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Os Super-heróis alemães!

Entrevista: Júlio César Bocáter.
Uma das maiores e mais polêmicas (e divertidas) bandas da atualidade (e mais criativas e geniais também) lançou em 2006 uma overdose de lançamentos: o EP e DVD Superheroes e o CD Rocket Ride. Jens Ludwing nos falou um pouco sobre esta agitada e incansável banda e sobre a chuva de lançamentos!

RU – O DVD Superheroes tem apenas três faixas ao vivo gravadas no Brasil, em São Paulo, em 2004, mais um vídeo clipe. Todos sabem que aquele show teve problemas técnicos, por isso o DVD só tem estas três faixas alive. Caso vocês não tivessem problemas técnicos, seria o DVD lançado modo full lenght?
Jens Ludwing – Não ao certo. Nós não planejamos gravar aquele show na integra para lançar um DVD na integra dele, não tínhamos planejado isso. Apenas gravamos para ver no que dava e depois pensaríamos como e o que fazer.

RU – O EP Superheroes, que na minha opinião, sem exageros, é um dos maiores EP’s da história do Metal, pela qualidade das músicas nele presentes. Até porque, vocês compuseram músicas para ele, ao contrário das demais bandas que colocam nos EP’s restos de estúdio em sua maioria. Fale sobre essa idéia.
Jens Ludwing – Nós já viemos fazendo isso há algum tempo. Se a gravadora exige um EP, então, faremos o melhor EP possível!

RU – No entanto, de tão bom, a maioria do público gostou mais do EP Superheroes do que do Rocket Ride. Talvez por Superheroes ser mais compacto e homogêneo, enquanto Rocket Ride é mais heterogêneo e diversificado. O que você tem a dizer sobre isso?
Jens Ludwing – Nada! Fizemos o EP desta forma e o disco também. Talvez o EP soe mais homogêneo porque tem menos músicas e o Rocket Ride, por ser bem maior, acaba sendo mais variado. Se Superheroes fosse um Full Lenght, com o mesmo pique do que é o EP, com mais faixas deste tipo, as pessoas estariam falando que ele seria maçante, pois é muito igual! (risos) Não dá para agradar a todos...

RU – Tanto no EP Superheroes, como no disco Rocket Ride, a banda está cada vez mais Hard Rock e para mim, tem lembrado muito o estilo nos anos 80. Sabemos que vocês são grandes fãs de Hard Rock da década retrasada, mas a idéia era essa, visto que desde Mandraque, Avantasia e Hellfire Club isso vem acontecendo aos poucos?
Jens Ludwing – Cada disco destes tem uma história e uma forma de compor diferente, não dá para comparar. O resultado deles todos é o momento que estávamos vivendo no momento que estávamos compondo e os gravando.

RU – A maior crítica e ao mesmo tempo, motivo de maior elogio e colocando o Edguy num patamar cada vez mais alto, é justamente o fato de os últimos discos serem cada vez mais Hard Rock do que Metal Melódico. O que você tem a dizer sobre isso também?
Jens Ludwing – Nada também! (risos) Apenas fazemos qualquer disco nosso do jeito que queremos. Tob (Sammet) é um excelente compositor e versátil e ninguém da banda quer ficar fazendo o mesmo disco sempre. Claro, não fazemos músicas diferentes de propósito, apenas elas mostram o que estamos fazendo e querendo fazer no momento. Nunca dois álbuns do Edguy serão iguais!

RU – No começo dos anos 90 houve o boom do Metal Melódico com centenas de boas bandas surgindo no mundo todo, inclusive na Alemanha. Hoje, a cena Melódica é muito inferior ao que já foi um dia, com apenas poucas bandas dela restando. E o Edguy é uma delas. A que se deve isso?
Jens Ludwing – Justamente o que acabei de mencionar agora para você. Somos espontâneos e fazemos o que queremos fazer, e nunca fazemos dois discos iguais. Isso não é planejado, é natural da nossa banda ser assim. As demais bandas talvez tenham ficado no tempo, pois ainda falam de dragões e castelos. (risos) Ninguém mais quer ouvir sobre isso.

RU – Vocês irão participar de algum festival ou evento na Copa aí da Alemanha (Nota do E: a entrevista foi feita semanas antes do início da Copa do Mundo)?
Jens Ludwing – Ainda não sabemos, mas creio que não... Pois os eventos são ou de grandes artistas Pop mundiais e locais, ou regionais dos países das seleções presentes.

RU – Tem algum palpite para quem será campeão da Copa?
Jens Ludwing – Trinidad e Tobago. (risos) (Nota do E: numa menção a faixa Trinidad, do Rocket Ride).

RU – Fale sobre o projeto Rock For Asia (projeto encabeçado pela banda Bonfire visando fundos para as vítimas do Tsunami, em que participaram bandas como Edguy, Saxon, Crystal Ball, Doro Pesch, In Extremo, entre outros)? Confesso ser engraçado vê-los tocando com playback, como todas as bandas participantes fizeram. (risos)
Jens Ludwing – Também achei engraçado, não estamos acostumados com esse tipo de coisa, mas a causa valia a pena, além do nível das demais bandas participantes. Foi legal, e as músicas que tocamos, Lavatory Lovemachine e King Of Fools tiveram uma recepção excelente!

RU – Vocês estão para vir ao Brasil novamente. Fale das lembranças e compare os dois shows realizados por aqui, em 2001 e 2004.
Jens Ludwing – Ambos foram sensacionais! Em 2001 estávamos crescendo muito e nos surpreendemos com vocês brasileiros! Foi nossa primeira vez! Já em 2004, estávamos melhores estruturados e tocamos para muito mais pessoas num festival (junto com Shaaman e Timo Kotipelto). Vocês têm um dos melhores públicos do mundo e tenho certeza de que neste ano, será ainda mais visceral!

Leia também a primeira entrevista feita com a banda clicando aqui!