AVANTASIA
The Scarecrow
Rock Brigade Records / Laser Company Records – nac.
Não podemos acreditar em tudo o que falam. Principalmente músicos. Lembro muito bem em 2001, quando o Avantasia empolgava o mundo tudo, e seu mentor, Tobias Sammet foi entrevistado e perguntaram se o projeto teria continuação. Ele foi taxativo: o Avantasia não fará mais nada, minha prioridade será só o Edguy, mesmo que me paguem uma nota para fazer mais discos do Avantasia. Ele quebrou a promessa e continuou com o Avantasia, agora com a história de The Scarecrow. E para nós, imprensa, e para vocês fãs, ainda bem que ele não tem palavra! Pois estamos diante de mais uma obra-prima! Já saíram dois EP’,s dando um aperitivo do que viria a ser The Scarecrow. Aqui, Twisted Mind abre de forma impressionante, bem Heavy, bem ácida, bem teutônica, com grandes refrãos por parte de Tob alternando com Roy Khan (Kamelot), numa faixa bem pomposa e bem clássica. Nascida para ser clássico. Os violinos e o ar pagão chega na conturbada faixa-título, algo como uma doce caos. Num clima bem “savatágico”, as vozes de Jorn Lande ajudam a dar um ar ainda setentista à esta grande música, com backings matadores de Michael Kiske (ex-Helloween). Vale lembrar que, foi justamente o projeto Avantasia que ressuscitou Kiske para a cena Metal, visto que, desde 96, quando Michael lançou um disco solo numa sonoridade Pop, estava fora da música e nunca mais tinha gravado nada de Metal desde quando saiu do Helloween. Já Shelter From The Rain poderia estar em qualquer um dos dois Keeper’s do Helloween (esqueça a lamentável terceira parte). Mr. Sammet disse que quando pensa na voz de Kiske, tentava compor algo na linha de sua ex-banda e consegue! Shelter From The Rain é um Power Metal melódico quase “happy” matador! Ah, se o Helloween fizesse ainda músicas como esta (e mesmo que fizesse, não é apropriada para a voz de Andi Deris)! Ah se Kiske continuasse na cena Heavy Metal de fato e deixasse de frescura. Como um aditivo, Bob Catley (Magnum) dá o ar da graça. Carry Me Over já é bem famosa, só Tob canta, bem comercial, seguida da balada Another Angel Down com Amanda Somerville nos vocais. Já em The Toy Master o clima fica sinistro com a voz de Alice Cooper. Aí que vemos que hoje, Tobias Sammet é o melhor compositor da música pesada atual. Talentoso, versátil, parece não esgotar suas idéias. Esta faixa poderia estar em qualquer disco da Tia Alice. Instrumentalmente a banda muda pouco: Tobias no baixo, Eric Singer (Alice Cooper, Kiss) na bateria e Henjo Richter (Gamma Ray) e Sascha Paeth (que aposentou o Heavens Gate e virou renomado produtor a mais de uma década) nas guitarras tocam no disco todo, alternando alguns instrumentistas em algumas faixas. Devil In The Belfry conta com Jorn Lande nos vocais, em seus vocais mais agressivos feitos em sua carreira. Cry Just A Little é o momento mais fraco (ou menos forte do disco) com vocais de Bob Catley. Ela só serve para deixar ainda mais bombástica I Don’t Believe In Your Love com Oliver Hartmann (ex-At Vance) nos vocais. Como canta esse cara! Destaque nas guitarras desta vez: Rudolf Schenker (Scorpions)! Esta música ficou bem Scorpions, podendo estar em seus dois últimos excelentes discos! A máfia alemã se reuniu! Encerrando, o hit, single, vídeo-clipe e faixa-título dos dois EP’s lançados anteriormente, a já conhecida de todos, Lost In Space. Enfim, estamos diante de um disco quase perfeito em todos os aspectos: gravação, produção, escolha adequada dos vocalistas para cada tipo de música e para cada momento da história, uma trama perfeita e envolvente, e acima de tudo, uma dezena de músicas legais de se ouvir, que é o principal. Sem dúvida o melhor disco de 2008 até agora e dificilmente teremos algum disco esse ano que supere The Scarecrow! JCB – 10

Faixas:
1. Twisted Mind
2. The Scarecrow
3. Shelter From The Rain
4. Carry Me Over
5. What Kind of Love
6. Another Angel Down
7. The Toy Master
8. Devil In The Belfry
9. Cry Just A Little
10. I Don’t Believe In Your Love
11. Lost In Space

DVD:
- Entrevista com Tobias Sammet com legendas em português
- Videoclips "Carry Me Over" e "Lost in Space"
- Making of Videoclip
- Alternative Songs (Áudio)

A Banda:
Tobias Sammet - Lead Vocals, Bass
Sascha Paeth - Rhythm and Lead Guitars
Eric Singer - Drums

Participações Especiais (em ordem alfabética):
Vocalistas
Amanda Somerville
Alice Cooper
Bob Catley (Magnum)
Jørn Lande (ex-Masterplan)
Michael Kiske (ex-Helloween)
Oliver Hartmann (ex-At Vance)
Roy Khan (Kamelot)

Instrumentistas:
Henjo Richter (Gamma Ray) - Additional Lead Guitars
Kai Hansen (Gamma Ray) - Additional Lead Guitars
Michael "Miro" Rodenberg - Keyboards / Orchestration
Rudolf Schenker (Scorpions) - Additional Lead Guitars

