Atualizado em 22/12/2008
AC/DC
Black Ice
Sony/BMG – nac.
Na década de 60, costumava-se lançar dois discos por ano, um em cada semestre. Na década de 70, com mais bandas e estilos e turnês um pouco maiores, saindo do eixo Esatdos Unidos, Inglaterra e Alemanha, passou-se a lançar um disco por ano “apenas”. Nos anos 80, mais bandas, mais estilos, a indústria do disco crescendo e o Rock espalhando pelo resto da Europa Ocidental e chegando mais forte em lugares longínquos como o Brasil, fazendo as bandas gravarem um disco a cada dois anos. Nos anos 90, o intervalo aumentou para três anos de média, já que as turnês tinham agora a Ásia e o Leste Europeu para excursionando, propiciando tours de mais de dois anos. Nos anos 00, o intervalo médio passou de quatro a quatro anos, e o AC/DC demorou oito anos! Mas agora ei-lo! Antes de tudo, Black Ice seria um Back In Black do ano 2000. Deve ter sido a intenção dos caras, de resgatar seu maior sucesso em vendas até hoje e a estréia bombástica de Brian Johnson no lugar de Bon Scott. Aliás, como um bom escocês, apreciador de Whiskey, Brian Johnson gosta de um “bom Scotch” por isso, substituiu bem Bon Scott. Essa foi horrível, né? Bem, se irá se tornar em clássico, só o tempo dirá. Mas que Black Ice é o melhor disco desde Blow Up Your Vídeo, sendo superior a The Razor’s Edge, Ballbreaker e Stiff Upper Lip, isto é sem dúvida. Desde 20 anos atrás, desde a década de 80 o AC/DC não fazia um disco tão certeiro assim! Rock’n Roll Train abre bem AC/DC e já dá para se imaginar o clipe em alguma situação inusitada com centenas de fãs participando. Skies On Fire é uma das mais bobinhas, mais cadenciada, sem trazer nada de tão interessante. Já Big Jack é bem estilo clássico da banda, com riffs mortais de Malcom Young que nestes 8 anos de hiato, não esqueceu como escrever Rock’n Roll. Em Anything Goes, a banda lembra os momentos mais melódicos de Money Talks e de discos como Who Made Who? Já War Machine tem um clima “épico” (épico dentro do estilo do AC/DC) como Hail Caeser. Smash’n Grab é daqueles temas meio Back In Black, daquelas faixas menos famosas e menos bombásticas. Já Spoilin´ For A Fight é mais “climátiva”, mais Rock’n Rollzão bem ao estilo do que a banda fez nos anos 80. cabe um registro, de como a banda ainda consegue criar refrãos que vão ficar na sua cabeça horas depois de você ter ouvido o disco! Já Wheels poderia estar em qualquer disco da era Brian Johnson. Importante que, embora Black Ice lembre quase todos os discos anteriores, em nenhum momento ele tenta soar como Bon Scott e nenhuma das faixas remete aos anos 70, da era de Bon. E, o fato de Black Ice lembrar qualquer disco anterior da banda, também não é crítica, pois sua música não tem que ter inovações. Apenas criatividade para ter várias idéias diferentes dentro do mesmo estilo. Assim, Decibel decepciona, pois apesar de legal, é outra daquelas músicas derivativas como Skies On Fire, apenas para completar o disco. E decepciona, pois pelo seu título, esperava-se algo bem explosivo, mas não é. Storm May Day, também pelo título, esperava-se mais. Mais bluesy, mas sem tanta inspiração. Em She Likes Rock’n Roll vemos o mesmo ocorrer. Será que todas as grandes bandas colocam suas melhores faixas na primeira metade, no “lado A” (visto que TODOS os discos lançados hoje em CD são também lançados em vinil nos Estados Unidos, Europa e Japão, desde estilos mais Underground’s como Hardcore e Black Metal, até medalhões do naipe do AC/DCD) e deixam as menos inspiradas para o “lado B”? E como em todos os casos, a coisa volta a esquentar na penúltima faixa. Eles enchem o lado B de músicas mais fracas, e para contrabalancear, põe algum petardo lá no finalzinho, mostrando que é esse tipo de música que o pessoal quer ouvir! Aqui é o caso de Rocking All The Way, uma das mais bem sacadas deste disco. A faixa-título, que encerra o disco, Black Ice, tem um título bem sacado e dá a esse disco um título legal e marcante, mas a faixa, não é das melhores do disco. Ainda assim, um grande disco. É o lance do Compact Disc. Eles fizeram 15 faixas para ter valor comercial para que o produto seja interessante. Mas se Black Ice tivesse apenas 10 faixas, pegando as 10 melhores daqui, o resultado final seria melhor ainda! JCB – 8,5

Faixas:
"Rock 'n' roll train"
"Skies on fire"
"Big Jack"
"Anything goes"
"War machine"
"Smash ‘n’ grab"
"Spoilin' for a fight"
"Wheels"
"Decibel"
"Stormy may day"
"She likes rock 'n' roll"
"Money made"
"Rock ‘n’ roll dream"
"Rocking all the way"
"Black ice"

