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BROWN JENKINS
Dagonite
Moribund Cult – imp.
Surpresa, a gravadora especialista em Death, Black, Death/Black e congêneres, apostar em um disco que é um EP, de um cara texano, Brown Jenkis no caso, que debuta em sua carreira solo.  Apesar das características de um disco de instrumentista feito de músico para músico, temos nuances de um estilo que agrada aos fãs de Black Metal e de Doom Metal. Dagonite tem uma ótima e elevada atmosfera, mórbido e cheio e denso, como todo bom baixista de Metal extremo deve soar. As letras são mínimas, sendo assim, tem poucos vocais, e é mais instrumental mesmo. Mas quando os vocais entram são urrados. Isto é elevar o Extreme Metal a uma outra categoria. Grande exemplo, o disco solos de Joel Moncorvo, baixista do Ungodly. EP tem como inspiração o escritor H. P. Lovecraft, por isso é tão sombrio assim! Muito bom! Droning staccato Black Metal encontrando com o Funeral Doom! Vem para mostrar que o US Black Metal existe e melhora a cada dia que passa. Indicado para fãs de Xasthur e Nortt também! O horror está a sua espera. RC – 8,0

Track list:
1. Blessed
2. Dagonite
3. Aeons Of Crawling
4. She Went To The Sea
5. Starless

REVELATION OF DOOM
Shemhamforash
Pagan Records – imp.          
O Death Metal polonês têm crescido assustadoramente. Claro, quando se fala no Leste Europeu, o estilo do Rock mais predominante ali é o Metal Extremo. Mas nenhum país chega perto da Polônia, em termos de público, gravadoras, quantidade e qualidade de bandas e etc. Nem mesmo a gigante Mãe Rússia (o grande Urso Branco) cuja economia, extensão territorial, população alcança os poloneses. Reveletion Of Doom vem com o seu segundo álbum Shemhamforash, mostrando nítida influência dos seus patrícios do Vader. Sim, o Vader está para a Polônia assim como o Sepultura está para o Brasil. Quase todos se espelham nos gigantes do Vader, e outras faixas como Six Six Six, From Metal To Hell (mais clichê, impossível seu título, mas o som é muito fudido), GoatWhore (com aquele lado quase Impaled Nazarene de fazer Black com influência Punk). Outros podreiras como As The God So The Servants e Phallucipher The GodCrucher fazem de Shemhamforash, um disco de ponta de uma banda promissora. RC – 8,0

Track list:
1. Six Six Six 
2. From Metal to Hell
3. The Goatwhore
4. As The God So The Servants
5.Phalluscipher The Godcrusher
6. Morbid Death
7. Messenger of Darkness 
8. Vultures Genocide
9. Darkness Shall Be

BLOODTHIRST
Let Him Die
Pagan Records – imp.          
A banda tem como base o Thrash Metal. Um som trampado e violento. Mas é aquele Thrash que beira o Death e raspa no Black, pois tem elementos de War Metal, com riffs que mais parecem um bombardeio, solos caóticos, baixo denso, pesado e galopante, bateria que nem uma metralhadora ou um HK, bumbos que parecem tambores do inferno na velocidade da luz. Alusão a bandas como Slayer (da fase Reign Blood), Dark Angel e Assassin. Aliás, a banda que mais o Bloodthirst parece, é com o Assassin, devido as similaridades com o seu Thrash bélico (lembra da capa amarela com aquele tanque de guerra?). Destaques para as faixas Destroyer - Bringer Of Flames, Winds of Death, Violent Hordes e a faixa-título. Com certeza,  Let Him Die será um pesadelo para o seu vizinho, principalmente se tiver gosto musical duvidoso (que goste de qualquer porcaria que seja “música brasileira”). RC – 9,0

Track list:
1. (Upon The Cross) Tormented And Lost
2. Desecrate The Lie
3. Destroyer - Bringer of Flames
4. Crush The Bastard Nazarene
5. Thrashing Madness
6. Winds of Death
7. Violent Horde
8. Let Him Die
9. Excommunion (Sacrifice For Hell)

