QUEENSRYCHE
Take Cover
Warner – nac.
Muito espartos os caras do Queensrÿche. Estariam eles também entrando na fase The Secret (O Segredo – e documentário)? Ou na fase do Money, Money, Money, do reality shows como The Apprentice de Donald Trump, ou do nacional O Aprendiz de Roberto Justus (que, diga-se de passagem, tanto o apresentador como o programa da versão brasileira bate de 10/x1 o original norte-americano)? Sim, pois a banda de Seattle foi uma das pérolas do Metal americano na década de 80 e até a primeira metade de 90. No entanto, com a chegada do nefasto Grunge e com sua gravadora na época falindo, a banda se perdeu. Eles ainda perderam um de seus principais membros (o segundo principal, depois de Geoff Tate, claro, na minha opinião), o guitarrista Chris de Garmo. No Entanto, na onda das continuações e das “partes 2 ou 3” de álbuns clássicos e conceituados, a banda se reabilitou. Sim, de todas estas continuações, de longe, Operation: Mindcrime 2 do Queensÿche foi a melhor, superando ótimo Abigail part 2 de King Diamond (muito boa) e anos luz a frente dos risíveis e ridículos Keeper III do Helloween e Land Of The Free II do Gamma Ray. Já não bastasse essa melhora em sua imagem, a banda de Seattle resolveu fazer uma turnê tocando estas duas partes desta história na íntegra. Sim, tocando os dois discos inteiros na seqüência. Sendo o disco original na primeira metade e a segunda parte na segunda metade. Mesmo a segunda parte não sendo ainda um clássico a altura da parte 1 (ainda é recente seu lançamento), não fez feio e pareceu ser mesmo uma obra só, apesar da distância de quase 20 anos separando uma e outra. Não obstante, foi gravado um DVD desse show, que além de um grande sucesso, é mais um marco em sua carreira (ver a resenha em ). Para aproveitar o momento, enquanto não sai um disco novo de estúdio, sabida e inteligentemente Geoff Tate lança este disco de covers: Take Cover. O mesmo, é eclético e agrada a fãs de diversos gêneros musicais dentro ou próximo do Rock. Abrindo, a improvável Welcome To The Machine do Pink Floyd. Depois, Heaven On Their Minds da trilha Sonora de Jesus Cristo Superstar, fazendo a banda sempre mostrar um ceticismo quanto a coisas religiosas. Almost Cut My Hair de Crosby, Stills, Nash & Young mostra que as veias da banda vem dos anos 70 mesmo. Já For What It´s Worth do Buffalo Springfield, a meu ver, é desnecessária, e entrando na fase Roberto Justus e Donald Trump, For The Love Of Money, de The O’ Jays. Sim, aquela faixa com o refrão Money, Money, Money, que virou um mantra para a nova forma de encarar os negócios. Innuendo, do Queen, ficou ótima, assim como Neon Knights do Black Sabbath e a porrada de Synchronicity 2 do The Police. Note que esta trinca remete à músicas de bandas que estão em grande sucesso atualmente, com um grande revival: o Queen, que recentemente tem “tourneado” com Paul Rodgers (Free, Bad Company) no vocal; o The POlice retornou depois de 20 anos recentemente; e Neon Knights e da Era Dio no Brack Sabbath, atualmente excursionando e gravando como Heaven And Hell. Ainda, para manter o setentismo, Red Rain de Peter Gabriel e saindo do provável, com Odissea, da dupla italiana Carlo Marrale & Cheope. Encerrando, em versão ao vivo, Bullet The Blue Sky do U2 que, com todo respeito, botou no bolso a versão do Sepultura. Enfim, agora falta um disco de inéditas! E parece que vem qualidade aí, a contarmos com a motivação e o grande momento vivido pelo grupo. E que eles venham tocar no Brasil, para sair do marasmo e shows que temos vivido nos últimos anos aqui! JCB
Faixas:
1. Welcome To The Machine
2. Heaven On Their Minds
3. Almost Cut My Hair
4. For What It´s Worth
5. For The Love Of Money
6. Innuendo
7. Neon Knights
8. Synchronicity 2
9. Red Rain
10. Odissea
11. Bullet The Blue Sky (Live) |