GRAVE DIGGER
Ballads Of A Hangman
Napalm Records – imp.
O Grave Digger voltou a ser brilhante! Ao vivo, nunca deixaram de ser, como nós vimos em 2005 e 2008 com shows memoráveis. Mesmo tocando o mesmo estilo sem novidades, eles detonam ao vivo. Mas desde The Grave Digger de 2001 não ouvia um disco tão brilhante! A banda sempre tocou com tesão, com garra e raça, sempre tocou o verdadeiro Heavy Metal (tirando algumas escorregadas nos anos 80). Mas a inspiração pegou pesado agora! Com todo respeito a Rheingold (2003), The Last Supper (2005) e Liberty Or Death (2007) (cuidado, tirar links no dreamweaver) que são bons discos, mas ficaram muito aquém de The Grave Digger de 2001 (a banda desde 99 só lança discos em anos ímpares, numa impressionante produtividade, de um disco a cada 2 anos, seguidos de intensas turnês mundiais. A banda foi magistral na trilogia épica com Tunes Of War (1996), Knights Of The Cross (1998) e Excalibur (1999), que foi o épico dos épicos. Com The Grave Digger, ele fizeram um som mais tradicional. Depois, com os discos subseqüentes, tentaram o épico de novo, sem o mesmo sucesso. Apesar deste elementos epicistas estarem presentes em Ballads Of A Hangman, o disco voltou a ser mais direto, bem Power Metal teutônico. A introdução instrumental The Gallows Pole serve como um réquiem para a faixa-título, bem épica e medieval, com refrão cantado que nem hino e grito de guerra. É de arrepiar. Hell Of Disillusion tem algumas cadências, enquanto Sorrow Of The Dead é uma das melhores faixas do disco e de toda a carreira da banda! Rápida, direta, crua, sem firúlas! Que porrada, que guitarras toca este tal de Manni Schmidt! O cara toca muito! E agora acompanhado definitivamente de Thilo Hermann, sendo o primeiro disco que a banda grava com duas guitarras. Descaracterizou a banda? Jamais! Ela ficou mais pesada e matadora do que nunca! Sorrow Of The Dead tem um dos refrãos mais poderosos, bem como seus riffs certeiros. Ainda na veia tradicional vem Grave Of The Addicted, outra faixa rápida, onde só é possível fazer isso com uma cozinha bem entrosada com Jens Becker (baixo) e Stefan Arnold (bateria). Assim como no futebol, mudanças de técnico são ruins e a estabilidade é o caminho mais inteligente (está aí o Muricy no São Paulo para provar isso), na música todos estão percebendo o mesmo! As bandas alemãs antes tinham a tradição de mudar a formação a cada disco. E a estabilidade dá resultados matadores, afinal, parece aqui que os caras em estúdio, na hora de gravar, só de um olhar pa o outro sabiam o que iam fazer! E Chris Boltendahl então? A garganta dele na gasta não? Com seus vocais rasgados que não mudaram nada ao longo dos anos, só melhoraram? Em Grave Of The Addicted ele se supera! Aliás, até a capa de Ballads Of A Hangman voltou a ser legal (até nas capas dos respectivos Rheingold, The Last Supper e Liberty Or Death, deixou a desejar). Lonely The Innocent Dies é a balada com cara de bárbaro do disco, com participação especial da vocalista Veronica Freeman, do Benedictum. Definitivamente, uma balada para dar uma pausa, um descanso e tomar fôlego. É a única faixa onde os teclados se sobressaem por Hans Peter Katzenburg, que se fantasia do mascote da banda ao vivo e nas fotos de estúdio. Into The War vem com um momento bem Speed Metal, sem tantas novidades. Já The Shadow Of Your Soul é bem Power, ainda melódica, mas agressiva e com muito banguing, com umas cadencias matadoras na primeira parte sem guitarras, só aquelas passagens matadoras só com baixo e bateria, com muito feeling e com riffs abafados mais destruidores ainda na segunda. Que é que faz música desse tipo hoje em dia, com essa riqueza de detalhes simples, mas que funcionam? Impossível ficar com a cabeça e os pés parados nesta música! Chris cria refrãos pegajosos com a maior facilidade, como se fosse a coisa mais fácil e natural do mundo! Impossível você não sair cantando seu refrão logo depois de ouvir pela primeira vez. Funeral For A Fallen Angel conta com outra melodia pegajosa e assoviável. Eles vão ter trabalho para montar o set list dessa turnê...  Interessante o começo bem flamenco dessa música, mas só o começo. Stormrider quer reviver o Metal Tradicional dos anos 80 da banda. Muito tem se falado de Jailbreak, cover do Thin Lizzy, mas a versão que recebi, não tem ela. Encerrando, a linda Pray que intitulou o single que precedeu esse full lenght. Mais na manha, mais cadenciada, mais melódica, com um dos solos mais inspirados que Manni Schmidt já compôs em sua vida e mais uma vez, um refrão para marcar, ficar na sua cabeça e fazer você ouvir o disco inteiro novamente e não sei mais quantas vezes! Até agora é “O” disco do ano! JCB – 10

