RAXA
Oxlahun Ti Ku
Stygian Crypt – imp.
A princípio, a banda faz Doom Metal. Mas as tags como Ethno Doom Metal, bem como Dark, Ambient, Atmospheric ou mesmo Black Metal mostram que aqui temos um disco mais diversificado e eclético do que irregular. A banda é da Rússia, e canta na língua asteca (!). Com tanto ecletismo, agora a banda ou vai ou raxa! Talvez não gostaria de usar uma palavra tão forte como 'estranho', mas gostaria de dizer que definitivamente Raxa é muito original e muito diferente. Raxa é realmente nada mais que uma one-man-band a partir da Rússia liberando aqui a sua segunda libertação através do poderoso selo Stygian Crypt. Parece que a Rússia se especializaram em lançar várias bandas Metal inusitadas. A música em Oxlahun Ti Ku está repleta de atmosfera e primordial tribal-caos. Pode ser melhor descrita como meados de mid-tempo com elementos de Black Metal e Etno sons. Essas dez faixas podem ser vistas como a celebração de cerimônias do povo asteca e sua língua. Todas as letras são escritas nesta língua milenar, com todos os cantos escuros e tendo certo sacrifício. Arrepia! O som é cru, uma vez que os retratos pagãos da natureza, mas realizado com algum poder, energia e velocidade, bem como as belas melodias global dominantes. World Doom Music? Os vocais são profundos e guturais, sonoridade peculiar ao Black ou à banda de Funeral Doom. Recomendado para fãs de Black, Death, Doom, Folk, Viking, Pagan, Celtic, Funeral, Ambient, etc, etc, etc. JCB – 8,0

Track list:

1. Ni cah Raxa
2. Oxlahun Ti Ku
3. Tzonimolco
4. Mimixcoa icuic
5. Citlalin Calpolli
6. Xipe Totec
7. Tlaloc
8. Lamat
9. Ma xipatinemi
10. Nahua cochi

LITTLE DEAD BERTHA
In Memorium Premortis
Stygian Crypt – imp.
Infelizmente, todas as informações necessárias sobre esta nova comunicados enviados para me dos meus amigos em Stygian Crypt Productions estão em russo, o que o torna muito difícil para mim mesmo para compreender e escrever algumas palavras sobre estes lançamentos. Por mais que a gente entenda do lance, sempre é bom ter infos, até para passar ao leitor da onde veio a banda, como surgiu, embasada no que e etc. Ainda é um pouco mais fácil no caso do Little Dead Bertha, pois seu novo álbum não é realmente novo, é uma re-edição de uma das mais antigas de uma estréia álbuns russo quando a banda surgiu desde a queda do império soviético. Sim. Eles enfrentaram os anos de chumbo, cortina de erro, bloco socialista e etc. Então, este disco é de uma banda soviética! O álbum é intitulado In Memorium Premortis e contém 8 faixas de longas canções de Doom Gótico e Death Metal. É engraçado ver como a banda tem evoluído ao longo dos anos. Em primeiro lugar, tive a oportunidade de ouvir os seus mais recentes lançamentos e agora a ouvir o mais velho é um quase surrealista. Quer dizer que você ainda pode ouvir alguns elementos característicos da Little Dead Bertha como sabemos, a voz e violão por Veronika, tambor típico de programação por Sergej etc. É diferente do que a banda tem feito hoje. Hoje, são mais maduros. Mas este começo subversivo, enfrentador politicamente, desafiando uma das mais ferrenhas ditaduras, ainda que em meio fase de transição e Perestroika. Também era legal, mas diferente. Registro histórico para a banda, para seu país e para este estilo musical. Afinal, quer país mais apropriada para exprimir o sentimentos lúgubres do Doom? Ta rindo do que? Doom é sóbrio, frio e misantrópico. Neste carnival ouça muito Doom! RC – 8,0

Track list:
1) Intro
2) Pipe
3) Your fate is pain
4) Get to like me
5) In memorium premortis
6) Wind in emptiness
7) My naked ideal
8) Dreams now comfort for defunct
9) Sentence of suffering

