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MACHINES OF GRACE Machines Of Grace CMM – imp. O Machines Of Grace que acaba de lançar o álbum de estréia, homônimo. Mas quem é Machines Of Grace? Uma banda nova? Sim? Muitos acharão ser alguma coletânea ou disco obscuro do Queensrÿche, pela semelhança do símbolo de ambos. Os músicas são novos? Não. É mais um daqueles “dream teams”? Mais ou menos, no caso aqui, entre os integrantes da banda estão dois ex-Savatage, o vocalista Zak Stevens (Circle II Circle) e o baterista Jeff Plate (Trans-Siberian Orchestra, Metal Church). A banda é completada pelo guitarrista Matt Leff e pelo baixista Chris Rapoza. Muitos poderão achar precipitação o fato de Zak já ter o Circle II Circle, por vezes ser convidado para Trans-Siberian Orchestra e ainda, sempre estar as voltas com uma possível volta do seu ex-grupo. Mas ele está certo, em fazer seu nome sempre estar na mídia, como outros caras que já passaram pro vários projetos e cantaram em várias bandas, como Tony Martin, Glenn Hughes, Joy Lynn Turner, Jorn Lande, Jeff Scott Soto, e etc. A música aqui contida lembra sim, muito de Savatage de sua fase e até Circle II Circle. Este poderia até ser um novo disco do CIIC, mas na verdade este projeto já existia anos luz antes de Zak ser convocado para integrar o Savatage, chamado de Wicked Witch na época, e agora resolveu reunir seus velhos companheiros de primórdios de carreira para ressuscitar esse projeto. Just A Game abre o disco, de forma cadenciada, com um Heavy bem tradicional e Zak com sua voz bem característica, em tons mais médios. Esta faixa, conta com guitarras bem atmosféricas, contrastando com riffs mais modernos. Psychotic é mais moderna, mais arrastada e pesada, quase Thrash. Fly Away é bem intricanda, e a mais Prog, enquanto Innocence tem uma melodia gostosa de se ouvir, com violões e Zak cantando de forma suave, daquele tipo de canção pra se ouvir na estrada! Diferente de tudo o que ele fez até hoje e ficou legal! The Moment lembra o Hard AOR dos naos 80, começando com riffs marcantes e grandiosos, que se alternam com momentos acústicos, numa meia balada. E assim permeia o disco, alternando bons momentos com outros dignos de nota e outros nem tanto. Afinal, as músicas, apesar de re-escritas, em sua origem, datam de quando iniciaram este projeto duas décadas atrás, e mesmo assim, não soa datadas. O MOG é mais Prog que o Savatage e mais Hard que o CIIC. Enfim, em se tratando de Zak Stevens, sabemos que temos um produto de qualidade. Além do mais, muitos comparam essa parceria entre Zak Stevens e Jeff Plate como a de Bruce Dickinson e Adrian Smith nos discos Accident Of Birth e The Chemical Wedding da carreira solo de Bruce, do qual, ambos “se escalaram” para voltar ao Iron Maiden. Que então, Zak e Jeff se escalem para voltarem ao Savatage e para o Savatage sair do coma! Que assim seja! JCB – 9,0 Track list: 01. Just a Game 02. Psychotic 03. Fly Away 04. Innocence 05. The Moment 06. Between the Lines 07. This Time 08. Breakdown 09. Soul to Fire 10. Promises 11. Bleed 12. Better Days 13. This Time (Acoustic) |
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TYGERS OF PAN TANG
Animal Instinct Independente – imp. Olha, em 2008 saíram alguns discos imperdíveis que foram abafados pelos novos do Metallica, Guns’n Roses (até que enfim) e Metallica. Por que aqui temos um dos melhores do ano passado: Animal Instinct do Tygers Of Pan Tang! O baixista Rocky é a base da formação da banda, montada em 78 na região de Whitley Bay (Inglaterra), contando também com Robb Weir na guitarra, Jess Cox nos vocais e Brian Dick na bateria. Com o passar do tempo, o grupo revelou ao mundo um dos maiores talentos do Hard Rock, o guitarrista John Sykes. No final de 82 John Sykes decide deixar a banda e se juntar ao Thin Lizzy de Phil Lynott, e dois anos mais tarde, faria