Track list:

1. The Gallows Pole (0:47)
2. Ballad Of A Hangman (4:45)
3. Hell Of Disillusion (3:55)
4. Sorrow Of The Dead (3:35)
5. Grave Of The Addicted (3:33)
6. Lonely the Innocent Dies (5:46)
7. Into The War (3:32)
8. The Shadow Of Your Soul (4:14)
9. Funeral For A Fallen Angel (4:30)
10. Stormrider (3:17)
11. Pray (3:36)

STEVE GRIMMETT
Personal Crisis
Independente – imp.
O disco saiu no finalzinho de 2007, mas só recebemos nos primeiros dias de 2009. Mas pode ser considerado um lançamento de 2008. E cara... O que é isso aqui? Mais um a ganhar o troféu puta-que-o-pariu? Fazia tempo que não dava esse troféu, e de uma tacada só, nesse comecinho de 2009, já dou 3: para o novo do Grave Digger, para o novo do Tygers Of Pan Tang e agora para Steve Grimmett! Alguns vocalistas quando saíram em carreira solo, fizeram discos de arrepiar. Afinal, lembre de Accident Of birth de Bruce Dickinson, Resurrection de Halford, todos do Dio, os primeiros do Ozzy, Never Let the Bastards Wear You Down de Dee Snider e até com boa vontade, Silicon Messiah de Blaze (sim, é um grande disco e surpreendeu na época) e mais alguns, como o disco solo do Tribuzy. Pode colocar Personal Crisis nesta lista! Bom, o cara cantou em bandas lendárias como o saudoso Grim Reaper e no histórico Onslaught, além dos bons Chateaux, Medusa e o atual Lionsheart. A banda de apoio de SG é: Ian Nash (Lionsheart) na guitarra, Pete Newdeck (Paul Di’Anno, The Shock) na bateria e Ritchie Walker no baixo. Há alguns convidados especiais, como Eric Ragno (Jeff Scott Soto) no teclado, Bob Daisley (Ozzy Osbourne, Rainbow) no baixo, Carsten Schulz (do ainda novato Evidence One) e Tony Mills (Shy, TNT). Karma abre com teclados bem na linha Prog Metal, mas depois vem o Heavy Metal puro e simples, finalizando com uma voz gravada de uma menina, no estilo da faixa No More Tears de Ozzy por Ella Dooney. Seguindo, um petardo Power Metal, Wait For Ever! Melódico sim, mas sem aquelas firulices dos anos 90! Aqui percebemos duas coisas: a gravação estrondosa do disco, poderosa, deixou o som na cara, com tudo bem equalizado, você ouve todos instrumentos! E a segunda o vocal de Mr. Grimmett. Como ele está cantando, talvez até mais do que no passado! Seja nos momentos mais agudos e altos, quanto nos mais rasgados! Freedom tem uma levada mais cadenciada, mais puxada para o Prog Metal mesmo, com teclados ao fundo, e alguma virtuose. Neste caso, Mr. Grimmett. Fez um disco bem moderno e atual, sem resgatar o passado. E quando a coisa é boa, tanto faz se é moderno ou Old School. O Tygers Of Pan Tang fez um disco totalmente fincado em suas raízes nos anos 80 e ficou do caralho! E agora, Mr. Grimmett, fez um disco nos moldes do Metal de hoje e ficou também do caralho! Ah, esqueça groove, muito swingue e qualquer diabos de core que seja (Metalcore, sei-lá-o-que-core). É