas quando se trata de música… Bem, vamos lá. Eles foram criados em 93 e, desde então, têm lançado vários álbuns. Muspellz Synir é a última, e espero que os seus menos. A produção de Lousy, nem mesmo com um bom riff, todo o conceito se move entre Cacophony e Mayhem. A armadilha que muitas bandas de Black é deitar-se em: "Quanto mais eu grito, o mais mal eu som" (… para o vocalista) e "se eu jogar apenas uma nota para toda a canção vou criar uma atmosfera satânica". Pode parecer preconceituoso isso, mas é a verdade. Se a banda e os músicos fazem de coração, ok, porque acreditam e gostam do que fazem, mas apenas tocar mal por tocar mal e urrar para dar uma de rebelde e de fodão, aí é foda! O significado de Muspellz Synir é o apelo à destruição deste mundo, no final deste ciclo, no final do tempo como a conhecemos. Eles são pretensiosos. Ao menos tentam fazer o que dizem que querem fazer. RC – 6,5

Track list:
1. Intro - The Gallow Reveals
2. Fenrir Prophesy
3. Eldrök
4. Defiance of the Transient
5. Dark Fyres
6. Die Sense die schwarze Herbstzeitlose mäht
7. Ascending Blaze
8. Agios
9. Svarta Stränder (Digerdöden)
10. Calling the Serpentine
11. Ior
12. Mouth of the Sea
13. Passing Beyond Light
14. Nåstrond

ECNEPHIAS
Dominium Noctis
Necrotorture – imp.
A banda italiana Ecnephias ficou bastante conhecida na cena mundial com seu primeiro EP denominado November no ano de 2005 e no ano seguinte lançou seu primeiro trabalho denominado Dominium Noctis. Ou seja, o disco é de 2006. A horda dignifica o país da bota, que é o Ecnephias (Dark/Gothic, Death/Black Metal de Potenza, Itália) formada em ainda em 96. Dominium Noctis contém onze faixas de Doom/Folk/Black Metal e Horror. O nome Ecnephias que significa furacão, tempestade. Com influências de Morbid Angel, Dark Tranquillity, Moonspell, Cradle of Filth, Emperor e outras de Dark e Folk music. Um verdadeiro caldeirão extremo! Dominium Noctis fala de feitiçaria, batalhas religiosas e ocultismo. O conceito está baseado no Folk de Lucania, no Sul da Itália, região cheia de montanhas, florestas, neve.
PR – 7,0

Track list:
1. Arcanum Mysterium (belli preludium)
2. Burn Witch Burn! (the saint inquisition)
3. Veneficia (voluptas animi)
4. Between Shadows (the evil lies)
5. Ice Forest Rituals (the twilight)
6. Dominium Noctis (conventum et striga)
7. Under the Sign of The Archangel
8. Ragnatele su Velluto Scarlatto
9. Pleasure and Pain (the violence)
10. To the Forgotten (the nature speaks)
11. Notte a Craco

DAMNED CREATION
Bleak Mental Torture
Necrotorture – imp.
A Itália é um paraíso para os grupos de Black Metal. Lá é uma das maiores cenas do mundo, tanto consumidores, quanto de suas bandas locais. Pena que suas bandas não façam muito sucesso em outras paragens. Pena, tirando algumas exceções. Desta vez temos os Damned Creation; som cru, com um sabor de brutal Death Metal. Em Screeching vocais para guttural growls, eles variam em várias nuances de brutalidade, realmente a dar ao ouvinte uma visão da vida primitiva com este álbum. Não há nada, mas o som e uma guitarra grimmest com infernais squeal em todo o disco. Criação da danação, a dar-nos dez faixas de Black Metal com muita vacuidade totalizando cerca de 40 minutos. Um ótimo exemplo do mix Black / Death Metal deste álbum é a faixa dois. Essa canção vai de Black Metal puro e brutal com um groove guttural spew rivais que hoje os gigantes do Death Metal! Do início ao fim Damned Creation não deixa-se sobre a matéria-prima. Cada opus deste artefato dá um sentimento de raiva cruel e um triste pensamento. Ótimo para os hoje metalheads do Underground. Eu diria que fãs do Emperor, Dark Funeral e Vital Remais vão se deleitar com Bleak Mental Torture. Se você gosta de seu Metal misturado entre Death Metal e o Black Metal a um ritmo constante, então confira a horda Damned Creation. PR – 7,5