história no Whitesnake, brigando com David Coverdale e formando o também ótimo Blue Muder. Os Tygers Of Pan Tang contam no momento com o seguinte line up: Robb Weir – Guitarra, Dean Robertson – Guitarra, Jacopo Meille – Vocais, Brian West - Baixo e Craig Ellis – Bateria. E quanto a Animal Instinct, cara que disco! Heavy Metal com pitadas de Hard Rock, Heavy Rock e tudo o mais que seja de qualidade, tudo está aqui! Rock Candy abre num estilo que mescal os anos 70 e 80, bem Heavy Rock, com refrão fácil e melodia assoviável. Seguindo, Cry Sweet Freedom, melodiosa, um grande Hard’n Heavy, também melodiosa como o disco inteiro! Riffs certeiros, refrão mais ainda! A sensação de deja vu é indescritível, parece ter sido composta nos áureos anos 80. Live For The Day é a menos legal, enquanto Let It Burn é pesada, ponderosa, certeira, moderna, com uma bateria estrondosa, enquanto If You See Kay parece trilha sonora daqueles filmes adolescentes dos anos 80! Apesar da banda ter sido reformulada, a pegada é a mesma, remetendo aos grandes tempos de Spellbound, seu maior sucesso. Eles fazem NWOBHM (foram um dos pioneiros do movimento) com algo de Hard Rock inglês também, que sempre foi mais sóbrio do que o norte-americano. É a banda americana mais inglesa que temos conhecimento. E o que dizer de Hot Blooded com sua levada totalmente inspirada em Saxon? E os vocais dobrados à Def Leppard? E os andamentos rápidos, mas não tanto, mas também não cadenciados, à lá Demon? E o refrão dessa faixa? Puta-que-o-pariu! Vão fazer Hard’n Heavy’n Roll não sei anode! Eu garanto, se você entrar em alguma loja e tiver tocando esse disco, vai pensar que é algum relançamento remasterizado, de tão bom que é! Bem, até a capa de Animal Instinct, meio apagadona lembra um vinil dos anos 80 (ainda que o jogo de cores remeta ao último disco do Pink Cream 69, In10sity). Inclusive, quando reparei nisso, percebi que o vocal de Brian West lembra um pouco o timbre do inglês David Readman. Mas a música é diferente, apenas a semelhança no vocal, nas notas mais altas e agudas. Devils Find A Fool é meio estradeira com guitarras limpas, meio bluesy, meio sourthern, com mais feeling e groove. Para dar um fôlego ao ouvinte, senão não agüenta! Winners & Losers é outro momento rápido, mas nem tanto, e aí, nas mudanças de andamentos, que percebemos o talento e o feeling da banda para forjar novos clássicos. Ainda que Winners & Losers soe mais moderna, perto do Hard Rock atual. Já Cruisin tem uma pegada mais Rock’n Roll, lembrando a fase mais Hard do Saxon. Falando em Saxon... A próxima faixa Bury The Hatchet é puro banda de Pual Biff Byfford! Com a guitarra em seu começo, pensei que era cover de Power & Glory! Não é, mas seu começo é idêntico, assim como a estrutura da música e seu demais riffs! Encerrando, o Heavy Rock de Dark Rider, outra faixa fácil, naquele estilão que falamos tanto aqui. Este disco não tem nenhuma faixa boa. Todas são excelentes! E o bom (ao menos para mim): não tem nenhuma balada! Nenhuma! Umas mais, outras menos, mas um disco que virará clássico no futuro e também, mais um para a galeria de Cult, infelizmente, pois a qualidade apresentada em Animal Instinct é tanta, que deveria estourar no mundo todo e ser lançado no Brasil! JCB – 10 Track list: |
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WHITE WIZZARD