Heavy Metal Tradicional! Ao vivo, como estas faixas vão soar? Lonely é mais uma que atende o lado Prog da coisa, bem lenta, mas ao mesmo tempo sombria. Aliás, Personal Crisis é um disco sombrio! Seguindo, Afterglow, já tem um lado no Metal clássico de suas antigas bandas, com Steve cantando e oscilando na mesma faixa, momentos mais suaves e limpos com os agudos característicos alternando ainda com vocais agressivos e rasgados. Faixa nascida para ser clássico! Seguindo, outra porrada: Enemy. Atente que a maioria das faixas tem apenas uma palavra em seu título. Aqui, além de ser um belo de um Power Metal, tem a participação especial da vocalista Joanna Ruiz, fazendo um belo contraponto, com sua voz angelical, com a agressão de Grimmett. Mais ou menos que nem a Bela e a Fera das bandas de Gothic Metal? Só que sem urros e sem vocais líricos, tudo dentro da seara do Heavy Metal apenas (sem influências e estética Goth, Black ou Symphonic). Seguindo, Promises, que tem uma pegada Prog, com tanta classe, apesar do peso, que lembra algo como The Sygnet, Royal Hunt ou Silent Force, e aí, vejo que a produção foi feita pelo novo mago do Heavy Metal e Hard Rock: Dennis Ward, também baixista do Pink Cream 69. Ele sabe como pegar a veia música de uma banda e, sem descaracterizá-la, ele realça e a deixa mais forte, na roupagem das produções dos discos de hoje em dia. São poucos os discos de hoje em dia que não soam pasteurizados nem sintéticos, com tanta tecnologia atual. E grande parte destes discos atuais que não soam pasteurizados nem sintéticos teve a assinatura de Dennis Ward. Ele faz uma produção atual moderna e encorpada, sem mexer na musicalidade do músico, mesmo que seja um Old School como Grimmett. Ao contrario, ele deixa essa característica mais poderosa ainda! Voltando, Invincible segue essa linha também, mais cadenciada, pesada, com algo Hard, bem sombria e com um refrão tão assimilável e pegajoso, que beira o AOR e até as propagandas de cigarro dos anos 80. Strength é meio climática, enquanto o Metal tradicional volta a tona com Wrath Of The Ripper, talvez a que mais lembre o Grim Reaper, caso estivessem lançando disco novo com músicas inéditas. Bem Power Metal! O interessante que, ao fazer as resenhas de Grimmett e do Tygers Of Pan Tang é: Grimmett fez um disco atual e revigorado, enquanto o TOPT fez um disco anos 80 total. E os dois discos são maravilhosos! E enquanto o Tygers é americano, mas soa mais inglês do que nunca, Steve Grimmett é inglês, e fez um disco bem Metal à EUA! E os dois são maravilhosos! Encerrando, Fallen, bem Power Metal. Espetacular! Que venha outro disco novo esse ano! JCB – 9,0

Track list:
01. Karma
02. Wait For Ever
03. Freedom
04. Lonely
05. Afterglow
6. Enemy
07. Promises
08. Invincible
09. Strength
10. Wrath Of The Ripper
11. Fallen 

