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WISER TIME
There And Back Again
Independente – imp* 
O Wiser Time foi fundada em 2002 na pequena localidade de Millington, Nova Jersey, pelo vocalista, guitarrista e compositor Carmem Sclafani. Sclafani havia já fixada na cena musical local tocando em bares e clubes nos finais de tarde enquanto trabalhava como artista de comerciais durante o dia quando encontrou o veterano produtor e guitarrista Anthony Krizan que já havia trabalhado com gente do quilate de Spin Doctors, Lenny Kravitz e John Waite. Os dois, fanáticos por classic rock começaram a compor material para o que viria a ser o primeiro EP do Wiser Time. Em pouco tempo completaram a formação da banda: o baterista de estúdio John Hummel e o baixista Todd Wolfe mas o primeiro álbum só veio em 2006, There And Back Again, que também conta com vários músicos convidados para fazerem os backing vocais, alguns teclados, acordeão, bandolin, gaita, guitarras slides, etc. É um álbum muito agradável, um hard n´roll muito bem executado influenciado, além do Led Zeppelin, por grupos como Aerosmith, Eagles, Bad Company e o melhor do classic rock setentista. Ou será que os americanos do Wiser Time estão querendo se mostrar tão eficientes quanto seus colegas ingleses e pegar de volta a hegemonia do rock que foi tomada por Beatles e Rolling Stones e mais tarde por Led Zeppelin, Pink Floyd e Deep Purple o que antes era amplamente dominado pelos fundadores americanos, Elvis, BB King e contemporâneos? Não é fácil destacar uma ou outra faixa, cada uma tem seu charme em especial e as letras também nos remetem aos idos setentistas com referencias ao romantismo do rock daquela época, as viagens (em vários sentidos), vida na estrada, referencias ao escritor Jack Kerouac, estações ferroviárias, bebida, etc, reparem os títulos das onze faixas do álbum: “Rock N´Roll” (ate no nome essa é homenagem explicita a banda de Page e Plant)”, ”Crumbling Down”, “10 Years”, “Millington Station”, “Revolution”, “Give You My Lovin”, “Back For More”, “Had Enough”, “Better Off Dead”, “Divided” e “What You Give”.
PR – 7,5 info@wiser-time.com

BOOTLEG
Bootleg
Metal Mayhem – imp.
De bootleg e pirataria, esta banda não tem nada. Fazendo parte da série de lançamentos, re-lançamentos e raridades que a Metal Mayhem está resgatando, agora chegou a vez do delicioso Hard’n Heavy do Bootleg. A cabeça de boi na capa dá aquele ar de deserto e sulista, além de interiorano, mas sua música disso não tem nada. Aqui, todas as faixas são hits, são aqueles momentos que grudam na cabeça. Todas as faixas são fáceis, acessíveis, gostosas de seu ouvir. Embora um pouco parecidas, principalmente pela vocalista cantar de forma reta e igual em todas as faixas e ao longo das músicas. Ele não varia um tom sequer, coisa comum em quem tem voz e timbre anasalado ou extremamente médio, tendo um alcance mais limitado, seja para cima ou para baixo. As guitarras são simples e canastronas, mas fazem riffs cortantes e certeiros. A bateria e o baixo quase não se houve, mas as músicas são legais e funcionam. Destaques para The Fire’s Gone, a pegajosa Hold On Me, Lovers Lane e Make It Last. O fato do disco ter poucas faixas, também ajuda a fazer da sua audição e a sua nota serem mais satisfatórias! JCB – 8,0

SHANGHAI
Take Another Bite
Metal Mayhem – imp.
Outra jóia rara resgatada pela Metal Mayhem em sua Collectors Series. Aqui no caso temos um Hard Rock descarado, diversificado, com forte apelo para o Glam. Love UNder Fire tem aquele ar de Firehouse e de quase todas as bandas da Sunset Strip scene. Big And Sleazy tem cara da L.A. inteira. Festiva, pesada, alegre, ensolarada, anos 80 total! Please Me Tease Me Push It In vem a tona o lado Firehouse, Ratt e L.A. Guns de novo, com toda aquela malícia e com a guitarra prevalecendo, seja nos belo solo, seja no riffs contagiante, seja no envolvente refrão e no excelente pré-refrão. Hot To The Touch é uma maquina do tempo, te transportando para os anos 80 direto. E o que dizer dos riffs de Caught In The Act? Que são uma das rifferamas mais marcantes da história do Hard Rock? Aliada a um grande refrão e os coros viciantes e uma melodia que você não esquecerá horas depois de tê-la ouvido. Bad Love encerra este clássico que além de todas estas sete pedradas, tem mais duas baladas, totalizando nove faixas deste grande relançamento, agora em CD! JCB – 9,0

