PINK TURNS BLUE
Ghost
Strobelight – imp.
Saiu o novo trabalho dos Pink Turns Blue, banda alemã de New Wave que após uma parada de oito anos, reapareceram em 2003 com as famosas reuniões, um lançamento de um Best Of, e posteriormente Phoenix (2005), um álbum de originais que mostrou que a reunião não seria só para uns concertos para tocar velharias. Ghost é o novo disco, mais lírico, mesmo que trazendo a música familiar do grupo, e com músicas acessíveis. A banda continua fazendo New Wave, como sempre. Mas como sempre, também, envolta em uma atmosfera Dark, quase gótica. Como a gravadora enviou o material assim como outras, sem o encarte, temos pouco info da banda. Uma pena. PR – 7,0

GÖTTERDÄMMERUNG
Of Whores And Culture
Strobelight – imp.
Of Whores And Culture é o novo disco da banda holandesa de Gothic Rock. Nos países baixos, há uma forte cena e muitas bandas de Gothic Metal, mas no Gothic Rock puro e simples, temos poucas notícias. As letras falam de escuridão, desespero, e a vida real. Lançado pela Strobelight Records, é um dos discos de Post Punk do selo, com influências escancaradas de The Sisters Of Mercy, Siouxsie & The Banshees, Big Black e Sonic Youth entre outros, mostrando também. Uma mistura de guitarras com elementos eletrônicos eles são chamados de Vintage Goth Electro. Dá para acreditar? Warhorse é uma impressionante e opulenta abertura para o disco. Influ~encias dos anos 70 e 80 são inerentes, e apesar de faltar informação destes discos, vale a pena conferir. PR – 7,5

TRAGIC BLACK
The Cold Caress
Strobelight – imp.
As coisas têm crescido muito rápido para o Tragic Black. Disparada, a melhor banda da Strobelight até agora. Após em 2006 The Decadent Requiem, a banda chega ao seu segundo full-length The Cold Caress. A banda executa, entre tantos outros estilos, o Goth Rock, Batcave e o Death Rock. Muito peso, agressão e porque não dizer, selvageria. Se The Decadent Requiem o tema era o elemento fogo, agora em The Cold Caress o tema central é a água. Fria e acariciosa. A banda acerta no cover do The Chruch, para a grande Reptile, que é o maior destaque do disco. Mais uma vez, a matéria fica prejudicada por falta de informações que poderiam ser enviadas pela gravadora. Infelizmente, eles querem economizar na coisa mais preciosa que existe que é divulgação e imprensa. Se ninguém souber da banda, como irão comprar seus discos e bilhetes para seus shows? Hein gajo? PR – 8,5

JACQUY BITCH
Stories From The Old Years
Independente – imp.
Détresse é uma das melhores, das mais dançantes e mais Góticas também, faria muito sucesso no Brasil esta faixa. Outro momento bem dançante e bem viagem também é Louchald (cover da banda Neva, de Electro). Definitivamente, a segunda metade do disco é bem mais legal do que a primeira metada (num disco de vinil, diríamos que o Lado 1 ou Lado A é melhor do que o Lado 2 ou Lado B – antigamente era o contrário). Birdy é bem anos 80, bem Cold Rock. Vale citar que este músico, que foi um dos pioneiros na cena gótica e bat-cave francesa, depois de 15 anos tem este bom disco em sua carreira solo. Seu antecessor Haine era bem mais radical e mais Goth Industrial do que o atual Stories From The Old Years. Destaque ainda para a Punky Mymy, lembrando bem Sex Pistols, até nos vocais lembram Johnny Rotten! Voyage é outro momento viajante e dançante, enquanto Indifférence é bem eletrônica e mórbida. Enfim, um grande disco de um grande cara, e viva os azuis! ADL – 8,0

1 Mon Royaume
2 L'Adieu
3 Mjolnir
4 Cimetière
5 Détresse
6 Louchald
7 Birdy
8 Mymy
9 Sans Retour
10 Voyage
11 Indifférence
12 My Friends
13 Les Enfants Damnés
jacquybitch@free.fr
www.jacquybitch.fr