UDO
Metallized
Rock Brigade Records / Laser Company Records – nac.
Este é um álbum comemorativo dos 20 anos de carreira, ou seja, é a primeira coletânea do homem! Se a carreira do Udo nunca foi tão bem sucedida quando a de sua ex-banda, o legendário Accept, por outro lado, ele ficou com toda a herança do grupo já que, além de ser seu eterno vocalista dono de uma peculiar voz e uma imagem caricata, seus shows tem em seu set de 30% a 40% das músicas compostas por clássicos da lenda germânica. Entretanto, na opinião deste humilde editor, seus dois últimos discos, Mission nº X e Mastercutor são os melhores de sua carreira solo, chegando muito próximo do que o Accept poderia fazer hoje em dia! Este compilado abrange sua fase mais recente e tem vários clássicos aqui demonstrados. Seria desnecessário citar destaques, pois todas as faixas aqui beiram o excelente! Sim, ao longo dos anos Udo fez vários clássicos, apenas seus primeiros discos eram muito irregulares, alternando músicas memoráveis com outras dispensáveis. Sorte sua, pois seus melhores discos estão disponíveis no Brasil via Rock Brigade Records / Laser Company Records! Como cereja do bolo, temos quatro bônus tracks: duas músicas inéditas, Shadow Maker e Terror In Paradise, muito boas, mais Balls To The Wall acústico (o inimaginável aconteceu!) e Bullet And The Bomb ao vivo em St. Petersburg na Rússia. Aliás, o que tem de gente gravando disco, DVD ou faixas para bônus, como esta, nesta região da Rússia é brincadeira! Metallized é não menos do que obrigatório! Ainda mais que Udo está vindo aí! JCB – 9,0     

Faixas:
1. Holy
2. Heart of Gold
3. Animal House
4. Cut Me Out
5. They Want War
6. Cry Soldier Cry
7. In the Darkness
8. Man and Machine
9. 24/7
10. Trainride to Russia
11. Independence Day
12. Thunderball
13. Shadow Maker (unreleased song)
14. Terror in Paradise (unreleased song)
15. Balls To The Wall (acoustic version)
16. Bullet And The Bomb (live from St. Petersburg)

RAGE
Carved In Stone
Nuclear Blast – nac.
Eu tinha acabado de fazer a resenha do Avantasia e ter dito que The Scarecrow ser o melhor disco do ano até agora. Só que depois fui ouvir Carved In Stone tendo em mente que pouca coisa me surpreenderia depois da deliciosa audição de The Scarecrow. E que porrada tomei no cara! Pois Carved In Stone é, ao lado do novo do Avantasia, o melhor disco do ano até agora! A faixa-título abre de forma de forma épica e melódica, típica do Rage. Drop Dead é corrida, algo Hard, também melódica. Já Gentle Murders é um típico Speed Power Metal alemão, enquanto Open My Grave (Que letra! Que título!) é mais arrastada e algo psicótica. Without You começa lenta quase uma balada, depois o peso vem, com certa cadência e uma melodia triste. Long Hard Road tem riffs arrasadores de guitarra do russo Victor Smolski bem ao estilo Metal Alemão tradicional (até me lembrei de algo de Accept nessa faixa). Aliás, Victor Smolski é o parceiro perfeito para “riffar” as melodias compostas por Peavy. A faixa ainda encerra um refrão ultra-melódico e pegajoso. Alguns riffs de Long Hard Road me fizeram lembrar de Blackout do Scorpions. Ou seja, enquanto 90% das bandas se inspiram em Helloween quando se fala de Metal alemão, o Rage pega as bandas mais veteranas e clássicas para se inspirar e fazer faixas novas remoldurando no melhor do Germanic Classic Metal! One Step Ahead é ríspida, ácida e detentora de mais uma boa dose de riffs matadores! Olha, acho que hoje o guitarrista que mais tem criado riffs com qualidade e de forma certeira é esse russo, Mr. Victor Smolski! O que falar de Lost In The Void? Outro clássico típico da Rage Music: melódico, pesado, agressivo, quase Thrash, teutônico, riffs matadores, vocais maravilhosos de Peavey, bateria matadora, baixo marcado, refrão com plena musicalidade (como Peavey sabe fazer isso – sua criatividade para compor refrãos que marquem na cabeça das pessoas é inesgotável!). Encerrando, o hit, single e vídeo-clipe (incluso no DVD) de Lord Of The Flies. Uma música tétrica, sombria, com teclados fantasmagóricos, como Peavey gosta de fazer, já que ele é colecionador de ossos e é um sujeito tétrico! Faltou falar da estréia André Hilgers (Silent Force) na bateria substituindo Mike Terrana, que deixou a banda em 2006. Carved In Stone é o décimo oitavo álbum da carreira e é um dos melhores lançados pelo nome Rage! O DVD trás um show histórico no Wacken Open Air de 2007 com a Lingua Mortis Orchestra, resultando em um momento belíssimo. Veja o track list do DVD e babe! Se só Carved In Stone já vale a aquisição, vindo com esse DVD, este pacote torna-se imprescindível na sua coleção! JCB – 10

Formação:
Peter "Peavy" Wagner - Vocals, Bass
Victor Smolski - Guitar
André Hilgers - Drums