Track list:
1- Lamentation Of Shadows
2- Les Cercle Des Chandelles
3- The Silence Of The Angels
4- Misanthropy, Psychopathic Misanthropy

TROLLECH vs HEIDEN
Split
Naga Productions – imp.
TROLLECH - Grande Forest Black Metal com letras, melodias e concepção da natureza em seu estado bruto.
HEIDEN – Excelente e poderoso Blackened Metal.
Apresentados às hordas tchecas? O TROLLECH e o HEIDEN, oferecem um “monstruário” de suas diferentes e únicas levadas de Black Metal. Das duas, TROLLECH tem sido em torno dos mais longos, com quatro full-length e um álbum a viver sob o cinto. Defendem que a sua Floresta ao estilo Black Metal seja louvada e venerada. Você pode sorrir quando você ver que, afinal, há provavelmente algumas centenas de outras bandas de Metal que afirmam a veia Forest Metal, Forest Black Metal, ou Black Forest Metal, não importa, para um estilo que é, em última análise, bastante derivado a partir de cães grandes, no cenário Black Metal. E o meu primeiro pensamento de TROLLECH reconhecidamente lhes acusado de ser demasiado totalmente influenciado por Darkthrone, Nattens Madrigal, e no início dos Satyricon. Não só incluem pouca gente (mas não da mesma forma era velho Satyricon), mas eles também têm uma absolutamente um jeito original de assumir a tocar guitarra que podem manifestar-se em técnicas e melodias mais bizarras. Coisas que um não-guitarrista não pode sequer começar a explicar. Confia em mim, é estranho e interessante. Especialmente na Elf A Duch Lesa. Difere muito de Black Metal tradicional, mas, no final que não tem.
Já o HEIDEN temos pouco o que falar, apenas três faixas e bem fraquinhas, destoando em qualidade ao Trollech, ainda que em searas e campos diferentes. Como aquele split do Sepultura com o Overdose, em que o lado do Overdose ninguém ouvia e todos riscavam, valorizando apenas o lado do Sepultura. Se no CD, um split tivesse dois lados como nos disco de vinil, todos nós faríamos o mesmo.
Duas bandas de Black Metal. Quer você Black Metal das sinistras antigas e profundas florestas? TROLLECH irá levá-lo através de. Não querem que nada extravagante? HEIDEN vai te satisfazer. PR – 7,0

TROLLECH:
1. Naturia
2. Elf a duch lesa
3. Mýtiny hoří
4. Podpozemský vír

HEIDEN:
5. Koma
6. Paralelní
7. Hvězdopravci

BLOODBATH
Unblessing The Purity
Peaceville – imp.
Unblessing The Purity é o novo mini-CD do grupo, lançado no dia 10 de março pela gravadora Peaceville. O disco conta com quatro músicas e capa criada por Dusty Peterson, vencedor de um concurso criado pela banda. Recentemente o grupo anunciou a volta de Mikael Åkerfeldt (Opeth) aos vocais e a entrada de um novo guitarrista, mas aparentemente perde muito com a saída do genial Dan Swano (Edge Of Sanity e inúmeros projetos), que havia gravado a bateria no primeiro registro e o baixo e guitarra no segundo. Tendo então sua formação de hoje composta por:
Mikael Åkerfeldt - Vocais
Anders 'Blakkheim' Nyström - Guitarra
Per 'Sodomizer' Eriksson - Guitarra
Jonas Renkse - Baixo
Martin 'Axe' Axenrot - Bateria
A banda é sueca e apesar de soar algo seca, melancólica e melódica, não se refere muito a Gotemburgo. Mas mantém a característica de Bloodbath é uma espécie de “dream team” do Metal sueco formado para trazer de volta a vertente mais Old School do Death Metal. No entanto ainda possui um line up invejável, completado por Anders "Blakkheim" Nyström (Katatonia) e o desconhecido Per "Sodomizer" Eriksson nas guitarras, Jonas Renkse (Katatonia) no baixo e Martin "Axe" Axenrot (Witchery e Opeth) na bateria. Com a guitarra com timbre de moto-serra, vocal gutural, e peso e cadência das músicas, não possui ritmos rápidos, tornando ainda mais mortais suas músicas. A capa é linda, a embalagem primorosa, como tudo na Peaceville, o único defeito deste EP é justamente ser um EP! Quatro faixas é muito pouco! A hora que você se empolga, o CD acaba! PR – 8,0

