A

AS LIGHT DIES
A Step Through The Reflection
Mondongo Canibale – imp.
Esta banda é espanhola e trabalha com várias veias dentro do Metal, ficando difícil saber exatamente qual é a veia principal. A Step Through The Reflection tem 13 faixas e viaja em mescal durante elas com Gothic, Heavy, Black, Thrash, Doom, Death, Pagan, Folk e etc. Que raios de música faz este enigmático As Light Dies? Só sei que é Metal e dos bons, lembrando por causa dessa miscelânea o Opeth, pois em todas elas tem aquela melodia Progressiva e melódica, alternando momentos mais calmos com outros mais agressivos. O tempo todo, esta alternância se instaura, deixando um ar delicioso para o ouvinte. Tudo regado a técnica e o principal, bom gosto em permear tudo isso. Melodias épicas, frias, bucólicas se misturam com tudo isso, com eles querendo dar um ar transcendental para tudo isso (como o Opeth) e realmente, eles são honestos nisso, passando um ar de espiritualidade dentro do caos (não do caos agressivo, mas do caos vindo do caldeirão de tantos elementos jogados, onde só um druida poderia com sabedoria fazer um belo caldo e uma bela poção mágica de tudo isso). Ousado, corajoso, as vezes indulgente, mas talentoso. RC – 8,5

Track list:
1. Crossing the stigian lake
2. Out of the cave
3. Imprisioned forever
4. The very beginning
5. Weird, Imperfect Symmetry of Creation
6. Peering Through the Reflection
7.A Step Through the Reflection
8. In Fearie's Garden
9. A Shine After Thousand Years of Dark
10. The Temple
11. Ode to a Dying Empire
12. The Scourge of the Gods
13. The Sinking of Atlantis

KERBENOK
Der Erde Entwachsen
Northern Silence – imp.
Por detrás deste sombrio trio alemão que vai pelo nome de Kerbenok, está uma das melhores propostas surgidas nos últimos tempos. A sua fundação foi estabelecido em 2000 por Stefan Drechsler (vocais, guitarras e baixo) e Christopher Duis (vocais, bateria e percussões). Kerbenok já tinha lançado duas demos, incluindo o duplo CD set Auf Wilden Pfaden / Im Einklang Der Gewalten em 2005. Ainda temos que ver a banda da primeira muito completo, como Der Erde Ent Wachsen é, de facto, uma MCD contendo apenas três composições. Muito pouco para se analisar a fundo. Mas a Alemanha é muito conhecida por ser a origem de muitas talentosos Folk e Viking Metal atos. Kerbenok é um novo nome, embora já tenham feito a sua marca na cena underground. Esta banda Pagan Black Metal tem tudo o que é preciso para ter sucesso. Elementos melódicos estão a ser desfrutados na forma de limpar arpejos, harpas de boca e flauta. Essas delícias são encontradas em duas composições, a saber, Der Fall e Das Kalte Feuer. A faixa-título contém agradáveis coros épicos ao fundo. RC – 8,0

Track list:
As for the title track, a more furious Black Metal takes place, still with the addition of a gong in a couple places.1. Das Kalte Feuer [sample]
2. Der Erde entwachsen
3. Der Fall

WYKKED WITCH
Memories Of A Dying Whore
Perish Music – imp.
Esta banda é algo singular. Primeiro, o tema de capa mais em voga dos últimos tempos. Colocar como tema uma menina morta, cheia de sangue. King Diamond fez isso recentemente com o excelente Give Me Your Soul... Please! E agora a capa se repete. Seria já um fantasma da menina inglesa desaparecida Madeleine McCann, ou já o fantasma da menina Isabella Nardoni? Enfim, não dá para saber, mas o consciente e inconsciente coletivo já reproduzem estas tragédias a exaustão, que serão cada vez mais comuns daqui para frente. Outra coisa que faz desta banda ser especial é sua vocalista, Ipek, um misto de Lizzy Borden (Lizzy Borden) de saias com Black Lawless (WASP) de saias, visualmente. Vocalmente, ela lembra muito o timbre de Dani Filth (Cradle Of Filth), até por ser mulher, seu timbre mais agudo ajuda a aproximar a extremidade berrada de Dani. A música lembra muito o Cradle Of Filth mesmo, aquele Symphonic Black Metal, ou Black Metal Melódico, mórbido, tétrico, épico, bem tocado e bem produzido. Passagens Góticas e de Dark Metal se perfazem neste disco excelente do qual, raras bandas realmente relevantes surgiram dentro dessa veia musical. Confira! JCB – 9,0