DARKTHRONE
F.O.A.D.
Peaceville – imp*       
The Cult is Alive em 2006, iniciou uma – relativamente – nova fase na carreira daquela que é uma das mais importantes bandas de Black Metal de sempre. Uma abordagem ainda mais Rock 'n' Roll do que o costume confundiu os milhares de imitadores do que a banda fez entre 92 e 96. No ano de 2007, com a saída do EP New Wave Of Black Heavy Metal, os desesperados fãs ansiosos por cópias de A Blaze in a Northern Sky, voltaram a desiludir-se. Agora é o tempo de FOAD, um disco que faz justiça ao seu nome (Fuck Off and Die), quer a nível musical, quer a nível de ideologia. Sem Corpse Paint, sem fotografias a preto e branco com o contraste elevado ao máximo e determinados em pegar simplesmente em instrumentos e criar Necro Rock 'n' Roll. E se títulos como Canadian Metal, The Church of Real Metal ou Raised on Rock parecem suficientemente obsoletos (para aqueles que não compreendem a ironia acutilante que sempre fez parte do imaginário da banda), se a capa faz lembrar o desenho de um fã de Motörhead e Venom feito nos anos 80 ou se, simplesmente, tudo, à primeira vista, parece inferior ao que esta banda já criou, isso revela simplesmente que a mensagem não foi assimilada e é melhor continuar a ouvir o que a banda criou durante a primeira metade dos anos 90. Não há, em nove músicas do disco, uma única música sem um riff absurdamente bem conseguido, sendo construídos com a simplicidade e eficiência que há muito é reconhecida nos Darkthrone. Também surpreendente é a secção rítmica suficientemente eficaz, variada em simples mid-tempos e ataques em conluio com as guitarras de NC, capaz de oferecer a dinâmica Rock 'n' Roll que envolve todo o disco e destacar também uma novidade sublime a nível de vozes, bem capaz de dar voltas ao estômago dos supostos old-schoolers. No incio, antes deste disco ser lançado, por certo, haveria o receio de algo tão banalizado como o termo Fuck Off And Die não ser o passo certo a dar por uma banda com o calibre dos Darkthrone. No fim, resta a certeza que a dupla norueguesa não só conseguiu enquadrar bem esta atitude no seu disco, assim como, de uma forma radical, conseguiram mandar foder tudo e, especialmente, todos. São poucas as bandas capazes de em 20 anos de actividade ajudarem a criar um género, que com o passar dos anos foi manchado por aqueles que estes sempre desprezaram, e revolucionaram a sua arte de forma a fazer os que estavam a mais dizerem que este é um mau disco. Serão esses que acusarão os Darkthrone e este disco como “vendidos”. Serão esses que irão perder uma das melhores e mais fortes obras de arte do género, para um sorriso adicional daqueles que vêm em FOAD um dos melhores discos de 2007. Lay down your soul, to the Gods Rock ‘N’ Roll. PR – 9,0

Track list:
1. These Shores Are Damned
2. Canadian Metal
3. The Church Of Real Metal
4. The Banners Of Old
5. Fuck Off And Die
6. Splitkein Fever
7. Raised On Rock
8. Pervertor Of The 7 Gates
9. Wisdom Of The Dead

GALLHAMMER
Ill Innocence
Peaceville – imp.       
Muito interessante isso aqui. Estamos diante de um trio feminino japonês de Black Metal. Isso mesmo, e o resultado que poderia ser dos mais risíveis, acaba saindo a contento. Não chega a ser um Black esporrento, pútrido nem muito Brutal. Claro, os vocais são ora gritados, ora urrados, como o estilo pede e se você não soubesse, não saberia que se trata de uma mulher urrando e dando “screams”. Claro, a vocalista não é nenhuma Angela Glossow (Arch Enemy), mas se sai muito bem. O fato de ser um trio, limita um pouco a performance delas, pois em certas músicas, carece uma segunda guitarra. O fato de serem japonesas também não atrapalha, pelo contrário, pois elas acabam fazendo sua música de uma forma um pouco diferente do contumaz. Algumas incursões de J-Rock podem ser sentidas em nos backing vocals de Blind My Eyes, com gritinhos bem femininos no meio dos urros. Outros momentos, como em Ripper In The Gloom, a gente sente uma pegada mais Old School à lá Celtic Frost e Venom (que muitos, erroneamente passaram a chamar no final da década de 90 de Black Metal Rock). O saldo no final é muito bom, aliada a bela embalagem em digipack e a capa fria e gélida (como o estilo pede) trazem mais uma boa opção para os verdadeiros e reais apreciadores da arte. Outra comparação impossível de não se fazer, é com as gregas do Astarte, capitaneadas por Tristessa e que também são um trio. Em tempo, o CD foi masterizado em Oslo, Noruega por Nocturno Culto, do Darkthrone, que com certeza deixou o som com a cara de banda de ponta, ajudando a extrair o melhor delas. JCB – 8,0

