CANDLEMASS
Chapter IV
Peaceville – imp.
Para você ver como são as coisas. Muitos discos dos anos 80 e 90 que foram criticados por “N” motivos, como troca de vocalista e mudança de estilo, hoje são cultuados e são verdadeiros clássicos. Como o Candlemass, a coisa não poderia ser diferente, e não foi quando do lançamento de Chapter IV. Afinal, nele haveria uma mudança de vocalista, com a saída do polêmico e insuportável para a banda, mas carismático para os fãs, Messiah Marcolin, para a entrada de Tomas Vikström (que depois cantaria no Brazen Abbot, no Stormwind, no bom Dark Illusion, e até no Therion, entre outros). A música mudou um pouco, o vocal totalmente diferente e o visual, da banda e vocalista, idem. Hoje, Chapter IV é cultuado e á uma obra-prima do Doom Metal. Aqui, as músicas são mais rápidas na média, os vocais mais limpos e menos característicos do que os de Marcolin. Mas sua música do Candlemass continuou fria, sombria e melancólica. Dying Illusion abre mais rápida, quase Thrash, beirando o Heavy Tradicional, mas com aquele ar seco e melancólico característico das bandas suecas. Já Julie Laughs No More é mais cadenciada, ainda Heavy, mas mais quebrada, com alguns vocais agudos, que também se tornam tétricos. Em Where The Runes Still Speak o lado Doom tradicional da banda vêem a tona de forma angustiante, emotiva e melancólica, mostrando que Tomas Vikström é um vocalista versátil e apesar do visual Hard Rock e do timbre mais Heavy, se encaixa perfeitamente no Doom. Para se cantar Doom deve se interpretar e sentir o que está se cantando. As melodias e fundos de Where The Runes Still Speak lembram muito ainda de Black Sabbath fase Tony Martin, principalmente a faixa Eternal Idol do disco de mesmo nome. Ouça as duas músicas e compare! O lado Sabbático ainda aparece em Ebony Throne, da mesma fase Tony Martin (tem momentos que você acha que Geoff Nichols está nos teclados), mais técnica, diversificada e intrincada. Em Temple Of The Dead você ouvirá um dos momentos mais pesados do disco e aqui chegamos a conclusão que, se na época, a banda contasse com uma produção melhor, este disco alcançaria melhor sorte, já que, com a remasterização que o mesmo recebeu, deu nova dimensão ás músicas. Você chega a ouvir passagens que antes, com a gravação original você não ouvia! Por exemplo, Temple Of The Dead ficou pra lá de portentosa com a masterização! Em Aftermath você ouve um dos maiores Heavy Doom da história! Sim, a perfeita mistura do Doom com o Heavy anos 80. Interessante notar que o baixista, líder, compositor e dono da banda Leif Edling calcou o Doom inspirado no Black Sabbath. E até em suas fases. Quando tinha Messiah Marcolin nos vocais, o Candlemass era quase um clone do Black Sabbath com Ozzy. Com Tomas nos vocais, é puro Sabbath da fase Tony Martin e pós Dio! Os dedilhados e riffs limpos desta faixa remetem a Angry Heart e In Memory, ambas do disco Seventh Star, aquele disco que era para ser solo de Tony Iommi, mas de última hora a gravadora exigiu colocar a tag Black Sabbath no álbum e que teve os vocais de Glenn Hughes. O lado mais tradicional volta em Black Eyes, que embora tenha uma levada bem Heaven In Black do Headless Cross do Black Sabbath, ainda tem aqueles riffs gordurosos do começo de carreira, que marcou a carreira do Cathedroal, que esbarrariam no que seria Stoner um dia mais tarde. E a swingada The End Of Pain? Que faixa! Cadenciada na forma certa, para se ouvir nos dias frios que serão cada vez mais raros daqui pra frente, assim como os dias nublados e chuvosos. Como bônus no CD, o EP Sjunger Sigge Furst, que conta só com músicas esculachadas e cheias de zoeira. Ao menos vale para os fãs terem este material, mas eu ouço até a faixa 9 e paro. O DVD mostra um show de 93 na Suécia, intitulado Live In Uddevallal, em que ele canta música de sua fase na banda (leia-se deste disco até então) e das de Marcolin nos vocais, onde ele detona. Interessante a camisa que Tomas usa com os dizeres “Fuck Hip Hop”. Se aquela época isso fazia sentido, imagine hoje em dia! Enfim, Chapter IV – Remasters é um dos maiores pacotes deste ano. Confira! JCB – 1000 (nota mil mesmo!)