Track list:
1. Memories of a Dying whore
2. Desperation
3. Bloodstained Tears
4. Awakened
5. Suffering Through The Years
6. Wishing Sickness
7. Sweet Dreams
8. Plagued by Delusions
9. Shrouded in Ash
10. Beneath Our Skin

ANIMUS MORTIS
Atrabilis (Residues From Verb & Flesh)
Debemur Morti – imp.
Qualquer ávido seguidor de Black metal será, sem dúvida, consciente da qualidade e quantidade de bandas que têm desovado de cena da América do Sul ao longo dos anos. Principalmente para assinalar os seus tipicamente bárbaros abordagem a esta música é refrescante ouvir uma banda progredir em, bem, mais Prog, como é o caso da horda chilena Animus Mortis. Assinada pela fiável Debemur Morti Productions a banda ter obtido apenas cerca de liberar a sua estréia em longa duração completa, intitulada Atrabilis (Residues From Verb & Flesh) um álbum que traz tanto tradicionais e não tradicionais aspectos em conjunto, num total de exibição de Black Metal majestoso. Considerando que o seu primeiro demo (lançado em 2004) indicadas as respectivas imaturidade de uma banda que ainda asfixia sobre a bílis de suas influências, Atrabilis (Residues From Verb & Flesh) felizmente vê estes Chilenos tendo uma abordagem muito mais madura para a sua canção escrita. Embora ainda é óbvio que eles tomem enorme influência de "In The Nightside Eclipse" do Emperor, mas o Animus Mortis têm gerido a esculpir um abismo profundo e Dark que explora tanto o Black Metal mais agressivo e de ponta, como a atmosfera de inverno dos 90’s noruegueses. Irretocável! PR – 9,0

Track list:
1 - Ambivalent Aura 02:37
2 - Hosannas From The Depths 05:15
3 - My Ashes Inside 04:38
4 - Dying Murmur 05:35
5 - Among The Phlegm Of God 04:14
6 - Ethereal Dimensions 03:48
7 - Splendour Ruins 04:36
8 - Thresholds Of Insanity 04:05

NORTH
Na Polach Bitew (In The Battlefields)
Pagan Records / Grodhaisn Prods – imp.
Realmente a Pagan Records / Grodhaisn Prods está pra lá de parabéns! Depois da gigante Metla Mind (maior gravadora de Metal polonesa e que trabalha com todos os estilos da música pesada), creio que o complexo Pagan Records / Grodhaisn Prods venha em segundo lugar e no quesito de Metal Extremo com exclusividade, eles lideram. Aqui temos mais uma grande horda, o North, não confundir com o Nort nem o Nortt e nem outros dois North existentes pior aí, como um brasileiro, um holandês e um alemão. A banda aqui trás em suas letras os grandiosos temas do paganismo e de guerras medievais e históricas, em fatos reais. Podemos chamá-los de Pagan War Metal. Bem, musicalmente, toda a sua estética é Black Metal. Sua temática é Pagã, não se deferindo diretamente ao satanismo, nem se limitando a ele, ainda que mais não-cristão do que anti-cristão. E o parte War, além da parte lírica, onde fala sobre, tem a parte musical que é bem bélica, fazendo seus instrumentos como se fossem armas de guerra. Sinceramente, neste estilo, eles são um dos maiores, criativos e talentosos grupos. A capa é outro show a parte, fugindo do lugar comum. Na Polach Bitew (In The Battlefields) é o seu 4º álbum e é todo cantado na língua nativa (polonês), vindo com sua tradução em inglês, dando um ar mais local, territorial e regional possível. A linha de frente deste exercito é composta pelos quatro cavalheiros do armagedon, os generais Sirkis (Guitar, Vocals), Sabesthor (Bass), Hellrider (Drums), Marcin (Guitar). Apesar de Na Polach Bitew (In The Battlefields) ter “apenas” (entre aspas mesmo) sete faixas, todas elas são densas, mortais e dignas de serem repetidas a exaustão em seu CD-player. Apesar deste aparato musical típico, altas doses de brutalidade se fazem presentes. Mais do que recomendado! JCB – 9,0