High Speed G.T.O. Earache – imp. Voltemos a Los Angeles, Estados Unidos, 2007. Em plena onda deste Metal moderninho, sem falar na desgraça norte-americana desta nova Black Music chafardana, quatro amigos juntam-se para formar uma banda para tocar simplesmente Heavy Metal (sem nada de Prog, Goth, Powr, Melodic, Symphonic, etc.). o resultado, um disco que poderia pertencer à NWOBHM, ou à discografia do Iron maiden, lembrando em muito algumas bandas brasileiras que nos saciaram com este tipo de música depois da decadência da Donzela de Ferro, como Fates Prophecy e Tailgunners. Nascia assim o White Wizzard que, em 2007, lançaram o seu EP de estréia homônimo. Agora, veio High Speed G.T.O., para conquistar o mundo todo com sua deliciosa musicalidade. Estão os chamando de NWOTM (new wave of traditional metal), junto com os Cauldron. Influências de Saxon, Judas Priest e Def Leppard podem serem conferidas aqui tranqüilamente. Este disco tem apenas sete faixas, e é sue único defeito, pois a hora que você começa a gostar dele, acabar. Então você repete, e já acaba de novo! Sua música é tão deliciosa que precisa de discos maiores daqui em diante e o quanto antes! As duas guitarras estão lá, dobradas, baixo cavalgado e vocais altos, mas nem tanto. As letras variam de automóveis (High Speed GTO) para esqueletos (March Of The Skeletons), eThis last track is a bit more 'punk' than some of the other tracks and, with its driving bass line, sounds like something from the Paul Di'Anno era of Iron Maiden.ssa última mais Punk, lembrando a era de Paul Di'Anno no Iron Maiden, dos dois primeiros discos, nessa linhas. A banda tem excursionado com nomes de peso, como Tygers of Pan Tang, Hades, e Candlemass. Matador, confira! PR – 8,0 Track list: |
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JACK STARR’S
Burning Starr – Defiance Magic Circle – imp. Se a Rock Brigade Records existisse ainda, lançaria este disco, pelo teor clássico a que se propunha a infelizmente finada revista. Jack Starr é um ex-Virgin Steele, mas uma guerra de egos, o fez ser “saído” do grupo pelo seu líder de David DeFeis, em meados de 1984, sendo o pontapé inicial do Burning Starr. Jack Starr sempre foi o cara mais Metal no Virgin Steele, as músicas mais pesadas da banda eram de sua autoria, e com sua saída, o VS ficou muito mais épico. Em sua nova banda, Jack Starr deixa de lado as influências clássicas de sua antiga banda e investiu no Metal Tradicional. Nos anos 80, sua musica flertava com o Hard Rock e chegou a revelar ao mundo Mike Tirelli, que depois iria para o Riot, mais tarde fundando o bom Holy Mother e ainda o Messiah’s Kiss. Após um período bem frutífero, entre 85 e 89, lançando 4 álbuns, a banda encerra suas atividades, tendo lançado desde então apenas uma coletânea em 1998. Agora, voltam com tudo em 2009 com este magnânimo disco! Sim, 20 anos depois, e parabéns à Joey deMaio, por sua gravadora ter resgatado uma banda que era contemporânea do Manowar! A faixa título é uma das mais épicas do disco, e hoje, o Burning Starr soa mais épico do que outrora, lembrando muito a sua ex-banda. Day Of The Reaper também é épica, cavalgada, emocionante, medieval! Com Indian Nation, ele se junta à causa indígena, assim como Joey De Maio (Manowar) e Joe Beladonna (ex-Anthrax), ambos descendentes. Flautas, cânticos, como se num ritual, se preparando para a luta, introduzem essa faixa, depois entrando guitarra e baixo, com bateria tribal. Demais! E por aí vai, a gravação ficou abafada, mas valeu o retorno! RS – 7,5 1. Inquisitor |
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DARK ILLUSION
Where The Eagles Fly Battlefield Records – imp. Banda de Thomas Vikström, um cara já veterano na cena, que nunca parou. Fez sucesso no Candlemass (nunca esqueço do vídeo do DVD ao vivo dessa tour e ele usando a camiseta “fuck Hip Hop”). Depois cantou no Brazen Abbot e mais tarde fundou o grande Stormwind, banda promissora que teve discos lançados aqui no Brasil, mas que não emplacou (parece que o Hammerfall ofuscou os olhos e ouvidos de toda a imprensa, que só tinham atenção para ele). Até chegar ao Dark Illusion e esperamos que agora, a banda se estabilize, pois esta tem um grande futuro. Se a sonoridade do debut era muito parecida com Iron Maiden apenas, agora assustadoramente a banda parece cada vez mais com Hammerfall. E não acho negativo, pois seus conterrâneos