Track list:
1. BLASTING THE VIRGINBORN
2. WEAK ASIDE
3. SICK SALVATION
4. MOUTH OF EMPTY PRAISE

AVSKY
Malignant
Moribund Cult – imp.
Maligno é um título para o CD, uma vez que uma das definições do dicionário, o termo é "mal na natureza, influência, ou efeito". Que descreve esse CD perfeitamente. As canções são sombrias e do mal verdadeiro, enchido com destruição e desolação. Seu som é inspirado pelos primórdios do Black Metal de bandas como Burzum e Bathory. Avsky adiciona muito riffs de guitarra cativantes e groove que tornam este um CD memorável. O duo de AE e TO fazem um bom trabalho de misturar as coisas para cima, passando de maneira rápida, blast beats, impulsionada grimness para groovier, mid tempo em quase todas as faixas. Malignant é uma combinação eficaz da velha escola blasfema Black Metal e mais moderna do atual Black and Roll em influências. Altamente recomendado! RC – 9,0

BROWN JENKINS
Angel Eyes
Moribund Cult – imp.
Brown Jenkins volta com uma duração completa em rebocar, o que significa que qualquer esperança de encontrar a música é quase tão provável como encontrar o caminho para a direita, sem um mapa rodoviário. Se você ouviu Dagonite EP, então sabem o que os espera. Senão, boa sorte navegar através deste álbum. Se o Dagonite EP de Brown Jenkins você perdeu, não esperem mais para Angel Eyes, a duração completa na estréia pela Moribund Records. Tal como o seu antecessor, Angel Eyes é uma viagem através de um espesso bosque no meio da noite sem qualquer sinal de vida. Dependendo do seu tomar sobre este tipo de música, que pode ser bom ou mau. Ao longo de todo o álbum, é quase impossível dizer onde termina uma faixa e outra começa. Vocais são mínimos, o que complica ainda mais assuntos para quem tentar mentalmente analisam o as canções. A produção é excelente, com cada nota claramente audível quando o volume está em um nível aceitável e que contribua para um clima que vai deixar mesmo o melhor perguntando onde estão. Angel Eyes não é um álbum que tem algum significado concreto, que não seja a de estar perdido. Fãs de Godflesh e, em menor medida, Burzum vai achar algo a desejar sobre este álbum. Fãs de Black Metal atmosférico também gostarão deste álbum. Contudo, é mal aconselhado para ouvir este álbum no escuro. Arrisque e se voltar vivo, me manda um e-mail. PR – 8,0

TRAUMATIC VOYAGE
Khiaoscuro
Merciless / Metribution – imp.
Traumatic Voyage é mais um daqueles projetos de um homem só. Entretanto, Astorian fez a sessão musical do disco inteiro. O sexto disco dele, de um Psycho Black Metal. Não é apenas Black Metal True, agora para resenha essa banda, é foda hein? Eles põe este rótulos todos, mas tem muito mais coisa aqui. O Traumatic Voyage é meio Dark, meio Gótico. Pouco Black, algo Death, bem Doom. Muito Ambient, claro que Folk, bem Pagan e até Viking, muito Barbaric, quase War, com as passagens épicas, caóticas e confusas. Como se estivessem em alto mar guerreando e os Tsunamis os derrubassem a todo instante. Em muitos momentos, lembra Bathory. A banda (chamar de banda e um homem só é ofensa) vem da Alemanha é trás melodias mórbidas como destaques. Subyoumanity é pura batalha, Knowhere é confusa e I View com seus mais de 12 minutos é Dark, melancólica, Gótica, quase Doom, bem fria quanto o inverno europeu. Já Eisendzeit é bem atmosférica, Ambient, bem celestial, quase Darkwave, para os insultos voltarem em New Rage, com uma Atmosfera destrutiva, sendo Wayward Willwind um Depressive Dark Metal. Enfim, uma viagem traumática será feita por ti ao ouvir Khiaoscuro. RC – 9,0

Track list:
1. Sick Transit Gloria Mundi 5:34
2. Low Resolution Profile 5:57
3. Subyoumanity 7:17
4. Knowhere 8:42
5. I View 12:38
6. Eisendzeit 5:36
7. New Rage 6:16
8. Coretextension 7:52
9. Wayward Willwind 11:14
10. Gratwanderung 5:24