CD:
1. Dying Illusion
2. Julie Laughs No More
3. Where The Runes Still Speak
4. Ebony Throne
5. Temple Of The Dead
6. Aftermath
7. Black Eyes
8. The End Of Pain
9. Bullfest (Bonus Track)
10. Samling Vid Pumpen (Bonus Track)
11. Brollop Pa Hulda Johanssons Pensionat (Bonus Track)
12. Tjo Och Tjim Och Inget Annat (Bonus Track)

DVD
1- Intro
2- Dying Illusion
3- Dark Reflections
4- Ebony Throne
5- At The Gallows End
6- Julie Laughs No More
7- Well Of Souls
8- Dark Are The Veils Of Death
9- The Dying Illusion (Video)

COLOSSEUM
Chapter 1: Delirium
Independente – imp.
O Funeral Doom é um estilo que tem a lentidão da desgraça Metal para mais extremos, e que coloca uma ênfase forte em um clima de desespero e de vacuidade. Se você está procurando algo como isso, você deverá ouvir as bandas como o Colosseum. A banda nasceu em 2006 e queria fazer algo escuro e poderoso na sua estréia com o álbum, Chapter 1: Delirium. Você não pode ouvir uma nota de vez em quando. Mas quando você tem seis faixas e do tempo de ouvir o CD é mais de uma hora, a tentativa de misturar Doom Metal com fortes influências de ambos os Dark Ambient e Orchestral Works, como se costuma dizer, o resultado beira enfadonho. O disco tem bons momentos e boas idéias que em vez de te deixarem com água na boca (ou sopro no coração) de tanta intensidade de melancolia, te aborrecem as vezes. Em vez de chegarem nesse clima e irem para outro lugar, gerando uma diversidade e é aí que se gera todo um clímax para uma história e para uma música dramática, como o Doom pede, eles se repetem, espalham as idéias, monocórdicas e o fazem a exaustão, fazendo você perder o pique de querer continuar ouvir o resto do CD. Repito, a banda tem várias boas idéias musicas. Falta um produtor para lapidar isso e limar a ânsia de querer ser os mais longos possíveis. Nem sempre para ser Doom, precisa ser tão lento, nem tem duração quilométrica. Basta ser melancólico. Aí está o segredo de Candlemass, Solitude Aeturnus, St. Vitus, Witchfinder General, Trouble, Black Sabbath, Cathedral e etc. JCB – 6,0

Track list:
The Gate Of Adar
Corridors Of Desolation
Weathered
Saturing Vastness
Aesthetics Of The Grotesque
Delirium