QUEEN + PAUL RODGERS
The Cosmo Rocks
EMI – nac.
Sim, é a volta do Queen, e aí? Se você é crítico a isso, ou melhor, é crítico a todas as bandas antigas e seus retornos, dizendo que não é mais a mesma coisa, então, por favor, caia fora. Pois The Cosmo Rocks é um grande disco! Claro, Freddy Mercury é insubstituível, e a cada dia que passa, a sua obra e sua voz são eternizadas cada vez mais. Por isso a atitude inteligente da banda de se chamar no momento Queen + Paul Rodgers. Mais ou menos que nem o Black Sabbath atual que só toca músicas do Dio ter se chamado Heaven And Hell. Justamente para espantar as viúvas dos muros de lamentações. Ainda, quanto a parceria com Paul Rodgers (e não substituição de vocalista), a escolha foi acertada. Muito se falou que quem seria o “novo” vocalista do Queen, nos últimos anos, seria o insosso, Pop e sem talento algum Robbie Williams. Aí sim seria para atirar pedra! Caso o Queen continuasse logo depois da morte de Freddy, meu preferido seria George Michael. Apesar dele também ser Pop, mas era “o” cantor de Pop, além de ter uma bela voz e muito talento, infelizmente desperdiçados com polêmicas, escândalos, músicas Dance e nada de relevante composto por ele. Eu apontaria George Michael logo depois da morte de Mr. Mercury, por causa de sua participação no magnânimo show Tributo à Freddy ocorrido em 1992, show que contou com a nata da hoje, “Classic Rock” reunindo Metallica, Guns’n Roses, Def Leppard, Elton John, Robert Plant, Lisa Minnelli e etc. (paro por aqui, senão acabo fazendo a resenha dese conceto...). George Michael matou a pau em Somebody To Love,e  ainda em These Are The Days Of Our Lives junto com Lisa Stansfield, e ainda 39. Entretanto o tempo se passou, George Michael se desvirtuou, essa vota do Queen esfriou até se tornar concreta em 2005, quando se reuniram com Paul para uma turnê e agora chega o tão esperado disco. Que desperdício, deixarmos de ouvir novas músicas escritas e tocadas por Brian May com sua guitarra mágica. Que crime, seria se não ouvíssemos mais Roger Taylor, fazer o diabos com sua bateria, mais com feeling do que com técnica (apesar de ser bem virtuoso). Que bobeira seria não ouvirmos Paul Rodgers (Free, Bad Company) cantar tanto músicas de Freddy quanto estas faixas novas, hoje pequenos clássicos, amanhã, quiçá, grandes clássicos. Pena John Deacon, baixista, não ter participado desse retorno, embora tenha ganho dedicatória no encarte, bem como Freddy, claro! E que pecado seria não termos a oportunidade de ter estes feras reunidos nesse disco, se ouvissem aos mais radicais! Aliás, apesar de Mr. Mercury ser insubstituível, temos que dizer que o Queen não era só ele. Grande parte da maestria do Queen se devia justamente à guitarra e composições de Brian May e o apuro de Roger Taylor com o seu kit. Tanto que a carreira solo de Freddy Mercury nunca foi lá essas coisas. Ainda um adendo ao que se refere a “raça” dos baixistas, estes são polêmicos. Quantos baixistas saíram brigados ou se recusaram a participar de alguma volta ou tentar melar uma reunião. Exemplos? Além de Deacon aqui, Bill Wilman saiu dos Rolling Stones a cerca de uma década, e brigando feio com Mick Jagger e Keith Richards. Alec John Such fez o mesmo com o Bon Jovi. Em outros casos, eles são preteridos, como na atual reunião do Van Halen (sem Michael Anthony), da dupla Jimmy Page e Robert Plant sem John Paul Jones, entre outros. Mas vamos ao esperado e festejado The Cosmo Rocks! O disco abre com o petardo Cosmos Rockin´. Que Rockão! Poucas bandas de hoje e mesmo as antigas conseguem fazer um Rock’n Roll como essa faixa! Still Burnin´ é anos 70 puro! Uma das faixas que promovem o misto de Queen com Bad Company. Small é daquelas baladas não tão açucaradas, mas legais de se ouvir, sutis e com belas melodias e texturas. Warboys é mais moderna, mas ainda com a cara do Queen. Aliás, onde Brian May põe sua guitarra, o resultado sempre é acima da média. E a bela We Believe? De levar às lágrimas qualquer um! Que sentimento, que feeling! Paul Rodgers canta com a alma! Brian May sola com o espírito e Roger Taylor bate em seu kit com o coração. Call Me rememora os momentos mais alegres do Queen, sendo quase um plágio de You're My Best Friend, retomando uma das características do Queen, que é os coros fortes nos backing vocals nos refrãos. Muitas faixas misturam o lado épico, dramatico e alegre dos anos 70 com o lado mais sombrio, emotivo e sentimental dos anos 80. confesso que a segunda metade do disco, depois dessa faixa, dá uma caída. Muitas baladas, e sem serem tão marcantes, sendo a melhor, a segunda parte de Say It´s Not True, que tem como cantor principal Roger Taylor. Já Surf´s Up... School´s Out! é uma música para marcar seu set list para o resto da sua carreira! Seu começo caótico lembra Now I’m Here, seus riffs pesados, na seqüência, são puro Heavy Metal! Aliás, se tem algum disco que The Comos Rocks remete, são Sheer Heart Attack e Jazz. Encerrando, Small Reprise. Se a Classic Rock está tão em voga, se quase todas as suas bandas estão na ativa e excursionando, agora também temos discos novos que, se estão a quilômetros de distância de seus clássicos dos anos 70 e 80, por outro lado, estão anos luz á frente do que é feito hoje pelas bandas novas. O que é bom feito hoje? Bloc Party? Aquela banda vaiada no VMB 2008, por fazer playback, e mal feito ainda por cima? The Cosmo Rocks neles! JCB – 9,0

Faixas:
1. Cosmos Rockin´               
2. Time To Shine               
3. Still Burnin´               
4. Small               
5. Warboys               
6. We Believe               
7. Call Me               
8. Voodoo               
9. Some Things That Glitter               
10. C-lebrity               
11. Through the Night               
12. Say It´s Not True               
13. Surf´s Up . . . School´s Out !               
14. Small Reprise