Track list:
1. At the Onset of the Age of Despair
2. Speed of Blood   
3. Blind my Eyes  
4. Delirium Daydream  
5. Ripper in the Gloom  
6. Killed By the Queen  
7. Song of Fall    
8. World to be Ashes    
9. Slog    
10. Long Scary Dream

JANVS
Fvlgvres
ATMF (Aeternitas Tenebrarum Music Foundation) – imp.     
Mais uma banda Italiana de Epic Viking Pagan Black Metal. Os Janvs apresentam em Fvlgvres o seu segundo disco, o primeiro através da compatriota Aeternitas Tenebrarum. Este começou por ser um projeto a solo de Vinctor (guitarra, voz) e assim foi gravada a estréia. Este novo trabalho já foi gravado por uma banda “a sério”, incluindo B. Malphas no baixo e F. La Rosa na bateria. Na nota de imprensa é apresentado como Spiritual Black Metal. Parece que hoje em dia toda a gente pretende ser “pioneira” num estilo inventado por si. Pois o que aqui encontramos são 7 temas do mais puro e simples Black Metal, ora rápido ora a meio tempo, com alguma melodia, passagens acústicas e ambientais. O conceito lírico versa as condições e limitações da raça humana, e da sua temporária conquista de momentos de realização e contacto com picos de transcendência, ou qualquer coisa do gênero... Ora, aí está a tal faceta “espiritual” da banda! Há ainda a participação de Argento dos Spite Extreme Wing, segundo parece um dos pioneiros do Black Metal Italiano, e que contribui com letra e voz em Vrsa Major. Há aqui algumas idéias a aproveitar, principalmente nas passagens acústicas e ambientais, também a nível das guitarras, mas no geral é algo muito simples, mediano e lugar-comum. PR – 7,0

LOCUS MORTIS
Voust
ATMF (Aeternitas Tenebrarum Music Foundation) – imp.
Segundo disco para os Italianos Locus Mortis. Black Metal intenso, rápido, agressivo, ambiente negro e carregado, tudo condimentado com letras ocultistas. Eu não sou a pessoa mais indicada para escrever sobre este tipo de sonoridades, Black Metal no geral e este tipo de extremo em particular. Eu sou apreciador de música extrema, nas mais diversas vertentes, mas o Black Metal e as suas orientações líricas, no geral, não são a minha predileção, no entanto este disco chamou-me a atenção. A parte instrumental está irrepreensível, boas idéias, ambientes negros bem conseguidos, uma intensidade brutal e, claro está, uma gravação excelente! E digo isto porque a grande maioria destas edições têm um som execrável (vejam a crítica abaixo p.ex.), ou para lhe dar um ar underground ou true, ou apenas para encobrir a falta de idéias e técnica instrumental da banda. Pois não é o que acontece aqui em Voust, o som está fantástico, a banda sabe tocar, tem boas idéias e, acima de tudo, soa verdadeiro e tem pleno espírito underground. Não é uma obra-prima do gênero, mas é um bom disco de Black extremo e old-school. Apenas para apreciadores de Occult Black Metal extremo. PR – 8,0