BABYLON MYSTERY ORCHESTRA
Axis Of Evil
Independente – imp.
Babylon Mystery Orquestra é o grupo do vocalista, guitarrista e compositor Sidney Allen Johnson. A partir de 2003 em sua estréia, o BMO era um conceito de álbum a lidar com o papel da América na profecia bíblica como o condenado Mystery Babylon The Great, e assim de forma bíblica e dantesca, a banda fala em sua música. Em Eixo Do Mal tradução para o título do disco, e bem como nos últimos trabalhos do BMO, também é baseada neste conceito, a forma como a centralização em torno de violência expressa no Islã é reflexo dos seus fundadores (Maomé) em suas próprias intenções. Neste quesito, não vamos entrar: cada um faça seu julgamento e embora um dos dez mandamentos seja “não julgueis o próximo”, os que seguem a bíblia, são os que mais julgam as outras religiões. Aqui, ele faz alusão ao eixo do mal. Segundo o Presidente Bush que tem nomeado três países como o Eixo do Mal (Irã, Iraque, N. Coréia). Aqui, o cara do BMO diz que a tríade é o Islã, Satanismo e socialismo. Ou seja, no capitalismo e nos paises cristãos é tudo de bom. Hitler era cristão e os Estados Unidos também. Mas os norte-americanos podem matar os outros, poluir, oprimir, pois eles são de Deus, então lhes é permitido tudo isso. Só os países mulçumanos, os socialistas e o biodiesel brasileiro é que são os vilões. Pára! Me recuso a continuar a resenha disso. Além do mais, de todos os discos que recebemos até hoje do BMO, todos são ruins! Se o conceito lírico é fascista e a música não presta, pra que perder mais tempo? PR

Track listing:
Annuit Coeptis
We Ride...You Die
DevilSpawn (Muhammad's Song)
Islam
God Given Right
Crusader
Diabolus Apocalypse
Illuminati
Novus Ordo Seclorum
Xenophobia
Martyr
Come Drink The Wrath
God Damn The Children Of The Beast

THE LAMP OF THOTH
Cauldron Of Witchery
Northern Silence – imp.
De Keighley, Reino Unido, vem o Doom Metal do The Lamp Of Thoth. De onde mais poderia vir uma banda de Doom, senão da terra do Paradise Lost, Anathema, Cathedral e My Dying Bride? Cauldron Of Witchery é umMini CD que é prestada por Northern Silence Records. Cauldron Of Witchery foi lançado no Verão (europeu, Hemisfério Norte) de 2007 como um EP em vinil 10” para colecionadores. Para aqueles que perderam este EP esta é sua grande oportunidade de desfrutar esta banda de Doom Metal entregue em CD. A edição inclui dois CD bônus para reviver gravações de peso que representam as bandas no palco, mas primeiro temos de remeter para o material incluído no estúdio aqui. A primeira faixa leva o nome da banda, e para aqueles que têm ouvido o demo da banda seria uma melodia familiar. Um ritmo lento para meados desta melódica e misteriosa canção com toque de NWOBHM. Começa com um magnífico tema Dark executado por uma grande melodia de guitarra, ele logo se torna mais rápido levando o ouvinte de volta ao humor de todos aqueles grupos de NWOBHM do início dos anos 80. Você vai logo bater a cabeça com ele. Sunshine é a segunda faixa do CD ainda mais sombrio, pesado e lento e assombrado por um toque apocalíptico. Depois, um cover do clássico do Cirith Ungol, Frost And Fire, em um misterioso hino Épico Doom Metal. No que se refere ao vivo, duas gravações foram incluídas (Blood On Satan’s Claw e Into The Lair Of The Gorgon). De qualquer maneira, A Lâmpada de Thoth têm-se revelado até que eles sejam capazes de fornecer algumas inspiradas canções Doom Metal inspirados pelo lado escuro do Black Sabbath e executada pelo espírito da sinistra NWOBHM. JCB – 8,5

Track list:
01. The Lamp Of Thoth
02. Sunshine
03. Frost And Fire
04. Blood On Satan'S Claw
05. Into The Lair Of The Gorgon