DIE!
Stigmata
Black Bards – imp.
Banda difícil de se resenhar. Eles fazem desde o Folk, Pagan, Black, Goth e etc. Achei meio esquisita essa mistura, pois toda banda que mescle vários gêneros, deve escolher um como veia principal e acrescentar os outros como complemento depois. Aqui a banda se perde um pouco. Então, vamos informar um pouco sobre a banda, já que, é difícl você ter informações sobre ela e quando você acha algum release ou review, é em alemão. A banda é um quarteto, formado por Oliver Jung (vocal), Georg Platen (guitarra), Patric Busch (bateria) e Matthias Fieberg (baixo). Nota-se que este disco é inspirado na obra da escritora Anne Rice. A banda já lançou até hoje:
1998 – „Debut“ (Eigenproduktion)
2000 – „Schluss mit lustig“ (Eigenproduktion)
2002 – „Der Greif“ (“Wunderschön“  & “Kein Ausweg“) (Zyx Music)
2004 – „Manche bluten ewig“ (BBE/A!ive)
2006 – „Stigmata“ (BBE/A!ive)
Tendo lá lançado cinco discos, a banda poderia já ter acertado melhor a mão em fazer sua proposta que é boa, mas que ainda carace de uma melhor definição. PR – 7,0

Track list:
1.Lass es regnen
2.Setz`die Segel
3.Heiß
4.Engel weinen
5.Ein Teil von mir
6.Sandmann
7.Blut, Schweiß & Tränen
8.Du lässt dich gehen
9.Wie ein Schrei
10.Überleben
11.Tanz mit mir
12.Out of the dark (Text: T. Börger /Falco, Music: T.Börger,© 1998 Published by George Glück Musik / X – cellent Music Edition / Sony ATV all Rights reserved)

Bonus Tracks:
Lass es regnen (Radio Edit)
Making of " Stigmata " (Video CD-Part)

DARK SUNS
Grave Human Genuine
Prophecy – imp.
A banda Dark Suns tem quase uma década de existência. Seu estilo original era o Doom Metal e hoje, eles se intitulam como Progressive Dark Metal. Claro que esse rótulos cansam, mas essa evolução musical é nítida. Evolução no sentido de mudança, mas não no sentido de sua música ter ficado mais legal. Pois em muitos momentos a banda é quase Prog Metal puro e me pergunto: até quando? Tudo está ficando Progressivo agora? Banda Góticas, bandas Doom, bandas Gothic Metal, e até o Iron Maiden? Stampede abre dessa forma, que é uma intro, assim como sua seqüência, Flies In Amber. Só em Thornchild que aparece o tal de Dark Metal. Enfim, idéias legais e, embora o que todo mundo queira fazer Progessivo, ao menos de forma sombria e fria, ao mesmo tempo começa a cansar. Prefiro o Dark Suns quando eles eram Dark, de verdade. RS – 7,5

NUCLEUS TORN
Knell
Prophecy – imp.
A banda vem da gélida, fria, neutra (parte da história diz isso, desmentido alguns anos atrás), achocolatada, alpina, relojoeira e requeijona Suíça. Além de alguns bons nomes no Hard Rock e outros poucos no Black, o Nuclear Thorn aposta, no tão em voga no Oeste europeu, Avant-Garde. Dessa vez, Avant-Garde com algo de Folk Metal. As raízes pagãs estão presentes de forma tão honesta e contagiante. I (que não é cover do Black Sabbath nem o projeto dos caras do Immortal) abre o disco, com violões, com a doce e campestre voz de Maria D’Alessandro, a flauta de Anouk Hiedi. Canção para se cantar, e dançar em volta de uma fogueira. No final das faixas, os instrumentos mais elétricos e tradicionais ao Rock como bateria e a guitarra aparecem. Em II, quem dá as caras é o violino, instrumento principal de qualquer coisa que tenha a alcunha de Folk (também completam as faixas o violoncelo, vez ou outra). O lado mais Folk Metal vem na voz masculina de Patrick Schaad, que nos faz lembrar do Skyclad. Já III tem um lado mais Metal e mais Rock dos moldes normais (ta vendo? O I não é a letra “i” que em inglês, significa o pronome “eu”. O I é “1”). A IV, que encerra (sim, são só quatro faixas, mas todas muito longas), é instrumental, com piano, como antigamente nos séculos 18 e 19, as famílias se reuniam para ver e ouvir algum membro delas que era destro no instrumento. Excelente! JCB – 9,0    