FORGOTTEN WOODS
Race Of Cain
ATMF (Aeternitas Tenebrarum Music Foundation) – imp.
Ora, já me é difícil escrever algumas linhas sobre um disco de Black Metal tipicamente Norueguês, quanto mais sobre um que não tem nada de minimamente audível. Que som de gravação é este? Parece a gravação de um ensaio, som completamente abafado, a bateria parece que está lá ao fundo e nem tem um único micro ligado, baixo que é dele, guitarra arranhada, e voz parece que foi gravada numa cassete que ficou anos a apanhar pó e quando se vai ouvir de novo, anda mais devagar e enrola. Até muitas das maquetes gravadas em ensaios, na década de 80, soam melhor que isto. E idéias? Pois sim! Que é delas? E esta é supostamente uma banda de culto, de “true norwegian black metal”, pioneiros da cena. Na nota de imprensa fala-se em “rawness”, “obscurity”, “underground appeal”, “another step forward compared to the already great previous album”. O único que se aproveita é o book que está fabuloso, revertendo mais rapidamente para uma banda de Punk ou Hardcore intervencionista, ativa e consciente politicamente do que de uma de Black Metal Norueguês. E que capa é essa? Isso é capa de Black Metal? Uma mulher com cara de deficiente mental vestida de boba da corte com fundo amarelo? Isso é capa de Black Metal? PR – 6,0

ARCANA COELESTIA
Ubi Secreta Colunt

ATMF (Aeternitas Tenebrarum Music Foundation) – imp.     
Mais uma banda italiana, que tem uma cena grande dentro do Metal extremo, onde suas bandas ainda não tiveram o devido respeito. Eles fazem o chamado Progressive Dark Metal Black Doom. Sim, é tudo isso, pois eles tem a melodia e a excentricidade do Progressivo, a obscuridade do Dark Metal, a funeralidade do Doom e o peso e o obscurantismo do Black Metal. O disco tem apenas quatro faixas a saber: Cult Of Solitude, Arcane Knowledge Revealed I, Arcane Knowledge Revealed II e Enigma Epitaph (A Dirge In Sculpture). Nos momentos mais Doom, chegam a lembrar um Katatonia, nos momentos mais Dark Metal, parece com o Atrocity no começo de carreira da fase Blut. Quando é Black Metal, lembra o Black alemão, embora se você ouvir atentamente, as bandas italianas tem um tipo diferente de se fazer este tipo de música. É um pouco “alegre” como grande parte das bandas de regiões latinas, ao mesmo tempo raivosas, rancorosas e amargurentas como as bandas espanholas e outras da hispano América, como as bandas da Colômbia, Equador e Peru! Num futuro disco com mais faixas, dá para se fazer uma avaliação melhor. RC – 7,5

MELENCOLIA ESTATICA
Melencolia Estatica
ATMF (Aeternitas Tenebrarum Music Foundation) – imp.
Este disco tem apenas quarto faixas, todas com o mesmo nome, Meditatio, partes I, II, III e IV. Não sei se da para chamar de EP, pois o CD tem 30 minutos, sendo assim, cada faixa tem na média de 7 a 8 minutos. A banda é bem melancólica, como o seu nome já entrega, e este debut mostra que a banda tem muito a mostrar. Black Metal sim, mas com influências e toques de Atmospheric, Avantgarde e Ambient (o famoso AAA Black Metal). Mas são apenas incursões, pois a veia principal é o Black Metal. Daqui, destaque as partes II e III. O resto é com você.
RC – 7,5

URNA
Sepulcrum
ATMF (Aeternitas Tenebrarum Music Foundation) – imp.
Agora na cena Black Metal começar a surgir bandas que fazem Ambient, mas dentro do Black, ou seja, Black Ambient. Assim como, bandas de Darkwave, Atmospheric e Avantgarde, e o Urna é quase esse caso. Par quem não sabe, trata-se de um Black Metal mais atmosférico, com vocais sussurrados, linhas com melodias etéreas, andamentos lentos, ideais para curtir e viajar, sem ser aquela parte esporrenta do Black Metal. Mas ainda é Black Metal, pois geralmente estas bandas se utilizam de temáticas satânicas, luciferianas ou anti-cristãs, os vocais guturais e as bandas também obedecem outras estéticas do estilo. Sabe, normalmente, as intros dos discos de Black Metal? Seria mais ou menos aquilo. A banda tem influências de Burzum nas partes mais pesadas, e nas lentas, consegue ter um estilo próprio. As cinco primeiras faixas, seriam como se fosse uma coisa só e são responsáveis por deixar você sem fôlego, de diversas formas, seja de agitar, seja de se calafriar e se angustiar: 1-Ab Vita Morte (In Fidei Abitus), 2-Intermezzo I, 3-Fundamentum Et Factum, 4-Intermezzo II e 5-Mors Imperatrix Mundi MMVI. Depois, como se fosse outra parte da história, menos legal, mas muito boa ainda com 6-Postludium, 7-Ego Sum, 8-Sic Juvat Ire Sub Umbras MMVI e 9-The Gate Of Nanna (Beherit Cover). Aliás, a cover dos finlandeses do Beherit ficou muito boa. RC – 8,0