DELIRIOUS
The Original Delerious
Metal Mayhem – imp.
Banda inglesa de Melodic Rock, ou Hard Pop, pois também ela esbarra do AOR e no Art Rock. Enfim, a banda nunca estourou, mas se tornou cult e a Metal Mayhem resgata mais essa pérola. The Original Delerious não é nenhuma maravilha em nenhum disco essencial ou obrigatório. Mas é um bom disco dessa toada, ainda acima da média do que todas as atuais bandas do estilo têm feito (incluindo bandas novas e bandas veteranas). O Delirious, que conta com uma capa malucona, fez muito sucesso na cena local, ainda mais tocando em todo o sul de seu país. A banda surgiu em 90, e debutou em 91 com Too Much Is Never Enough, que só foi lançado em fita K-7 na época (acredita nisso?). Em 93, eles evoluíram e gravaram um EP com cinco faixas, o Vamp EP. Em The Original Delerious temos 16 faixas, de um bom Rock Bliss, indicado para fãs de Praying Mantis, Little Angels e Kooga, algumas de suas influências. RS – 7,0

AIR RAID
Air Raid
Metal Mayhem – imp.
Na função de garimpeiros do Metal e do Hard Rock, a Metal Mayhem agora resgata este disco homônimo e auto-intitulado desta banda. Depois de 26 aos, saiu pela primeira vez em CD esta preciosidade. Air Raid é um disco clássico de AOR de 1981! Aqui temos um disco e uma música pomposa, vinda da profícua cena AOR de Atlanta, soando como outros clássicos grupos como Yes, Styx, Trillion, e Cannata. Um som brilhante, embora datado, pois o disco é de longa data, liderado pelo cantor e compositor Arthur Offen, que continuou sua carreira depois com o Flag. O Air Raid (a banda) durou de 1973 até 1981, com o seu canto do cisne. Serve como mais um bom resgate, embora não seja um disco tão essencial assim. RS – 8,0

VIXEN
Live In Sweden
Vigilant – imp.
As moças, hoje quarentonas, estão de volta, em sua melhor forma musical. Mais uma banda dos anos 80 a voltar e, com tanta onde em torno de vocês femininas e bandas de mulheres, uma das pioneiras dentro do Hard Rock em si, não poderia ficar de fora. Gravado ao vivo na Suécia, no Sweden Rock festival, o disco apresenta uma coletânea de sucessos da banda, ainda que com um tempo de set list curto. Mesmo assim, fizeram um bom set, cantando todos os seus clássicos dos anos 80 e 90. Ver It Up abre bem naquele estilo Glam, enquanto Streets In Paradise é o que poderíamos chamar de arrasa-quarteirão, um puta Hard’n Heavy, pesado, energético e enérgico! How Much Love, tem aquele ar de AOR, com teclados que lembram Runaway do Bon Jovi. Enfim, fico por aqui, pois se falar faixa a faixa, estarei resenhando as músicas e não um disco ao vivo. A performance delas aqui em áudio é muito boa e suspeita-se que muita coisa foi “mexida” em estúdio. Mesmo assim, temos um disco dinâmico e cativante. Recomendado para fãs de Hard em geral, ainda mais em meio a essa enxurrada de vocais femininos. Conheçam que já esteve na estrada, sofrendo preconceito e vários obstáculos há vinte anos atrás! RS – 8,0

