DAVID READMAN
David Readman
Frontiers – imp.
Este é o auto-intitulado álbum de estréia de David Readman, vocalista do Pink Cream 69 e participantes de outros importantes projetos como Adagio, Missa Mercuria e Three – Andersen (André, Royal Hunt)/Laine (Paul/Danger Danger)/Readman. Seu disco solo, ao contrário dos demais, difere pouco de suas bandas principais, principalmente o PC69. Aliás, tanto ele como seu companheiro, Dennis Ward, baixista do PC69, ambos quando compõe e participam de outros projetos, trazem a sonoridade da banda, que redefiniu a sonoridade do Hard Rock nos anos 90! E o que dói, é saber que, tanto o Pink Cream como outro monstro, Glenn Hughes, vão tocar juntos no Brasil num evento onde 90% dos pagantes e a maciça divulgação está sendo em torno do concurso de biquínis. Fala sério! Fique tranqüilo, não sou homossexual, sempre estou com mulher e estou namorando muito bem, obrigado. Mas vejamos, onde quero te mostrar, se você ainda não parou para raciocinar, sua anta, pois agora vou falar tudo (vou dar uma de Gasparetto agora): mulher você vê todo dia nas ruas. Mas quantas vezes na vida, você viu ou vai var Glenn Hughes e o PC69 inteiros? Sexo, você faz todo dia, ou toda semana, mas estas duas legendas do Hard Rock, quantas vezes você viu ou verá ainda? E outra, quer se lambuzar, vai na zona, porra! Você gostaria de ir num evento onde rolassem bandas femininas e tivesse concurso de machões, tipo clube das mulheres? Tem eventos onde já rola isso! E outra, o que tem que ver música de qualidade com estas baixarias? Deixem estas putarias para o Funk, Forró, Black Music de hoje! A não ser que, você goste de Rock e freqüenta estes lugares porque ta cheio de mulher facinha? Fala sério. Por último, você pode argumentar: as minas são gostosas. Mas toda mulher hoje tem cabelo liso, põe silicone, se bronzeia, toma remédio, vai na academia! Que novidade tem isso? Ou você não tem competência pra arranjar mulher nenhuma e precisa pagar R$100,00 pra ver uma coisa forçada? Pra finalizar: mesmo quando estava solteiro, nunca fui num evento desses. Como o brasileiro é medíocre. Vocês viram o anúncio desta festa? 1/4 de espaço para Glenn Hughes, 1/4 de anúncio para o PC69 e 1/2 página para uma desconhecida modelo. Babem, seus panguãos. Depois mais tarde ela sai com algum senador, engravidar, e quem vai pagar a pensão de R$8.000,00 por mês vai ser você com seus impostos, seu babaca! Ou você acha que o Renan Calheiros paga do bolso dele a pensão para a Mônica Velloso? Ah, ah, ah, como o brasileiro é burro! Voltando à vaca fria, pois os outros tipos de vacas vão estar desfilando nesse evento de débil mental (aliás, quem mais fala de mulher ou quem mexe com mulher é justamente, que sempre está sem), este disco homônimo lembra muito o Pink Cream 69. Não tem a mesma qualidade de um disco de sua banda principal, mas lembra muito. Without You abre bem típica e característica, bem porrada nos seus moldes de Hard Rock. Já Evil Combination é mais lenta, sem ser balada, quase Progressiva, ficando a balada para Take These Tears. Em Don't Let It Slip Away volta o clima à PC69. No Peace For The Wicked é arrastada e a balada volta com Long Way To Heaven, belíssima. Em Wild In The City volta o peso, remetendo aos outros projetos em que David e o próprio Dennis Ward (que produziu o disco) participam, bem gingada e melodiosa. A balada Gentle Touch (outra) vem num estilo mais Whitesnake, que modernamente Jorn Lande tem lapidado. A frieza do Hard europeu (e alemão) volta com Prisoner Of Shame. Já os violões para ouvir na estrada se repetem na dobradinha New Messiah e Over The Ocean, encerrando com a pianística Love In Vain. Ainda tem Don't Let It Slip Away como bonus multimedia video track. Imperdível! JCB – 9,0 |