Track list:
1. Wojna Trwa (The War Rages On)
2. Pamięć Przeszłości (Remembrance of  The Past)
3. Dni Miecza (The Days of The Sword)
4. Słońca Znak (Symbol of The Sun)
5. Religia Kłamstwa i Nienawiści (Religion of Lies and Hatred)
6. Krew Bohaterów (Blood of the Heroes)
7. Na Polach Bitew (In The Battlefields

SAURON
Hornology
Old Temple – imp.
Depois de um hiato de quase 7 anos, os polacos do Sauron (pois tem vários Sauron por aí), voltam com o seu 4º CD do melhor e do pior do Satanic Black Metal. Mais de 38 minutos divididos em introdução e 6 faixas compõem este regresso. Black Metal old school bem rápido, agressivo, pútrido, assustador e defenestrado. Eles não apresentam nada de novo ou interessante, mas há por aqui algumas idéias muito boas, mas já demonstram um certo desgaste. Não acrescenta nada ao Black Europeu. É um Black primitivo e sem delongas e lugar-comum. Vale lembrar a idéia da banda e que lado da força esta horda quer ficar: Sauron é o mestre do Mal criado por JRR Tolkien, criador do Senhor dos Anéis. E é interessante: as bandas de Heavy, Hard, Prog e Power escolhem sempre os nomes relacionados com os heróis e locais onde estes vivem dentro do Senhor dos Anéis, e as bandas de Death, Black e Doom ao contrário, sempre escolhem sempre os relacionados com o lado Mal, tanto personagens, anti-heróis como lugares. Alguém aí responde minha indagação? Em tempo, o disco é editado em formato de livro com uma apresentação de luxo, como de costuma das edições Old Temple.
PR – 7,0

Track list:
1- Opus Cornutum
2- Hornology
3- Holy Absurd
4- Incantation (Let Me Fall)
5- Ghayat Assa'adah
6- Crawlers
7- Hunter

MALSAIN
The Disease
Dark Essence – imp.
Não me agrada a forma com que a Dark Essence envia seus últimos, promos, mas tudo bem. Segundo disco para esta jovem banda Norueguesa. Black Metal atmosférico bem Dark, Doom, por vezes industrializado (leia-se Industrial), sujo e claustrofóbico de tão intenso que é. Parece-nos por vezes que estamos fechados numa qualquer masmorra medieval, com cheiro a enxofre, com as luzes de velas apagadas, com aquele cheiro de vela queimada, ou melhor, cera, parafina, não conseguindo respirar ou ver o que é que está à nossa volta. O Malsain introduz na sua música algumas idéias que fogem ao corrente Black Metal da Escandinávia, o que lhes confere outra dimensão e nos permitem passar pelos 10 temas do disco sem ter o sentimento de já ter ouvido isto e aquilo noutro lado qualquer. É claro que as influências são notórias, mas a banda está no bom caminho e o terceiro disco é que os irá afirmar ou desacreditar de vez no cenário Black escandinavo e mundial. Para já, vamos desesperando com este "The Disease". Ponto negativo para a capa. Um trabalho deste merecia mais cuidado a nível gráfico, o que certamente iria acompanhar na perfeição e aumentar a intensidade da música. Mas isso mostra como a cena nórdica e principalmente a norueguesa continua a nos maravilhara cada dia que passa. PR – 7,0

Track list:
1. An Old Asylum
2. Cement Forest
3. The Disease
4. Memories From The Past
5. Chambers Of The Sick
6. Mechanical Rain
7. Isolation
8. Intruder
9. The Marsh 2: Unexpected Visit
10. Hell On Earth