W.A.S.P.
Dominator
Demolition – imp.
O WASP se primou por lançar três tipos distintos de discos: as Óperas Rock’s e álbuns conceituais, os discos meio modernosos, e os puros e simples Hard’n Heavy. Dominator está neste terceiro quesito (ainda bem) é se não chega perto dos clássicos eternos da banda, como W.A.S.P., The Last Command e The Headless Children. Mas é bem melhor de tudo o que a banda têm feito ultimamente. Arrisco a dizer que é o melhor disco deles desde The Crimson Idol (o primeiro conceitual e uma das pérolas da banda também). Ok, o guitarrista gigante Chris Holmes faz muita falta ainda, mas Blackie e a molecada dão conta do recado. Apesar das norte-americanices exarcebadas de Mr. Lawless, a música ainda fala mais alto. Mercy abre no estilo de sempre da banda: bombástico, porrada, lisérgico, riffs secos e cortantes, solos climáticos, refrãos que você não se esquece depois de ouvi-los, a voz inconfundível de Blackie, cozinha coesa e tudo o que um bom Hard’n Heavy pede. Aliás, bato nessa tecla. Pois resumir a sua música só em Hard Rock, está errado. E dizer que eles são apenas Heavy Metal também! O WASP tem um estilo único, linear, no fio da navalha, onde ninguém chegou e ninguém irá chegar. Long, Long Way to Go é boa e Take Me Up quer ser mais moderna, não curti tanto. Agora, a guitarra do começo de The Burning Man remete aos melhores momentos dos anos 80, e poderia estar num The Headless Children tranqüilamente, por exemplo. Já Heaven's Blessed, é a mais porrada de todas, a melhor do disco! Rápida, com guitarra inspirada e você até já imagina o WASP tocando-a ao vivo, com as caretas de Blackie interpretando-a! segundo, Teacher, outro tema fácil que vem pra ficar no set list da banda e entre as preferidas do público. Desta vez, Blackie deixou de lado o virtuosismo, o experimentalismo e a megalomania e voltou a fazer discos apenas no que sabe fazer de cor e salteado. Puro Hard & Heavy! Encerrando, a boa Deal With The Devil, que procede a reprise de Heaven's Hung In Black, desnecessariamente. Poderia ter outra faixa legal no lugar dela, pois inspiração e criatividade, não faltou para Blackie Lawless aqui! JCB – 8,5

HANOI ROCKS
Street Poetry
Demolition – imp.
O Hanoi Rocks é mais uma banda que não desistiu, mesmo com a “morte” do Metal e do Hard Rock em seu país, os EUA (e por que não dizer a morte da boa música de lá?). A banda nunca chegou a acabar de fato, mas se arrastou por década e meia (90 e metade de 00), mas com o retorno (ainda que Underground) da boa música, Street Poetry é uma boa pedida. Uma das poucas Hair bands á não ser sexista, pondo só a música em evidência, chega empolgando com esse disco, abrindo com a pesada e moderna e atual Hypermobile. A faixa-título trás os bons momentos dos anos 80 do grupo. Já com Fashion eu não consigo descrevê-la... Ok, é uma das melhores músicas em que ouvi nos últimos anos, bem Hard 80’s, bem moderna ao mesmo tempo, bem Pop, ah se tivéssemos rádios decentes e MTV’s de outrora... Lembra o comecinho de Grow Or Pay dos dinamarqueses do D.A.D. (ou Disneyland After Darkness, para os mais íntimos) presente no disco Riskin' It All de 91 (uma de minhas bandas prediletas). Em Highwired você se questiona se é alguma cover ou regravação da banda dos anos 80, de tão bem sacada, maliciosa, marcante, fácil e acessível. Que música! Teenage Revolution é bem Bluesy, enquanto Worth Your Weight In Gold lembra aqueles Hard Pop’s de bandas comerciais dos anos 80, outro excelente momento. Cara, como um disco desse pode passar batido por aí? Não pode! Transcendental Groove também é acessível, mas meio esquisita, precedida da gostosa This One's For Rock'N'Roll! Tem cara de hino, para vir depois o arrasa-quarteirão Powertrip, mais um momento onde você se questiona se não é regravação do começo de carreira, tamanha raiz resgatada pela banda! Walkin' Away é outro momento Hard mais climático, meio atual, bem frio e sóbrio, para a alegria e a festa voltarem em Tootin' Star. Encerrando, a boa Fumblefoot And Busy Bee. Um dos primeiros discos de Hard Rock que ouvi na minha vida que não tem nenhuma balada, nenhuma! Uma maravilha! A versão japonesa tem mais dois bônus, Self Destruction Blues e Worldshaker! Um dos álbuns do ano, sem dúvida! JCB – 10