GENESIS
Turn It On Again The Hits - The Tour Edition
EMI – nac.
E agora, como classifico o Genesis? Rock Progessivo? O “novo” Classic Rock, que diga-se de passagem, é uma denominação muito mais legal, honrosa e íntegra do que chamar estas bandas de “Dinossauros do Rock”? Ou apenas Rock? Muita gente até acha a banda na época de Phil Collins mais Pop do que Rock. Seja como for, todo mundo conhece ambos, Phil e Genesis, a maioria gosta e parece mais uma volta espetacular. Turn It On Again The Hits - The Tour Edition, que parece ser um disco ao vivo, não é: trata-se de uma coletânea que, se não chega a bater The Platinum Collection, considerada por muitos como a coletânea definitiva da banda, serve para trazer de volta a tona o nome e marca da banda. É incrível como ao ouvir o CD, que é duplo, você lembra de todas as músicas e conhece todas aqui presentes (sim, todas já tocaram nas rádios e quase todas já tiveram video-clipes exibidos à exaustão e em profusão na MTV e demais programas do estilo). Tecnicamente (visto que é covardia fazer comentários das principais faixas), vamos analisar o mesmo: Turn It On Again The Hits - The Tour Edition teve um apelo maior do que The Platinum Collection com a inclusão de um segundo CD. O CD1 da compilação contém o track list que todo mundo já conhece, levemente alterada. A ordem das faixas foi mudada e foram inclusas Tell Me Why, Illegal Alien e No Reply At All. Já Follow You, Follow Me, I Know What I Like, Congo e Misunderstanding foram pro CD2. este, é mais sombrio, frio, incluindo hits e temas mais introspectivos e realmente Progressivos (muito menos acessíveis).  Para matar de vez os fças, relembramos Counting Out Time, Happy The Man e The Knife das fases Progressivas da com Peter Gabriel, Steve Hackett e Anthony Phillips nos vocais. Mas a festa mesmo é feita com as faixas da época do gênio Mr. Phil Collins. Por mais que os mais radicais e puristas reclamem, foi com ele que a banda atingiu níveis gigantescos nos anos 70, 80 e um pedaço dos 90. E que o retorno se concretize e tenhamos mais uma banda clássica de volta aos palcos! JCB – 9,0

Disco 1

1. Turn It on Again
2. No Sone of Mine
3. I Can´t Dance
4. Hold on My Heart
5. Jesus He Knows Me
6. Tell Me Why
7. Invisible Touch
8. Land of Confusion
9. Tonight Tonight Tonight
10. In Too Deep
11. Throwing It All Away
12. Mama
13. That´s All
14. Illegal Alien
15. Abacab
16. No Reply at All
17. Carpet Crawlers 1999

Disco 2

1. Paperlate
2. Keep It Dark
3. Man on the Corner
4. Duchess
5. Misunderstanding
6. Follow You Follow Me
7. Many Too Many
8. Your Own Special Way
9. Afterglow
10. Pigeons
11. Inside And Out
12. Trick of the Tail
13. Counting Out Time
14. I Know What I Like (In Your Wardrobe)
15. Happy the Man
16. Knife, Pt. 1
17. Congo

R.E.M.
Live
Warner – nac.

Antes de mais nada, este lançamento se trata de um digipack triplo, com dois CDs e um DVD. As faixas são ao vivo e o DVD é o show do mesmo evento. Em vez da gravadora e banda lançarem um CD e um DVD do show, fizeram tudo junto num produto só. Uma boa idéia que agrega valor, e que ajuda na venda do CD em sim, pois o Compact Disc, além de ter que concorrer com os famigerados downloads e a pirataria de diversas formas, quem compra produtos originais, faz com que o CD (áudio) perca também espaço e concorrência para o próprio DVD. E como grande parte dos lançamentos de bandas clássicas são ao vivos, acústicos, coletâneas, regravações e etc. (vide essa própria seção, com lançamentos acima e abaixo deste), este formato é uma outra saída. O REM em seu começo, reinou nas college radios norte-americanas e catapultou seu sucesso da virada dos anos 80 para os 90, com seu Rock pesado, com elementos Folk e de estrada, letras inteligentes, integrantes engajados e muito talento. Mais de 25 anos já se passaram e o cantor e compositor Michael Stipe e o guitarrista Peter Buck, motram-se ainda relevantes em cima dos palcos. Quem os viu no Brasil no Rock In Rio III em 2001, sabe disso. Aqui temos quase todos os principais hits e clássicos da banda, todos executados de forma sublime, pesada, suja, da forma que um bom Rock’n Roll pede, ainda que com melodia e sensibilidade. Michael Stipe, apesar da idade beirar os 50, continua um demônio em cima do palco, e a segurança dos demais membros (efetivos e contratados) fazem deste, um dos melhores “lives” dos últimos tempos! LT – 9,5

Disco 1 CD
01. I Took Your Name
02. So Fast, So Numb
03. Boy In The Well
04. Cuyahoga
05. Everybody Hurts
06. Electron Blue07. Bad Day
08. The Ascent Of Man
09. The Great Beyond
10. Leaving New York
11. Orange Crush
12. I Wanted To Be Wrong
13. Final Straw
14. Imitation Of Life
15. The One I Love
16. Walk Unafraid
17. Losing My Religion

Disco 2 CD
1. What's The Frequency, Kenneth?
2. Drive
3. (Don't Go Back To) Rockville
4. I'm Gonna DJ
5. Man On The Moon

Disco 3 DVD
1.I Took Your Name
2.So Fast, So Numb
3.Boy in the Well
4.Cuyahoga
5.Everybody Hurts
6.Electron Blue
7.Bad Day
8.Ascent Of Man
9.The Great Beyond
10.Leaving New York
11.Orange Crush
12.I Wanted To Be Wrong
13.Final Straw
14.Imitation Of Life
15.The One I Love
16.Walk Unafraid
17.Losing My Religion
18.What's The Frequency, Kenneth?
19.Drive
20.(Don't Go Back To) Rockville
21.I'm Gonna DJ
22.Man On The Moon

BRUCE SPRINGSTEEN
Magic
Sony/BMG – nac.
Enfim, um dos ícones dos anos 80. Seja na música, onde foi um dos maiores cantores norte-americanos de sua geração, seja nas atividades fora da música. Ativista político, Bruce participou de vários eventos ligado aos direitos humanos e causas sociais: a voz rouca que encantou o mundo com We Are The World, shows à Nelson Mandela (quando este esteve preso na década citada), e diversos outros. Bruce Springsteen é o mais politizado dos artistas de Rock dos EUA. No mundo todo, ao lado de Sting, Bono Vox e Peter Gabriel, levantaram bandeiras contra o racismo, fome, miséria, doenças e guerras. Mesmo que você não seja fã de sua música, todos ficamos felizes em vê-lo de volta. Faz bem, em tempos de tanta vulgarização na música e nas artes. Desde o sucesso mor Born In The USA até o recente e introspectivo The Rising, agora em Magic ele tenta resgatar um pouco de cada fase de sua carreira. Ele trás de volta a indignação como uma sonoridade mais agressiva, mais Rock e menos Pop. Destaques para a faixa de abertura Radio Nowhere, primeira música de trabalho do álbum e single, Girls In Their Summer Clothes e Terry’s Song, faixa que encerra o disco. Terry’s Song é ainda uma homenagem à um amigo pessoal de Springsteen, mostrando que o mesmo se preocupa com o próximo de fato e sem demagogia, sejam milhões de um país inteiro, seja de uma única pessoa (e conhecida apenas dele). Neste revival de artistas dos anos 80, tava faltando o “tio” Bruce. Agora, não falta mais. LT – 8,0   