GAIA EPICUS
Damnation
Epicus Records – imp.
Depois de ter copiado muitas bandas e fazendo seu último álbum Victory com reconhecível riffs e linhas vocais, a dupla norueguesa Gaia Epicus retorna às suas raízes, no quarto álbum Damnation. Essas raízes estão profundamente enraizadas na Alemanha e foram alimentados por Gamma Ray. Mas esqueça o lado Funny Metal e Happy Metal. Pois a coisa aqui é séria. O som do Gaia Epicus nunca soou tão elegante e garboso como agora. Decididamente, agora temos um Metal adulto. Seriam os inventores do AOM? O AOM é uma derivação Metal do AOR, que significa: Adult (ou Art, ou Album, há varias denominações) Oriented Rock. Apesar da falta de uma identidade própria da banda sempre utilizada para chegar a forte composições Metais mais pesados, mas este quarto álbum parece que falta também! As canções som demasiado insípidos em alguns momentos. O disco é bom, bem polido, mas polido demais. E embora o álbum tenha uma forte riffing em geral, têm sido tocado com muito cuidado e classe em demasia. Como o Kamelot têm feito nos últimos discos. O mesmo vale para os outros instrumentos e também a produção do álbum. É quase soa como se na sua busca à perfeição a banda tenha trabalhado com muito cuidado, que tem tido o efeito oposto. Hansen pode ser bem pensadas fora, mas tem sido cantada, sem qualquer poder ou convicção. Ou seja, tecnicamente é bom, mas falta punch e embora tenha participações especiais como Roland Grapow (Masterplan), Michael Troy (Malmsteen) e Dominique Leurquin (Rhapsody Of Fire), além de Ola Halen, Andreas Olsson (Narnia, Divine Fire, Rob Rock, Stormwind), Jonas Hörnqvist e muitos outros, o disco não chega a ser um clássico, apesar de muito bom. E quando um disco tem tantos convidados, e não sendo um projeto ou Ópera Metal, me pergunto: o disco não seria bom o suficiente para funcionar sozinho? De qualquer forma, para os fãs deste tipo de música, recomendo. RS – 7,0

Track list:
1. Damnation
2. Masters of the Sea
3. Firestorm
4. The Wizard's Return (instrumental)
5. You are a Liar!
6. Cyborgs from Hell
7. The Saviour (Will Come)
8. A Hero in All
9. Salvation is Here
10.Warrior - Bonus (Helloween cover)

ROOT
The Book (1999)
Hell Symphony (1991)
I Hate Records – imp.
A lendária banda Checa Root está na ativas há muitos anos em seus país de origem, mas no resto do mundo ninguém sabe deles. The Book deverá ajudá-los neste caso, porque eles não são mais fracos do que muitos ocidentais grupos que estão começando por toda a parte, mas que som diferente, mais original, e que poderia ser o seu maior problema. A banda é bem irregular, cada faixa parece uma coisa, enquanto no disco seguinte, a coisa descamba para o lado negro da coisa. Aqui, prefiro chamar eles e catalogá-los de Heavy Metal. Tem as influências de Doom, de Thrash e Black, mas na essência é Heavy. O release descreve-os como "Dark Metal Místico". O quinteto amalgama um pouco Black Metal, Death Metal, Doom Metal, passagens acústicas e uma boa porção de passagens teatrais. O Doom fala alto, já que a maioria das faixas são lentas e arrastadas, mas muitas banda de Heavy da NWOBHM era assim, como o Pagan Altar. O Root seria um Pagan Altar mais extremo. Os vocais variam dos caóticos aos limpos, dos guturais aos agressivos, além de um sotaque irreparável. The Book é de 1999 e é o disco mais recente relançado pela gravadora sueca I Hate Records. The Book é o quinto disco de sua discografia.
Hell Symphony é de 1991 e é o segundo disco do grupo. Eles realmente começara querendo tocar Black Metal e são contemporâneos das bandas clássicas da Noruega que datam deste mesmo começo dos anos 90. Então, não podemos acusá-los de copiá-las! A maior influência poderia ser o Venom e ainda, Celtic Frost, pela crueza e inabilidade dos caras tocarem seus instrumentos. A gravação é tosca, ainda que remasterizada, e o charme é essa crueza e brutalidade, coisa impossível de ser referira hoje em dia. Por mais que o cara queira ser ruim hoje, as informações e os instrumentos de hoje, além de equipamentos para gravação impedem de fazer isso. Então temos mais uma raridade! A coisa era tão brutal, crua, ininteligível, imatura e grosseira, que os caras simplesmente deram o nome de cada faixa de todos os demônios possíveis e imaginários, pelo menos a diretoria, os mais top. Só ver o track list: Belzebu, Belial, Lúcifer, Abbadon, Asmodeus, Satan, Leviathan, Astaroth, Loki, etc. hoje, isso soa clichê, mas em 1991 ainda chocava. E imagina ainda mais num país do leste europeu, recém liberto de ditaduras e recém saído do bloco socialista liderado pela extinta União Soviética? E num país também cristão, com predomínio da igreja ortodoxa? E num país, que antes era a Tchecoslováquia, que estava se desmembrando em República Tcheca e Eslováquia? Como os caras não foram presos? Por isso, antes de julgar musicalmente um trabalho, temos que ver o contexto, a parte social dos integrantes, a época, o país, seu regime político, religião, predominante. Contando tudo isso, o Root é um bastião do Metal extremo em seu país, que hoje, é um dos maiores mercados do estilo. O jeitão de fazer Black Metal do Root em Hell Symphony é peculiar e particular! Ainda que a banda continue sendo classificada como Heavy Metal para mim, confira esta pedra bruta que é novidade para nós! JCB – 8,0