AUTUMN
...And We Are Fallen Leaves Doom Metal
Stygian Crypt – imp.
Eu sempre me engano, pois existem trocentas, ou melhor, zilhões de bandas que se chamam Outono. No Hemisfério Norte, o Outono é maravilhoso, aqui não tem muita graça. Então, até me situar qual Autumn estamos falando demora. Peraí. Ok, a maoria ou é Doom, ou é Gothic. Esse aqui é russo. No mundo, há aproximadamente 70 bandas chamadas Autumn. Desta banda, a Stygian Crypt Productions enviou a primeira versão lançada originalmente há 10 anos atrás, mas agora com nova versão masterizada e com melhor produção. Originalmente este álbum continha 9 faixas, mas sobre esta nova edição, há duas faixas de bônus de ensaios, Wings e Feasting The Dark Half que nunca foram emitidas antes. Estas duas são realmente fantásticas faixas são cheias com monotonia, misantropia e maus sentimentos em geral, como todo o álbum é. Outras faixas a combinar o que eu descreveria como algo romântico entre Gothic Metal e Doom Metal com ambos os sexos masculino e feminino nos vocais. Há algumas faixas interessantes, mas muito lento riffing no geral. Do contra da maioria das bandas russas,  I esp.as suas letras, que são em torno desta vez não na Rússia, mas em Inglês, que é quase sempre um benefício para uma banda desse calibre. Há tanta tristeza e depressão em sons que a maioria dos fãs do gênero vão adotar este álbum. Trata-se de uma libertação de um nostálgico anos 90 que agora parece tão longe. PR – 8,0

Track list:
1. The End of Last Summer (intro) 01:56
2. The Druid Autumn 11:21
3. Whispering your name... 02:20
4. Fallman 04:08
5. Gods 09:16
6. The sons of ocean 08:06
7. The dance In blood 06:59
8. Bottomless... 08:16
9. Shine On Me 05:23
10. Wings (bonus)
11. Feasting The Dark Half (bonus)

SEA OF DESPERATION
Spiritual Lonely Pattern
Stygian Crypt – imp.
Este é um projeto-de-um-homem-só, mais uma one-man-band, fundado no verão de 2002 (na fatia norte do planeta) por Lefthander. Tipo, a Rússia é um dos lugares mais frios do mundo. Os filmes norte-americanos bem como seriados dos anos 60, 70 e 80 apontavam os soviéticos como os vilões do mundo e os yanques, como os mocinhos. Então, várias coisas ruins nos vêem à cabeça quando se fala de lá, que são traiçoeiros, corruptos (aí vem uns caras tipo da MSI que afundaram o Corinthians para dar mais motivo ainda). E parece que eles mesmos não se dão bem entre eles mesmos, pois o número de one-man-projects que vem de lá é gritante. É o país com mais projetos misantrópicos do mundo! Ao contrário dos brasileiros, que são as pessoas mais acaloradas do planeta, que vivem grudado com um monte de gente e que temem ficarem sozinhos por 2 minutos que seja, tanto que os que moram sozinhos, dormem de TV ligada. E o brasileiro é tão acalorado, ao contrário do russo, que quando brigam, é pra valer! Se na Rússia, os russos montam bandas sozinhos pra não ter que brigar com ninguém, no Brasil, o pessoal monta banda que é pra poder brigar e ter assunto pra ficar falando mal do outro. Quanto mais diferentes, mais iguais são os seres humanos, e o que tem a ver com o SOD? Tudo. Pois aqui, é um cara só, e as idéias soam retas. As composições são legais, mas misantrópicas ao extremo. Faltam aquelas tretas de banda, na hora de compor e tocar, que tornam as bandas tão especiais. Soa muito intimista, apesar de muito legal. Doom com bom senso melódico, passagens Góticas, fonte Black e Thrash Old School, mas nunca Death. Uma história conceitual, dividida em oito partes. Para apreciadores do gênero e aficionados que não perdem nenhum lançamento de Doom, como eu. PR – 7,5

Track list:
1. Departure
2. 22nd November
3. Cast me reflection
4. My spiritual Lonely Pattern
5. Follow the lights
6. Memoria
7. Dream Hole
8. Htaed