de longe estão fazendo grandes discos com hinos marcantes. E não é apenas uma cópia, mas sim, um desenvolvimento de um estilo, abortado pelo seu “criador”. Abrindo, My Heart Cries Out For You, a mais fácil e pegajosa, mas não a melhor do disco. Seguindo, Dark Journey é puro Hammerfall dos dois primeiros discos, quando era True Metal de verdade! O vocal de Thomas Vikström aqui esta assustadoramente soando igual à Joacim Cans. Land Of Street Survivor é outro tema empolgante, que faixa! Que disco! Power Metal Melódico sim, mas sem as frescuras do estilo, lembra também Hammerfall das antigas (sim, já da pra falar isso “gosto de Hammerfall antigo”). E repito, neste caso, está longe de ser negativo, pois há muitas cópias dos seus patrícios muito ruins por aí. E aqui segue a mesma toada, mas sem ser ruim. Pay The Price tem algo de Iron Maiden, mas lembra mais as bandas influenciadas pela Donzela, como o nosso Fates Prophecy. Seguindo, outro momento calcado na NWOBHM, Destiny's Call, imagina o baixo cavalgado de Steve Harris e as guitarras dobradas da Donzela, com levada e refrão típicos de um Saxon. Outra Maideniana é Evil Masquerade. Ou seja, o disco começa mais veloz, Power, Speed e Melodic à Hammerfall e continua mais cadenciado, direto e Tradicional. Mas e o passado de Thomas Vikström? Se faz presente sim, pois a música do Dark Illusion está longe de ser alegre. Ele trouxe aquela veia de sua passagem nos criadores do Doom Metal e por isso, o algo especial do Dark Illusion, pois misturar Maiden com Hammer, qualquer banda faz hoje e já deu no saco. Agora, tem que ter um tempero, esse é o segredo, aquele “molho especial e exclusivo”. Pois ele trouxe o lado épico do Candlemass, mas um épico diferente das bandas de True. A próxima trinca? Running Out Of Time volta aquele clima mais rápido, bem como Spellbound e Only The Strong Will Survive, ambas mais rápidas e velozes, bem como mais melódicas, e pelo título desta última, dá pra perceber a causa da True da banda, ao menos nas letras. Encerrando, a pesada, mais quebrada, cadenciada e mais tradicional simplesmente chamada de Epic. Que de épica não tem tanto assim, mas é bem cavalgada, com um bom andamento pegajoso ditado pela cozinha, numa das faixas mais inspiradas da carreira do grupo! Quer Heavy Metal de verdade (True ou não)? Ouça Where The Eagles Fly, que tem uma bela capa numa coloração diferente das demais do estilo e com um título até que manjado, mas eficaz. JCB – 9,0 Track list: |
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DARK ILLUSION
Beyond The Shadows Battlefield Records – imp. (a resenha sobre este disco foi feita em 2007, quando do lançamento do mesmo título por aqui pela Rock Machine Records, e mostra como em seu debut, a banda ainda soava crua e como evoluiu em Where The Eagles Fly, como você acabou de ler). O Dark Illusion é das antigas. Eles podem ter passado batido em meio a tantas bandas que surgiram e tiveram vida curta na década retrasada. Eles vêm da Suécia, foi formada no início dos anos 80 e em 1985 encerraram as atividades, lançando apenas fitas K-7 demo. Em 2003, o grupo retornou à ativa e em 2005 lançou Beyond The Shadows. Eles fazem Power Metal oitentista (esqueça o Melódico e o Power Metal dos anos 90). Mesclam com o Hard Rock e transbordam influências da saudada NWOBHM. A banda, obviamente, voltou reformulada e de conhecido, apenas o vocalista Thomas Vikström, que cantou no Chapter VI do Candlemass. Mas tranqüilize, Beyond The Shadows não tem nada de Doom. Ao todo, temos quinze boas faixas, com destaques para Neon Knight, com um vocal poderoso de Vikström e instrumental lembrando Iron Maiden, Child Of The Night, Into The Depths I Stare, Runaway On The Loose e por aí vai. A banda tem muitos toques de Iron Maiden, em alguns momentos chega a ser chupado. Ao menos, ficaria mais chato se chupassem o Helloween. Nada de novo, mas um bom disco. RS – 7,0 Track list: |