AZARATH
Diabolic Impious Evil
Pagan Records / Grodhaisn Prods – imp.
Este é o novo e terceiro full length da banda de Brutal Death Metal Azarath, uma das maiores do estilo da Polônia. Aqui temos uma dezena de petardos de forma agressiva com técnica e precisão o som praticado por este quarteto. O interessante notar que, apesar da Polônia já ter a sua cena estabelecida dentro do Death (mais do que do Black) e já ter sua sonoridade específica, é incrível como muitas destas bandas soam como se fossem da ensolarada Flórida. O Death norte-americano é muito mais latente no Leste Europeu do que do próprio Oeste Europeu lembrando. Referências a Deicide, Morbid Angel, Malevolent Creation e Hate Eternal são inerentes, naquela parte mais Brutal e Técnica deste cena do que daquela parte ainda que brutal e técnica, mas com alguma melódica e excesso de cadências como Cannibal Corpse e Mostrosity. A letra do Azarath fala de misantropia, morte e blasfêmias. Os músicos são virtuosos, desmistificando o kito de que quem toca Death Metal é porque não sabe tocar. Muito pelo contrário! Destaques para as tanáticas e letais Baptized In Sperm Of The Antichrist, Devil's Stigmata e For Satan My Blood. Lembrando que as letras são mais blasfêmias do que satânicas. JCB – 8,5

Track list:
1. Whip the Whore
2. Baptized In Sperm Of The Antichrist
3. Devil's Stigmata
4. Anti-Human, Anti-God
5. For Satan My Blood
6. Screamin' Legions Death Metal
7. Intoxicated by Goat Vomit
8. Angels' Assassins
9. Beast Inside
10. Goathorned's Revenge

STRIBORG
Trepidation
Displeased – imp.      
Este Trepidation nada mais é um que apenas um dos vários discos editados em 2007 por Sin Nanna (Veil Of Darkness), o produtivo multi-instrumentista por detrás do projeto Striborg. Sim, aqui temos mais uma one-man-band, e a cada quadrimestre ele lança um disco seu de cada um dos seus projetos, mas geralmente ele dá preferência para o Striborg, e sempre por gravadoras diferentes, o que é um diferencial. O cara é inspirado mesmo, audacioso e audacioso. Chegou a vez da Displeased lançar algo do cara. Aqui, temos 50 minutos, divididos por sete faixas “apenas”, do Post-Black Metal Ambient (podemos falar assim?). Sim, seria o Black Metal no futuro ou o que viria depois do Black Metal. As temáticas são noturnas, misantrópicas e florestais. Ou seja, noite, natureza e solidão, é dali onde ele tira toda esta inspiração. Originalmente lançado em 2005, pelo próprio Striborg label Finsternis Productions, Trepidation é agora relançado através da Displeased Records em uma nova e melhorada versão. Segundo Striborg (ou Sin Nanna), agora com outra produção ele pôde dar uma sonoridade a altura do que a sua música podia dar e ao que ela pedia. A guitarra é monocórdica, minimalista, apenas para ajudar a dar clima, sem estará frente. O teclado é o instrumento principal dessa viagem que é uma verdadeira trip para o lado escuro do seu ser. Se fazem presentes sons florestais (folhagem das árvores, pequenos animais e insetos e certos momentos você vai jurar que ouviu coisas diferentes, ou seja, seres da floresta sim, mas de outro mundo. Geralmente estas investidas dão resultados ridículos, mas Striborg (ou Sin Nanna) é um dos poucos que sabem realmente fazer. RC – 8,0