ARCANAR
Пыльный Владыка (Dusty Lord)
Stygian Crypt – imp.
Arcanar é outra banda de Doom Metal da poderosa Rússia. Na verdade no material incluído no CD, “Arcanar, sua música é descrita como uma mistura de Doom, Death, Black e até jazz-metal”? Como assim? Eu não estava mesmo ciente de que algo como jazz-metal existia. No entanto, posso definitivamente ouvir algumas das influências mencionadas acima, mas este álbum pode ser melhor descrita como Avantgard Doom Metal, já que tudo o que é modernoso, mas com raiz Old School vira Avantgard. Esta banda é a primeira vez que solta um comprimento cheio, full length, mas sinto-me como se já existia antes, tamanha envergadura moral que têm para fazer Doom com bolas. empre. A música é variada e todos os rapazes fazem o seu melhor nos instrumentos, e não deixam nada para trás. A produção sonora é boa, assim como a parte gráfica. O som poderia ser melhor, mas ainda acima da média. Este álbum contém nove faixas, entre elas duas vinhetas, uma faixa instrumental e  a "Intro", que é realmente um teclado introspecto, sem outros instrumentos podem ser ouvidos sobre este um. Mais de 40 minutos de extensão e os são interessantes e impressionantes pedaços de Doom. A música é sombria e assustadora, mas novamente as letras são apenas em russo, o que torna difícil para eu entender, mas deixando ainda mais poderoso e assustador este artefato. Experiência garantida, já que quase metade da banda é formada por membros do Autumn (russo). Destaques para Тень самого себя, Пыльный владыка e Этюд №2. os títulos tem a tradução para inglês. Mas como é que se pronuncia essa porra aqui? PR – 8,5

Track list:
1. Intro
2. Без перемен (Without changes)
3. Тень самого себя (The Shadow of My Own)
4. Этюд №1 (Etude №1)
5. Пыльный владыка (Dusty Lord)
6. Я мог быть другим (I Could Be the Other)
7. Этюд №2 (Etude № 2)
8. Бессонница (Insomnia)
9. Арканар (Arcanar)

TEARS OF MANKIND
Without Ray Of Hope
Stygian Crypt – imp
Lágrimas da Humanidade, tradução do nome da banda, é mais uma (mais um!) one-man-band. Será que os russos não se dão bem entre si? Ou o inverno impede que se encontrem e para passar o tempo, enquanto a neve cai, eles ficam em seus estúdios caseiros de forma casérnica, fazendo augures como este? Mas vale a pena mencionar que Philip Skobelin (vocais, guitarras, baixo, bateria, teclados) tem estado na ativa a criar música e gravação não inferior a 10 demo lançamentos, que é fantástico, desde 2002. o cara é o Striborg soviético! Sete é o primeiro full lenght, longo, com 11 faixas, sendo que a faixa 4 é uma versão de um vídeo game canção criada por Akira Yamaoka. Todas as faixas são registradas no estúdio de sua casa e tendo isso em mente, penso que é muito bom o resultado, com um som claro, nítido, cristalino, bonito e limpo, num pesaroso Gothic Doom Metal com elementos de Death e Black. Paradise Lost e Katatonia (nem antigos, que eram Death Doom, nem novos, que são Góticos) vêem à mente, com uma atmosfera que assombra e com batidas pesadas, bem como vozes gritadas e limpas. Como eu disse antes, a produção está muito clara e a arte gráfica é feita profissionalmente. A única coisa que falta é a falta de diversidade, porque quase todas as músicas soam iguais. Ou seja, lugar comum em uma one-man-band. É necessário ter mais alguns caras para encher o saco, criticar e contrapor para a música ficar melhor ainda, pois boas idéias não faltam aqui, apenas precisam serem melhor lapidadas. RC – 7,0

Track list:
1. Without Hope
2. Eternal Sadness
3. Deep Inside the Silence
4. Theme of Laura
5. Emotion Oblivion
6. From Dark to Light
7. The River
8. Never
9. Through the Storm
10. The Winter Dance
11. Sweet Harmony

THE ETHEREAL
From Funeral Skies
Stygian Crypt – imp.
Funeral Skies projeto é parte de um dos mais proeminentes e mais conhecidos músicos de Domm lá do leste europeu, Stijn van Cauter (conhecido por seu trabalho com outros projetos). From Funeral Skies é na verdade um re-lançamento de quatro faixas adicionalmente escritas em 2002, agora re-temas de Marche Funebre Productions. Trata-se de um modo geral muito promissora oferta, mas não a melhor peça de Doom que tenha ouvido ultimamente deste rótulo. Para mim é não inovadora e original o suficiente (apesar de ter em mente que é Doom Metal) faltando alguma agressividade e um certo poder. É tal como o nome diz, Nihilistic Funeral Doom, muito frio e muito duro, mas ao mesmo tempo muito lento. Não é tão angustiante quanto o Funeral Doom. Na altura em que se torna tão lento que você não sabe se quiser ouvi-lo até o fim, mas devido à natureza do meu trabalho que eu decidi ser paciente e escutá-lo até o amargo fim. Quero dizer, não há qualquer dúvida em minha mente que esse cara é muito qualificado e excelente músico, produzindo todos os violões, baixo, voz, teclados e percussões por ele próprio. Aquela velha história: um produtor, ou um músico contratado ajudaria a dar uma polida numa jóia rara, mas bruta. PR – 7,0