Faixas:
CD:

1. Carved in Stone
2. Drop Dead
3. Gentle Murders
4. Open My Grave
5. Without You
6. Long Hard Road
7. One Step Ahead
8. Lost In The Void
9. Mouth of Greed
10. Lord Of The Flies

DVD:
Rage and Lingua Mortis Orchestra Live at Wacken 2007
1. Overture
2. From The Cradle To The Grave
3. Alive But dead
4. Lingua Mortis Medley
- Don t Fear the Winter
- Black in Mind
- Firestorm
- Sent by the Devil
- Lost in the Ice

5. Turn The Page
6. Suite Lingua Mortis
- Morituri te Salutant
- Prelude of Souls
- Innocent
- Depression
- No Regrets
- Confusion
- Black
- Beauty

7. Higher Than the Sky

HEAVEN & HELL
Live From Radio City Music Hall
Warner - nac.
Sem dúvida, o melhor CD ao vivo e DVD do ano de 2007! Para quem ainda não sabe, a banda Heaven And Hell é nada menos do que o Black Sabbath com a formação clássica que conta com Dio nos vocais, além de Vinnie Appice e claro, Geezer Butler e o eterno Tony Iommi. O fato de usarem o nome Heaven And Hell, uma alusão ao primeiro disco do Black Sabbath com Dio nos vocais, remete ao fato de que, esta banda, tocará apenas músicas gravadas com Ronnie James Dio cantando. Primeiro, foi lançada uma coletânea saudando esta fase e que contou com faixas de Heaven And Hell, Mob Rules, Dehumanizer e o ao vivo Live Evil. A coletânea ainda contou com três faixas inéditas, feitas rapidamente e que em poucas semanas juntos, Dio e Iommi produziram mais do que com Ozzy há quase uma década (onde lançaram apenas duas faixas). Estas faixas são The Devil Cried, Shadow Of The Wind e Ear In The Wall, a saber, sendo que esta última, não está presente, somente as duas primeiras. Embalagem prateada, com slipcase, e o principal: Dio, Iommi, Butler e Appice juntos. A melhor formação de toda a história do Black Sabbath reunidos novamente, afinal: de tantos cantores que passaram pelo grupo, algum melhor que Dio? Dos bateristas, pelo menos, Appice é bem melhor do que o original Bill Ward. Qual baixista é mais denso e soturno do que Butler? Você assiste Live From Radio City Music Hall e chora! Ainda mais quem viveu a época destes discos e viu esta formação em 1992 no Brasil, vai se arrepiar. O público, emocionado com o carisma de Dio e a junção destes monstros. Dio, canta em um tom mais baixo que o original. Pudera, ele beira os setenta anos. Mas dentro de seu atual alcance, ele é imbatível. Abrindo, a instrumental E5150, seguida de After All (The Dead) do Dehumanizer, mórbida. A dupla The Mob Rules e Children Of The Sea é arrasadora. Lady Evil é improvável, mas bem escolhida, por ser mais obscura, nunca tendo sido um hit da banda. Até porque, nas duas vezes em que Dio esteve no Sabbath, tinha que dividir suas músicas com as da fase Ozzy. Agora, tem espaço para tocar quase tudo! I, um dos clássicos do Dehumanizer e que estava no set list da banda solo de Dio recentemente, se mostrou outra escolha das mais felizes. Como essa música cresce ao vivo! The Sign Of The Southern Cross ao vivo, dispensa comentários e outra que Dio incluíra recentemente em seu set. Esta faixa foi a maior injustiça da coletânea Dio Years,, por estar ausente nela. Voodoo nos dá nostalgia, enquanto a nova The Devil Cried parece sempre ter feito parte da carreira da banda. A arrastada Computer God, que abria a Dehumanizer tour, agora vem no meio do set. A Falling Off The Edge Of The World também dispensa comentários. Shadow Of The Wind ainda vai virar obrigatória. Die Young não poderia ficar de fora e a trinca final com Heaven And Hell, Lonely Is The Word e Neon Knights vem para calar a boca dos incautos! Poderiam, estar presentes outros dois clássicos da banda, do disco Dehumanizer, como a Speed Metal TV Crimes e o hit Time Machine. Mas elas entrariam no lugar de qual faixa? Seria um delito remover algum do atual set! Se depois desse lançamento você ainda preferir o Sabbath com Ozzy com as modorrentas, cansativas e exaustivas Paranoid, Iron Man e War Pigs, me faça um favor: assuma que você não entende de música, muito menos de Heavy Metal.
JCB – 10

Faixas:
CD1

1. E5150/After All (The Dead)
2. The Mob Rules
3. Children of the Sea
4. Lady Evil
5. I
6. The Sign of the Southern Cross
7. Voodoo
8. The Devil Cried

CD2
1. Computer God
2. Falling off the Edge of the World
3. Shadow of the Wind
4. Die Young
5. Heaven And Hell
6. Lonely Is the Word
7. Neon Knights