DAVID READMAN
David Readman
Frontiers – imp.
Este é o auto-intitulado álbum de estréia de David Readman, vocalista do Pink Cream 69 e participantes de outros importantes projetos como Adagio, Missa Mercuria e Three – Andersen (André, Royal Hunt)/Laine (Paul/Danger Danger)/Readman. Seu disco solo, ao contrário dos demais, difere pouco de suas bandas principais, principalmente o PC69. Aliás, tanto ele como seu companheiro, Dennis Ward, baixista do PC69, ambos quando compõe e participam de outros projetos, trazem a sonoridade da banda, que redefiniu a sonoridade do Hard Rock nos anos 90! E o que dói, é saber que, tanto o Pink Cream como outro monstro, Glenn Hughes, vão tocar juntos no Brasil num evento onde 90% dos pagantes e a maciça divulgação está sendo em torno do concurso de biquínis. Fala sério! Fique tranqüilo, não sou homossexual, sempre estou com mulher e estou namorando muito bem, obrigado. Mas vejamos, onde quero te mostrar, se você ainda não parou para raciocinar, sua anta, pois agora vou falar tudo (vou dar uma de Gasparetto agora): mulher você vê todo dia nas ruas. Mas quantas vezes na vida, você viu ou vai var Glenn Hughes e o PC69 inteiros? Sexo, você faz todo dia, ou toda semana, mas estas duas legendas do Hard Rock, quantas vezes você viu ou verá ainda? E outra, quer se lambuzar, vai na zona, porra! Você gostaria de ir num evento onde rolassem bandas femininas e tivesse concurso de machões, tipo clube das mulheres? Tem eventos onde já rola isso! E outra, o que tem que ver música de qualidade com estas baixarias? Deixem estas putarias para o Funk, Forró, Black Music de hoje! A não ser que, você goste de Rock e freqüenta estes lugares porque ta cheio de mulher facinha? Fala sério. Por último, você pode argumentar: as minas são gostosas. Mas toda mulher hoje tem cabelo liso, põe silicone, se bronzeia, toma remédio, vai na academia! Que novidade tem isso? Ou você não tem competência pra arranjar mulher nenhuma e precisa pagar R$100,00 pra ver uma coisa forçada? Pra finalizar: mesmo quando estava solteiro, nunca fui num evento desses. Como o brasileiro é medíocre. Vocês viram o anúncio desta festa? 1/4 de espaço para Glenn Hughes, 1/4 de anúncio para o PC69 e 1/2 página para uma desconhecida modelo. Babem, seus panguãos. Depois mais tarde ela sai com algum senador, engravidar, e quem vai pagar a pensão de R$8.000,00 por mês vai ser você com seus impostos, seu babaca! Ou você acha que o Renan Calheiros paga do bolso dele a pensão para a Mônica Velloso? Ah, ah, ah, como o brasileiro é burro! Voltando à vaca fria, pois os outros tipos de vacas vão estar desfilando nesse evento de débil mental (aliás, quem mais fala de mulher ou quem mexe com mulher é justamente, que sempre está sem), este disco homônimo lembra muito o Pink Cream 69. Não tem a mesma qualidade de um disco de sua banda principal, mas lembra muito. Without You abre bem típica e característica, bem porrada nos seus moldes de Hard Rock. Já Evil Combination é mais lenta, sem ser balada, quase Progressiva, ficando a balada para Take These Tears. Em Don't Let It Slip Away volta o clima à PC69. No Peace For The Wicked é arrastada e a balada volta com Long Way To Heaven, belíssima. Em Wild In The City volta o peso, remetendo aos outros projetos em que David e o próprio Dennis Ward (que produziu o disco) participam, bem gingada e melodiosa. A balada Gentle Touch (outra) vem num estilo mais Whitesnake, que modernamente Jorn Lande tem lapidado. A frieza do Hard europeu (e alemão) volta com Prisoner Of Shame. Já os violões para ouvir na estrada se repetem na dobradinha New Messiah e Over The Ocean, encerrando com a pianística Love In Vain. Ainda tem Don't Let It Slip Away como bonus multimedia video track. Imperdível! JCB – 9,0