Track list:
1. Beyond All Dreams
2. Your Creation
3. Wish
4. From Funeral Skies

BEYOND BLACK VOID
Desolate
Stygian Crypt – imp.
Se o The Ethereal já era um pouco cansativo, o que vem a seguir é um soporífero, cuidado, ou você dorme, ou você se suicida. Se o seu plano era de torturar alguém ou a introdução da pessoa para o inferno, eu recomendo que você preste atenção a este disco. Desolate foi originalmente lançado em 2003, mas agora ele tem sido re-lançado com melhor som qualidade. Esta versão contém maciças três faixas, com tempo total de quase 70 minutos. Veja, esse é o maior problema com este álbum, é demasiado longo e não há qualquer variação. A faixa-título, que é a de abertura, é pesada e igual em seus tantos minutos. A segunda uma Storm Over Jupiter é a mais longa faixa do álbum e tem um som muito mais consistente do que o primeiro. Para chover em Júpiter tem que ser demorado mesmo, pois haja planeta. O fechamento é EverVoid, que ironicamente suficiente sente um pouco curto, pelo menos, em comparação aos outros dois, com o seu comprimento de "apenas" 15 minutos (imagina quanto tempo dura as outras então). Beyond Black Void é uma peça das mais depressivas que você pode imaginar. Isso é Nihilistic Funeral Doom, ou seja, misantropia ao extremo. Tão misantrópico que acho que só o mentor consegue gostar e entender o que se passa aqui, por isso ganha o rótulo de Massive Nihilistic Funeral Doom, pois é massivo e maçante. Se passar por essa provação, sua vida será melhor. PR – 6,0

Track list:
1. Desolate
2. Storm Over Jupiter
3. EverVoid

EREB ALTOR
By Honour
I Hate Records – imp.
A banda é considerada um segredo revelado por sua gravadora. Achei exagerada essa afirmação, mas ao ouvir By Honour, percebi estar diante de um futuro clássico da música pesada! A I Hate Records tinha razão! Que maravilha é isso aqui! Bem, se você, assim como eu, é fã de Epic Metal, Doom Metal, Viking Metal e Pagan Metal, imagine tudo isso reunido num disco só? Cara, como a Suécia ainda produz bandas deste tipo? Ignorando o Power Metal do Hammerfall, ignorando o Black Metal de seu país (o segundo melhor do mundo, atrás apenas da Noruega), ignorando o forte Hardcore local e ignorando Gotemburgo inteira! Eles fizeram tudo diferente, ainda que, as grandes influências sejam locais, Bathory e Candlemass, bandas que não tiveram uma cena sueca para suportá-las, fizeram tudo sozinhas. Perennial é a intro, longa e instrumental, ao melhor estilo Gótico, só com piano. Já Awakening tem aquela levada Viking, viajante, bem de embarcação, calcado no estilo Thyrfing (outro fenomeno sueco). A faixa título parece ter saído de algum disco do Candlemass, de tão Doom e angustiante que é, ainda que os vocais recaiam sobre o vocalista novo, Robert Lowe (também Solitude Aeturnus, lenta e retumbante. Já em Winter Wonderland, o lado Viking mais sofisticado do Bathory aparece, ainda mais da fase Nordland I e II, om guitarras melódicas, solos melancólicos, levada cadenciada, coros arrepiantes. O lado sagaz aparece em Dark Nymph, lembrando muitos as guitarras, seja no solo ou nos riffs o Mercyful Fate das antigas, num dos momentos mais épicos. Já Wizard passeia desde Solitude Aeturnus (a banda e não o trabalho de seu vocalista no Candlemass) até o Doomsword. Riffs sabbáticos, fazem destas faixas continuações mais lentas e mais agressivas de discos da banda de Tony Iommi, como TYR e Headless Cross, os mais épicos e tétricos. A faixa que dá nome à banda é mais épica e tétrica ainda, longa, lenta e taciturna. Imagina um disco que mescla Bathory, Candlemass, Black Sabbath (fase Tony Martin), Mercyful Fate, Thyrfing e Solitude Aeturnus? É não menos do que maravilhoso! JCB – 9,5