ENDSTILLES
Endstilles Reich
Regain – imp.
Este já é o quinto full length destes alemães, que estão enfurecidos. Sim, pois este disco, Endstilles Reich, beira o War Metal ou o Belic Metal. São dez faixas desastrosas, desperançosas, odientas e rancorosas. A devastação é total. A rifferama das guitarras parece um tanque de guerra, indestrutível, agressivas, trazendo a tona as notas mais graves, velozes e ferozes do Death, Black e Thrash, principalmente. Estamos diante de um assalto sonoro, um Extreme Speed Black Metal! Os “screams” são como gritos (mesmo) de guerra, o baixo e toda a atmosfera é bem Dark, obscure e mysterious. A bateria já parece uma muralha de metralhadoras, dando cobertura par o restante da banda tomar de assalto o palco e o estúdio. Talvez Endstilles Reich não seja o melhor disco da banda, mas com certeza, é um dos maiores petardos de 2007! Parabéns à Regain Records! RC – 8,0

Track list:
01. Among Our Glorious Existence
02. Endstilles Reich
03. Der Ketzer
04. Vorwärts! (Sturmangriff II)
05. I Am God
06. No Heaven Over Germany
07. The One I Hate
08. Scars
09. Erase
10. Endstille (Realität)

DEINONYCHUS
Warfare Machines
My Kingdom – imp.
A horda Deinonychus foi fundada em 92, ou seja, é uma banda experiente, quase veterana e mais um pouco, decana. No entanto, milhares de formações que surgiram depois, ultrapassaram a mesma, seja em popularidade, seja em venda de discos, seja em nome na praça, seja em quantidade de discos lançados. Os holandeses, no entanto, tem conseguido reverter esse quadro nos últimos anos, despejando avalanches de discos. Mantendo a tradição das bandas mais conhecidas de sua terra, como Sinister, Unleashed entre tantas, segue uma linha mais Black do que Death ainda que Death também, com andamentos e melodias angustiantes que remetem ao Doom (também conhecido como Depressive Black ou Melancholic Black), pitadas de Thrash Metal e etc. Não chega a ser classificado naquele estilo daquela onda Retroblackdeathrash, mas faz um pouco de cada. Eles conseguem inovar e trazer frescor a estes estilos que, se estão longe de estarem desgastados, também estão longe de suas fontes secarem. Seu som é técnico e complexo, mais do que Brutal, e têm conquistado muito espaço no centro da Europa. Destaques para Krematorium, a que faz a hostess do disco, seguida de Carpet Bombing, mais tradicional, enquanto em Manoeuvre East é mais Doom. Já Napola é mais Depressive, contrastando com a pancadaria de MG-34, encerrando com Morphium, um melancólico Doom. Um artefato diversificado e empolgante! RC – 8,5

FARSOT
IIII
Prophecy CD/Lupus Lounge – imp.
E tome Black Metal Nórdico. Rápido, com blastbeats a torto e a direito, frio, intenso, com certas passagens mais lentas e ambientais, voz típica, melodias de guitarra típicas. Muito lugar-comum para o seu próprio bem. Talvez os amantes do gênero encontrem aqui pontos de interesse, mas eu fico de fora! Gostei apenas dos interlúdios industriais e da capacidade de experimentar um pouco no tema final Thematik: Trauer (pouco mais de 20 minutos de duração). É o álbum de estréia, pode ser que o próximo tenha mais identidade e inovação. Mas se hoje, o pessoal não tiver um diferencial, vai ficar pra trás, ou eternamente no Underground do subterrâneo. PR – 7,0