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SACRED OATH
Sacred Oath Independente – imp. O Sacred Oath foi formado na década de 80, mais precisamente em 1985, por Rob Thorne e Pete Altieri, quando eram amigos na escola. Ou seja, são sobreviventes, não os confunda com qualquer outra banda que surgiu ontem. Após assinarem um contrato com a Mercenary Records, em 1987, lançam seu debut A Crystal Vision, hoje um marco, item de colecionador e já os transformaram em banda Cult. Mais um bom nome do Metal americano, e naquela década, eles eram muito bons nisso. Power Metal era o nome do estilo que ajudaram a moldar. Mas como muitas bandas promissoras, por vários motivos, encerraram as atividades. Retornaram em 2001quando o debut da banda foi relançado pela Sentinel Steel, e como bônus 4 faixas regravadas pela banda, especialmente para esta edição. Retornaram definitivamente em estúdio em 2005, regravaram o debut inteiro e lançado com o título de A Crystal Revision. Ok mas e daí? Pois em 20 anos, só gravaram, tocaram e regravaram as mesmas músicas! Nada novo? Sim, Darkness Visible saiu em 2007, onde músicas novas foram compostas, no mesmo estilo, mas que se mostram mais atuais do que nunca. De um vocalista novato e apenas emotivo, Rob Thorne evoluiu (também, em 20 anos...) e é um dos melhores da cena de hoje em dia. Em 2008, soltam o ao vivo Till Death Do Us Part (sim, a banda voltou de verdade, para fazer discos novos e shows) e em 2009, sai este disco homônimo, uma pisadinha, pois poderiam dar um nome que marcasse. Nenhuma faixa em especial se destaca, nada espetacular, mas um punhado de canções legais, que hoje são mais Thrashy do que outrora, confira! RC – 8,0 Track list: |
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BLAZE BAYLEY The Man Who Would Not Die Blaze Bayley Records – imp. Aqui está mais um cara injustiçado. Ok, de longe ele seria um substituto a altura de Bruce Dickinson no Iron Maiden. Mas cá entre nós, qualquer um que entrasse, mesmo que fosse um Mike Kiske, levaria pedradas do mesmo jeito. Mas ele foi criticado além da conta e na minha opinião, os seus discos na Donzela, X-Factor e Virtual Eleven são melhores que os três seguintes com a volta de Bruce "The Air Raid Siren" (apelido de Bruce pela sua voz ser tão possante quanto uma sirene). Depois que saiu do Maiden, e isso já tem 10 anos, gravou discos consistentes na sua mais consistente ainda carreira solo. The Man Who Would Not Die já é o quarto álbum de estúdio da carreira solo de Blaze, que agora assina com seu nome artístico completo, Blaze Bayley (antes era só Blaze) e, considero The Man Who Would Not Die desde já o seu segundo melhor disco solo, só perdendo para o seu debut, Silicon Messiah (esse sim, já virou clássico). O estilo é basicamente o mesmo, Heavy Metal Tradicional com pitadas de Power Metal (o de verdade e não o melódico) e algumas passagens de Thrash Metal. Sua música é mais pesadas, agressiva e grave do que a do Iron, por sua voz ser mais grave, baixa e mais rasgada. Smile Back At Death possui palhetadas matadoras, e em Samurai o destaque é baixo galopante de David Bermudez. A Crack In The System foge do padrão, sendo mais alegrinha, caso raro na carreira de Blaze, e quase festiva. Robot é um petardo, rápida, lasciva, pesada, com muita pegada, mostrando o poder de fogo de Blaze em fazer composições de peso, em todos os sentidos. A faixa-título é digna de abertura de um disco de Metal: agressiva, direta, rápida e pesada, direto ao ponto. Waiting For My Life To Begin é mais melódica, com refrão grudento, outra habilidade de Blaze. While You Were Gone lembra algo de Iron Maiden (de sua fase, claro), até como em At The End Of The Day. A banda, além de Blaze é Nico Bermudez e Jay Walsh nas guitarras, David Bermudez no baixo e Lawrence Paterson na bateria. Resumindo em uma palavra este álbum: excelente! RS – 9,0 Track list: 01. The Man Who Would Not Die 02. Blackmailer 03. Smile Back At Death 04. While You Were Gone 05. Samurai 06. A Crack In The System 07. Robot 08. At The End Of The Day 09. Waiting For My Life To Begin 10. Voices From The Past 11. The Truth Is One 12. Serpent Hearted Man |