Track list:
1. Perennial
2. Awakening
3. By Honour
4. Winter Wonderland
5. Dark Nymph
6. Wizard
7. Ereb Altor

THE GATES OF SLUMBER
Conqueror
I Hate Records – imp.
Olha, eu não tinha gostado dos anteriores do The Gates Of Slumber. Achei os sem atrativo algum. A banda que tem base em Indianápolis, capital do automobilismo, rema contra a maré, e faz um som lento, para contrastar com a velocidade das 500 milhas de seu circuito. Não há nem uma sombra de dúvida que Conqueror é o melhor disco do grupo. Além de revisitar o Black Sabbath da fase vintage (com Ozzy nos anos 70), eles buscam outras bandas mais tradicionais do estilo, como Cathedral (do começo de carreira), Trouble, Withfinder General entre outros. Sua música é épica, Doom em essência, melancólica e algo depressiva, com vocais corretos para este tipo de música. Aqui temos mais momentos épicos, algo até de Power Metal em sua dinâmica, a ver na capa e em algumas músicas, mas ainda Doomy. Karl Simon canta mais do que nunca de seu coração e a deixa-lo a através de seu violão que rasga solando enquanto Jason McCash baixista e o baterista Bob Fouts oferece uma surpreendente base solida, uma cozinha impetreficável. Sanford Parker 's (Unearthly Trance, Nachtmystium, Pelican etc.) acertou na poderosa produção, que é tão quente e natural, muito pesada, extraindo o que de fato a banda teve de melhor para este disco. Tudo isso sem a utilização de triggers e processamento digital, ao contrário de muitas gravações contemporâneas. Matador! JCB – 8,0

Track list:
1. TRAPPED IN THE WEB
2. CONQUEROR
3. ICE WORM
4. EYES OF THE LIAR
5. CHILDREN OF SATAN
6. TO KILL AND BE KING
7. THE MACHINE
8. DARK VALLEY SUITE:
I. BLACK RIVER I
II. LINES WRITTEN WITH THE KNOWLEDGE THAT I MUST DIE
III. CALL OF THE BLACK GODS
IV. BLACK RIVER II

REINO ERMITAÑO
Rituales Interiores
I Hate Records – imp.
Aqui temos uma banda guerreira. Primeiro lugar, toda banda de Rock hoje em dia é guerreira (a não ser os playboyzinhos dos Emos). As bandas de Metal então são mais guerreiras ainda. As de Doom Metal então, nossa senhora! Agora imagine uma banda de Doom que seja peruana e cante em espanhol? Bota guerreira e vencedora nisso! Apesar de nós brasileiros termos resistência ao Metal cantando em espanhol, posso te certificar que neste caso, funcionou bem com a música. Ficou ainda mais triste e deprimente, a começar da capa que é terrível, tétrica, deprimente e sofrida. A angústia paira no ar. Claro, influências de Black Sabbath clássico, com aqueles riffs cheios, gordurosos, além de pequenos toques Stoner, bem setentão, além de Cathedral, Trouble e etc. O clima e a aura vintage é inconteste, mas a música é Doom, Doom e Doom, nada de Stoner, apenas poucas passagens do mesmo. Os vocais são femininos, dando um ar bem pagão, pena que a produção seja um pouco suja. Pena? Pena nada! Parece que você está ouvindo um disco de vinil, gravado em 8 canais como se fazia a três décadas atrás! Tudo aqui é bom, mas as guitarras são as mais felizes. Felizes no termo de se acertar o que se quer fazer, pois de alegria não existe nada aqui. Impossível destacar algo, apenas que sua música remete desde o Progressivo e o vintage dos anos 70, a produção dos anos 80 e o sentimento Doomy dos anos 90 em seu começo. A vocalista Tania tem um timbre bem deprê e remete a muitas bandas com vocal feminino dos anos 60 e 70. As letras retratam muito misticismo, poesia, existencialismo, natureza, magia e mudança interior. Não se esqueça que o país é cortado pela cordilheira dos Andes, sua maior parte é fria, lá viveu a civilização inca e lá se encontra Machu Pichu. Sem destaques individuais, Rituales Interiores é bom do começo ao fim! Se você se diz gostar de Doom, precisar ter este disco, que possui guitarras com os riffs inspirados dos últimos tempos. Acho que até o Tony Iommi, de tanto ter que ver a cara do Ozzy, de ficar 10 anos só tocando Paranoid, perdeu a inspiração para compor (coisa que ele fez ininterruptamente de 69 até 95). Com a turnê com o Heaven And Hell, olhando para a cara do Dio em vez da do Ozzy e tocando só músicas da fase Dio, que ele volta a fazer o que bandas como o Reino Ermitaño está fazendo: riffs tétricos. JCB – 9,0