The Book (1999)
1. The Book
2. The Mystical Words Of The Wise
3. The Curse - Durron
4. Why?
5. Corabeu - Part One
6. Corabeu - Part Two
7. The Birth
8. Lykorian
9. The Message Of Time
10. Remember Me!
11. Darkoutro - ...Toccata - Prestissimo Molto

Hell Symphony (1991)
1. Belzebu
2. Belial
3. Lucifer
4. Abbadon
5. Asmodeus
6. Satan
7. Leviathan
8. Astaroth
9. Loki
10. The prayers
11. The Oat
12. Satan´s March

IRON FIRE
To The Grave
Napalm Records – imp.
Este é um dos melhores discos de 2009 desde já! A banda é dinamarquesa e são poucos os grupos que ganham notoriedade saídos de lá. Também, quando aparecem, são grupos brilhantes. A banda teve seu disco de estréia Thunderstorm de 2000 lançado aqui pela Rock Brigade Records, no auge do Metal Melódico. A banda já soava promissora, mas também era mais uma entre tantas que haviam na época e passou meio batido aqui no Brasil por isso. Hoje eles lideram esta cena no norte da Europa! Sua música é menos melódica e sinfônica, mas mais pesada e mais Power do que Melodic. Realmente, muitas bandas dentro desta veia estão se superando. E aqui, mais uma vez, não temos nada de original, mas temos sim, um grande disco com grandes músicas longe de ser cansativo. O seu anterior The Blade Of Triumph não era de modo algum um mau álbum, mas parecia não atingir o potencial da banda e de um modo geral não levantava verdadeiramente vôo. Isso ocorre com To The Grave! A capa é mais um show a parte, como todas do grupo, do tipo, só ela já paga o CD, coisa que os idiotas que fazem download, não sabem apreciar. As guitarras estão poderosas com riffs portentosos saudando as melhores hordas de True Metal, com solos marcantes, e os vocais de Martin Steene fazem a diferença. É um dos melhores do estilo. Os teclados aparecem na medida certa, nunca enjoando. O baixo cavalgante, mostra influências de Iron Maiden, com composições onde se ouvem as “galopadas”. A bateria, faz o seu papel, sem bumbos insanos na velocidade da luz, a bateria aposta nos timbres e diversidade de musicalidades e tons, do que rapidez e técnica exacerbada. O batera Jens B esbanja feeling! A banda foge de todos os clichês do estilo, ainda que faça parte dele. As músicas são distintas entre si, e trazem muitas influências de Hard Rock (muitas bandas do estilo estão chegando ali). Destaques para as monstruosas The Beast From The Blackness, Kill For Metal, To The GraveeThe Battlefield. Realmente, um verdadeiro masterpiece! Cara, nem vou vir com essa de comparar com essa ou aquela banda, pois o Iron Fire consegue imprimir seu estilo pessoal aqui! Ao contrario, daqui uns anos, bandas vão se influenciar por eles! JCB – 9,0

Track list:
1. The Beast From The Blackness (4:50)
2. Kill For Metal (4:10)
3. The Demon Master (3:39)
4. Cover The Sun (5:09)
5. To The Grave (4:54)
6. March Of The Immortals (4:03)
7. The Kingdom (4:23)
8. Frozen In Time (5:25)
9. Hail To Odin (4:59)
10. Doom Riders (5:40)
11. Ghost Of Vengeance (4:25)
12. The Battlefield (3:59)