GREAT WHITE
Back To The Rhythm
Frontiers – imp.
Uma das bandas mais desgraçadas da história do Rock está de volta. Sim, pois eles conseguem bater outras duas bandas “azaradas”, que são o Def Leppard (morte de overdose de seu guitarrista Steve Clark e o baterista Rick Allen teve um braço amputado devido um acidente automobilístico) e por que não dizer do Helloween também (suicídio de Ingo Schwichtenberg após a saída da banda e Michael Kiske ter pirado). No caso do Great White, teve o guitarrista guitarrista Ty Longley morto em um incêndio em um show da banda, onde morreram quase 100 pessoas, em 2003. No mesmo ano, o baterista Derrick Pontier sofreu um acidente de carro, quando estava indo tocar justamente em show beneficente às vítimas daquele mesmo incêndio. E ainda no maldito ano de 2003 para a banda, seu ex-baterista, Audie Desbrow, teve sua casa destruída em um destes incêndios gigantescos que ocorrem na Flórida de tempos em tempos em suas florestas. O grande tubarão branco (como é conhecida a banda e também a sua mascote, o seu “Eddie”) ainda resiste e lança em  Back To The Rhythm um grande disco de Hard’n Roll. A faixa-título abre bem ao estilão da banda, enquanto Here Goes My Head Again é meio estradeira também. Já Play On a banda mais uma vez suga o Led Zeppelin, em mais um daqueles momentos irritantemente deliciosos de tão igual e descarado. E Back To The Rhythm segue assim, alternando músicas mais “pauleiras” com outras mais baladas, sempre na veia zeppeliana, mesclado ao oitentismo de plantão. Um grande álbum e uma grande banda, onde esperamos que cessem as tragédias e catástrofes. RS – 8,0

ROCK THE BONES
Volume 5
Frontiers – imp.
A já tradicional coletânea da Frontiers chega ao seu quinto volume, e ao contrário de muitas gravadoras, que normalmente só têm lançado este tipo de formato apenas promocionalmente ou para sorteio, o selo italiano põe a venda no varejo mesmo, apostando também ser mais uma alternativa para combater a pirataria. Como todas as coletâneas têm os seus altos e baixos, aqui não poderia ser diferente. Não pela qualidade das bandas aqui assistidas, pois todas são acima da média. Mas pelas músicas escolhidas, pois, como nós da ROCK UNDERGROUND recebemos e ouvimos quase todos os discos destes artistas lançados pela Frontiers (e enviados às nós), podemos dizer que nem sempre as melhores faixas de cada um está aqui. Entretanto, como isto é subjetivo e empírico, visto que cada um pode achar uma música melhor do que a outra, mais vale citar as bandas e suas respectivas faixas. Assim, você mesmo decide o que você acha. Mas em uma coisa todos somos unânimes: é uma coletânea imperdível! Segue a relação:
Primal Fear (participação especial de Simone Simons do Epica): Everytime It Rains; Allen / Lande: Master Of Sorrow; Pink Cream 69: Out of This World: Night Ranger: Tell Your Vision; Joe Lynn Turner: Love Is Life; Pride Of Lions: Language Of The Heart; Great White: Back To The Rhythm; Jorn: We Brought The Angels Down (live); Circus Maximus: Whither; David Readman: Without You; Stan Bush: I’ll Never Fall; Frederiksen / Denander: Let Him Go; Robin Beck: Livin’ On a Dream; Los Angeles: I Must Be Blind; TWR: River Of Paradise. Os únicos que não podemos opinar com seus CDs full são Robin Beck e Los Angeles, os únicos que não tivemos oportunidade de ouvir. Por outro lado, como achar ruim um compilado onde nada mais na menos temos juntos Primal Fear, Pink Cream 69, Russell Allen e Jorn Lande, Pride Of Lions, Joe Lynn Turner, Great White, David Readman (Pink Cream 69) solo e Jorn Lande solo? JCB – 8,5

HIGH VOLTAGE
High Voltage
Bhurr Records – imp.
Rumour Mill lembra Red Hot Chilli Peppers em seu vocal inicial, meio funkeado, como Anthony Kids costuma fazer (o momento mais Soul, mais Black, que Glenn Hughes fez escola). Já em Snake Hands With The Devil, com seu gritinho inicial e com a música naquele crescendo conhecido, imaginei que seria cover de Welcome To The Jungle do Guns’n Roses, mas não é. Segue no estilo da banda, com um final habitual, relembrando Paradise City do Guns (só no final). O vocal de Josh Alvernia lembra o do Firehouse e a música, tirando estes momentos todos citados acima, lembra a fase atual do Firehouse. Ou seja, que os caras são fãs de Hard Rock, isso ninguém contesta, mas ter talento para fazer Hard Rock, isso é outra coisa. JCB – 7,0