Track list:
1. EL DESPERTAR
2. ORO NEGRO
3. EL SOL TRAS LA NIEBLA
4. CABEZA DE CULEBRA
5. ESCUDO Y CRUZ
6. LA DAGA
7. HACIA LA NADA
8. DESENCARNADO
9. SAMARITANO
10. EL ERMITANO

FALL OF THE IDOLS
Womb Of The Earth
I Hate Records – imp.
Ultimamente tem surgido um monte de bandas excelentes da Finlândia. Nunca ouvi uma banda ruim da Finlândia, seja de que estilo for. Mas isso não significa que todas as bandas de lá sejam boas. Nesse time dos mais ou menos, eu tinha o Fall Of The Idols, amparado no seguinte: banda de Doom ou é maravilhosa, ou é ruim. O Fall Of The Idols, por ser finlandês, lógico que não seria ruim, mas também não era aquela banda, contradizendo meus preceitos sobre o Doom Metal. Agora com Womb Of The Earth, a coisa muda de situação. Não trazem nada de novo, mas fazem um som legal, daqueles bem lentos, cadenciados e as vezes modorrentos. Sua música é desesperadora e angustiante, monótona sim, em muitos momentos, mas que mesmo em passagens catacômbicas, fez faixas legais. A guitarra é Black Sabbath puro, nem precisa dizer. Os vocais, angustiantes. A cozinha, lenta, pesada e precisa. Influências de bandas da NWOBHM, de bandas daquele movimento, e que precederam o próprio Doom (seriam os criadores do estilo, ou faziam o pré-Doom), como Witchfinder General e Pagan Altar. São apenas sete faixas em quase uma hora de duração, numa média superior a 8 minutos para cada faixa. Os caras sabem que não vão ficar ricos nunca fazendo este tipo de música, mas tem ciência de que estão fazendo o que gostam. JCB – 7,5

Track list:
1. NOSOPHOROS
2. THE CONQUEROR WORM
3. AT THE BIRTH OF THE HUMAN SHADOW
4. MY HOME THE GALLOWS
5. CATHEDRAL OF DOOM
6. COLD AIR
7. AN AGE COMES TO ITS END

ORDOG
Crow And The Storm
Violent Journey – imp.
Grande banda de Doom. Em vez de seguir aquela linha chatona e múmica, preferiu pegar a veia mais tradicional com talento e empolgação, relembrando nomes como Paradise Lost (do começo de carreira) e Novembers Doom. A banda foi formada em 2005, ou seja, ainda é novinha, ainda cheira a bebê e a leite, mas já nasceu convicta de ser uma das melhores do estilo da nova safra. Na verdade, Crow And The Storm debutou pela gravadora francesa Ostra Records (!) e foi relançado agora pela Violent Journey. A gravadora já prepara o sucessor de Crow And The Storm, que é When The Life Is Too Short For Learning To Live a sair no final de 2008 ainda. Ficando em Crow And The Storm, são poucas faixas, afinal como todo bom disco de Doom tradicional, as faixas são longas. A banda finlandesa (como a gravadora e como quase todas as bandas que a mesma lança) é: Kimmo Huhtala (vocais/baixo), Aleksi Martikainen (vocais), Jussi Harju (teclados) e Valtteri Isometsä nas guitarras e bateria. Peraí, mas como assim? Ele toca guitarra e bateria ao mesmo tempo? Bem, como é Doom e as passagens são muito lentas e a bateria aparece a cada 5 segundos e cada riff aparece a cada 10 segundo, então, dá tempo do cara dar uma batida na caixa da batera, correr para a guitarra para fazer um riff, e depois voltar para a bateria para bater no chimbal e etc. Que horror. Mas o disco é muito bom! JCB – 8,0

Track list:
1. Death’s Cold Embrace
2. Live fast, Die Slow
3. Drown In Yourself
4. Chapelle Ardente
5. Learning To Live
6. Pokol
7. Innocence


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