REVELATIONS OF RAIN
Marble Shades Of Despair
Solitude Prod – imp.
Formada pro membros do antigo Ocean Of Sorrow, estão de volta agora com um novo projeto próprio. Esta banda de Melodic Doom Death (mais Doom do que Death e mais Melodic do que qualquer outro) vem no estilo bem Old School de bandas do estilo, tendo como o My Dying Bride como principal referência e vai caminhar ao lado de formações mais novas, como Swallow The Sun e Mourning Beloveth. As letras, escritas e cantadas em russo, dão um toque a mais, mais profundo, mais frio, mais gélido, mais chuvoso e nebuloso, e a língua, por incrível que pareça, combina com este tipo de música, suave a agressiva ao mesmo tempo. A mistura é muito clara e as guitarras tem um tom magnificamente timbral, mas o álbum nunca se sente overproduced. Não tem aquele groove (ainda bem) que muitas bandas do estilo se ressentem hoje em dia. Há ora ou outra um belo Cravo, pena que não de verdade, mas feito em synth. Riffs lentos, caóticos, tristes, como qualquer boa banda de Doom deve ter e apesar da sutileza, os elementos de Death dão o tempero, sem ficar falando só de borboletas. RC – 8,0

Tracklist:
1. One Of The Winter Days
2. December
3. Requiem
4. Condemned To Be Silent
5. Rain
6. On The Edge Of The Earth
7. Paths Of Doom
8. Sunset

THE MORNINGSIDE
The Wind, The Trees And The Shadows Of The Past
Solitude Prod – imp.  
The Wind, The Trees And The Shadows Of The Past é o primeiro álbum do grupo, ou seja, o debut, com 5 temas nos quais destaco os 3 que dão nome ao trabalho. Depois de uma intro, bem tradicional, surgem The Wind e The Trees, dois temas que contam com um som algo na onda do Progressive Metal, Dark Metal passando pelo Doom e o Ambient. Mas o resultado final, apesar de leve e suave, é Doom. Sim, muita coisa hoje que é chamado de Gótico, e de Doom e na verdade, um Progressivo bem sombrio, como quase tudo que é feito pela alcunha de Prog. Misturando também alguns sons naturais e ambientes como o cair da chuva e o vento a rugir dão um toque de inocência, intimidade e realidade ao álbum, e o mais importante, naturalidade, ou seja, as letras falam disso e eles tentam ser o mais fiéis aos seus princípios. Vocalmente estes dois temas são Black, sussurrados, ríspidos, guturais, agressivos. A melodia fica por conta das guitarras, calcadas no Metal escandinavo. Viaje no misticismo e o imaginário medieval, terras altas repletas de nevoeiro, o negro e o desconhecido, bruxas e magos, o arcaico, o profundo, cinematograficamente falando cai-o num instante em filmes como o Conan, O Bárbaro ou O Último Viking. Que te dar a sensação de estar numa bruma? Ouça este disco com uma máquina de fumaça ao lado (gelo seco) e você vai viajar em todos os sentidos neste tipo de música espiritualista. ADL – 8,5

Track list:
1. Intro
2. The Wind
3. The Trees
4. The Shadows Of The Past
5. Outro



KAUAN
Lumikuuro
Solitude Prod – imp.
Não, não tem nada de brasileira esta banda. Nada a ver com o nome indígena Cauan. A palavra é finlandesa, algo como “um determinado período de tempo”. A banda prima pela língua nativa, cantando nela o tempo todo (esqueça o inglês). Bem veja como são as coisas. No passado, Rússia e Finlândia eram inimigos mortais. O gigante país, terra dos Czares era chamado pelos finlandeses como o gigante “urso branco”. Hoje, uma gravadora da Russia, contrata, lança e divulga uma banda que, apesar de russa (da região de Chelyabinsk), usa uma palavra finlandesa. Dizem que o Kauan é um encontro entre Tenhi com Shape Of Despair. Uma banda fácil de seu ouvir, mas difícil de se resenhar. O que falar de músicas quase que totalmente instrumentais, poucos vocais gotejados. Folk Ambient encontrando o Doom Metal. Indicado para fãs de Shape Of Despair e também Agalloch e Empyrium. Minimalista, com algo Barroco, e é incrível como os títulos, apesar de serem e russo, são tão familiares que parecem finlandês.
PR – 7,5

