AC/DC
Black Ice Sony/BMG – nac. Na década de 60, costumava-se lançar dois discos por ano, um em cada semestre. Na década de 70, com mais bandas e estilos e turnês um pouco maiores, saindo do eixo Esatdos Unidos, Inglaterra e Alemanha, passou-se a lançar um disco por ano “apenas”. Nos anos 80, mais bandas, mais estilos, a indústria do disco crescendo e o Rock espalhando pelo resto da Europa Ocidental e chegando mais forte em lugares longínquos como o Brasil, fazendo as bandas gravarem um disco a cada dois anos. Nos anos 90, o intervalo aumentou para três anos de média, já que as turnês tinham agora a Ásia e o Leste Europeu para excursionando, propiciando tours de mais de dois anos. Nos anos 00, o intervalo médio passou de quatro a quatro anos, e o AC/DC demorou oito anos! Mas agora ei-lo! Antes de tudo, Black Ice seria um Back In Black do ano 2000. Deve ter sido a intenção dos caras, de resgatar seu maior sucesso em vendas até hoje e a estréia bombástica de Brian Johnson no lugar de Bon Scott. Aliás, como um bom escocês, apreciador de Whiskey, Brian Johnson gosta de um “bom Scotch” por isso, substituiu bem Bon Scott. Essa foi horrível, né? Bem, se irá se tornar em clássico, só o tempo dirá. Mas que Black Ice é o melhor disco desde Blow Up Your Vídeo, sendo superior a The Razor’s Edge, Ballbreaker e Stiff Upper Lip, isto é sem dúvida. Desde 20 anos atrás, desde a década de 80 o AC/DC não fazia um disco tão certeiro assim! Rock’n Roll Train abre bem AC/DC e já dá para se imaginar o clipe em alguma situação inusitada com centenas de fãs participando. Skies On Fire é uma das mais bobinhas, mais cadenciada, sem trazer nada de tão interessante. Já Big Jack é bem estilo clássico da banda, com riffs mortais de Malcom Young que nestes 8 anos de hiato, não esqueceu como escrever Rock’n Roll. Em Anything Goes, a banda lembra os momentos mais melódicos de Money Talks e de discos como Who Made Who? Já War Machine tem um clima “épico” (épico dentro do estilo do AC/DC) como Hail Caeser. Já Smash’n Grab é daqueles temas meio Back In Black, daquelas faixas menos famosas e menos bombásticas. Já Spoilin´ For A Fight é mais “climátiva”, mais Rock’n Rollzão bem ao estilo do que a banda fez nos anos 80. cabe um registro, de como a banda ainda consegue criar refrãos que vão ficar na sua cabeça horas depois de você ter ouvido o disco! Já Wheels poderia estar em qualquer disco da era Brian Johnson. Importante que, embora Black Ice lembre quase todos os discos anteriores, em nenhum momento ele tenta soar como Bon Scott e nenhuma das faixas remete aos anos 70, da era de Bon. E, o fato de Black Ice lembrar qualquer disco anterior da banda, também não é crítica, pois sua música não tem que ter inovações. Apenas criatividade para ter várias idéias diferentes dentro do mesmo estilo. Assim, Decibel decepciona, pois apesar de legal, é outra daquelas músicas derivativas como Skies On Fire, apenas para completar o disco. E decepciona, pois pelo seu título, esperava-se algo bem explosivo, mas não é. Storm May Day, também pelo título, esperava-se mais. Mais bluesy, mas sem tanta inspiração. Em She Likes Rock’n Roll vemos o mesmo ocorrer. Será que todas as grandes bandas colocam suas melhores faixas na primeira metade, no “lado A” (visto que TODOS os discos lançados hoje em CD são também lançados em vinil nos Estados Unidos, Europa e Japão, desde estilos mais Underground’s como Hardcore e Black Metal, até medalhões do naipe do AC/DCD) e deixam as menos inspiradas para o “lado B”? E como em todos os casos, a coisa volta a esquentar na penúltima faixa. Eles enchem o lado B de músicas mais fracas, e para contrabalancear, põe algum petardo lá no finalzinho, mostrando que é esse tipo de música que o pessoal quer ouvir! Aqui é o caso de Rocking All The Way, uma das mais bem sacadas deste disco. A faixa-título, que encerra o disco, Black Ice, tem um título bem sacado e dá a esse disco um título legal e marcante, mas a faixa, não é das melhores do disco. Ainda assim, um grande disco. É o lance do Compact Disc. Eles fizeram 15 faixas para ter valor comercial para que o produto seja interessante. Mas se Black Ice tivesse apenas 10 faixas, pegando as 10 melhores daqui, o resultado final seria melhor ainda! JCB – 8,5 Faixas: |