DEATHCULT
Cult Of The Dragon
Dark Essence – imp.
Este é um projeto de Herr Ekkel, guitarrista ao vivo de Taake. Como poderão depreender, estamos perante Black Metal Norueguês. Simples, cru, necro, agressivo, bem ao estilo dos inícios da década de 90, aquilo que hoje em dia se pode apelidar de True Black Metal. O Black Metal já não é o meu estilo de preferência e, sinceramente, este tipo de sonoridades necro não me dizem absolutamente nada, fazendo até algum incômodo ao ouvir. E se falarmos na orientação lírica / política de algumas bandas… Neste disco em particular lê-se coisas como Anti-Life ou Anti-Human. Nem vou entrar por aí senão acabava por discorrer sobre o tema e esta tornava-se uma crítica bem longa! Outro assunto que me incomoda é o “fechado” ou elitista que é este tipo de cena. Mais uma vez, nem me vou esticar no assunto! Apenas para quem gosta do seu Black Metal bem simples, brutal e old-school. Eu cá prefiro ficar de fora do referido circuito elitista. PR – 8,0

POGROM 1147
Black Metal Complete
Old Temple – imp.
Mais uma horda estreando, mais um coven debutando. Black Metal Complete é o primeiro álbum desta banda da cidade de Szczecin/Polônia.  Pogrom 1147 foi formado em 2001 com a intenção de praticar a mais brutal forma do Metal Negro.  Este primeiro álbum conta com sete faixas, totalizando 31 minutos do mais puro Black Metal.  Bem, a música do Pogrom é como um todo, sendo assim, não há muito que dizer sobre, a não ser de encontraremos riffs velozes, baixo denso, blast beats e vocais extremamente rasgados e rápidos. As letras podem parecer interessantes para alguns, mas tratar de assuntos com diabo, inferno e este tipo de coisa é bastante infantil.  Bem, apesar das letras e filosofia serem bem juvenis, Black Metal Complete é um bom álbum.  Então, uma coisa que me chamou bastante atenção foi o formato (produção) do álbum, que nos lembra uma pequena revista com um CD dentro. Inovador. Bárbaro e supimpa! PR – 7,0

ALASTOR
Noble North
No Colours – imp.
A banda Alastor é uma das bandas pioneiras dentro do Black Metal na Áustria. Aliás, este é um país curioso dentro do Heavy Metal. A Áustria é grudada com a grande Alemanha, falam a mesma língua, tem culturas e economias similares, mas dentro do Metal, a Áustria é bem menor. Se uma banda faz cinco shows na Alemanha, na Áustria, eles fazem um só. Mas esta proporção de 5 a 10 vezes menor que a Alemanha em termos de público, é um abismo em termos de bandas. Que bandas você conhece da terra do piloto Gerard Berger? Edenbridge, Stigmata IV e Pungent Stench. E uma a mais ou outra. E o Alastor é outra delas. Eles já foram do cast da Century Media e hoje estão na No Colours, que é bem menor, mas especializada só em Black Metal. Em Noble North eles apresentam várias influências e interpretações do típico Black Metal nórdico. Aliada a um groove moderno, à meio-tempo, como o Satyricon veio fazendo, junto com os agressivos blast beats e outras partes instrumentais mais ambientes e introspectivas. Sem dúvida o melhor disco da banda e um dos melhores do Metal austríaco, o que é muita coisa para eles! Nunca tiveram pruridos em mostrar abertamente a sua admiração pelo legado dos pioneiros nórdicos do black metal, mas desta vez fizeram mais do que isso dando uma volta no caldeirão das influências e criando um trabalho que integra na perfeição atmosferas gélidas e melodias sombrias, com cavalgadas a meio tempo e blast beats devastadoras. Crú na sonoridade mas maduro na composição, este é um disco feito de boas malhas, transições bem sacadas e leads atraentes que agarram a atenção a todo o momento. Ao longo dos oito temas ouvem-se pontualmente riffs sincopados à la Satyricon e coros à moda dos Enslaved, e a performance vocal de Reingoe faz lembrar por vezes o registo áspero e grave de Galder (Old Man’s Child). Contudo, apesar de todas as referências por vezes demasiado óbvias, o disco deverá agradar a qualquer apreciador de black metal melódico, sendo também testemunho de um grande salto qualitativo em relação a «Silva Nordica», o álbum de estréia. Este último pode certamente não ter convencido em 2006, mas com «Noble North» os Alastor têm agora finalmente o passaporte para conquistar o lugar merecido na cena européia. RC – 8,5