Track list:
1. Alku
2. Aamu Ja Kaste
3. Lumikuuro
4. Savu
5. Koivun Elama
6. Syleily Sumu
7. Villiruusu
8. Syleily Sumu (Acoustic)

MONARKH
Rites Profanes
Numem Malevolum Barathri – imp.
A gravadora que parece se chamar “nuvem malévola de baratas” (brincadeira) lança uma pérola, que são estes monarquistas. Ritos profanos é o nome do disco. Uma das queridas do pessoal que gosta de trilhas sonoras de filmes de terror e suspense é o deleite aqui. Ou, os famosos “diehard horror movie freaks” vão acatar de imediato. O seu Horror Black Ambient já assusta logo de cara com a sua terrível capa. Estamos diante de um projeto de um homem só, que é um louco canadense. Monarkh também é membro de outros projetos (Blackwind, Monarque e Carrion Wraith). O resultado poderia ser melhor, pois a proposta é boa. Mas é cansativo 45 minutos de barulhinhos digitais. É interessante, mas não há muito mais a falar disso. Então faça assim: ponha Rites Profanes enquanto você lê um livro do gênero ou durante um encantamento, para fazer um fundo musical. Aí você vai curtir! E que nenhuma nuvem malévola de baratas sobrevoe você neste hora! ADL – 7,0

Track list:
1. Conflit Divin 05:58
2. Le Seuil de l'Enfer 04:21
3. Le Pouvoir du Mal (récidive) 04:02
4. Dévoré par l'Hiver 04:21
5. Alchimie et Narcotiques 05:27
6. L'Antre de la Peur 05:10
7. Rite Profane 04:51
8. Crypte 04:14
9. La Descente 06:32

LOITS
Must Album
Nailboard – imp.
Nossa senhora desaparecida, é a mesma banda? É a mesma banda que lançou o bom Doom Black Goth Here Rutse Robustab que já resenhamos. Fui pesquisar e é! Os caras ficaram loucos? Ok, eles saíram da gravadora pífia Ledo Takas da Lituânia. Mas a hora que eles alçam vôos mais altos, lançam este disco confuso? Trocaram os vocais urrados por outros quase que totalmente limpos. A música fica Gótica e Doom, mas tão leve, tão sauve. Eles se tornaram uma espécie de mistura de Lacrimas Profundere com Tiamat novo. Não entendi. Trocaram o conceito de capa, de visual deles, de logotipo, tudo! Mesmo assim, tem algo legal, mas a bateria é tão mal gravada, só não perde para o St, Anger do Metallica. Será que é proposital? Ainda assim, só fato da banda ser da Estônia, já é algo de ser louvado. Outra coisa que não entendo. Todos os países que queriam se separar da União Soviética vivem juntos do mesmo jeito. Rússia, Geórgia, Estônia, Letônia e Lituânia vivem fazendo coisas em conjunto. Então? Destaques para Soomusronglase Silmis, Emaraud e Surmarestoran. Esta edição acompanha de bônus um EP, o Mustad Laulud. Ainda assim, imperdível! PR – 7,5

Must album:
1. Emaraud
2. Soomusronglase Silmis
3. Suudelda neidu
4. Kiri kaevikust
5. Ei kahetse midagi
6. Veealune valss
7. Peegli ees
8. Surmarestoran
9. Öölaul