NOEKK
The Minstrel's Curse
Prophecy – imp.
Esse tal de Noekk, na mitologia alemã, é o guardião dos rios, lagos e tduo que for do elemento água. Ele também pode ser chamado de Neck, Nix, Nöck, entre outros; ele atraía mulheres com sua harpa para as águas até elas desaparecerem com ele e não regressarem nunca mais. Seria esse tal de Noekk uma espécie de “sereio”? Voltando à banda, a mesma começou em 2004 da junção de músicos de diversos outros projetos, como quase todas as vezes. Este é o terceiro CD do grupo, que conta ainda com o destaque de ter participado do álbum tributo ao Dead Can Dance, The Lotus Eaters. A música do Noekk é mais uma que mistura elementos Góticos, “Doomicos”, Metálicos e Progressivos. Sua música é densa, fria e mórbida, além de melancólica e algo triste. Destaques para Song Of Durin, um quase Heavy Metal descarado, Mow Long Is Ever é Doom e The Rumour And The Giantess trás um pouco de cada elemento citado nesta resenha. Enfim, mais uma banda que tenta inovar e deixar o lugar comum, mas acredito que na próxima o resultado será mais eficaz! RS – 7,0

LOST IN TEARS
To No Avail
Locomotive – imp.
Depois de um longo tempo fora vem um álbum de Gothic Metal novamente. Esta banda realmente não trazer-nos sensacionais ou mesmo material original, mas o que eles fazem é muito agradável na sonoridade. O Goth Metal deles é rude, agressivo e rasteiro, fazendo nos lembrar os primórdios do Moonspell ou os brasileiros de Curitiba, o Maelström, que faz também um Gothic Metal de estilo mais gutural. The song structures are shot into the listening centre with simple, but effective means, where they really stick, rocking out quite nicelA canção e suas estruturas são fuziladas em ouvir o centro com a simples, mas eficaz meio, onde elas realmente stick, o balanço bastante bem. Apesar da guturalidade e do aspecto agressivo, a banda tem uma sonoridade sutil e eficiente. As melodias são altamente viciantes e a guitarra mais fascinante ainda. O cantor, em outros momentos, soa um pouco como Glenn Danzig, mas tem verdadeira convicção e aqui e ali acrescenta algumas growls. Além de uma produção que é tão gorda quanto uma pizza de quatro queijos, o que mais você quer fazer? Femininos vocais? Esquecê-la! Este não é um daqueles álbuns, onde você acender velas e saborear o vinho tinto em alguns, não, aqui você colocar no flash luz e toda a garrafa vazia! Uma banda com futuro.
PR – 7,5

Track list:
1. On the Way
2. Break Me Down
3. Metamorphosis
4. Betrayed
5. Loss
6. Assurance
7. She Died
8. Nothing More, Nothing Less
9. Shooting Star
10. Felicity
11. Summer Rain

WIDESCREEN MODE
Until The End
independente – imp.

Mais uma banda de Gothic Metal advinda da Finlândia. Bem isso não é nenhuma novidade. Aliás, banda de estilo algum é novidade, pois a terra onde mais se tem celulares no mundo (uma média de quase 2 aparelhos por pessoa) é a mais profícua, não só dentro do Metal, mas dentro do Rock como um todo. Eles acabam caindo, ao longo da audição e duração de de Until The End mais no Gothic Rock. Enfim, acaba sendo aquele Rockinho frio, gélido, um pouco pesado, sombrio e melancólico, como milhares de formações novas que tem surgido hoje em dia. As vezes, estas bandas se confundem com algumas bandas Emo, pela choradeira e pelos rostinhos bonitinhos de seus vocalistas, fazendo cara de ursinho de pelúcia ou de urso pimpão. Aqui, um som ainda acessível, bem Pop, bem comercial. Influências de seus patrícios do Sentenced e Him, entre outros. Destaque para Killed By Vanity e Without Me. RS – 7,0

Track list:
01. Without Me
02. Dead Inside
03. Burning
04. Another Day
05. Everlasting Bomb
06. Escape The World
07. Keeping My Freedom
08. And We Both Know
09. Not Alright
10. Killed By Vanity
11. She's Lying
12. We Don't Need Your War

COLLOQUIO
Si Muove E Ride
Eibon – imp.
Primeira proposta é dos também Italianos Colloquio, com o novo registro Si Muove E Ride. Lançado no decurso deste mês, no formato digisleeve, conta com mais de 53 minutos de música dispersa por 10 faixas, numa sonoridade que podemos enquadrar no domínio do Darkwave. Liderado por Gianni, este colectivo tem no seu curriculum vários trabalhos com Canaan (e também participações pessoais em alguns dos seus trabalhos), para além de uma discografia extensa que se iniciou em 1993 com Il Giardino Delle Lacrime. Poucas vozes como as de Gianni se podem encontrar no panorama musical atual, com a sua sensibilidade ímpar e capacidade lírica. Só por isto valeria a pena descobrir mais este projeto Italiano - não haverá fim à larga lista de propostas de qualidade oriundas do "país da bota"? PR – 8,0