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QUEEN + PAUL RODGERS
The Cosmo Rocks EMI – nac. Sim, é a volta do Queen, e aí? Se você é crítico a isso, ou melhor, é crítico a todas as bandas antigas e seus retornos, dizendo que não é mais a mesma coisa, então, por favor, caia fora. Pois The Cosmo Rocks é um grande disco! Claro, Freddy Mercury é insubstituível, e a cada dia que passa, a sua obra e sua voz são eternizadas cada vez mais. Por isso a atitude inteligente da banda de se chamar no momento Queen + Paul Rodgers. Mais ou menos que nem o Black Sabbath atual que só toca músicas do Dio ter se chamado Heaven And Hell. Justamente para espantar as viúvas dos muros de lamentações. Ainda, quanto a parceria com Paul Rodgers (e não substituição de vocalista), a escolha foi acertada. Muito se falou que quem seria o “novo” vocalista do Queen, nos últimos anos, seria o insosso, Pop e sem talento algum Robbie Williams. Aí sim seria para atirar pedra! Caso o Queen continuasse logo depois da morte de Freddy, meu preferido seria George Michael. Apesar dele também ser Pop, mas era “o” cantor de Pop, além de ter uma bela voz e muito talento, infelizmente desperdiçados com polêmicas, escândalos, músicas Dance e nada de relevante composto por ele. Eu apontaria George Michael logo depois da morte de Mr. Mercury, por causa de sua participação no magnânimo show Tributo à Freddy ocorrido em 1992, show que contou com a nata da hoje, “Classic Rock” reunindo Metallica, Guns’n Roses, Def Leppard, Elton John, Robert Plant, Lisa Minnelli e etc. (paro por aqui, senão acabo fazendo a resenha dese conceto...). George Michael matou a pau em Somebody To Love,e ainda em These Are The Days Of Our Lives junto com Lisa Stansfield, e ainda 39. Entretanto o tempo se passou, George Michael se desvirtuou, essa vota do Queen esfriou até se tornar concreta em 2005, quando se reuniram com Paul para uma turnê e agora chega o tão esperado disco. Que desperdício, deixarmos de ouvir novas músicas escritas e tocadas por Brian May com sua guitarra mágica. Que crime, seria se não ouvíssemos mais Roger Taylor, fazer o diabos com sua bateria, mais com feeling do que com técnica (apesar de ser bem virtuoso). Que bobeira seria não ouvirmos Paul Rodgers (Free, Bad Company) cantar tanto músicas de Freddy quanto estas faixas novas, hoje pequenos clássicos, amanhã, quiçá, grandes clássicos. Pena John Deacon, baixista, não ter participado desse retorno, embora tenha ganho dedicatória no encarte, bem como Freddy, claro! E que pecado seria não termos a oportunidade de ter estes feras reunidos nesse disco, se ouvissem aos mais radicais! Aliás, apesar de Mr. Mercury ser insubstituível, temos que dizer que o Queen não era só ele. Grande parte da maestria do Queen se devia justamente à guitarra e composições de Brian May e o apuro de Roger Taylor com o seu kit. Tanto que a carreira solo de Freddy Mercury nunca foi lá essas coisas. Ainda um adendo ao que se refere a “raça” dos baixistas, estes são polêmicos. Quantos baixistas saíram brigados ou se recusaram a participar de alguma volta ou tentar melar uma reunião. Exemplos? Além de Deacon aqui, Bill Wilman saiu dos Rolling Stones a cerca de uma década, e brigando feio com Mick Jagger e Keith Richards. Alec John Such fez o mesmo com o Bon Jovi. Em outros casos, eles são preteridos, como na atual reunião do Van Halen (sem Michael Anthony), da dupla Jimmy Page e Robert Plant sem John Paul Jones, entre outros. Mas vamos ao esperado e festejado The Cosmo Rocks! O disco abre com o petardo Cosmos Rockin´. Que Rockão! Poucas bandas de hoje e mesmo as antigas conseguem fazer um Rock’n Roll como essa faixa! Still Burnin´ é anos 70 puro! Uma das faixas que promovem o misto de Queen com Bad Company. Small é daquelas baladas não tão açucaradas, mas legais de se ouvir, sutis e com belas melodias e texturas. Warboys é mais moderna, mas ainda com a cara do Queen. Aliás, onde Brian May põe sua guitarra, o resultado sempre é acima da média. E a bela We Believe? De levar às lágrimas qualquer um! Que sentimento, que feeling! Paul Rodgers canta com a alma! Brian May sola com o espírito e Roger Taylor bate em seu kit com o coração. Call Me rememora os momentos mais alegres do Queen, sendo quase um plágio de You're My Best Friend, retomando