QUEENSRYCHE
Take Cover
Warner – nac.
Muito espartos os caras do Queensrÿche. Estariam eles também entrando na fase The Secret (O Segredo – e documentário)? Ou na fase do Money, Money, Money, do reality shows como The Apprentice de Donald Trump, ou do nacional O Aprendiz de Roberto Justus (que, diga-se de passagem, tanto o apresentador como o programa da versão brasileira bate de 10/x1 o original norte-americano)? Sim, pois a banda de Seattle foi uma das pérolas do Metal americano na década de 80 e até a primeira metade de 90. No entanto, com a chegada do nefasto Grunge e com sua gravadora na época falindo, a banda se perdeu. Eles ainda perderam um de seus principais membros (o segundo principal, depois de Geoff Tate, claro, na minha opinião), o guitarrista Chris de Garmo. No Entanto, na onda das continuações e das “partes 2 ou 3” de álbuns clássicos e conceituados, a banda se reabilitou. Sim, de todas estas continuações, de longe, Operation: Mindcrime 2 do Queensÿche foi a melhor, superando ótimo Abigail part 2 de King Diamond (muito boa) e anos luz a frente dos risíveis e ridículos Keeper III do Helloween e Land Of The Free II do Gamma Ray. Já não bastasse essa melhora em sua imagem, a banda de Seattle resolveu fazer uma turnê tocando estas duas partes desta história na íntegra. Sim, tocando os dois discos inteiros na seqüência. Sendo o disco original na primeira metade e a segunda parte na segunda metade. Mesmo a segunda parte não sendo ainda um clássico a altura da parte 1 (ainda é recente seu lançamento), não fez feio e pareceu ser mesmo uma obra só, apesar da distância de quase 20 anos separando uma e outra. Não obstante, foi gravado um DVD desse show, que além de um grande sucesso, é mais um marco em sua carreira (ver a resenha em       ). Para aproveitar o momento, enquanto não sai um disco novo de estúdio, sabida e inteligentemente Geoff Tate lança este disco de covers: Take Cover. O mesmo, é eclético e agrada a fãs de diversos gêneros musicais dentro ou próximo do Rock. Abrindo, a improvável Welcome To The Machine do Pink Floyd. Depois, Heaven On Their Minds da trilha Sonora de Jesus Cristo Superstar, fazendo a banda sempre mostrar um ceticismo quanto a coisas religiosas. Almost Cut My Hair de Crosby, Stills, Nash & Young mostra que as veias da banda vem dos anos 70 mesmo. Já For What It´s Worth do Buffalo Springfield, a meu ver, é desnecessária, e entrando na fase Roberto Justus e Donald Trump, For The Love Of Money, de The O’ Jays. Sim, aquela faixa com o refrão Money, Money, Money, que virou um mantra para a nova forma de encarar os negócios. Innuendo, do Queen, ficou ótima, assim como Neon Knights do Black Sabbath e a porrada de Synchronicity 2 do The Police. Note que esta trinca remete à músicas de bandas que estão em grande sucesso atualmente, com um grande revival: o Queen, que recentemente tem “tourneado” com Paul Rodgers (Free, Bad Company) no vocal; o The POlice retornou depois de 20 anos recentemente; e Neon Knights e da Era Dio no Brack Sabbath, atualmente excursionando e gravando como Heaven And Hell. Ainda, para manter o setentismo, Red Rain de Peter Gabriel e saindo do provável, com Odissea, da dupla italiana Carlo Marrale & Cheope. Encerrando, em versão ao vivo, Bullet The Blue Sky do U2 que, com todo respeito, botou no bolso a versão do Sepultura. Enfim, agora falta um disco de inéditas! E parece que vem qualidade aí, a contarmos com a motivação e o grande momento vivido pelo grupo. E que eles venham tocar no Brasil, para sair do marasmo e shows que temos vivido nos últimos anos aqui! JCB

Faixas:
1. Welcome To The Machine
2. Heaven On Their Minds
3. Almost Cut My Hair
4. For What It´s Worth
5. For The Love Of Money
6. Innuendo
7. Neon Knights
8. Synchronicity 2
9. Red Rain
10. Odissea
11. Bullet The Blue Sky (Live)

MACHINE HEAD
The Blackening

Warner – nac.
Teve um monte de gente que quebrou a cara com o fato da Warner representar a Roadrunner no Brasil. Teve um monte de selo picareta, sem vergonha e falsário que queria a boquinha pra ganhar uma grana fácil sem trabalhar direito os produtos, mas agora, a Roadrunner está numa companhia séria que com certeza, vai saber trabalhar seus produtos de maneira decente, melhor do que já foi feito no passado inclusive! O Machine Head desde o seu debut com Burn My Eyes (94, tem um abase fiel de fãs e também se manteve fiel ás suas raízes. Isso graças também a integridade e reputação do nome do líder, vocalista e guitarrista Robb Flynn, que fez história com a hoje “cult band ” Vio-lence, que seguia o Thrash Metal ao bom estilo Bay Area. O Machine Head sempre foi mais pesado e moderno do que seu antigo grupo, e pela modernidade na gravação e execução: uma das primeiras bandas, sendo assim, pioneiras, claro, e fazer afinação mais grave nas guitarras. Saída inteligente, para compensar a sonoridade mais aguda do CD em relação com o som mais grave e abafado do vinil. Assim, dá ao ouvinte, com um som mais equilibrado, fato que até na Pop Music isto tem sido feito. No entanto, muita gente confundiu o MH com New Metal, sendo apreciado por grande parte de fãs deste estilo. Mas a banda sempre fez Metal de verdade e agora com The Blackening, não deixam a menos dúvida. The Blackening trás a principal característica que permanece intacta no grupo: alternando composições e momentos rápidos com outros cadenciados. O único problema da banda foi a sua constante mudança em seu line-up, hoje contando, além de Robb Flynn, com Adam Duce (baixo e único membro remanescente da formação original), Dave McClain (bateria) e Phil Demmel (guitarra, Vio-Lence). O disco é inspirado na guerra no Iraque e as atitudes do presidente George W. Bush (mesmo assim, não é conceitual). Destaques para Clenching The Fists Of Dissent com mais de 10 minutos de duração, além das cacetadas Beautiful Mourning, Aesthetics Of Hate e Now I Lay Thee Down. Apesar de The Blackening ter apenas oito faixas, sua duração é a de um CD be full, além da qualidade de todas elas. Mais uma banda que precisa visitar seus fãs no Brasil! PR – 9,0