YELWORC
Trinity
Minus Welt – imp.
Bem. Mais de dez anos se passaram desde que o Yelworc tenha lançado um novo álbum. And in those ten years, much has changed.E nesses dez anos, muita coisa mudou. Pop music has infiltrated the once impenetrable fortress of dark electronic artists.A música Pop adentrou de vez a fortaleza do Dark Electro, para muitas bandas, como Skinny Puppy, Front 242 e Front Line Assembly. A briga que aconteceu aqui foi, de orgulhar Andrew Eldritch e Wayne Hussey, pela sua veia Pop também, mas pero no mucho. Até na briga, os mentores Dominic van Reich e Peter Devin e rivalizaram como Andrew e Wayne, quando juntos eram as irmãs da misericórdia, sendo que Wayne, deixou as irmãs para montar A Missão. Nesta briga aqui, Peter Devin ganhou os direitos exclusivos para usar o nome Yelworc. Upon releasing their last album “Brainstorming”, a double compilation disc of unreleased works was issued in 1995 as a holdover for the fans.Após a liberação de seu último álbum, um disco duplo compilação das obras que ainda não foi emitida em 95 como um holdover para os fãs. With the collapse of Celtic Circle Productions in 1997, Yelworc’s future appeared over.Com o colapso do Celtic Circle Productions, sua gravadora na época, em 97, o futuro da Yelworc apareceu mais incerto do que nunca. In the ensuing years of silence, rumours began to arise that Peter Devin was indeed writing new tracks under the Yelworc moniker.Nos anos de silêncio daí, começaram a surgir rumores que Peter Devin foi, de fato escrito novas faixas sob a Yelworc marca. O revisor conseguiu ouvir algumas destas faixas de um esboço de K-7 (naquela época ainda se usava), em 99, o título do álbum foi Trinity. A produção foi fraca, mas as idéias através lustrado fora ótimas.Add to this that the ground Yelworc broke was now being shamelessly exploited by acts such as Hocico, along with a host of others. ENow, in 2004, the end result of all this toil and effort has been released to a grateful public.m 2004, o resultado final de todo esse esforço trabalham e foi liberado para um público muito grato. A ausência de Van irá causar muita raiva de alguns dos fãs, mas esta é uma esperança irrealista. There can be no going back to the way it was.Não pode haver voltando à forma como foi. Este álbum é uma coleção da última década, o que demonstra a evolução Yelworc som distante do anterior EBMish e numa abordagem surpreendentemente complexo, e sim, muito escuro visão apocalíptica do som. Surely, there can be no question that Yelworc sound just as visceral and vital as they did in the days of yore.Certamente, não pode haver dúvida de que Yelworc som tão visceral e vital, como ocorreu nos dias de glória perdida. PR – 8,0

NERONOIA
Um Mondo In Me
Eibon – imp.
Este Neronoia é um interessante encontro entre o Canaan e o Colloquio. A italianada se reuniu para comer macarrão, beber vinho e se deprimirem juntos! The common efforts of those 6 musicians resulted in a kind of wafting wave music or the offspring between gothic and ambient.Os esforços em comuns dos 6 músicos envolvidos resultou em uma espécie de onda flutuando sua música dos descendentes entre Gótico e Ambient. I presume that the ambient side has been injected by the renowned Canaan.Presumo que o Ambiente foi injetado pelo renomado Canaan, a maior influência e predominância dos dois bons grupos.Their influence comes through on a few cuts (songs have been numbered from 1 till 10). Vem através de sua influência sobre alguns cortes (canções foram numerados de 1 até 10). The vocalist sings in a quiet and a bit spooky way.O vocalista canta numa calma e com um vocal um pouco assustador e fantasmagórico em sobremaneira. His lazy way of singing perfectly fits to the wafting impression of the music.Sua forma de cantar preguiçoso e desleixado se encaixa perfeitamente ma sua música. Al songs have been sung in their Mother tongue (Italian) reminding us the impressive arsenal of gothic bands in Italy.As canções foram cantadas na sua língua mãe (italiano) lembrando-nos do impressionante arsenal de bandas góticas em Itália. A quite typical release for Eibon Records, but for sure not the best one! www.eibonrecords.com (DP:6)DP.Uma típica banda da Eibon Records, mas com certeza não a melhor. Prefira as duas originais. PR – 7,0