NONEUCLID
The Crawling Chaos
Merciless / Metribution – imp.
Olha só o título do rótulo da banda. Seven Acoustic Cathedrals Of Cosmic Death Rotten Monolithic Thrash. Que porra é essa? Para ser honesto, em primeira audição a este CD eu realmente tinha de me acostumar ao Noneuclid. Também ta explicado. Eles são bombásticos e apresentam influências de Devin Townsend para Tom Araya e Rob Halford. Quer saber? Eles fazem retroblackdeathrash. E ponto. Riffs thrashies é o que mais se destaca aqui. Vindos da Holanda, trazem algo da música extrema de lá. Provenientes dos Países Baixos e que elas desempenham Death Thrash metal sinfônico com um toque teatral e uma abordagem nos vocais, que são os dois, limpos e agressivos. Seu CD inclui sete faixas de um conceito sobre (como está escrito no seu livro) "a morte violenta e inevitável de todo o universo, personificava pelo deus-como entidades de fora do cosmos". Combinam de forma agradável a música com a letra que é sempre a base em um conceito do álbum, então devo dizer que eles conseguem fazer o que eles querem. É um CD que parece ter sido feito após muito trabalho de alguns rapazes que apreciem o que eles fazem. Por outro lado, não é um material que não pode ser recomendado para todos porque tem um único som com muitas coisas diferentes, em que ele faz não é assim tão fácil de ouvir alguém que gosta de ouvir os sons e algumas composições padrão, mas como Música o resultado, que é a forma que todos nós temos de ver isso, é um bom exemplo daquilo que pode criar uma banda quando ela tem imaginação e habilidades. Destaca-se a participação de V. Santura e Seraph (Dark Fortress). PR – 8,5

Track list:
1. Worm
2. The Digital Diaspora
3. Coming in Tongues
4. Void Bitch
5. Xenoglossy
6. Time Raper
7. Murder of Worlds

ISRATHOUM
Black Scenery Avatar
Merciless / Metribution – imp.
Esta horda holandesa executa um Satanic Black Metal, sinfônico, melódico e ainda  rápido, perverso e caótico! A banda Israthoum tem uma história de que se deslocam entre países. Iniciado em 92, no clima quente de Portugal sob o signo da Grendel, a banda pensou que se deslocam para os Países Baixos e Luxemburgo seria uma idéia melhor e mudou-se. Vamos chamar 98, a ascensão do funcionário Israthoum! Black Scenery Avatar foi lançado em 2004 pela SRA e relançado agora com muita propriedade pela Merciless Records, em 2006. O caras são membros ou ex-membros de bandas como Warlust, Sabbatical Goat e Perditor. O Black feito por Israthoum é um pouco melódico memso com bastante variação devido a riffs e teclados que dão algumas influências nórdicas (pense em antigo Emperor e Satyricon), mas também Liar Of Golgotha (ex-membros foram em Liar de Golgotha também, que talvez Irá explicar a influência) está presente. Pode-se concluir que é mais melódica em meados do 90's. Israthoum a utilizar o teclado para criar uma certa atmosfera e optaram por deixar a riffs fazer a falar. Obscuro, grim e ainda gloomy! RC – 7,5

Track list:
1. The Eldritch Circle
2. The Storm Which Lies Ahead
3. Guidance
4. The Ghostly Hour
5. Dimensions
6. Black Scenery Avatar

WAR FOR WAR
Kovy Odjinud
Naga Prod.
Talvez espera um Black Metal lado de um projeto fora da Europa Oriental (a República Checa, para ser exato) para ser um sub-produzido e imperdoável fatia de Black Metal grimness. Talvez na maioria dos casos, esta hipótese seria correta, mas em War For War  Kovy Odjinud, é totalmente errada. Do mal ainda, ouso dizer que, cativante abertura de Stokrat Vrhnu Stin à última faixa, Lord Morbivod, o senhor do War For War, honestamente faz um acessível e puro Black Metal. Isso não quer dizer que o álbum é uma peça de comercial. A faixa título contém chainsaw riffs e vocais grunhidos, enquanto o blast beats chegam rápidoa e furiosos através do registro de mid-tempo. A letra de Kovy Odjinud são, em sua inteireza, falada (ou gritada) em Checo e a natureza do gênero geralmente faz a letra inteligível, não importa qual seja a sua língua materna que possa ser. Isto significa acrescentar outra camada de inacessibilidade de Inglês, mesmo se forem utilizados para letras em norueguês ou sueco. Este não é, certamente, um defeito do álbum, em vez disso, ele acrescenta que a atmosfera Underground de Kovy Odjinud, que baseia a sua lírica em minas subterrâneas e cavernas (e metaforicamente, as profundezas da alma humana), da República Checa. Este é Black Metal! PR – 9,0