uma das características do Queen, que é os coros fortes nos backing vocals nos refrãos. Muitas faixas misturam o lado épico, dramatico e alegre dos anos 70 com o lado mais sombrio, emotivo e sentimental dos anos 80. confesso que a segunda metade do disco, depois dessa faixa, dá uma caída. Muitas baladas, e sem serem tão marcantes, sendo a melhor, a segunda parte de Say It´s Not True, que tem como cantor principal Roger Taylor. Já Surf´s Up... School´s Out! é uma música para marcar seu set list para o resto da sua carreira! Seu começo caótico lembra Now I’m Here, seus riffs pesados, na seqüência, são puro Heavy Metal! Aliás, se tem algum disco que The Comos Rocks remete, são Sheer Heart Attack e Jazz. Encerrando, Small Reprise. Se a Classic Rock está tão em voga, se quase todas as suas bandas estão na ativa e excursionando, agora também temos discos novos que, se estão a quilômetros de distância de seus clássicos dos anos 70 e 80, por outro lado, estão anos luz á frente do que é feito hoje pelas bandas novas. O que é bom feito hoje? Bloc Party? Aquela banda vaiada no VMB 2008, por fazer playback, e mal feito ainda por cima? The Cosmo Rocks neles! JCB – 9,0 Faixas: |
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GENESIS Disco 1 Disco 2 |
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R.E.M. Disco 1 CD |
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BRUCE SPRINGSTEEN Track list: |
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BOB DYLAN Track list: |
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SANTANA 1. Into the Night - Feat. Chad Kroeger 2. This Boy´s Fire - Feat. Jennifer Lopez And Baby... 3. Smooth - W/Rob Thomas 4. Maria Maria - W/Product G&B 5. Oye Como Va 6. Black Magic Woman 7. Evil Ways 8. Corazon Espinado - W/Maná 9. Europa 10. The Game of Love - W/Tina Turner 11. Put Your Lights On - W/Everlast 12. Why Don´t You & I - W/Alex Band of the Calling 13. Everybody´s Everything 14. Just Feel Better - W/Steven Tyler 15. Samba Pa Ti 16. No One to Depend on 17. The Game of Love - W/Michelle Branch 18. Interp Netary Party |
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ASIA Fantasia Live In Tokyo Eagle Rock – imp. Bem, quem viu o Asia ao vivo aqui em março, curtiu pra caramba o show deles. Afinal, foi um “show” no sentido literal da palavra de técnica, carisma, história, ou seja, foi um evento especial! Estes quatro senhores (nos dois sentidos da palavra) fizeram história, tanto com o Asia como (e principalmente) suas bandas anteriores: John Wetton (King Crimson), Steve Howe (Yes), Carl Palmer (Emerson, Lake & Palmer) e Geoff Downes (Buggles – lembrando que ele junto com John também formara o Wetton/Downes). Ou seja, quando montaram o projeto Asia receberam status mais do que merecidos de super-banda. Este show foi gravado este ano, no dia 8 de março, ou seja, 15 dias antes de tocarem no Brasil! O set foi praticamente o mesmo da apresentação daqui. Fantasia Live In Tokyo é um CD duplo e tem dezoito faixas, nove em cada disco. além de música do Asia, claro, tocaram músicas de suas bandas anteriores: In The Court Of The Crimson King (King Crimson), emocionando a todos os presentes e saudosistas desta grande banda de Rock Progressivo, não tão falada hoje em dia como outras contemporâneas, Roundabout (Yes – com Wetton cantando, esta foi destruída no Brasil, mas em estúdio, eles devem terem dado uma arrumadinha), Video Killed The Radio Star (The Buggles, que até seria dispensável, mas para marcar presença de uma banda de Geoff Downes), e a longa, épica, progressiva, imortal, clássica e fantástica Fanfare For The Common Man (Emerson, Lake And Palmer). A exemplo do Brasil, o Asia abre o CD com Time Again, seguida de Wildest Dreams e no final do set, o CD2 os clássicos também Only Time Will Tell, Sole Survivor, Ride Easy e Heat Of The Moment. Tirando algumas pequenas mudanças, é o mesmo que você viu aqui. Se você não viu, você terá a chance de ouvir agora! E em breve, aguardemos o DVD deste show! Fantástico! JCB – 9,0 |
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ALAN MORSE |
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KEN HENSLEY |
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THOUGHT CHAMBER |
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DEEP PURPLE 1-Pictures Of Home |