Faixas:
1. Clenching The Fists Of Dissent
2. Beautiful Mourning
3. Aesthetics Of Hate
4. Now I Lay Thee Down
5. Slanderous
6. Halo
7. Wolves
8. A Farewell To Arms

DIVINE HERESY
Bleed The Fifth           
Warner – nac.

O guitarrista Dino Cazares fez história com uma banda da Roadrunner Era, que é o Fear Factory. A banda, que primava por um Metal meio Industrial, meio Thrash e que além destes públicos, caiu nas graças do público New Metal e de Metal moderninho na época, assim como ocorreu com o Psicótico Machine Head, apesar de ambos não terem nada a ver com esse estilo (não mesmo). Dino saiu e deixou o futuro do FF tão incerto, quanto inversamente proporcional a certeza de seu futuro com sua nova banda, a Divina Heresia. Completa o grupo, o baterista Tim Yeung (Vital Remains e Hate Eternal) e o então vocalista Tommy Vext. O Power trio (coisa rara no Metal norte-americano e europeu) é poderoso e tem tudo para ser bem mais sucedido que sua ex-banda poderia estar sendo no momento. A banda cai mais para o lado Thrash e Death do que o Industrial Metal, ainda que se perfaça presente aqui também. A bateria é esmerilhada por Tim, abusando dos bumbos. O vocal de Tommy, as vezes lembra o lado FF que Burton Bell sabe tão bem fazer. Nos momentos limpos, são agonizantes. E as guitarras? A cabo de Dino, estão melhores como sempre! Neste debut, a banda ainda lembra muito o Fear Factory, claro, mas isso é normal e natural. Músicas como Impossible Is Nothing e False Gospel (percebe-se que as letras continuam cínicas, céticas e críticas). Bom para todos nós que a história continuará assim! RS – 8,5

Faixas:
1. Bleed The Fifth
2. Failed Creation
3. This Threat Is Real
4. Impossible Is Nothing
5. Savior Self
6. Rise Of The Scorned
7. False Gospel
8. Soul Decoded
9. Royal Blood Heresy
10. Closure

3 INCHES BLOODY     
Fire Up the Blades      
Warner – nac.

Mias uma banda canadense, dessa vez, de Metal mais Power. Afinal, não é só de cantores e cantoras Pop que vive a terra do South Park. Brian Adams, Avril Lavigne, Alanis Morrisete, Celine Dion entre outros. O páis que tem atpé hoje na ativa o grande Annihilator (do mestre Jeff “riffman” Waters), o grande Exciter (que bateu o venom no Brasil) e o bom Anvil. Aqui, o quinteto 3 Inches Bloody faz Power Metal com decalques de Heavy Metal tradicional. O estilo, mescla o melhor da NWOBHM com influências de Iron Maiden, Judas Priest, Saxon e Def Leppard (dos primórdios). Fire Up The Blades é o terceiro disco deste grupo que debutou em 2002. A banda tem dois vocalistas, sendo Cam (vocal limpo e agudo) e Jamie (urros, guturais). Muito bem produzido, muito bem tocado, perfeito tecnicamente e composições que funcionam. Apesar de ser um pouco burocrático por ser bem feito demais, falta um pouquinho de punch, mas nada que impeça de você comprar este grande disco! RS – 8,0

Faixas:
1. Through the Horned Gate
2. Night Marauders
3. Goatriders´ Horde
4. Trial of Champions
5. God of the Cold White Silence
6. Forest King
7. Demon´s Blade
8. Great Hall of Feasting
9. Infinite Legions
10. Assassins of the Light
11. Black Spire
12. Hydra´s Teeth
13. Rejoice in the Fire of Man´s Demise