Track list:
1. Stokrát vrhnu stín |
2. Mezi světy |
3. Srážka s věkem |
4. Scientia |
5. Sen o Master’s Hammer |
6. Dlouhá žíla |
7. Kovy odjinud |
8. Vykoupení (Master’s Hammer cover)

KROHM
The Haunting Presence
Debemur Morti – imp.
Este é o novo full length desta banda amplamente respeitada no Black Metal underground, a banda de Seattle que remonta tão longe como 95. Como uma grande parte dos projetos Black Metal hoje, Krohm, naturalmente, é o corpo e a alma de um único cara, Numinas (mais uma one-man-band) que lida com todas as modalidades e os instrumentos de suas composições algo desolador. Black Metal depressivo, triste e misantrópico.  Em muitos dos casos, este tipo de coisa tende a produzir um orgasmo masturbatório, onde só o cara da banda gosta. Numinas ao longo dos anos tem apenas obteve melhor a esta embarcação, e The Haunting Presence éde longe sua maior conquista. Núcleo Thrash e Black Metal com princípios subliminar Goth, The Haunting Presence é um deleite da música obscura. Batidas hipnóticas, baixo marcado, guitarras atmosféricas, melodias celestiais e vocalizações sussurradas. Apesar de a banda ser de Seattle, cidade da Boeing, ou seja capital mundial das turbinas, provam que eles podem fazer Black Metal escandinavo como se estivessem nas mais densas florestas nórdicas. RC – 8,0

Track list:
1 - Bleak Shores 07:23
2 - Lifeless Serenade 09:35
3 - I Respiri Delle Ombre 07:13
4 - Relic 07:44
5 - Memories Of The Flesh 08:15
6 - Tra La Carne E Il Nulla 07:06
7 - Syndrome 09:07

NASTROND
Muspellz Synir
Debemur Morti – imp.
Heavy metal e música em geral é uma forma de expressar nossos sentimentos, os nossos sonhos, as nossas idéias… A fim de fazer uma banda que deve ter as aptidões musicais, porque, no fim, tem tudo a ver com boa música... Talvez os Nastrond são grandes iniciadores do escuro ofício, mas quando se trata de música… Bem, vamos lá. Eles foram criados em 93 e, desde então, têm lançado vários álbuns. Muspellz Synir é a última, e espero que os seus menos. A produção de Lousy, nem mesmo com um bom riff, todo o conceito se move entre Cacophony e Mayhem. A armadilha que muitas bandas de Black é deitar-se em: "Quanto mais eu grito, o mais mal eu som" (… para o vocalista) e "se eu jogar apenas uma nota para toda a canção vou criar uma atmosfera satânica". Pode parecer preconceituoso isso, mas é a verdade. Se a banda e os músicos fazem de coração, ok, porque acreditam e gostam do que fazem, mas apenas tocar mal por tocar mal e urrar para dar uma de rebelde e de fodão, aí é foda! O significado de Muspellz Synir é o apelo à destruição deste mundo, no final deste ciclo, no final do tempo como a conhecemos. Eles são pretensiosos. Ao menos tentam fazer o que dizem que querem fazer. RC – 6,5

Track list:
1. Intro - The Gallow Reveals
2. Fenrir Prophesy
3. Eldrök
4. Defiance of the Transient
5. Dark Fyres
6. Die Sense die schwarze Herbstzeitlose mäht
7. Ascending Blaze
8. Agios
9. Svarta Stränder (Digerdöden)
10. Calling the Serpentine
11. Ior
12. Mouth of the Sea
13. Passing Beyond Light
14. Nåstrond