ORENDA
The Funeral
No Colours – imp.
A banda parece ser nova, mas não é. É Denorex. Essa, desenterramos do fundo do baú. Os músicos que formam essa banda, são experientes e já veteranos dentro do Metal extremo e mais precisamente do Black Metal em seu país de origem, a Bulgária. Agora, eles debutam pela No Colours, com quatro faixas com doses cavalares de peso, distorção, obscuridade e densidade, típico das bandas do Leste Europeu, como aquele Black Metal amargurento, frio de doer os ossos, revigorando suas raízes locais. The Funeral é um EP, MCD ou single (você Deicide), com uma boa porção de insalubridade e melancolia. Conheça esta horda! RC – 7,5

Track list:
01 A Dead Colours
02. The Funeral
03. Revival
04. The Plague

THOSE WHO BRING THE TORTURE
Those Who Bring The Torture

No Colours – imp.
Aqueles que trouxeram a tortura. O nome da banda é risível. A capa, mais ainda, não parece com nada. A banda faz um Death Grind (mais Grind do que Death) bem Oldschool (nem precisa dizer que nomes como Napalm Death, Extreme Noise Terror e Terrorizer nos vêem à cabeça nota após nota, batida pós batida, riff após riff, urro após urro). A banda é formada por membros de bandas como Ribspreader, Knife In Christ e Taedeat e faz uma barulheira dos infernos. Os vocais são tão assustadores quanto os urros de um bisão (ou gnu) fugindo dos leões em pleno deserto do Serengeti. Os vocais e a cozinha são Grind total, podronas, rápidas e minimalistas, enquanto as guitarras pendem mais para o Death Metal. Aliadas a uma produção condizente, muito superior à média do estilo, eles vão agradar fãs de bandas como Grave e Carcass (pré-Hatework). Recomendado! RC – 9,0

Track list:
1. An Affair Of Entrails
2. Murderd Thrice
3. Filth Bag
4. Drudgery at the graveyard
5. Chains and saws and chainsaws
6. Death came as a friend to them
7. Professionally curing the disease
8. Defiling the carcass
9. Skelletal cage
10. Prone to penetrate pus
11. Distaste for ordinary scum
12. Never too cold for carnage
13. Drilled with a jackhammer
14. Banquet of the grotesque
15. Shriek (like the pig you are)
16. Sickened skin infestation
17. Inducing abomination reciding in dirt

SATANIC WARMASTER
Revelation

No Colours – imp.
Este é um single novo dessas bandas que tanto enlouquece e é responsável pela maior quantidade de torcicolos ao redor do mundo. Haja gelol! Temos algumas faixas poucas (afinal é um single, EP, MCD, chame do que quiser) com uma introdução clássica, arrepiante e gélida. As outras três são uma cacetada atrás da outra! Black Metal puro, insano, eloqüente e débil! A gravação é tosca e mal feita (proposital) e as faixas são rapidíssimas, as vezes emboladas. Os rffis são incandescentes e os vocais alternam desde o gutural até o gritado e agudo. Enfim, o CD é curto, então, custa esta porradaria! Old school na veia! RC – 7,0

DIABOLIC FORCE
Old School Attack
No Colours – imp.
A gravadora No Colours, é uma das maiores no segmento Black Metal, trabalhando só com bandas verdadeiras e reais, para os verdadeiros e reais True Blackmetalheads bangers! E com orgulho, eles lançam esse CD de uma horda carioca, os bastardos e amaldiçoados do Diabolic Force! Também, com as gravadoras especializadas que temos aqui no Brasil, se juntarmos estas que se julgam reais, que não são na verdade, não dá uma só! Na verdade, aqui temos a junção de dois discos do grupo em um só. Um é a demo (isso mesmo) Prisioner Of Wickedness e o outro ópus e EP Old School Attack. A horda executa um Thrash Black Metal bem anos 80 e 90. Ou seja, bem de raiz, com influências de bandas como Sarcófago e outras européias que copiaram o Sarcófago depois. Este artefato é um achado e apesar da banda não se pronunciar, ouça e resgate os hinos que eles já fizeram! Hail! RC – 8,5