TARJA
My Winter Storm
Universal – nac.
A maioria dela são vinhetas instrumentais, como num disco de música clássica, ou como uma trilha sonora de algum filme (a capa pode enganar algum incauto, pois a mesma parece trilha de algum filme mesmo). Mas essa foi a idéia de Tarja e foi isso o que ela quis fazer – e conseguiu! I Walk Alone é a primeira faixa cantada, e é uma resposta para sua ex-banda, dizendo que ela pode caminhar sozinha na neve, no frio e no inverno que ela sobreviverá. Musicalmente, parece uma música de inverno ou de Natal, como a Walking In The Air, canção tradicional finlandesa de Natal (a Finlândia é a terra do santa Claus) que o Nightiwsh “coverizou” e Tarja gostou tanto. Lost Northern Star chega assustar, pois os coros épicos de Tarja são fortes e marcantes e a música, mais cadenciada. Não só Tarja quis responder ao Nightwish em I Walk Alone, como compôs uma grande obra como se fosse trilha sonora de filme. Vale repetir, pois segundo o próprio Tuomas (mentor de sua ex-banda) ele quer fazer isso em sua música. Seeking For The Reign é a introdução para The Reign, a própria, outro momento emocionante, onde Tarja solta sua garganta e sua emoção. The Escape Of The Doll é outra introdução para My Little Phoenix, uma das mais pesadas do disco e que mais se aproxima de sua ex-banda. Aliás, ela conseguiu fazer um disco que não seja essencialmente de Rock e Metal, mas que vai agradar aos fãs de Rock e Metal! Por mais clássico, Folk e Pop que seja My Winter Storm, ele tem suas estruturas calcadas no Heavy Metal Sinfônico com acentos Góticos. Os tecladinhos no meio de My Little Phoenix te lembram neve, avalanche, inverno, tempestade, nevasca e tudo o mais! Lindo! Dá até frio ouvir este disco! Um refresco em nosso verão cheio de radiação e poluição da era de aquecimento global. Isso no hemisfério Sul, pois no hemisfério Norte, onde agora é o auge do Inverno, My Winter Storm é bem oportuno! Assim, fazem as pessoas refletirem e apreciarem as belezas do frio e inverno e deixarem de só cultuar Sol, calor, praia, bronzeador e etc. Boy And The Ghost tem um talento e um puch de acessibilidade musical, que chega a lembrar o ABBA de tão grudento e bom, e ainda com corais tétricos dos bons tempos do Therion! Deu pra sentir? Em Sing For Me parece trilha sonora de algum desenho destes novos, como Procurando Nemo e A Era do Gelo. Outro belo tema (aliás, e redundante chamar alguma coisa de belo aqui) é Oasis como se Tarja estivesse procurando um oásis no meio da neve, uma instrumental. Quebrando o gelo (nos dois sentidos, figurado e concreto) vem a surpresa, Poison, cover do Alice Cooper, clássico dos anos 80. Ficou bem ao estilo Tarja, mas este tipo de cover era tão comum em sua ex-banda, que você espera que a qualquer apareça Marco Hietala berrando no refrão! Em Our Great Divide volta o clima intimista, seguida de Sunset, onde aparecem passarinhos piando, como se o sol estivesse reaparecendo. Damned And Divine é outro momento gélido, e Die Alive é um Gothic Metal de respeito e lembra muito o Nightwish! Aliás, o timbre das guitarras deste disco (quando elas aparecem) é o mesmo que Emppu usa no Nightwish. Em Minor Heaven Tarja parece ter ido pro céu (ao menos ela tentou retratar isso da forma mais angelical possível). Em Ciaran’s Well vem o peso Gothic Metal à Nightwish, mostrando que a coisa não foi bem assim. Porrada! Calling Grace encerra de forma majestosa. Enfim, um disco magistral! Se Tarja mantiver esta altíssima qualidade em sua carreira solo, será uma das maiores artista da MÚSICA de todos os tempos! E os fãs ganham ainda mais, pois o Nightwish continua! ADL – 10
 
Faixas:
01. Ite, missa est
02. I Walk Alone
03. Lost Northern Star
04. Seeking For The Reign
05. The Reign
06. The Escape Of The Doll
07. My Little Phoenix
08. Boy And The Ghost
09. Sing For Me
10. Oasis
11. Poison (Alice Cooper Cover)
12. Our Great Divide
13. Sunset
14. Damned And Divine
15. Die Alive
16. Minor Heaven
17. Ciaran’s Well

18. Calling Grace

AVANTASIA
Lost In Space Part 1
Rock Brigade/Laser Company Records – nac.
Novamente, temos a volta do grande projeto Avantasia, que balançou a virada dos anos 90 para o 2000. Até então, o Edguy, era uma banda promissora, muito boa e seu projeto não só resgatou nomes do Metal (ressuscitou Michael Kiske, ex-Helloween, por exemplo) e rechaçou tantos outros, como Andre Matos (já no Shaman na época) entre outros. O Edguy cresceu assustadoramente e Tobias Sammet disse que o projeto Avantasia estava encerrado, que foi um projeto que tinha começo, meio e fim. Só que o fim, parece que ainda não chegou. Aqui temos dois singles, Lost In Space Part 1 e 2. A música e o tema aqui são menos fantasiosos e mais próximos da realidade. A música também é menos épica, menos pomposa, mais direta e cru, mas ainda bem feita e mais para o lado Hard e AOR (que aliás, o Edguy tem muito) do que o Power Metal Melódico. A faixa-título abre de forma mais calma e introspectiva, já Lay All Your Love On Me tendo seu lado mais Power Melódico, com baixo bem em evidência. Em Another Angel Down é aquela chamada levanta defunto, e com vocais de Jorn Lande, já tendo uma cara das bandas em que ele tocou. Aliás, aqui temos uma pequena constelação. A banda aqui foi: Tobias Sammet: vocal e baixo (acreditem!); Sascha Paeth (Heavens Gate, Virgo e maior produtor do Power Metal Melódico de todos os tempos): guitarra; Henjo Richter (Gamma Ray): guitarra; Eric Singer (ex-Black Sabbath e Kiss): bateria e vocal; e Michael Rodenberg: teclado. Nos vocais, outros convidados, como o já citado Jorn Land (ex-The Snakes, ex-Masterplan, Allen/Lande, ex-Beyond Twilight, ex-Yngwie Malmsteen, ex-Mundanus Imperium, ex-Vagabond, ex-Ark, ex-Millenium – Jorn rivaliza com Glenn Hughes, John Lee Turner, Tony Martin e Jeff Scott Soto que canta em mais bandas, projetos e faz participações especiais) além de Bob Catley e Amanda Somerville. Estes dois últimas brilham na dramática balada The Story Ain' t Over. E Return To Avantasia é um preludio, uma intro para a setentista Ride The Sky, com Eric Singer nos vocais, a grande surpresa! Caramba, se no Kiss, o baterista original, Peter Criss podia cantar e Eric não, agora ele pode e canta muito bem. Para compor estas faixas, parece que Eric e Tob ouviram muito Deep Purple e Uriah Heep, com alguns Hammond dando um ar totalmente anos 70 além de algumas incursões em meio aos solos de música incidental. Se você fechar os olhos, jurará que quem está tocando teclados é Don Airey! Parabéns, Michael Rodenberg (que na verdade, é o famoso Miro, co-produtor de tantas obras do Metal Melódico ao lado de Sascha!). JCB – 9,0