SACRILEGIOUS IMPALEMENT
Sacrilegious Impalement
Debemur Morti – imp.
Sacrilegious Impalement vem da Finlândia. Why Finland? Porque Finlândia? I do not like Finland! Eles querem dominar todos os estilos, e também no Black Metal ríspido, embora ainda não tenham a mesma tradição e história dos vizinhos da Noruega e Suécia, tem uma respeitada reputação. A maioria das bandas de lá são Melódicas (Melodic Metal, Symphonic Metal, Gothic Metal, othic Rock, Death Melodic, melodic Black, etc.), mas na ríspida eles se fazem presentes também. O típico atmosférico, dramática sonoridade Black Metal com menor Thrashy influências e, em seguida, agora, estamos familiarizados. Similar a bandas como Horna, Satanic Warmaster, etc. Como é apenas um MCD com apenas quatro faixas, vamos esperar um álbum cheio para poder avaliar melhor. RC – 7,5

Track list:
1. Sacrilegious Impalement
2. Infinite Darkness
3. Prophet of Misantrophy
4. Eternal Agonies

SATAN'S HOST
Great American ScapeGoat
Moribund Cult – imp.
Temos mais um disco da carreira do “hóspede de Satã”. Que honra. O Satan’s Host foi um projeto secundário do vocalista Harry "Tyrant" Conklin do Jag Panzer. Mas isso é passado e vale apenas como informação, o curioso ser ao contrário do Hammerfall, que no começo era um projeto Power Metal de músicos de Death Black. He sang on the only official album called "Metal from Hell" as well as on the never released second album.A banda quebrou-se em 87/88 após Harry sair para entrar no Titan Force. Since reforming in 2000 with a new line-up Satan's Host has released 3 albums, of which 2 were released through Moribund Records.Desta reforma, em 2000, com um novo line-up's Satan’s Host têm lançado 3 álbuns, dos quais 2 foram liberados através Moribund Records. Given the band's history it comes as no surprise that "The Great American Scapegoat" is filled with epic sounding heavy black metal that put much emphasis on atmosphere as it does on instrumentation.Dada a história da banda vem como nenhuma surpresa que The Great American Scapegoat é preenchido com sonoridade pesada do Black Metal Épico que ponha muita ênfase na atmosfera como acontece em sua instrumentação. The material is carefully written and structured with much attention to detail.O material é cuidadosamente escrito e estruturado com muita atenção em cada detalhe. As a result, the album flows quite naturally and nothing ever feels forced or out of place.Como resultado, o álbum flui naturalmente e fica forçado ou fora de lugar. With a sweltering, swarming production courtesy of Flatline Audio (Cephalic Carnage, Cobalt) Satan's Host's ripping and epic hymns are presented in all their glory.Com uma produção de Flatline Audio (Cephalic Carnage, Cobalto) Satan’s Host rasga e hinos épicos e gloriosos. Sente-se influências de Heavy Metal Tradicional principalmente da NWOBHM, como Iron Maiden, Saxon e Judas Priest que ainda bem, hoje nenhuma banda de Metal extremo tem vergonha de assumir, aliados ao desolador Black Metal escandinavo.Coming with breathtaking artwork by the always reliable Joe Petagno (Diabolic, Krisiun, etc) "The Great American Scapegoat" is resounding statement of black metal done by passionate and skilled artists. Aartwork vem mais uma vez com o Van Gogh do Death Black, Joe Petagno (Diabolic, Krisiun, etc) The Great American Scapegoat é uma retumbante declaração de amor e ódio ao Black Metal feito por quem sabe o que está fazendo. PR – 9,0

Track list:
01 Invocation 666
02 Ave Lucifer
03 Dragons-Darkness
04 Azrael Death Wing Angel
05 Great American Scapegoat
06 Hail Satan
07 7 Strings
08 Black Order
09 Pyromancy The Art Of Fire
10 Xeper 22
11 The Cursing Vampyric Evil-Eye
12 Infernal Victory
13 Throne Of Baphomet

GRIMBANE
Let The Empires Fall
Moribund Cult – imp.
Com um ex-membro do lendário canadense Blasphemy, esta unidade é mais do que capaz de viver de acordo com o conjunto de expectativas que vêm com esse legado. Bem como os seus pares na Abominator, Bloodstorm ou Deströyer 666, o Grimbane especializa em uma bestial forma de Death Black Metal, que combina o melhor da War Metal com o Black Metal Old School norueguês ou finlandês. O uso da melodia está proibida aqui, e quando o feita, de maneira sobre-natural e também acrescenta à atmosfera macabra e, de fato, parece ser levantada a partir dos progenitores da Escandinávia, que por sua vez foram inspiradas pelo Blasphemy. A belíssima arte de capa fica a cargo de Joe Petagno (Diabolic, Angelcorpse, Marduk, Krisiun, Motörhead, etc), que é o Derek Riggs do Death Black Metal! E eles querem mudar o quadro de saturação em que vive o Black Metal hoje. Bbandas como o Grimbane quer reivindicar o trono e seu justo lugar entre os nomes de elite, que será apenas uma questão de tempo. Trata-se de um recorde que junta o melhor da atmosfera Thrash, com o Death e Black, ou seja, o verdadeiro Metal. Só para os verdadeiros mesmo! RC – 8,0