Track list:
01. Radio Nowhere
02. You’ll Be Comin’ Down
03. Livin’ in the Future
04. Your Own Worst Enemy
05. Gypsy Biker
06. Girls in Their Summer Clothes
07. I’ll Work for Your Love
08. Magic
09. Last to Die
10. Long Walk Home
11. Devil’s Arcade
12. Terry’s Song        

BOB DYLAN
Dylan
Sony/BMG – nac.
Um dos maiores músicos dos anos 60 e 70 nos EUA, maior poeta de sua geração, ícone dos beatniks. Bob Dylan cantou gerações inteiras, seja relatando com acontecimentos do momento (guerra do Vietnã, entre tantos outros), seja falando de amor, poesia, juventude, relações humanas e demais papos abstratos. Esta coletânea (que só peca pela capa paupérrima – depois reclama de pirataria: com uma capa dessa, não seriam todos que fariam questão da arte original) foi formulada desde fevereiro de 2007, onde os fãs de Bob Dylan tiveram a oportunidade de escolher através de um site suas músicas preferidas destes 40 anos de carreira. O resultado está em Dylan, uma coletânea com parte das músicas mais votadas. Lógico, é uma heresia chamar este disco de coletânea, pois como compilar em um disco apenas uma carreira de 40 anos de um dos maiores artistas da história do Rock e do Folk? De qualquer forma, aqui temos o supra-sumo do supra-sumo. Nem preciso citar destaques (seria um crime fazer isso), por isso, segue o track list abaixo. Indicado para quem realmente gosta de música. Só não leva 10 pela capa. RS – 9,0

Track list:
1. Blowin' in the Wind
2. The Times They Are A-Changin'
3. Subterranean Homesick Blues
4. Mr. Tambourine Man
5. Like a Rolling Stone
6. Maggie's Farm
7. Positively 4th Street
8. Just Like a Woman
9. Rainy Day Women #12 & 35
10. All Along the Watchtower
11. Lay Lady Lay
12. Knockin' on Heaven's Door
13. Tangled Up in Blue
14. Hurricane
15. Make You Feel My Love
16. Things Have Changed
17. Someday Baby
18. Forever Young

SANTANA
Ultimate Santana
Sony/BMG – nac.
Carlos Santana é um daqueles casos inexplicáveis de como reviver uma segunda encarnação quando já poucos acreditariam num novo fôlego. Mas ele correu atrás do sonho de voltar a ter um papel importante no rock e lançou-se à conquista do mundo com o álbum Supernatural. Com os resultados que se conhecem… Quase 30 anos antes tinha havido Oye Como Va, Black Magic Woman e No One To Depend On numa fase psicodélica em que o som de guitarra do mestre se juntou a instrumentos como as congas e as flautas criando um som psicodélico, único para a época e avançado no tempo. Numa análise sociológica, Ultimate Santana é bastante incompleto porque não abrange todos os períodos da vida de Carlos Santana mas será que seria mesmo necessário convocar alguns exageros produzidos anos 80? O que se perdeu em noção histórica, ganhou-se em música decente. Basicamente, Ultimate Santana é uma conjugação de dois períodos de enorme sucesso: um primeiro comercial e artístico, ainda na década de 70 e um segundo que tem sobretudo a ver com o hiper-platinado Supernatural. Em quadra de Natal, mais um presente a ter em conta para os saudosistas da Rádio Nostalgia. Santana é um dos artistas mais respeitados e reverenciados mundialmente, e para celebrar todo seu sucesso ele apresenta o álbum Ultimate Santana, que traz as principais músicas do cantor desde o começo de sua carreira, e também conta com três canções inéditas, além das participações especiais de grandes cantores como: Michelle Branch, Alex Band, Maná, Tina Turner, entre outros. Estão no repertório canções como: Why Don't You & I, Corazon Espinado, Samba Pa Ti, The Game Of Love e muito mais. Um CD que não pode ficar fora da sua coleção! PR– 8,0

Track list:
1. Into the Night - Feat. Chad Kroeger
2. This Boy´s Fire - Feat. Jennifer Lopez And Baby...
3. Smooth - W/Rob Thomas
4. Maria Maria - W/Product G&B
5. Oye Como Va
6. Black Magic Woman
7. Evil Ways
8. Corazon Espinado - W/Maná
9. Europa
10. The Game of Love - W/Tina Turner
11. Put Your Lights On - W/Everlast
12. Why Don´t You & I - W/Alex Band of the Calling
13. Everybody´s Everything
14. Just Feel Better - W/Steven Tyler
15. Samba Pa Ti
16. No One to Depend on
17. The Game of Love - W/Michelle Branch
18. Interp Netary Party
ASIA
Fantasia Live In Tokyo
Eagle Rock – imp.
Bem, quem viu o Asia ao vivo aqui em março, curtiu pra caramba o show deles. Afinal, foi um “show” no sentido literal da palavra de técnica, carisma, história, ou seja, foi um evento especial! Estes quatro senhores (nos dois sentidos da palavra) fizeram história, tanto com o Asia como (e principalmente) suas bandas anteriores: John Wetton (King Crimson), Steve Howe (Yes), Carl Palmer (Emerson, Lake & Palmer) e Geoff Downes (Buggles – lembrando que ele junto com John também formara o Wetton/Downes). Ou seja, quando montaram o projeto Asia receberam status mais do que merecidos de super-banda. Este show foi gravado este ano, no dia 8 de março, ou seja, 15 dias antes de tocarem no Brasil! O set foi praticamente o mesmo da apresentação daqui. Fantasia Live In Tokyo é um CD duplo e tem dezoito faixas, nove em cada disco. além de música do Asia, claro, tocaram músicas de suas bandas anteriores: In The Court Of The Crimson King (King Crimson), emocionando a todos os presentes e saudosistas desta grande banda de Rock Progressivo, não tão falada hoje em dia como outras contemporâneas, Roundabout (Yes – com Wetton cantando, esta foi destruída no Brasil, mas em estúdio, eles devem terem dado uma arrumadinha), Video Killed The Radio Star (The Buggles, que até seria dispensável, mas para marcar presença de uma banda de Geoff Downes), e a longa, épica, progressiva, imortal, clássica e fantástica Fanfare For The Common Man (Emerson, Lake And Palmer). A exemplo do Brasil, o Asia abre o CD com Time Again, seguida de Wildest Dreams e no final do set, o CD2 os clássicos também Only Time Will Tell, Sole Survivor, Ride Easy e Heat Of The Moment. Tirando algumas pequenas mudanças, é o mesmo que você viu aqui. Se você não viu, você terá a chance de ouvir agora! E em breve, aguardemos o DVD deste show! Fantástico! JCB – 9,0