Faixas:
01. Lost In Space
02. Lay All Your Love On Me
03. Another Angel Down
04. The Story Ain' t Over
05. Return To Avantasia
06. Ride The Sky
07. Lost In Space (Video Clipe)
08. Lost In Space (Making Of)
09. Galeria de fotos + poster

AVANTASIA
Lost In Space part 2
Rock Brigade/Laser Company Records – nac.
Aqui temos a parte 2 de Lost In Space, EPs que dão uma prévia do que será o novo full lenght do Avantasia, intitulado Scarecrow, com lançamento marcado para início de 2008, pela Nuclear Blast Records. A parte 2 abre com a mesma faixa-título, seguida de Promised Land, a mais fraquinha de todos os dois EPs. Já Dancing With Tears In My Eyes é acessível, gostosa, legal de se ouvir, bem no padrão clássico de Tob compor. Já Scary Eyes pode ser um novo clássico do Power Melódico, com solos inspirados, bons riffs, Tobias se mostrando cada vez mais versátil não só para compor, mas também para cantar. Lost In Space part 2 tem pouco mais de 20 minutos de música, além de outros atrativos, como o vídeo-clipe da faixa título, making of, galeria de fotos e wallpaper. Imperdível! In My Defense é outra balada pianística e temos novamente Lost In Space (Alive at Gatestudio), o que siginfica que foi tocada ao vivo no estúdio de Sascha, meio que acústica. Na parte 2, apenas Tobias Sammet canta e a parte um é mais completa, mais inédita e exclusiva, com mais vocalistas até. Mas é bom você adquirir as duas versões, para ir se preparando para a invasão de Scarecrow! RS – 8,0

Faixas:
01. Lost In Space
02. Promised Land
03. Dancing With Tears In My Eyes
04. Scary Eyes
05. In My Defense
06. Lost In Space (Alive at Gatestudio)
07. The Road To Avantasia (Studio Report)
08. Slideshow

MEKONG DELTA
Lurking Fear
Rock Brigade/Laser Company Records – nac.
Deu a louca no homem. Uli Kusch, que ficou famoso como baterista do Gamma Ray, depois ficou mais ainda no Helloween, fundador do dissidente Masterplan, depois que saiu do mesmo, está tocando em várias bandas ao mesmo tempo. Todas de Heavy Metal, mas todas bem diferentes entre si. Ele já participou do Beautiful Sin (mais Prog e com vocais femininos) e do Ride The Sky (belo Power Metal). Agora, ele está na remontada banda Mekong Delta e seu novo disco, Lurking Fear. A formação do grupo hoje é Ralf Hubert (baixo – e único membro original da banda], o já citado e dispensa apresentações Uli Kusch, o vocalista Leo Szpigiel (Angel Dust, Crows, Scanner, Duke) e o guitarrista Peter Sjöberg (conhecido como Peter Lake na banda Theory In Practice). Ainda cabe lembrar que o projeto já teve nas suas fileiras membros que já passaram pelo Rage, Avenger, Living Death, Sodom, Krokus, Running Wild, Poltergeist. Ou seja, é mais um projeto mesmo do que uma banda de fato, então esta rotatividade já é esperada. Aqui estamos diante de um Power Metal (mas Power dos moldes dos anos 80, claro, nada de Melodias, gritinhos e dois bumbos correndo como dois cavalos em uma biga). Aqui o lance é mais tradicional, cru, a própria capa já revela isso, com piques de Thrash Metal as vezes e bons momentos. Sem destaques individuais, pois a qualidade das composições é coesa e homogênea, ainda que se valha citar as citações e versões clássicas feitas de forma metalizada! Imperdível, pois mais uma banda cult dos gloriosos anos 80 foi resgatada! RS – 8,5

Faixas:
1 - Society In Dissolution
2 - Purification
3 - Immortal Hate (Accepting Prayers Of Supremacy)
4 - Allegro Furioso (Taken From 'Five Fragments For Group & Orchestra)
5 - Rules Of Corruption
6 - Ratters (Among The Dead)
7 - Moderato (Taken From 'Five Fragments For Group & Orchestra)
8 - Defenders Of The Faith
9 - Symphony Of Agony
10 - Allegro (Out Of 'Symphony nr. 10' By Dimitri Schostakowitsch