Mustad Laulud EP:
1. Haavad uulitsal
2. Haige
3. Tankisõidulaul
4. Roim Repelis

MOURNING BELOVETH
A Disease For The Ages
Grau Records – imp.
Os irlandeses do Mourning Beloveth definiram A Disease For The Ages como título deste longa-duração, gravado na Alemanha, no Klangschmiede Studio E. Para quem não se recorda, o último trabalho dos irlandeses foi lançado em 2005 e intitulava-se de A Murderous Circus. A banda começou em 92 com Darren (vocal), Frank (guitarra), Brian (baixo), Tim (bateria), lançando sua 1ª demo (sem titulo). Gravado em oito horas, a demo contém duas faixas, mostra a posição do Mourning Beloveth no cenario Death/Doom atual. Em seguida Adrian (baixo) juntou-se a banda no lugar de Brian, que passou a guitarra, para gravarem a 2ª demo Autumnal Fires em 98. Dois anos depois o 1º álbum Dust (2000) com 66 minutos de puro Doom/Death, que foi muito bem recebido pelas críticas, seguido por The Sullen Sulcus em 2002, na mesma linha do álbum anterior, com mais peso na guitarra. Depois de algum tempo e várias turnês na Europa, veio o A Murderous Circus em 2005. E agora chegamos com A Disease For The Ages. Este é composto por 5 temas em 56 minutos, ou seja, média de mais de 11 minutos em cada faixa. Eles fazem aquele delicioso Doom Death arrastado, depressivo, pesado, melancólico, intenso, com melodias cativantes e um ar épico. Muito me lembrou de duas bandas nacionais, o Pentacrostic e o Serpent Rise. A dualidade na voz gutural e limpa é outro atrativo. Ou seja, Doom Metal Old School. Fãs de Anathema e My Dying Bride, êi-lo. RC – 8,5

Track list:
1. The Sickness (13:08)
2. Trace Decay (8:46)
3. Primeval Rush (12:44)
4. The Burning Man (10:47)
5. Poison Beyond All (10:31)

DORNEIREICH
In Luft Geritzt
Prophecy – imp.
Este é uma banda austríaca que teve o seu início em 96, evoluiu muito com o seu Black Metal. Hoje eles são mais instrumentais, introspectivos e ambientais. Quase atmosféricos e celestiais. Este é o nome do novo álbum dos Dornenreich, que conta com um arranjo muito acústico das músicas, embora não seja um álbum todo acústico. As mentes, Eviga e Inve, pretenderam fundir vários gêneros, imagem e palavras para terem um produto potente. Eles mesclaram e atiraram para todos os lados. Quase. As letras, quase inexistem, é um disco quase instrumental, se limitando a ter apenas algum suspiro, murmúrio, lamento ou sussurro. Que servem de complemento e ligação entre as faixas, com outros instrumentos, como o violino, mas nem sempre soando apenas como narrativas. O álbum foi gravado ao vivo, sem arranjos técnicos, em Tyrol, num prédio velho. Isso dá uma sensação de espaço, que o duo tanto queria, bem como de retratar uma era uma época, datado contando um fato. Em alguns momentos soa até chato, mas no disco como um todo, soa bem legal, interessante te levando de volta para o início do século passado. PR – 7,5

THE FORESHADOWING
Days Of Nothing
Candelight – imp.
Seguindo o trilho deixado em aberto pelo sucesso dos Katatonia, várias foram as bandas que optaram por um sonoridade semelhante: Doom Metal, com estruturas simples e com vocais próprios de Gothic Rock. Ou seja, vocais limpos, graves e baixos ao invés de algum urro ou gutural. Os italianos do The Foreshadowing mostram em Days Of Nothing uma clara vontade em seguir este caminho, e o conseguem. Soturno, mórbido e frio, ainda falta um pouco de originalidade na música destes caras, mas pelo menos boas influências inundam Days Of Nothing. Aqui você ouve um pouco de (se você ou os caras da banda discordarem, me mande um e-mail, por favor): Katatonia, Paradise Lost, Sentenced, My Dying Bride, Amorphis, Opeth e etc. Ou seja, bebem mezzo na escola escandinava (sueca e finlandesa), mezzo inglesa. Cold Waste é longa e uma das mais Doom do disco, The Wandering é bem densa, nebulosa, Death Is Our Freedom é bem Gothic Metal e tem guitarras bem Amorphis com vocais bem graves, lembrando estes momentos limpos do Tristania e Paradise Lost. Já em Eschaton, chega a lembrar bem as bandas portuguesas com a sua melodia característica. Para uma estréia, temos um grande artefato, frio, melancólico, pluvial, chuvoso e nublado! Para brindar o outono que está a chegar aqui no Brasil! JCB – 7,5