Track list:
01. Crush The Set Of Beliefs
02. Tyrannize Intro
03. Tyrannize
04. Obscurity Reigns
05. Unscrupulous Religion Intro
06. Unscrupulous Religion
07. Instinct For Iniquity Intro
08. Instinct For Iniquity
09. Cauldron Of Burning Iron
10. God Cremated
11. Let The Empires Fall Intro
12. Let The Empires Fall
13. Overlord Of Chaos And Evil
14. Theonicrians Descend On Angels
15. Before The First Day

REQUIEM LAUS
Promo 2006
Independente – imp.
Os açorianos (região de Portugal, para quem não sabe) do Requiem Laus têm uma nova demo editada, chamada de Promo 2006. O registro tem cinco novos temas, uma faixa interativa, dois vídeos e fotos, ou seja, a banda fez um promo mesmo. Mas para todos os fãs terem acesso, já que, esse tipo de promo cheio de recursos são enviados apenas para jornalistas. Hoje, a banda tem um novo baterista em Jorge de Abreu. Como é uma demo (ou UM demo, já que é um CD e não uma fita) esperamos o disco completo, já está na hora, já se passaram dois anos desse demo. Para dar uma força, segue a formação da banda: Miguel Freitas (guitarra, voz), Dani Pereira (guitarra), Ricardo Fernandes (baixo) e Jorge de Abreu (bateria). A música? A banda faz na verdade Black Metal, mas tende para o lado mais anos 80 do negócio. É Black sim, mas sem tanta guturalidade, e mais força, poder, energia e garra. Muitas passagens e porque não dizer, muitas faixas inteiras se confundem com as raízes do Thrash Metal, do Death e também do Power Metal dos anos 80 (esqueça as melodiquices dos anos 90). Ou seja, totalmente da velha guarda (ou Old School). RC – 7,0
requiem-laus@netmadeira.com

SAATTUE
Jäähyvästi
Spinefarm – imp.
A banda faz de tudo o que é extremo um pouco. Velocidade Death, riffs Thrash, clima, melodia e melancolia Doom e a aura negra do Black Metal. Lugar comum hoje na Finlândia, terra da banda e da gravadora Spinefarm, mas mais uma vez, eles acertam a mão. Jäähyvästi era a princípio um EP com quarto faixas auto produzidas, como costumam as bandas gravarem para conseguirem contrato com alguma gravadora. E foi o que conseguiram, enxertando outras três faixas, totalizando sete, tornando Jäähyvästi um full length. As composições são boas, com vocais alternando-se entre limpos e os mais brutais, com as letras em finlandês, ou seja, você não vai entender nada. Or ar melancólico típico da Finlândia aparece no meio da pancadaria, lembrando até momentos de seus compatriotas do Sentenced e do Amorphis. Em algum momento, aparece vocais femininos no meio, em alguns refrãos ou backings. O vocalista e um dos guitarristas do Saattue e também membro de outra banda finlandesa já resenhada aqui antes, o Let Me Dream, fazedor de um bom Gothic Metal. Embora as duas bandas sejam totalmente e proporcionalmente inversamente antagônicas, daí talvez venha alguma influência Goth em seu som. Mais uma banda apta para ganhar o mundo extremo do Metal. RC – 7,5