ALAN MORSE
Four O'Clock And Hysteria
Dynamo – nac.
Primeiro disco solo de Alan Morse, fazendo músicas instrumentais e direcionamentos que nunca um guitarrista pode fazer em sua banda principal e comercial. Alan Morse é guitarrista do Spock’s Beard e que nem todo guitarrista quer mostrar suas influências e fonte onde bebeu, de estilos fora do Rock. Aqui, temos de quase tudo: Hard Rock, Roc, Progessivo, AOR, Country, Southern, Blues, Rythim’n Blues, Fusion, e até Funk (calma, Funk de verdade, anos 70 e não essa ojeriza carioca de hoje). Claro, disco altamente indicado para fãs de Alan, de sua banda, Spock’s Beard, e para músicos, desde guitarrista até qualquer instrumentista e por aí vai. A variedade vai desde o Hard Rock pesado de The Rite Of Left, o Blues de R Bluz, o swingue de First Funk, o AOR acústico (sim) de Major Buzz, o country de Home e o ritmo espanhol, bem Flamenco, de Spanish Steppes. Divirta-se! RS – 7,5

KEN HENSLEY
Blood On The Highway
Dynamo – nac.
Ken Hensley dispensa apresentações. Fazendo história com o Uriah Heep e hoje, montou um grupo com músicos renomados da Espanha, onde vive hoje em dia. São eles Juan Carlos Garcia (bateria), Antonio Fidel (baixo), ambos do Rock Progressivo El Ultimo de la Fila, mais a guitarra solo de Ovidio Lopez. O próprio Hensley gravou os teclados e ainda guitarras base e violão e dobro. Ainda teve a participação da Alicante Symphony Orchestra em algumas músicas. Não obstante, chamou vários convidados para os vocais. Enfim, Blood On The Highway é conceitual e saiu meio que uma Ópera Rock, como muitas lançadas nos últimos anos (Aina, Star One, Ayeron, etc.). Estão aqui Glenn Hughes (ex-Deep Purple, Trapeze e Black Sabbath), Jorn Lande (ex-The Snakes, Beyond Twilight e Masterplan), John Lawton (ex-Uriah Heep e Lucifers Friend, atual On The Rocks), e Eve Gallagher, cantora popular na Europa. O ar de anos 70 aqui é inconfundível, pois a voz de Glenn Hughes já nos trás isso, mas Jorn Lande com seu ar de David Coverdale, mais o instrumental, num misto que remete à ex-banda de Ken Hensley, o Uriah Heep, com Deep Purple e Whitesnake, e inevitável, concernindo ainda mais qualidade ao disco. Ken é ainda o vocal principal em várias músicas, e todos os backing vocals. Aqui, ele trás com toda a tarimba de um cara que tocou e encantou com The Gods, Toe Fat, Uriah Heep, Blackfoot, e também em sua carreira solo. Mr Hughes arrasa com What You Gonna Do, cheia de soul, swingue, bem a cara de Glenn Hughes, mais setentista impossível, com influências de Trapeze, com certeza. Hughes ainda ataca (e detona) em The Last Dance com os seus três movimentos, tipicamente setentista e Progressiva também. Think Twice, originalmente gravada para o disco A Glimpse Of Glory (99), reaparece aqui em versão cantada por Eve Gallagher, mais Pop, mas ainda setentista. John Lawton, que fez parceria com hensley no UH, vem com a boa It Won’t Last.  Já Jorn Lande arregaça com as também boas (This Is) Just The Beginning, We Are On Our Way, Blood On The Highway e You have Got It (The American Dream). Resumo da Ópera (Rock): Blood On The Highway é mais um daqueles discos que nasceram com o carma de serem clássicos. Que bom! RS – 9,0

THOUGHT CHAMBER
Angular Perceptions
Dynamo – nac.
A banda foi formada pelo exímio e multi-bandas Michael Harris, com o vocalista Ted Leonard (Enchant), numa proposta notória em se fazer Prog Metal/Rock. A banda muitas vezes, soa como uma formação Heavy Metal, talvez pelo passado dos dois músicos, com vocais melódicos e suaves (as vezes soft demais) de Leonard, sublimes realmente, aliadas as guitarras de Harris, com muita técnica, mas sobretudo, musicalidade. A dupla começou a trabalhar neste projeto desde 2001, completando os trabalhos só em 2004, e saindo só no final de 2006. Faixas como Sacred Treasure e A Mind Beyond, onde combinam a bombasticidade do Prog com a sutileza de um piano. Ouça mais esta obra de bom gosto. RS – 8,5
1. Premonition
2. Sacred Treasure
3. A Legend´s Avalon
4. Balance of One
5. Mr. Qwinkle´s Therapy
6. Transmigration of Souls
7. God of Oblique
8. Silent Shore
9. Accidently on Purpose
10. A Mina Beyond