HAMMERFALL
Steel Meets Steel: Ten Years Of Glory
Nuclear Blast – nac.
Coletâneas são coletâneas, e agora chegou a vez do Hammerfall. Mais do que merecido, afinal são mais de 10 anos de serviços prestados ao Heavy Metal (e bons serviços, diga-se de passagem). Eles foram os responsáveis por resgatar o Power Metal, ou True Metal, como queiram, com todos os clichês dos anos 80. O mercado cresceu e deu uma nova vida e um novo salto de bandas e sub-estilos ao Heavy Metal. Além do mais, gravaram um disco de estúdio atrás de outro, numa produção que poucos grupos tem hoje em dia, e todos de alto nível, dentro do estilo, claro. Eles também ajudaram a colocar a Suécia ainda mais no mapa do Heavy Metal mundial (pois o país era mais conhecido pelo Death, Black, Hardcore e Punk). Quando a banda começou, foi famosa por ser um projeto de Power levado a cabo por músicos de Death e Black e sua formação mudou muito de suas origens a chegar na formação clássica até uns anos atrás. Saca só quanta gente passou desde o seu início: o vocalista o Mikael Stanne (Septic Broiler/Dark Tranquillity, ex-In Flames), os guitarristas Niklas Sundin (93-95) (Septic Broiler/Dark Tranquillity, Laethora) e Glenn Ljungström (95-97) (ex-Dimension Zero, ex-In Flames), o baixista Johan Larsson (93-94) (Carrion Carnage, Purgamentum, Seance (Swe), ex-In Flames, ex-Carnal Grief) e o baterista Jesper Strömblad (1993-97) (In Flames, Dimension Zero, ex-Sinergy, ex-Ceremonial Oath). Steel Meets Steel: Ten Years Of Glory é duplo e de certa forma, homenageia a eles todos também. O disco tem também três músicas inéditas, Last Man Standing, Restless Soul e a regravação HammerFall v2.0.07, que engraçadamente, não estão em ordem: nem são as últimas do disco (como normalmente acontece) nem são as primeiras. As faixas também não estão dispostas em ordem cronológica, mas para quem é fã, vai comprar de olhos fechados Steel Meets Steel: Ten Years Of Glory, pois é um artefato feito com carinho pela gravadora e pela banda, numa das parcerias mais bem sucedidas de todos os tempos dentro da história do Metal! Compre o seu! RS – 9,5

Track list
CD 1
01. The Abyss
02. Last Man Standing
03. Hammerfall v2.0.07
04. The Dragon Lies Bleeding
05. Steel Meets Steel
06. Glory To The Brave
07. Heeding The Call
08. At The End Of The Rainbow
09. Legacy Of Kings
10. Let The Hammer Fall (Live)
11. Templars Of Steel
12. Renegade
13. Always Will Be
14. Keep The Flame Burning
15. Riders Of The Storm

CD 2
01. Hearts On Fire
02. Crimson Thunder
03. Hero’s Return
04. Blood Bound
05. Secrets
06. Fury Of The Wild
07. Never Ever
08. Threshold
09. Natural High
10. Dark Wings, Dark Words
11. The Fire Burns Forever
12. Restless Soul
13. The Metal Age (Live Musikens Hus, Göteborg, 1998)
14. Stone Cold (Live Musikens Hus, Göteborg, 1998)
15. Hammerfall v2.0.07 video (Rough Mix version)

CONSORTIUM PROJECT
IV Children Of Tomorrow
Dynamo – nac.
A saga conceitual parte IV continua onde o terceiro capítulo acabou, dando uma continuação lógica a esta obra conceptual. Inicialmente, o Consortium Project do vocalista Ian Parry (Elegy) era para ser uma trilogia, mas como podem ver, o referido músico deve ter gostado imenso do que fez nos 3 discos do projeto e quis continuar a saga. O primeiro disco Criminals & Kings (99) era um excelente disco de Progressive Metal e havia chamado a minha atenção para o projeto. O segundo Continuum In Extremis (2001) seguia na mesma linha, mas tinha mais inclinações Heavy e Power. Já o terceiro, Terra Incognita (The Undiscovered World) (2003) estava muito colado ao anterior em termos instrumentais, mas também tinha os seus pontos de interesse. Não era tão bom, mas era uma continuação (e final) válida para a trilogia. Agora temos um novo disco, mais variado em termos musicais, Progressive Metal, Hard Rock, Heavy, Power, Rock sinfônico, há um pouco de tudo nestes 11 temas. Para não variar, Ian Parry rodeou-se de excelentes músicos de diversas proveniências, de bandas como Elegy, Within Temptation, Winters Bane, CP III, etc. Não são tantos convidados como nos lançamentos anteriores mas são todos excelentes músicos. Para não variar, este novo trabalho tem selo de uma editora diferente de todos os anteriores. 4 discos em 4 editoras. Vai ser muito difícil, no futuro, adquirir toda a saga, a não ser que seja reeditada numa única editora; talvez numa caixa com todos os discos ou qualquer produto do gênero. Para quem gostou dos anteriores, aqui está a continuação. Complete a sua saga, ou se está conhecendo o Heavy Metal agora, comece por este que está agora disponível em versão nacional brasileira! PR – 8,0


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