DARK END
Damned Woman And A Carcass
Independente – imp.
Aqui temos uma excelente banda de Black Metal Sinfônico e Melódico. Claro, as comparações com o Cradle Of Filth são imediatas, até porque, a banda segue mais a linha de Dani Flth do que a do Dimmu Borgir. Os vocais são menos gritados e esganiçados do que os de Dani, eles são mais guturais, mais Black mesmo com algo de Death. Os teclados são influentes, mas na medida e dose certa. Asking For Perfidious Poison é a intro, perfeita, melódica, uma música de verdade, que parece vinheta ou intro de alguma cena de horror, maravilhosa! Vampire é mais esporrenta (e claro, eles abordam muito o universo do vampirismo). Destruction é melodiosa, sombria. Bem, ainda não falamos da capa, sinistra e tétrica, assim como seu logotipo, as letras do titulo do CD, que combinam perfeitamente com o seu tipo de música. Olha, desde o sucesso do COF, várias bandas surgiram tentando serem magistrais quanto, mas quase nenhum conseguiu. Dentro desse círculo de poucas que obtiveram resultado satisfatório está o Dark End! Na faixa Damned Woman, talvez esteja a explicação para isso. Os teclados. Sim, eles não só são feitos por quem entende do instrumento, como também sabe usá-los durante a música, sem deixar ela pasteurizada e acrescentando na sonoridade. Em A Carcass apesar do título e da letra “Carcass”, trata-se de mais uma elegante composição sombria, com teclado ao fundo parecendo caixinha de música. De Produndis Clamavi segue a mesma linha. Em Obsession, podemos notar influências de Tristania também, seja do Goth Black disco Beyond The Veil, seja das partes mais Black e Doom de Widow’s Weed. Ainda The Two Good Sisters, o momento mais visceral e pesado do disco. Ultra-recomendável! JCB – 9,0
valentz@darkend.it

Track list:
1. Asking For Perfidious Poison
2. Vampire
3. Sed Non Satiata
4. Destruction
5. Damned Woman
6. A Carcass
7. De Produndis Clamavi
8. Obsession
9. Terrible Pleasures And Frightful Sweetness
10. The Two Good Sisters
11. The Dancing Sepent
12. Love Will Tears Us Apart (joy Division Cover)
http://www.necroagency.com/

SATAN'S HOST
Satanic Grimoire: A Greater Black Magick
Moribund Cult – imp. 
Cara, que banda e que capa de disco! Uma das melhores e mais legais capas que já vi nos últimos anos, porra! Imaginou essa capa numa embalagem dos discos de vinil? Matadora! Este disco é original de 2004, e tem dez faixas, e agora foi relançada novamente. Esta nova edição tem essa capa fabulosa e somou mais 5 faixas. O disco é mais musicado, como se fosse uma trilha sonora para um sombrio e satânico ritual. Sombrio, denso, satânico, maggico, sinfônico, um deleite! Ouça e se arrepie, faça a sua iniciação ou apenas curta o clima soturno e de terror! Cara, pouco a se falar, é difícil resenha esse tipo de proposta, mas é o tipo de música que mais curto! Tétrico e macabro! Fúnebre e funéreo! Sua música passa do complexo e suas melodies épicas ajudam a desconstruir tudo a sua volta em termos musicais. Este é mais um título desta horda que tem mais um trabalho seu relançado, agora pela Moribund Cult Records. Como se sabe, a gravadora abre espaço e explora as bandas norte-americanas do estilo, mostrando que o Black nos EUA é sério. Satanic Grimoire: A Greater Black Magick saiu de forma independente pela primeira vez. Começando com o Épico Necromantic Art até Black Magick, as quatro primeiras faixas, sendo que três delas tem mais de seis minutos, mas nunca deixando a desejar em qualidade – isto faz tornar uma “dangerous journey” sua audição. Neste relançamento, temos uma faixa resgatada, Metal From Hell, que originalmente apareceu no debut da banda em 86! Ainda, um Death, 418, contando com os urros de Lenzig do Cephalic Carnage. Enfim, ouça e se horrorize. JCB – 9,0

Track list:
1. World Wide 9... The Calling
2. Necromantic Art
3. 666... Mega Therion
4. Satanic Grimoire
5. Black Magick
6. Chameleon of Witchery
7. Incantations Vibrating From Shadow Demons
8. Metal From Hell... 22nd Century
9. My Will, My Law: Evil
10. Lesser Keys
11. Evoking Asmoday
12. 418 (Bonus Track)
13. Infernal Calling (Bonus Track)