DEEP PURPLE
They All Came Down To Montreux - Live At Montreux 2006
ST2 - nac.
Como dito na resenha do DVD homônimo, o CD é do mesmo show e tem menos músicas do que o vídeo, sendo quase dispensável este formato. Mas, o que pode ser chamado de dispensável que o Purple já tenha lançado? Nada! Apesar de ser um CD simples com apenas 12 faixas, é perfeito para você ouvir em situações onde não poderás assistir o vídeo. E com o CD, você presta mais atenção nas músicas do que nas imagens. Pode ser a coisa mais óbvia do mundo o que estou dizendo, mas em um momento onde as pessoas hoje em dia dão mais importância para ter as coisas do que como elas são usufruídas, é bom citar isso, trazendo o pessoal para a realidade. Aqui, temos a performance irretocável do grupo e quem os assistiu em novembro do ano passado por aqui, vai recordar com bons ouvidos daquele show, além das cenas e imagens estarem em suas retinas, que são eternas, não quebram e seu valor não tem preço! Voltando à vaca fria, em They All Came Down To Montreux - Live At Montreux 2006, eles mostram quase o mesmo set aqui do Brasil, abrindo logo de cara com a cada vez mais explosiva Pictures Of Home. Fique com o track list inteiro e divirta-se! JCB – 8,5

1-Pictures Of Home
2-Things I Never Said
3-Strange Kind Of Woman
4-Rapture Of The Deep
5-Wrong Man
6-Kiss Tomorrow Goodbye
7-When a Blind Man Cries
8-Lazy
9-Keyboard solo
10-Space Truckin'
11-Highway Star
12-Smoke On the Water


THE POLICE
Anthology
Arsenal/Universal – nac.
Depois dessa, qualquer coisa que você me contar eu acredito. A partir de hoje, acredito em duende, papai Noel, coelhinho da páscoa e até em esquimó eu acredito! Sim, a maior cizânia, briga, ódio e rancor na história do Rock está aqui. O The Police voltou. Fato como dado como impossível por muitos (eu incluso), mas a banda voltou, está fazendo shows e foi um dos destaques do Live Earth no dia 07/07/07. Um adendo: o idealizador do Live Earth, é o ex-candidato a presidente e senador norte-americano, Al Gore. Sua esposa, Tipper, por muitos anos, presidiu o PMRC, um órgão de censura norte-americana, responsável pela criação daquele selo “parental divisory - explicit content”. E muitas das bandas “perseguidas” ao longo dos anos por Tipper Gore, tocaram neste festival idealizado pelo marido. Coisas da vida. Voltando ao Police, lança este Anthology, muito melhor, mais completo e maior do que Every Breath You Take (The Singles), outra coletânea do grupo.. Até porque, Anthology é dupla e tem 28 faixas. Se você é fã e conhece de longa data a banda, nenhuma surpresa, até porque não tem faixas inéditas, raras, nem nenhuma música nova (eles não gravaram nada ainda). Mas se você conhece pouco ou quer entender porque eles foram (e ainda são) tão grandes, Anthology vai te mostrar. Afinal são desde faixas fáceis, acessíveis e comerciais, como De Do Do Do, De Da Da Da e Every Little Thing She Does Is Magic, outras mais sombrias quase Dark em Spirits In The Material World, Invisible Sun, Don´t Stand So Close To Me e Walking On The Moon, momentos Hard Rock quase Heavy Metal, com direito a ser tema de propaganda de cigarro nos anos 80 com Synchronicity, Pt. 2, baladas certeiras e lindas como Every Breath You Take. Além disso, como bons ingleses e surgidos no meio Punk da segunda metade da década de 70, a exemplo como o The Clash flertava as vezes com o Reggae, o The Police também flertava com o Ska, como Message In A Bottle. Inclusive, por isso, o Paralamas do Sucesso na época era conhecido como o The Police brasileiro, por ser um trio de Rock, flertando com o Ska também. Para esta coletânea, nota 10, afinal, é covardia tantos clássicos do Rock juntos num só disco. Quanto ao The Police hoje, o que pude ver na TV no Live Earth, foi uma performance perto do risível. Aliás, Sting, que virou um chato depois que a banda acabou, está quase sem voz e meio sem graça ainda na presença de seus companheiros. De qualquer maneira, a nata do que fizeram está aqui neste disco! JCB – 10

RUSH
Snakes & Arrows
Warner – nac.
Os canadenses do Rush estão de volta com Snakes & Arrows, um dos álbuns mais aguardados de todos os tempos. Sim, esse é o começo de resenha mais chavão de todos os tempos, mas é uma verdade e explico isso em várias razões. Primeiro, todas as grandes bandas surgidas nos anos 70 nunca foram tão cultuadas como agora, com essa onde de Classic Rock. O Rush sempre foi uma banda festejada, cobiçada e seus discos sempre foram esperados com ansiedade por fãs, crítica e público em geral. Essa ansiedade se deve aos seus discos sempre ter um alto nível, e a banda sempre fazer discos diferentes e nunca se repetir, surpreendendo seus fãs a cada disco novo de inéditas. As vezes, eles pisam fundo no Progressivo, outras vezes (como nos anos 80) usaram e abusaram da tecnologia vigente na época. As vezes, eles vem com um Hard Rock pesado e visceral, digno de um Power Trio, simplesmente. Os três são exímios músicos e não precisam provar mais nada pra ninguém já a muito tempo. Mas o que interessa é, como serão as músicas de um disco novo, como Snakes & Arrows, o primeiro de inéditas desde Vapor Trails, em 2002. A capa remete inteligentemente e com discrição aos melhores tempos deles nos anos 80 e sua música aqui está mais simples, não tão pesada quanto o próprio Vapor Trails nem o sujo, quase Metal Countenparts. Também está longe do cru Roll The Bones, do Pop mas excelente e bem sucedido Presto, e do último mais Progressivo Test For Echo. Snakes & Arrows tem sua cara própria, sendo sublime, suave, mas pesado ao mesmo tempo, sem muita virtuose e sem muita parafernália sonora também. Far Cry é a típica faixa de abertura e single do Rush, a mais fácil e assimilável, hit de natureza (coisa que a banda ainda não esqueceu de fazer). Outro bom momento é a intensa e dramática Spindrift. Snakes & Arrows tem 13 faixas, todas produzidas por Nick Raskulinecz (Foo Fighters), o que trás ainda alguma sujeira á música da banda neste disco e um tom atual, mas longe do Grunge ou qualquer outra coisa garageira. The Main Monkey Business é instrumental, lembrando os grandes momentos Progressivos dos 70’s e começo dos 80’s. Já The Way The Wind Blows começa com uma guitarrinha Bluesy e depois descamba para o peso e sujeira nas estrofes seguintes, voltando ao feeling no refrão. Enfim, mais um bom disco para saciar os fãs que deliraram com o Rush In Rio de 2003. RS – 8,0