RUINS OF FAITH
To The Shrines Of Ancestors
Haarbn – imp.
Todos nós sabemos que os contos dos povos around the world são universais com histórias semelhantes ao que é dito em todo o mundo. Adoramos a previsibilidade da trama e revel nas voltas que fazer um fio diferente para outro, é parte de cada cultura e estamos todos juntos quando a familiaridade nos permite adivinhar o que virá em segundo e galo-a-hoop quando o autor acrescenta algo fresco ao experimentado e testado. Aqui, temos um Pagan Black Metal, mais Pagan do que Black, embora seja Black em essência com alguns elementos pagãos, folks e principalmente as letras são bem Folklóricas (com K mesmo). Bateria poderosa, a narrar como o estrondo da Mãe Terra, testemunhando tudo e cada batida na bateria representando cada batida do coração da Terra. Em alguns momentos, com instrumentos de sopro presentes, lembramos do bom Sear Bliss. Sem destaques individuais, seja de músicas, seja de músicos, mas um bom disco para se ouvir do começo ao fim. Faz assim. Você que coleciona tudo o que é Folk, Pagan e Viking (também War, Barbaric e etc.) compre, pois este artefato de nome To The Shrines Of Ancestors merece estar em sua coleção. Até porque, só o fato deles virem da Geórgia, uma das ex-repúblicas Soviéticas, dá um ar diferente ao seu tipo de Pagan e Folk já que, ele falam do que viveram, que é diferente do que estamos acostumados a ouvir de formações escandinavas e alemãs. PR – 8,0

TYMAH
Loquitur Cum Alqo Sathanas
No Colours Records – imp.
O álbum tem "cum" em seu título. Cum. No mínimo, engraçado. Ou seja, Black Metal escatológico, nojento, perverso e gosmento? Os caras estão dispostos a isso? True Carpathian Black Metal Segundo a gravadora para esta horda satânica da Hungria em seu segundo full length. Doentio, perverso, fedorento, Anti-human, Primitive, Nihilistic Black Metal e todos os títulos mais extremos que você possa achar. Mas isso não significa necessariamente que o disco é bom. A produção é parca, mas as guitarras têm um som muito frio com certeza, e os vocais são da maior tristeza e agonia. Ora, se o sujeito não está cantando sobre sol e rainbows, então é evidente que não. Eles tentam soar o mais gélido, ríspido e Icebergiano possível. Eles tentam fazer algum épico no Black Metal. Cada hino é como um grande oceano depressivo e sorrowful êxtase. Curiosamente, o som me lembra de um oceano, por algum motivo. Tristeza e melancolia, depressiva atmosfera. Eles optam pelo lado mais deprimente do que esporrento e esse é um diferencial e pode ser uma saída para novas bandas do estilo. PR – 8,5

Track list:
1. Megöltem Istent (Caedebam Dei) 10:06
2. Sátán Útján (In Devenit Satana) 04:46
3. Temető (Sepulcretum) 07:34
4. Oltár (Altaria) 04:33
5. Styx (Styx) 04:20
6. Kulcs (Claustra) 06:06
7. Sátán (Sathanas) 09:08

SPEKTR
Mescalyne
Moribund Cult – imp.
Seja qual for insuficiências deste álbum pode faltar na primeira qualidade sonora é mais do que compensado com a força bruta e um irritante metodologia do Black Metal duo conhecido como Spektr. Estes artistas franceses Dark terem encontrado através de medidas criativas eletrônica, coldwave e Industrial para o sotaque Black em seu terceiro álbum Mescalyne e cresce o álbum em virtude da sua coerência incoerente em sua teoria. O que separa esses rapazes do resto é sua inventividade que apela para criar um mortal ar de paranóia, assumindo a creepy amostragem e quase aquáticas melodias de guitarra que já não tenham feito. Você não está indo para ouvir normalmente sucessivas guitarras threads que são imediatamente interrompida depois, então interrompida novamente em Black, numa quebradeira só. As quatro canções de Mescalyne são aleatórias e friamente atmosféricas, em particular Hollow Contact e os apropriadamente intitulado Maze Of Torment. São 23 minutos de caos, fúria, agressão e frieza impiedosa. Que venha um full length. PR – 7,0

Track list:
1 - Hollow Contact 06:43
2 - Mescalyne 05:37
3 - Maze Of Torment 04:57
4 - Revelations 05:41