Track list:
01 Diabolic Force
02 Old School Attack
03 Absolute Cruelty
04 Nuclear Beast
05 Preacher Of Hell
06 Prisoner Of Wickedness
07 Absolute Cruelty
08 The Circle
09 Satan's Soldiers
10 Massacra

NARGAROTH
Semper Fidelis
No Colours – imp.
Após o controverso "Prosatanica Shooting Angels", de 2004, o Nargaroth (personoficado pelo músico alemão Rene Wagner, conhecido como Kanwulf) solta esse novo petardo em 2007, “Semper Fidelis”. Um CD, anteriormente planejado para 2001, cercado de expectativa, acerca de um novo direcionamento ou não da banda. Para os fãs do Black Metal clássico, ríspido; cru e direto, a decepção não será encontrada aqui. O que o CD trás são exatamente as características que fizeram o Nargaroth famoso na cena Black Metal: Um som direto, com aquela "atmosfera de garagem", mas sem deixar de ser extremamente trabalhado e extremamente épico. A diretriz desse novo trabalho pode ser constatada com a arte gráfica da capa. Uma foto de Kanwulf em meio a um ensaio no estúdio, mas com elementos e efeitos de imagem que tornam a mesma épica e grandiosa. Com quase 1 hora e 20 minutos de duração, "Semper Fidelis" trás de tudo um pouco: Partes de música ambiente, com requintes de música clássica (caso da introdução e de trechos da faixa "Der Satan Ist's"); musicalidade gélida e riffs repetitivos e esporrados (caso de "Vereinsamt"). Além dos vocais urrados e potentes. Se até então havia dúvidas sobre o direcionamento da banda, visto que outro grande representante da cena Black Metal, – o Darkthrone – resolveu inovar em sua musicalidade, esse receio caiu por terra. Esse disco mostra que o Nargaroth realmente chegou à sua plenitude, fazendo o que sempre fez, música direta, sem experimentalismos. Em meio a novos direcionamentos dentro do sempre conservador Black Metal, “Semper Fidelis” chega como uma espécie de protesto e afirmação dos ideiais da “cena”, na ótica do mentor da banda. Em suma. Procurando por um disco autêntico de Black Metal clássico? Profano, herético; sem inovações gritantes, apenas música para destruir seus ouvidos? Semper Fidelis está presente. Aliás, como o próprio título, em latim, já diz: Sempre Fiel. É isso que o CD tenta ser, ao Black Metal. PR – 9,0

SHINING-FUNERAL DIRGE
The Sinister Alliance
Old Temple – imp.
O split, The Sinister Alliance, inclui dois projetos nos quais figura o Sueco Niklas Kvarforth, os Shining e os Funeral Dirge. Dos Shining temos o 7” de estreia de 1998 Submit To Selfdestruction (Kvarforth tinha apenas 14 anos), e dos Funeral Dirge temos o 7” de estréia de 1999 Funeral Dirge. Além dos temas originais temos ainda 3 intros de Dark Industrial compostos por Orias para o seu projecto Mrok (nada de interessante, apenas para encher). A recuperação destes trabalhos é feita em CD e em 7” limitado a 666 exemplares. Black e Doom de tendências depressivas, obscuras e apocalípticas. Não sou grande fã deste tipo de sonoridades mas no que diz respeito aos Shining, isto até tem o seu quê de apelativo. Quanto a Funeral Dirge, o som é muito cru e imperceptível, típico projeto solo e duo de Black mais ambiental. Poucas ou nenhumas idéias, falta de experiência musical, tudo disfarçado pelo som. Parece aquele histórico split de Sepultura com Overdose nos anos 80, onde a esmagadora maioria riscou o lado do vinil onde tinha o Overdose. Pena que no CD não dá pra fazeres o mesmo, pois dá vontade. PR – 7,5


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