PAUL RODGERS
Live In Glasgow
ST2 – nac.
O nome de Paul Rodgers cresceu muito nos últimos anos. Nos Estados Unidos e Inglaterra, desde os anos 70 sempre foi grande, através de seu trabalho com históricos grupos como Free e Bad Company, e uma regular e consistente carreira solo. No entanto, a cerca de uns cinco anos crescia cada vez mais os rumores de que ele estaria a frente do Queen, fato que se concretizou há pouco tempo atrás. Isso veio coroar este grande vocalista, uma das maiores vozes da história do Rock, um dos maiores compositores e um dos maiores performances também. Live In Glasgow foi gravado em 2006 durante uma turnê pelo Reino Unido, em meio as turnês já com o Queen, que vem sido chamada de Paul Rodgers + Queen. Aqui, a base de seu CD ao vivo são músicas de sua carreira solo mesmo, com algumas poucas coisas de suas antigas bandas, como Bad Company e All Right Now. Beirando os 60 anos, sua voz continua como um cristal e seu carisma idem, contagiam a todos os presentes neste showzaço! Disco imperdível deste sucesso mais do que merecido deste medalhão do Rock! PR – 9,0


GARY MOORE
Close As You Get
ST2 – nac.
O velho blueseiro continua firme e forte, fazendo bons discos e compondo boas músicas. Um dos orgulhos da Irlanda, Gary Moore fez história com o Thin Lizzy e Colosseum II, mas principalmente em sua carreira solo, seja com ele mesmo cantando, seja com outros vocalistas, como Glenn Hughes, por exemplo. Agora com Close As You Get, ele alterna faixas inéditas com versões sofisticadas de alguns Blues redescobertos, que ficariam no esquecimento. A sua marca registrada de sua guitarra nestas músicas é o que fica, com seu indefectível timbre, pegada e sua mão direita, fora sua capacidade de improvisação e feeling gigantescos. Pega o track list completo desta pérola:
1. If the Devil Made Whiskey
2. Trouble at Home
3. Thirty Days
4. Hard Times
5. Have You Heard
6. Eyesight to the Blind
7. Evenin´
8. Nowhere Fast
9. Checkin´ Up on My Baby
10. I Had a Dream
11. Sundown
Altamente indicado para quem goste de uma guitarra bem tocada. RS – 8,5

ROGER WATERS
The Pros And Cons Of Hitch Hiking
Sony/BMG – nac.
The Pros And Cons Of Hitch Hiking foi lançado vez em 84, sendo relançado em CD agora em 2007 no Brasil, junto com sua passagem megalomaníaca e faraônica por aqui. Neste CD você poderá conferir os primeiros sucessos da carreira solo de Roger Waters, em sua fase pós The Wall (seu último disco no Pink Floyd). São doze faixas de bom Rock, claro, sem os exageros de sua ex-banda, mas Progressive Rock ainda. Nuances mais Pop e que não poderia entrar na música do Pink Floyd estão presentes em The Pros And Cons Of Hitch Hiking. O clima despretensioso pode ser sentido aqui, talvez por não ter mais pressão de compor e tocar na gigantesca ex-banda e, mais ainda, não ter mais que “aturar” seus ex-companheiros, ainda mais David Gilmour. Por isso, não espere temas do nível de The Wall ou The Dark Side Of The Moon, mas músicas leais e agradáveis como 4:47am (The Remains of Our Love), 5:06am (Everystrangers Eyes) e 4:37am (Arabs With Knives And West German Skies). Em tempo: as faixas começam as 4:30 da manhã e termina as 5:11. A esquisitice lisérgica fica no título das faixas, a música e mais “comum”.
PR – 9,0

ROGER WATERS
Amused To Death
Sony/BMG – nac.
Este CD foi lançado em 92, no auge do Grunge e Alternativo e Amused To Death apresenta reflexos e complexos disso, além da falta de inspiração coletiva que abateu os medalhões de 90 para cá. Ainda, Rock Progressivo com acento mais Pop. Aqui ele tenta inovar com algumas esquisitices, experimentações, viagens e afins. Poucas músicas viraram clássicos aqui e quase nenhuma ficou na cabeça. Se você só quer comprar um dos dois discos, compre The Pros And Cons Of Hitch Hiking. Se você quer colecionar, compre os dois, e se quiser dar um tiro no escuro, fique com Amused To Death, até porque, os solos de Jeff Beck (ele mesmo) atestam qualidade ao disco. Destaques para The Bravery Of Being Out Of Range e The Ballad Of Bill Hubbard.
PR – 7,5

NAZARETH
Back To The Trenches
MNF – nac.
Back To The Trenches é o fantástico CD duplo do Nazareth, banda escocesa que é um dos orgulhos de seu país, junto com o Simple Minds, Whyskey, David Coulthard (Fórmula 1) e Dario Franchitti (Fórmula Indy). Apesar disso, seu som soa bem norte-americano e é um dos principais representantes do Rock bicho-grilo, sendo ícones do Hard Rock da década de 70 (ou pauleira para os mais antigos). Este disco vem oportunamente semanas antes da banda se apresentar por aqui. Inclusive, muitas dessas faixas presentes neste Back To The Trenches foram tocadas aqui, afinal, este é uma coletânea ao vivo do grupo. Aqui estão seus maiores hits e clássicos gravados ao vivo em apresentações realizadas entre 1972 e 1984, como Alcatraz, Razamanaz, Night Woman, Called Her Name e Broken Down Angel no CD1. Já no segundo CD, Hair Of The Dog (claro), Love Hurts (mais lógico ainda, surpresa elas não fecharem o CD), Back To The Trenches e encerrando This Month´s Messiah. Vale ressaltar algumas coisas: o disco é em embalagem digipack, linda; nesta turnê, eles vieram sem o Uriah Heep (não sei porque, eles sempre tocam juntos); e último, o CD no todo tem 31 faixas, ou seja, vale cada centavo que você investir! RS – 9,5