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THE POLICE Anthology Arsenal/Universal – nac. Depois dessa, qualquer coisa que você me contar eu acredito. A partir de hoje, acredito em duende, papai Noel, coelhinho da páscoa e até em esquimó eu acredito! Sim, a maior cizânia, briga, ódio e rancor na história do Rock está aqui. O The Police voltou. Fato como dado como impossível por muitos (eu incluso), mas a banda voltou, está fazendo shows e foi um dos destaques do Live Earth no dia 07/07/07. Um adendo: o idealizador do Live Earth, é o ex-candidato a presidente e senador norte-americano, Al Gore. Sua esposa, Tipper, por muitos anos, presidiu o PMRC, um órgão de censura norte-americana, responsável pela criação daquele selo “parental divisory - explicit content”. E muitas das bandas “perseguidas” ao longo dos anos por Tipper Gore, tocaram neste festival idealizado pelo marido. Coisas da vida. Voltando ao Police, lança este Anthology, muito melhor, mais completo e maior do que Every Breath You Take (The Singles), outra coletânea do grupo.. Até porque, Anthology é dupla e tem 28 faixas. Se você é fã e conhece de longa data a banda, nenhuma surpresa, até porque não tem faixas inéditas, raras, nem nenhuma música nova (eles não gravaram nada ainda). Mas se você conhece pouco ou quer entender porque eles foram (e ainda são) tão grandes, Anthology vai te mostrar. Afinal são desde faixas fáceis, acessíveis e comerciais, como De Do Do Do, De Da Da Da e Every Little Thing She Does Is Magic, outras mais sombrias quase Dark em Spirits In The Material World, Invisible Sun, Don´t Stand So Close To Me e Walking On The Moon, momentos Hard Rock quase Heavy Metal, com direito a ser tema de propaganda de cigarro nos anos 80 com Synchronicity, Pt. 2, baladas certeiras e lindas como Every Breath You Take. Além disso, como bons ingleses e surgidos no meio Punk da segunda metade da década de 70, a exemplo como o The Clash flertava as vezes com o Reggae, o The Police também flertava com o Ska, como Message In A Bottle. Inclusive, por isso, o Paralamas do Sucesso na época era conhecido como o The Police brasileiro, por ser um trio de Rock, flertando com o Ska também. Para esta coletânea, nota 10, afinal, é covardia tantos clássicos do Rock juntos num só disco. Quanto ao The Police hoje, o que pude ver na TV no Live Earth, foi uma performance perto do risível. Aliás, Sting, que virou um chato depois que a banda acabou, está quase sem voz e meio sem graça ainda na presença de seus companheiros. De qualquer maneira, a nata do que fizeram está aqui neste disco! JCB – 10 |
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RUSH |
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PAUL RODGERS |
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GARY MOORE Close As You Get ST2 – nac. O velho blueseiro continua firme e forte, fazendo bons discos e compondo boas músicas. Um dos orgulhos da Irlanda, Gary Moore fez história com o Thin Lizzy e Colosseum II, mas principalmente em sua carreira solo, seja com ele mesmo cantando, seja com outros vocalistas, como Glenn Hughes, por exemplo. Agora com Close As You Get, ele alterna faixas inéditas com versões sofisticadas de alguns Blues redescobertos, que ficariam no esquecimento. A sua marca registrada de sua guitarra nestas músicas é o que fica, com seu indefectível timbre, pegada e sua mão direita, fora sua capacidade de improvisação e feeling gigantescos. Pega o track list completo desta pérola: 1. If the Devil Made Whiskey 2. Trouble at Home 3. Thirty Days 4. Hard Times 5. Have You Heard 6. Eyesight to the Blind 7. Evenin´ 8. Nowhere Fast 9. Checkin´ Up on My Baby 10. I Had a Dream 11. Sundown Altamente indicado para quem goste de uma guitarra bem tocada. RS – 8,5 |
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ROGER WATERS |
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ROGER WATERS |
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NAZARETH |
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GIRLSCHOOL |
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MONSTERS OF ROCK |
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STEVE VAI |
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DARYL STUERMER |