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BLAZE BAYLEY
The Night That Will Not Die CD Blaze Bayley Recordings – imp. Aqui temos mais um dos injustiçados pela imprensa, indústria da música e fãs. É aquela coisa. Se tem duas lojas que vendem as mesmas coisas pelo mesmo preço e uma está cheia e outra vazia, em qual você entra? Se os produtos são os mesmos e os preços também, prefiro a mais vazia. Mas a maioria entra na cheia. Como a maioria das pessoas tem baixa estima (tem gente que fala que “auto-estima baixa” argh!) e precisam pisar em outrem para se sentir alguém e fazer tipo para impressionar as pessoas que não gosta. Quer coisa pior que humoristas? Em suas vidas são assim. Ganham algum dinheiro por um tempo, depois de anos, vão nos programas de TV falar que passam necessidade. E nesse bojo, as pessoas elegem alguns “cristos” e no Metal temos alguns: Tony Martin, Tim Ripper Owens e Blaze Bayley. Eles tiveram o “azar” de cantarem em bandas “pequenas” como Black Sabbath, Judas Priest e Iron Maiden. Vítimas de inveja, foram apedrejados. Na boa. Quem apedrejava Tony Martin, é porque só ouve Sabbath com Ozzy e o queria de volta. Ozzy voltou mais 10 anos com o Sabbath e o que gravou? Nada! Mesma coisa com o Iron Maiden. Desde que Bruce voltou, o que a Donzela fez? Gravou 3 discos tão ruins, que vivem fazendo turnês só de músicas da década de 80, ninguém quem ouvir aquelas três porcarias. E o Judas? Rob Halford voltou, a banda ao vivo tem uma performance quase robótica (Halford nem se mexe) e gravou dois discos fracos. O caso de Blaze, é pior. Teve vários revezes durante sua estada na Donzela e depois saiu, tendo ficado viúvo recentemente. Agora chega este disco ao vivo, muito bom, em que revive várias fases de sua carreira, desde a bem sucedida solo, até claro, sua passagem na trupe de Steve Harris. O CD foi gravado ao vivo na Suíça no final do ano passado. A versão em DVD deste disco, que acaba sendo mais interessante por conter as imagens e a energia da banda ao vivo. Os músicos desta banda são os guitarristas Jay Walsh e Nico Bermudez, o baxista David Bermudez e o baterista Lawrence Paterson, todos excelentes músicos. O cd começa com 3 faixas do último CD The Man Who Would Not Die. Abrindo com a carro-chefe, na seqüência, Blackmailer e Smile Back At Death, uma trinca poderosa, mostrando o ponto alto daquele disco, Heavy Metal tradicional, quase NWOBHM, com muito de Power Metal e modernidade que beira o Thrash as vezes, com afinações mais graves. A performance do Blaze é soberba, cantando suas músicas, seja solo, Wolfsbane ou da sua participação no Iron Maiden, ele detona! Há também musicas dos seus outros álbuns solo, como as excelentes The Ghost In The Machine, Identity, The Launch, Stare At The Sun e Born As A Stranger, todas do seu álbum debut Silicon Messiah de 2000. Que para mim ainda, é o melhor disco de toda a carreira de Blaze em tudo que ele tenha gravado até hoje! Creio que nele, tenha mostrado toda sua fúria, decepção e raiva de suas saída do Maiden, então ele pôs para quebrar! O álbum conceitual de 2002, o bom Tenth Dimension também não ficou de fora, como Kill & Destroy e Leap Of Faith. Da fase com o Maiden, as excelentes Futureal, Lord Of The Flies, Man On The Edge e Edge Of Darkness, que são realmente as suas melhores de lá. Enfim, fãs de Blaze Bayley, Blaze solo, de Iron Maiden de sua fase e fãs de um bom Heavy Metal tradicional e até dos fãs de um Metal mais atual, curtam este pacote! Excelente! JCB – 9,0 CD Disco 1: CD Disco 2: |