GIRLSCHOOL
The Collection
MNF – nac.
The Collection é outra coletânea dupla com os maiores sucessos do Girlschool. Este quarteto feminino britânico dos anos 70 era formado por Enid Williams no baixo e vocais, Denise Dufort na bateria, Jackie Chambers nas guitarras e Kim McAuliffe nos vocais e guitarras. Ao todo, são 47 faixas em dois discos! Isso mesmo! Suas músicas são curtas na maioria das vezes, pois apesar de fazerem Hard Rock (não tão pomposo como o Vixen, por exemplo), tem uma veia Punk e Rock’n Roll muito forte! Além de clássicos da banda, The Collection tem raridades, B-sides, covers, faixas gravadas ao vivo e colaborações com o Motörhead e Gary Glitter. Obviamente, fica impossível e seria leviano de minha parte escolher algum destaque entre quase 50 músicas, seria como um sorteio da antiga Loto. Se você é fã da banda, deste tipo de som, ou se despertou sua curiosidade, adquira o seu! RS – 9,5

MONSTERS OF ROCK
Megamix
MNF – nac.
Esta é a primeira vez que faço resenha de um disco de remixes. Em se tratando de Rock, fica mais estranho ainda para mim, mas tentarei! Monsters Of Rock: Megamix tem quase 60 minutos com Rock dos anos 70 e 80. As versões remixes presentes aqui são: Monsters Megamix Part. 1, com várias bandas, Monsters Megamix Part. 2 (idem), German Rock Megamix (com as mais conhecidas do Pop alemão), Hello - Megamix (a mais fraquinha), The Sweet – Megamix (muito bom, Sweet é rules!) e Creedence Clearwater Revival (que se pelo lado bom trás os clássicos, por outro dá agonia, pois quando você empolga com as faixas, elas mudam – afinal, apenas sete minutos de Creedence Clearwater Revival é quase nada). Se você curte esse tipo de formato, vá fundo! LT – 7,0

STEVE VAI
Sound Theories - Vol I & II
Sony/BMG – nac.
Odiado por muitos, amado por muitos outros mais ainda. Para tantos, o melhor guitarrista do mundo. Para o restante do planeta, com certeza, um dos melhores de todos os tempos. Desde Eddie Van Halen, ninguém reinventava a guitarra como Steve Vai. Ele ficou conhecido como guitarrista de Frank Zappa. Se sua música era difícil, imagine um guitarrista reproduzi-la e levá-la para um patamar maior ainda? Depois, tocou no Alcatraz, uma espécie de Yardbirds dos anos 80. Se os “pássaros de jardim” tiveram em sua formação a santa trindade da guitarra, Eric Clapton, Jeff Beck e Jimmy Page, ainda no final dos 60, o Alcatraz teve além de Steve Vai, nada menos do que Yngwie Malmsteen, outro monstro do instrumento. Não obstante, Vai gravou com o recém saído do Van Halen, David Lee Roth e sua super-banda (que ainda contava com Billy Sheehan no baixo e Greg Bisonette). O sucesso era tamanho que ficou incumbido de substituir o magnânimo John Sykes, que deixara o Whitesnake e hoje remontou o Thin Lizzy. Se com David Lee Roth, ele fazia sua guitarra rir das palhaçadas de “Crazy Diamond”, em Slip Of The Tongue, sua guitarra cantava junto com David Coverdale. Simultaneamente, lançou seu disco solo Passion And Warfare, seu segundo disco solo, seis anos após o primeiro, Flex-able. Dali em diante, Vai eternizou como o novo Deus da guitarra e ninguém mais o superou. Inclusive, eu costumava ouvir Passion And Warfare no café da manhã as 6 horas da matina, antes de ir trabalhar no Banco Cacique, pra que eu memorizasse suas linhas, bases, solos e timbres durante o dia para que, quando chegasse a noite depois do colegial, eu pudesse ensaiar minha finada guitarra Dolphin, do mesmo modelo e cor que o Lulu Santos utilizava em começo de carreira. Para depois, levar estas idéias para meu professor de guitarra (que mudava todo mês) no conservatório no sábado. Enfim, se a resenha foi mais calcada em toda a trajetória do músico, e como ele influenciou a vida musical de uma pessoa, no caso eu, entre milhares no mundo todo, foi com o intuito de mostrar que o cara é hour-concur, acima do bem e do mal, goste ou não. Sound Theories - Vol I & II foi gravado ao vivo na turnê européia realizada em 2004 e 2005, com participação da Netherlands Metropole Orchestra. O CD 17 faixas, quase que uma coletânea (quase, pois para uma coletânea, Vai teria que lançar um disco quíntuplo). Imperdível para fãs, guitarristas, músicos ou apenas apreciadores de boa música e interessados, como fui eu. JCB – 10

DARYL STUERMER
After Twilight
Dynamo – nac.           
Daryl Stuermer é praticamente ainda desconhecido no Brasil, sendo lembrado apenas pelos iniciados em guitarra. Ok, ele é um grande guitarrista de estúdio e de palco, tendo tocado com muita gente em carreira solo e também músico contratado de outras bandas. After Twilight é mais um disco de sua carreira, totalmente instrumental, variando do Rock ao Pop, Blues, Jazz, Fusion, Progressivo, Metal e clássico. E acostumem-se com este nome, pois Daryl já tocou com Phil Collins e hoje integra a nova encarnação do Genesis, que não se reunia há 15 anos, com o seguinte line-up: Phil Collins (voz e bateria), Tony Banks (teclados) e Mike Rutherford (baixo) dos originais, e também o convidado baterista Chester Thompson. Enfim, por ser um disco instrumental, de guitarrista e de músico para músico, encerro meus comentários aqui. Agora, se você não músico, mas é fã de Phil Collins, Genesis, e boa música em geral, pode conhecer After Twilight sem receios! RS – 8,0


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