Track list:
Cold Waste
The Wandering
Death Is Our Freedom
Departure
Eschaton
Last Minute Train
Ladykiller
The Fall
Days Of Nothing
Into The Lips Of The Earth

LOST DREAMS
End Of Time
Reartone – imp.
Podemos chamar o Lost Dreams de Doom Metal? Podemos né? Então, coloco nesta respectiva seção deste melancólico e delicioso estilo. Sim, pois a veia principal aqui é o Doom Metal. Infernal Voices abre msotrando a qui veio este poderoso artefato! Rise Of The Dead tem algumas melodies Góticas, e em I Curse You(eu amaldiçoou você – lindo né?) vem a tona todo o lado sombrio, depressivo, mas também esporrento com bastante de Death metal, seja nas guitarras, seja nos vocais, que são guturais do começo ao fim, seja na bateria com batidas a velocidade da luz! Mas o que tem de Doom a banda, são as melodias, bem melancólicas e bem escandinavas. Mas de longe os classifiquem como Melodic Death Metal! Pois já vi várias pessoas falando e cometendo essa heresia, o que é isso? Está errado! Children Rapers (Fucking Priests), com outra letra sutil, as apradinhas e momentos lentos e cadenciados em seus riffs dão a mostra da amargura em seu som. E a sorumbática e catatônica (ou Katatonica, do Katatonia?) Awaiting The Dead? E os riffs estonteantes, hipnóticos e “paradiselosticos” de End Of Time? Com sua paradinha no meio da música? Quantas bandas fazem isso hoje em dia? Bem, o ar de Gotemburgo ajuda bastante, produzido lá mesmo no tradicional e já lendário Studio Fredman em Gotemburgo, com ninguém menos do que Fredrik Nordstr. JCB – 8,0

Track list:
01. Infernal Voices
02. Rise Of The Dead
03. I Curse You
04. Children Rapers (Fucking Priests)
05. Awaiting The Dead
06. End Of Time
07. Fall of the World
08. Jesus Virus
09. Break My Will
10. Flesh is All I Need
11. Nailed to the Cross
12. God of Emptiness

RIGOR SARDONICUS
Vallis Ex Umbra De Mortuus
Paragon – imp.

Os caras do Rigor Sardonicus são uns canastrões mesmo. Os caras não se emendam! Claro, falamos isso no bom sentido. Primeiro, o nome da banda é bem sardônico mesmo. Depois, a mascote do grupo é um esqueleto simples, destes de laboratório. Apesar de cativante, poderiam ser menos preguiçosos e dar uma estilizada no coitado. A capa de Vallis Ex Umbra De Mortuus é muito feia e a sua música é realmente singular. Mas além dela ser igual no disco inteiro, ela é igual a tudo o que a banda já fez até hoje! Eles até hoje só compuseram uma música só! Se você gosta de uma, vai gostar da discografia inteira da banda! Esse é meu caso, apesar de achar os caras uns canastrões de última categoria, eles conseguem essa empatia e cativam o ouvinte. Colocamos aqui no Doom, mas eles podem ser enquadrados em Death, Black, Avantgarde, Iroric Post Doom e etc. Sem destaques individuais, apenas para o vocalista, que deve ser um grilo, não é possível. Hoje em dia faz falta esse tipo de banda que ou tenta inovar, ou ainda faz algo incomum, sem obedecer estéticas pré-estabelecida: isso é arte livre! JCB – 8,0

Track list;
1. Mane de Maeroris
2. Siens Somnium
3. Incompertus quod Anon
4. Laudare Apocalypsis
5. Alveus de Somnus
6. Prophecies I - Preapocaylptia
7. Agony
8. Rex Regis Fortuna


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