BEFORE THE DAWN
Deadlight
Cyclone Empire – imp.
Os Before The Dawn nasceram na Finlândia pelas mãos do Sr. Tuomas Saukkonen em 1999. Este é o projeto a solo do Sr. Tuomas onde ele debita o seu Gothic Metal com influências de Melodic Death e de Progressive Metal. O primeiro trabalho (leia-se demo) foi editado em 2000 sob o titulo To Desire totalmente composto pelo Sr. Tuomas à excepção da bateria. Before The Dawn continua a ser um projeto a solo, contando com mais quatro elementos para as sessões ao vivo e gravações de estúdio. O projeto conta já com quatro álbuns de estúdio. My Darkness que viu a luz em 2003, 4:17 am em 2004, The Ghost em 2006 e finalmente o recém lançado Deadlight. Pode-se dizer que este último álbum não foge aos trabalhos anteriormente apresentados, mantendo-se fiel à sonoridade da banda. Wrath é o primeiro tema do álbum. Estamos na presença de um instrumental bastante coeso onde podemos encontrar vocalizações limpas, rasgadas e até pequenos coros. Segue-se Faithless, um tema cheio de paixão, onde somos bombardeados por sentimentos e por um excelente instrumental. Mais uma vez as vocalizações a cargo do Sr. Tuomas encaixam bem e envolvem-nos em toda a sua dimensão. Fear Me é a terceira, uma Melodic. Deadsong é uma música onde conseguimos sentir uma certa influência de Melodic Power Metal (é) na sua sonoridade. Por vezes somos surpreendidos por coros que dão um toque de requinte ao tema. Em Guardian estamos na presença duma sonoridade bastante compacta e coesa. O instrumental está simples mas eficaz, conseguindo captar a nossa atenção de inicio ao fim. Em Star Of Fire é rica em vocalizações, rasgadas, limpas e até femininas que encaixam bastante bem na sonoridade. Reign Of Fire é um bom Melodic Death Metal e "..." (o nome da faixa é isso mesmo) é bem Progressiva com vocalizações femininas e com a inconfundível voz de Tuomas. Enfim, um dos discos do ano! PR – 9,0

ZEROIN
The Death Of A Man Called Icarus
Subsound Records – imp.
A Itália é um dos grandes centros de todos os estilos do Rock! Hard Rock eles tem a maior gravadora do gênero e boas bandas. Power Metal Épico nem se fala. Lá, abundam squats para o pessoal Punk, Hardcore e até os Darks. E na cena Gótica, eles têm muitas bandas. Esta banda soa quase como um soporífero, de tão calmo e lento é o seu som. Eles são um Rock com uma roupagem Gótica, mas bem leve e algo Pop. Os vocais quase e as vezes sussurrados dão um ar de Portishead, sem a mesma qualidade. Tanto que tem um cover deles, para Cowboys. Bom para se conhecer! PR – 7,0

DEFLORE
Human Indu[b]strial
Subsound Records – imp.
Boa banda de Roma (Itália, claro, afinal a italiana gravadora Subsound só trabalha com bandas locais e macarrônicas), de Industrial com influências Electro Mental Grooves. Eles são Christian Ceccarelli (bass, programming) e Emiliano Di Lodovico (guitar, “noises”). Uma massa sonora, pesada, densa, Industrial caótica, apocalíptica, armagedônica, muitas batidas (beats), atmosfera de terror, assemelhando-se com Pink Turns Blue. O erro são as faixas serem muito parecidas entre si, com destaques ainda para Experiment C-Low, Emostatico (ih, o que será que tem de Emo aqui?), Emilionero e fechando com Subsound Corporation. Esta, em particular, bem Ambient, com 8 minutos e meio de duração, cheia de experimentalismos e Noise. O Duo é respeitado no mieo DJ. Tente se quiser e goste de conseguir. PR – 7,0

AQUEFRIGIDE
Un Caso Isolato
Subsound Records – imp.
Outra banda italiana, que combina diversos elementos como Metal, Rock e Punk, mas claro, o Goth como elemento principal. È considerado como um Dark Crossover. Eles cantam em italiano dando um ar ainda mais pitoresco à sua música. E olha que este “caso isolado” é só o debut dos caras! Eles são tidos como um Tragical Solid Theatre Noise Project. Em Mefisto Hobbit lembra algo até de Nirvana. Sim, eles são meio Rock e atiram pra tudo que é lado, mas nem sempre acertam em todos. Apesar dos pesares, se fixarem-se apenas na aura Dark, vão dar melhores furtos ainda. E essa capa me da meeeeeedo! PR – 6,0