No Colours Records
15 Years Jubileum Metal Attack Vol.1
No Colours – imp.
Coletânea impagável e irrepreensível da No Colours Records, me arrisco a dizer a maior gravadora de Black Metal. Compilações… alguns desses são lendários entre os fãs Metal… Grind Crusher, In The Eyes Of Death, Death Is Just The Beginning, Metal Massacre… Compilações são um importante sinal de rótulos que queremos expor as suas bandas de uma forma que se pode fazer apenas compilações. Portanto, agora depois de muitos anos de formação, temos a primeira compilação da Alemanha do No Colours Records, que cobrem a maior parte do seu catálogo, e uma vasta gama de estilos em Metal aqui. Eu suponho que a maioria das faixas foram escolhidos para serem exibidas, seja por causa da sua duração, ou que sejam representativos da banda. Basicamente o marcador foi a casa do Black Metal, como no caso do Satanic Warmaster, Iuvenes (Bathory Epic Metal vein), Alastor (boa moda antiga Black Metal) e Inquisition (fantástico brutal Black Metal ), mas eles também estão fazendo alguns bons velhos do Death Metal como Thoron (muito bom pela maneira, Old School sueco), Moondark (antigos e gravação de uma velha banda) Diabolic Force (mais Deathrash na veia) e Those Who Bring The Torture (mais Döds Metal!), Nebiros (bestial Death / Black). Claro que existem mais bandas Black Metal, e mais algumas para a veia mais instrumental como a intro que é uma faixa por Invictur ou a outro realizado pelo Lord Wind. Uma jovem onda de bandas realmente oferecem algo mais ainda (Be Persecuted, embora exótico por ser uma banda da China, é simplesmente muito genérico), mas isto serve bem como uma apresentação daquilo que oferece este rótulo. Outras bandas são apresentadas: Orenda, Fortid, Murk, Tymah, I Shalt Become, Nettlecarrier. Como uma forma de tomar uma ouvir a etiqueta, esta é uma excelente idéia, como poucos selos underground tomam conta das compilações atualmente. Estou certo de que muitas pessoas vão curtir e é uma forma de combater pirataria e downloads ilegais.
RC – 9,0

Track list:
01. Invictus - Hegemon / from album "Imperium paganum"
02. Inquisition - Infernal evocation of torment / from album "Nefarious dismal orations"
03. Graveland - Apocalypto / from album "Will stronger than death"
04. Thoron - Hired to kill / from album "Return to dust"
05. Satanic Warmaster - Wolves of revelation / from Minialbum "Revelation"
06. Be Persecuted - Painful assemble / from album "I.I"
07. Iuvenes - Triumph of the will / from Minialbum "Triumph of the will"
08. Orenda - The Funeral / from album "The Funeral"
09. Fortid - World of the hel / from album "Völuspa Part II: the arrival of fenris"
10. Moondark - The Shadowpath / from album "The Shadowpath"
11. Diabolic Force - Old school attack / from album "Old school attack"
12. Murk - Places that i can´t speak / from album "Unholy presences"
13. Those Who Bring The Torture - Murdered thrice / from album "S/T"
14. Alastor - Thousand horns / from “from Noble north”
15. Tymah - Altar / from album “Loquitur Cum Alqo Sathanas”
16. I Shalt Become - The lost man / from album "In the Falling Snow"
17. Nebiros - Zatrata / from album "Kurwa Satana" (unmixed advance track)
18. Nettlecarrier „Cup of lethe“ (promotion track)
19. Lord Wind - The ancient beginning / from album “Rites of the valkyries”

I SHALT BECOME
In The Falling Snow
No Colours – imp.
Esta é mais uma prova que o metal negro tem mais do que apenas um punhado de artistas talentosos nos Estados. De diabólica alianças praticantes, como o HLP Exército, a hereges como Leviathan e Sapthuran, USBM do poder e influência é cada vez maior. É a estas fileiras de elite que I Shalt Become legitimamente pertence. A one-man Black Metal band vem de Illinois, pelo senhor S. Holliman, que foi libertando música, às vezes sob um nome diferente de banda, durante anos. Creio que este CD, Falling In The Snow, é um relançamento do selo, No. Colours Records. O álbum, como um todo, cria um estado quase hipnótico no ouvinte. Após uma breve, moody intro, três faixas em uma fileira todos seguem o mesmo modelo: mournful melodias colhidas em um Dark ambient, uma fervilhante guitarra. Todos esticadas para quase proporções épicas. A quinta faixa, All Alone And Dead, funciona como uma espécie que segue para o resto do CD, que consiste em mais absolutamente sombrias e “forlorn” canções. Um grande mix de Graveland e Burzum. Foderoso. RC – 8,5

Track list:
1. Intro 01:26
2. Burning 06:31
3. In The Falling Snow 05:36
4. These Cold Desires 02:45
5. All Alone And Dead 01:33
6. Dreamscapes 03:34
7. Acid Lights 04:53
8. The Lost Man 02:42
9. Our Children Die 04:27
10. Outro 02:19