TRW (Thompson, Robinson & Williamson)
Rivers Of Paradise
Frontiers – imp.
Não gostei. Este TRW (Thompson, Robinson & Williamson), lembrando as trincas dos anos 70 do Progressivo e Hard Rock (Emerson, Lake e Palmer, entre tantos outros) é formado por Michael Thompson (guitarra), Mark Williamson (vocal e baixo) e John Robinson (bateria). Enquanto Michael Thompson lançou um disco de AOR sob a égide de M.T.B., Williamson e Robinson lançaram Bridge 2 Far em 89 pelo Toto. Boas referências, mas em Rivers Of Paradise, o trio não emplaca, pois este disco em alguns momentos até deixa de ser Rock. Muita influência de música negra (quase gospel), muito swingue, backing vocals negros femininos em quase todas as faixas, mais quase para o Rythim’n Blues moderno do que para qualquer estilo do Rock. Quem já fez isso antes foi Oliver Hartmman (ex-At Vance) em sua carreira solo, mas esse flerte foi apenas um detalhe, e não a tônica do disco todo. A melhor faixa é Set My Spirit Free, onde estão mais próximos do AOR e do Melodic Rock. Da faixa-título, que é a segunda, em diante, deixa a desejar (para fãs de Rock). RS – 7,0

FREDERIKSEN / DENANDER
Baptism By Fire
Frontiers – imp.
Este banda/projeto, na verdade é um duo mesmo, formado por Dennis “Fergie” Frederiksen, vocalista do Toto da fase Isolation (84), e é um dos melhores vocalistas de Rock Melódico da história. Ao seu lado, o guitarrista sueco Tommy Denander, que foi muito popular com Radioactive álbuns. Tommy ainda é muito gabaritado e requisitado no meio artístico, também como produtor e músico de estúdio, com mais de 1000 álbuns com créditos em seu nome, como nomes como Paul Stanley, Eric Clapton, Jeff Beck, Jimmy Page, Eddie Van Halen, Richard Marx, Desmond Child, Toto entre centenas de outros. O som aqui é um AOR perto do Hard Pop acessível e comercial, bem como o Toto e demais nomes do estilo. Destaque para as que abrem o CD, Let Him Go e a excelente Right Heart, Wrong Time. Mas a melhor de todas mesmo é a My Saving Grace, uma canção que poderia tocar nas rádios e ser uma das mais clássicas do Classic Rock em geral! RS – 8.0

MELDRUM
The Blowin' Up The Machine
Frontiers – imp.
Depois de debutar com Loaded Mental Cannon (2001), o grupo tocou com Zakk Wylde e Black Label Society e foi banda de abertura da turnê de comemoração dos 30 anos do Motörhead. Agora vem The Blowin' Up The Machine, num misto de Heavy Metal com Hard Rock e Punk Rock (ambos setentistas, ao melhor estilo das bandas femininas ou com mulher no vocal na época) e algo mais modernoso. Assim como o BLS, não gostei tanto assim deste The Blowin' Up The Machine, soa meio perdido, sem identidade e tem-se a impressão de fazer sucesso por ter vários padrinhos, entre eles, Lemmy Kilmister, que faz participação especial em Miss Me When I’m Gone. As guitarras chupam a banda de Zakk Wylde, o BLS. A vocalista Moa Halmsten em uma boa voz, mas nada que vá se destacar. The Blowin' Up The Machine foi produzido por Toby Wright (Metallica, Slayer, Alice In Chains), e conta com Gene Hoglan (Strapping Young Lad, Dark Angel ex-Death) e Linda McDonald (The Iron Maidens, ex-Phantom Blue) ambos na bateria. Completam Michelle Meldrum, esposa do guitarrista John Norum do Europe nas guitarras e Frida Ståhl no baixo. Poderia e teria tudo para ser melhor. Por que John Norum não deu uma canja? RS – 7,0


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