MANDRAKE
Mary Celeste
Prophecy CD/Grey Fall – imp.
O nome é manjado e bem sacado, embora incomum para o estilo. São treze temas de Gothic Metal do mais lugar-comum possível, neste terceiro disco dos Alemães do Mandrake. O nome do disco também é pouco usual. Temos Riffs bem Heavy, mas com melodia, groovy, forte e pesada, voz feminina entre a Bela e a Fera, teclados sinfônicos. Sentimento constante de melo-dramatismo e teatralidade acentuados. É tudo do mais ordinário possível. Não há nada de novo ou original por aqui, mas está tudo bem feito. Será que apenas isso chega neste estilo já tão saturado? Talvez. Eu gosto disto, mas há tantas outras bandas iguais e que têm alguns elementos que as diferenciam do grupo. Mas, mesmo assim, e volto a repetir, isto está bem feito e tem algumas ideias boas que chamam a atenção. Gosto mesmo é da capa e da apresentação geral, em tons de sépia, a dar a todo o pacote um tom vintage bem vincado. Apenas para fanáticos do estilo, pois esses irão gostar com certeza. Os que procuram algo de diferente ou inovador, passem ao lado, senão ficam desiludidos. Está difícil aparece alguém que se destaque no estilo, cujo no ano, o melhor disco e banda ainda ficam com os veteranos (mas agora renovados com nova cantora) do Nightwish. PR – 8,0

VON BRANDEN
Scherben
Prophecy CD/Grey Fall – imp.
A capa já instiga que teremos música tétrica e fria para nossos ouvidos. Disco de estréia destes caras. Mais Gothic Metal vindo da Alemanha. Este é mais inclinado para a vertente Dark e Doom. Ao todo são nove temas em cerca de cinqüenta e um minutos. Além do habitual trio guitarra, baixo e bateria temos ainda a inclusão de acordeão, violoncelo, saxofone e piano, os quais dão um tom mais melancólico e até mesmo místico à música, sem ser Folk ou pagão entretanto. Lento, depressivo, melancólico, carregado, nem belo nem feio, nem negro nem branco, apresentado sempre em tons de cinzento numa espécie de fusão entre a bela e o monstro. Pelo meio há tempo para algum experimentalismo, se bem que pouco, no instrumental Bitte Lies In Pure Dismay. Fecha-se o disco com uma versão de Winter de Tori Amos. Mais um bom nome, que tenta diferenciar de tantos grupos. Melancholic Dark Doom. Isso? PR – 8,5

CRIMSON OF TEARS
The Dark Awakening
Independente – imp.
Grande banda de Gothic Metal com vocais femininos. Apesar de várias influências e remeter a vários nomes de estilo (os de sempre: Nightwish, Tristania, Epica, etc.), a banda consegue imprimir um estilo próprio. A banda vem da improvável Inglaterra. Improvável sim, pois a capital e país natal – e por que não dizer a metrópole – do Dark e Gothic Rock hoje vive uma pasmaceira de querer copiar a música ruim dos Estados Unidos que não é brincadeira. Angel For My Sin abre com sua introdução bem parecida com a narrativa de Bless The Child do Nightwish (que por si só, lembra a narrativa de West End Girls do Pet Shop Boys. Ouça atentamente e compare), com a música neste estilo tradicional de Symphonic Metal. Enemy Of My Enemy é um Power Metal, sendo Eternity melodiosa, sinfônica, acessível, comercial, bela e linda, lembrando até alguns momentos de Concrete Blonde no vocal de Gina Oldham, mostrando que as influências são vastas e a sua música irá cada vez mais longe. Steal My Heart é um bom momento Gothic Metal típico, sendo que Emotion Denied é mais cinematográfica, mais pomposa, grandiosa e grandieloqüente, num quase Doom. O lado Heavy Power volta com Pandora’s Realm Part 2: Lina Pandora (a Part 1: Aurora é uma faixa com piano, tipo vinheta, meio chatinha). Encerrando, a comercial e Dark Rock por excelência, que poderia ser tocada nas pistas do Brasil, Strange. Grande disco, boa banda surgindo! JCB – 8,0