MURK
Unholy Presences
No Colours – imp.
Será que alguém se lembra Judas Iscariotes, o norte-americano homem que virou uma das one-man bands mais Cult’s dentro da cena que saiu devido a crítica à cena? Sim, criticado por quase todos, mas adorado por poucos. Ora, qualquer pessoa que não tenha tido suficiente conhecimento de Judas Iscariotes de som, mas por saber sabe tudo Akhenaten's releases pelo coração podem agora adquirir o Murk da Itália, porque Unholy Presences está cheio de negras músicas que qualquer fã de Judas Iscariotes iria jogar-se de cabeça. Eu diria que o Murk é o Judas Iscariotes italiano! Este álbum, também está cheio de riffs repetitivos e hipnóticos que, em virtude de a base melódica, são bastante atraentes. A diferença é que Murk usa uns aqui e ali (que não são assim tão excitantes), e tem uma produção muito melhor. Outra “dissemelhança” é que Murk da música tem mais de um fluxo para ele. Também fãs de Inquisition serão bem vindos apreciarão muito o Murk. Hoje a cena está mais aberta e o Judas Iscariotes pagou o preço por ser uma banda a frente de seu tempo. Pegaram o norte-americano Judas Iscariotes pra Judas! PR – 8,0

Track list:
1. Unholy Presences
2. Places that I can't Speak
3. Di Momento del Trapasso
4. Murk
5. In the Kingdom of the Dead
6. Emozioni Lugubri
7. Barter with Dead

AZAGHAL
Omega
Moribund Cult – imp.
Sem duvida essa banda é um dos grandes do Black Metal contemporâneo, tamanha a sua brutalidade do seu som, que soa primitivo e direto e nos remete ao início dos anos 90, época áurea do estilo, que podemos chamar de Brutal Black Metal. A banda é finlandesa, já teve um disco em sua discografia lançado no Brasil via Evil Horde, com um acabamento gráfico muito mais luxuoso do que se tem agora. Este artefato, como sempre, é cantado todo em finlandês. Os hinos são todos vociferados e as letras, apesar de anti-cristãs, tem um apelo pagão. Black Metal gélido, ríspido e cru. São nove pancadarias sem descanso, sem choro nem vela. Que artefato! RC – 8,5

RAVENDUSK
Astroblack Advent
Mondongo Canibale – imp.
Que banda! Com uma capa e encarte belíssimos, este é o 2º CD oficial destes poloneses do Ravendusk, cujo símbolo é o bem sacado "Ravengram", uma estilização do pentagrama com a marca da banda. Aqui temos um bom Black Goth Metal. Isso mesmo, um mix do Black Metal e do Gothic Metal, gerando uma atmosfera sombria, lúgubre, mórbida e densa, com elegância, apesar da parte esporrenta. Os teclados criam os climas para perfeitas e satânicas sinfonias, com o baixo em evidência, como se as músicas fossem feitas em linhas principais deste instrumento, como Motörhead e Venom por exemplo, caso raro em se tratando de Symphonic Black e Extreme Goth. As guitarras estão presentes sim e em bom estilo, remetendo ao Metal Tradicional dos anos 80, como as bandas de Thrash e Black daquela década. Indicado para fãs de grupos como Covenant (dos tempos de Nexus Polaris, claro), Arcturus, Limbonic Art, entre outros. As letras, a exemplo deles, falam de temas cósmicos, espirituais e obscuridade. Eles estão mais para o ocultismo e para o obscurantismo do que para o satanismo. Confira!
JCB – 8,0

Track list:
1. Ebony Craft
2. Profound Effect
3. Superdark Phenomen
4. Will as Heresy
5. Neon Cipher
6. Astroblack Advent
7. Lucider Worlds
8. Enigma Neo Blessed
9. Forever Obscure
10. Vortex of Arcane
11. Rapture Generation