CRIMSON OF TEARS
Gothica
Independente – imp.
Se o resenhado acima, The Dark Awakening, é de 2007 mesmo, este Gothica é o EP de estréia do grupo, contando com apenas quatro faixas. Nele contém a já citada como destaque do disco subseqüente, a faixa Eternity. Além dela, My Plea é a mais grudenta de todas da carreira do grupo, um bom momento de Symphonic Opera Metal! Gothica, a música, é a mais introspectiva e menos legal, apesar de ser a faixa-título e Gardens Of Sorrow encerra lembrando o Nightwish. Enfim, esta é uma banda que tem tudo para cair nas graças do público brasileiro! Então, deixe de ser comodista, esperando qual vai ser a próxima banda que a Hellion vai lançar ou esperando algum metido a vampiro da turma indicar que banda ouvir. Leia as revistas, acesse os sites (como você está fazendo agora), garimpe, busque, fuce, que o mundo está cheio de bandas legais como está! JCB – 7,5
crimsontears_uk@hotmail.com

PASSIONWORKS
Blue Play
Independente – imp.
Boa banda de Dark Rock. Antes, eles faziam mais Gothic Rock sombrio, e agora o fazem ainda. Antes, os vocais eram todos masculinos, agora são todos femininos. O som de Blue Play é mais alegre, Pop e comercial. Eu prefiro o antecessor, o “Dark” Passion Play (sim, o disco anterior tem o título quase igual ao novo do Nightwish, Dark Passion Play). Antes, a música era mais cinzenta, até a capa reflete isso, e agora seu som ficou muito “azul”, muito alegre, lembrando o Theatres Des Vampires, que tocou recentemente no Brasil, mais conhecidos por algumas encenações do que pela sua música mesmo. Tem algumas faixas legais sim, só que nem dá vontade de destacar, de tão igual a tudo o que já foi feito até hoje neste estilo saturado. RS
rowan3@saunalahti.fi
passionworks@sci.fi

SHAMRAIN
Goodbye To All That
Spinefarm – imp.
Uma mistura de todas as tendências Góticas possíveis. A princípio, você pode achar uma seguidora do estilo HIM de Goth. Estaria o “Love Metal” ou “Emo Metal” invadindo o mundo com mais bandas? Mas numa ouvida mais apurada, você percebe muita coisa de Indie dos anos 90 (aquelas bandas típicas do programa Lado B?), tipo Flaming Lips e até algo do grande Pixies. Não gostei, não consegui ouvir até o final. Não é Metal e para mim, também nem Rock é. Falta peso, garra, punch, atitude. Muito simples, emotivo. O NX Zero parece o Burzum se comparado com o Shamrain. Mesmo para dias de chuva, procure outra coisa para ouvir, quase tudo lançado pela Spinefarm, menos isso aqui. ADL

VULTURE INDUSTRIES
The Dystopia Journals
Dark Essence – imp.
Os Vulture Industries são Noruegueses e este é o seu disco de estréia (depois de duas maquetes em 2004 e 2005). A banda é composta por 5 membros já com alguma experiência proveniente de bandas como Sulphur, Black Hole Generator, Malice In Wonderland, Syrach, Enslaved (sessão) e Taake (sessão). A sonoridade assenta num Metal de teor sinfônico, experimental, progressivo e doomy. As comparações mais óbvias serão a Arcturus, Solefald ou Winds, mas estes Vulture Industries têm algumas idéias e uma maneira próprias de fazer este tipo de sonoridade e, acredito que, num segundo disco terão já a sua identidade bem demarcada. O disco foi produzido pelo vocalista e produtor Bjornar E. Nielsen (produtor de bandas como Helheim, Sulphur, Dead To This World, etc) nos seus Conclave & Earshot Studios, com a assistência de Herbrand Larsen e Arve Isdal (Enslaved). Para a capa do disco conseguiram a participação do conceituado ator Norueguês Helge Jordal. Uma boa aposta para quem gosta de Metal sinfônico, progressivo e das bandas acima citadas. PR – 8,5

DIMENSION F3H
Does The Pain Excite You?
Dark Essence – imp.   
O disco Does The Pain Excite You? começa muito bem com Babylon, destaque para o baterista Arghamon com viradas e bumbos alucinantes. Quem assumiu os vocais em todo o álbum foi o próprio Morpheus e a criatura mandou muito bem, agressivo, limpo nos momentos certos e rasgadão quando a pancadaria pedia. O disco é cheio de sintetizadores, teclados, barulhinhos e muito peso da guitarra, baixo e principalmente da bateria furiosa do Arghamon. Alguns artifícios interessantes como vocais sintetizados foram bem implementados na faixa Cyber Queen mais cadenciada e viajante. Misturando peso com elementos musicais que transmitem mais suspense a música é encontrado por todo o CD e não torna o trabalho cansativo em momento algum. O melhor momento do cd fica por conta da faixa título Does Pain Excite You? chega a ser épica com tantos momentos musicais alternando entre a pancadaria e calmaria. Agora se você busca peso e agressividade, além de um trabalho furiosamente Thrash Metal escute a sexta música, Superior. Se você ouvinte está atrás de muito peso, mas não abre mão de inovações musicais dentro de uma mistura de estilos complexos como o Death Metal, o Black Metal e o Thrash Metal, não deixa de conferir esse trabalho. PR – 9,0



















PERSEPHONE'S DREAM
Moonspell
Opposition
Pyre Of Dreams
Independente – imp.
Boa banda de música Gótica e Progressiva. Indo Gothic Rock até o Metal, passando pelo Prog e demais estilos, a banda encanta com os vocais femininos operísticos.
- Evening Mirage,
que foi o debut da banda, é de 97 e contava então com Judilyn Neidercorn nos vocais. A banda começava a fazer Rock Pesado meio progressivo e mostra que foram uma das protagonistas do estilo.
- Moonspell é o segundo petardo de 99, combinando elementos de Gothic, Celtic and Progressive Rock/Metal. Aqui, Karin Niceli passou a ser a vocalista. Há uma nítida evolução entre o primeiro e o segundo disco do Persephone’s Dream. A mudança de vocalista fez bem à banda e Moonspell, apesar de ser nome de outra banda de Gothic Metal (muitos vão pensar, ou podem pensar que Persephone’s Dream é um disco do Moonspell), a capa é pouco chamativa. Aliás, nenhuma capa de algum disco do Persephone’s Dream faz jus à música da banda, pois, além de feias, não refletem a sobriedade, sutileza e seu lado sombrio, além de terem sido feitas em computador, dando um toque amador e de CD demo. Mas tudo bem, o que vale é a música. As passagens celtas vão fazer fãs do estilo delirarem por esse toque mais medieval e pagã à sua música. Que o brilho da lua os proteja!
Em Opposition, terceiro disco da banda, é de 2001 e possui menos peso, sendo o CD mais bem produzido e polido da banda. A capa é a mais feia de todas, disparada, lembrando aquelas bandas iniciantes de Prog Metal, sendo seu encarte quase ilegível. Neste disco, tocaram umas oito pessoas, com instrumentos peculiares, como sinos, flautas, percussão, entre outros. Mesmo apesar de ser a melhor produção da banda, porque as primeiras foram abaixo da média e do que a banda merecia, Opposition não vingou e a banda permaneceu no Underground. Faixas mais contundentes como Endymion seriam o caminho da banda, que se perde entre o Folk de raiz e passagens meio futuristas, meio Future Pop, meio Ambient.
Encerrando, Pyre Of Dreams, em uma mudança radical. A banda ainda não acerta na produção e muda mais uma vez de vocalista. Agora são duas, Heidi Engel, a principal, e a secundária Kelly Fletcher, ambas inferiores à Karin Niceli. O restante, permanecem Rowen Poole (6, 7, and 12 String Electric & Acoustic Guitars, Synths, Keyboards, Lyrics), John "JT" Tallent (Percussion, Bells, Whistles, Noises, Chimes, Birds, Odd Sounds), Chuck Alary (4 and 5 String Fretted and Fretless Basses), Jim Waugaman (Keyboards, Pianos, Organs, Backing Vocals), Scot Harvey (Drums), Jonathan "Strobe" Fleischman (Lighting, visual effects, costumes, props, performance art design) e John Lally (4 and 5 String Bass). Vai tudo em inglês mesmo, pois os caras fazem questão de especificar que tocam guitarra de 6, 7, 8 e 12 cordas e etc.). Embora tecnicamente melhor, Pyre Of Dreams perde um pouco a magia e a identidade da banda talvez pela mesma ter dado uma pausa por alguns anos (Pyre Of Dreams veio sendo composto desde 2002 e têm músicas de todos estes anos: 2002, 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007). Recomendado para aficionados por anos 70, Progressive Rock, vocais femininos e alguma aura mais Dark. JCB – 8,0
persephone1@mindspring.com


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