LYFTHRASYR
The Recent Foresight
Twilight Vertrieb – imp.
Eles foram e são inspirados em vários tipos de Black Metal, trilhas sonoras de filmes, música clássica e Industrial, este trio alemão é um daqueles casos de Power Trio. Sim, não parece que são só apenas três caras por trás de tamanho trampo. Tanto técnico como um apuro para encher sua música e encher seus ouvidos de nuances, detalhes e sonoridade tão rica. As 8 músicas negras e hostis, repressoras e opressoras, para não dizer assustadoras. Desde o tradicional e esporrento Black Metal até o Symphonic e Melodic Black e o tão em voga hoje em dia Dark Metal. Vocais vocíferos, guitarras incandescentes, cozinha cheia e teclados hipnóticos e mórbidos. Morbidez é a palavra que melhor define The Recent Foresight. Dois anos depois de seu debut, The Final Resurrection, a banda ressurge melhor do que outrora. Sem comparações com os Headmasters do estilo. Eles são únicos e originais. Em suma. Black Metal ríspido, mas melodia. Destaques para Visions Of Hope And Despair, Perception Never Expected e a deliciosa e cadavérica intro The Addiction To Peace. RC – 8,0

Track list:
1- The Addiction To Peace (Intro)
2- Rage towards Apathy
3- Venture and Value
4- Servants in silent Devotion
5- Visions Of Hope And Despair
6- Exhaling the Spirit of Time
7- Obsession in a convenient Manner
8- Perception Never Expected

DIES ATER
Odium´s Spring
Twilight Vertrieb – imp.
Banda de Black Metal alemão, em seu quarto disco. Pronto falei tudo. Mas vamos falar mais desta boa banda que, se não desponta, também não desaponta. Brutalidade majestosa. Produzido por Andy Classen em seu clássico Stage One Studio (Krisiun, Rotting Christ, Die Apokalyptischen Reiter, Holy Moses), Odium´s Spring garante qualidade sonora. Sim, Odium´s Spring é um produto de alta qualidade. Apesar da brutalidade, há muita melodia, mas também fuja de comparações com Dimmu Borgir, por favor, eles têm seu estilo próprio! Isso mesmo. Interessante notar, isso sim, influências de Black Metal grego, como Rotting Christ entre outros, com aquelas melodias melancólicas, mas características de lá, nem tristes e Depressive. A capa é bela, com tons amarelados bem como o encarte. Destaques? Os teclados. Celestiais, mórbidos e sempre insertos na medida certa, o grande segredo para se fazer este tipo de música sem cair no ridículo, e dar mais classe e pompa na sujeira toda. RC – 8,0

Track list:
1- Crimson Blood
2- Dark Strike
3- Hail Old Times!
4- Die Gier nach eurem Untergang
5- Odium´s Spring
6- The Arrival
7- Created to Persist
8- Die Gewissheit zu siegen
9- Still Rising

ESSENCE OF EXISTENCE
Terra Mentis
Mondongo Canibale – imp.
Black Metal Progressivo, ou Prog Black. Existe isso? Sim, existe e o Essence Of Existence está aqui para comprovar isso com o seu bom CD Terra Mentis. A banda vem de Trencin, Eslováquia, mostrando a força do Leste europeu dentro da cena Black. Eles tiveram centenas de mudanças de formação ao longo dos anos, e mudanças de estilo, transitando entre o Extreme Metal e o Melodic Metal. Até chegarem num consenso com o lançamento de Terra Mentis. O que pode irritar a alguns são a incursão de elementos eletrônicos, claro, nada que os aproxime muito da Darkwave, nem do Industrial como o Samael fez, nem menos ainda os caminhos que o Covenant andou enveredando. Mas em determinados momentos irrita mesmo. O pseudônimo deles quer fazer aparência para uma espécie de Metal Cósmico: Astral (guitars, vocals, programming - aiiiiiiiii), Technology (uiiiii) (guitars, programming) and n-gh' (Ãh?) (bass) e Fear (keyboards, vocals). Um misto de Cradle Of Filth com bandas mais modernas marca Terra Mentis, que já assusta na primeira faixa, com o título Born 1010011010, ou seja, uma composição binária. Também aparecem aqueles duetos entre a Bela e a fera, com vocais femininos limpos e masculinos grunhidos. Ou seja, eles atiram para todos os lados, mas não acertam em todos. Muita gente não vai gostar, portanto, siga sua consciência. PR – 7,0

Track list:
1. Born 1010011010
2. Spiritless
3. Echoes in Mindshadows
4. Desire Fragments
5. Implanted Reveries
6. Bewildered Reason
7. Cryotomb
8. Ageless Forest Silence
9. Thunders Of Dissolution
10. Unveiled Astral Paths
11. Components of God