ARMORY
The Dawn Of Enlightenment
Independente – imp.
O grupo formado na cidade de Townseed, em Massachusetts nos Estados Unidos, faz um misto de Metal Melódico com tradicional. Muitas vezes lembra Iron Maiden, nos solos e guitarras dobradas, além de alguns baixos cavalgados e galopados. Apesar de americano, o grupo bebe na escola européia, ainda mais na inglesa. Os guitarristas Joe Kurland e Chad Fisher formaram o Armory em 2001 e The Dawn Of Enlightenment foi originalmente lançado em 2004 e re-lançado com nova mixagem ao final de 2007, mesmo sem baterista de estúdio. Para os shows, a banda emprega Tom Vieira. Apesar de boas idéias, o som é um pouco repetitivo. Legal, mas além de não trazer nada de novo, a banda não consegue fazer músicas que fiquem na cabeça, que sejam marcantes, nem nenhum solo, riff ou refrão. Aí que está. Por ais bom que fosse na opinião deles este The Dawn Of Enlightenment, que saiu em 20004, por que não fazer algo novo? Assim, teriam dois discos, um primeiro bom, mas ainda imaturo e um segundo já talvez melhor. Enfim, banda boa, mas nada de novo. Que venha um segundo disco, mas com idéias e composições novas e não ficar apenas relançando discos antigos. RS – 6,0

Track list:
The Tempest
Faith In Steel
Riding The Cosmic Winds
Forever Triumphant
Heart Of Dreams
Warrior Forlorn
Forged In Dragon Flames
The Eyes Of Time
Mystic Star
The Dawn Of Enlightenment
Flight Of Icarus* (bonus track)
Dr. Wily* (bonus track)

Band Lineup:
Adam Kurland - Vocals
Joe Kurland - Rhythm/Lead/Acoustic Guitars, Session Drums
Chad Fisher - Rhythm/Lead/Acoustic Guitars
Thomas Preziosi - Bass
Peter Rutcho - Keyboards
Tom Vieira - Live Drums

CAIN’S DINASTY
Legacy Of Blood
Melodica Records – imp.
Mais um de Power, dessa vez vinda da Espanha. Uma potência do metal melódico na estréia, Legacy Of Blood podem ser uma das melhores ofertas há algum tempo. Combinando velocidade, melodia e majestoso goth elementos, Cain's Dinasty elaborou um álbum que possam lembrá-lo de Gamma Ray ou talvez mesmo a versão de Judas Priest em seu Nostradamus, mas que tal acrescentar um sabor diferente que vai ser estabelecida por seu tenaz trabalho de guitarra, com riffs quase Thrash, licks Hard e dos bons vocais de Ruben Picazo. O nome da banda é segundo eles, o pai de todos os vampiros. Cain matando Abel seria o começo do mal e toda a sua dinastia bíblica se seguira dali em diante. Com isso, a banda passa a ser temática e apesar das comparações, temáticas com o Cradle Of Filth, a banda segue uma linha sonora totalmente diferente. Com isso o Cain's Dinasty  seu legado de sangue, criaram um belo trabalho dramático que puxa você para o mundo do romântico dos parentes do Drácula sombriamente. Desde a abertura bombástica em exibição do seu metal majestoso, na faixa título o Cain's Dinasty estabelece um tom que faz você pensar em castelos e misteriosas noites escuras em que você pode apenas querer verificar que o vinho tinto é o seu anfitrião servindo. Você será, então, olhando para os cantos escuros com a abertura ominiosa do cântico de Two Seconds To Forget Your Name. Ruben usa um estilo vocal mais Dark aqui que enfatiza o tema ameaçador. Ou seja, apesar de Power Metal Melódico, esqueça o Happy Metal e o Funny Metal! RC - 8,0

Track list:
1. Legacy of Blood 04:41
2. Two Seconds to Forget your Name 05:24
3. Under the City Lights 05:04
4. Remember the Tragedy 04:42
5. The Journey 03:34
6. Tears of Pain 03:58
7. Infancia Eterna 03:29
8. Come to Me 06:27
9. Taking a Look 04:39

MASTERSTROKE
Sleep
Dynamic Arts – imp.
Sendo em haver iniciado suas atividades em 2002 na Finlândia, o Masterstroke faz Metal Melódico bem tradicional de lá, e agora vem com seu segundo álbum Sleep. No entanto, como quase todas as bandas do estilo, sem inovação nenhuma. Cara, se as bandas tradicionais do estilo já não agüentamos mais ouvir seus discos novos, apenas seus clássicos e olhe lá, imagina bandas novas fazendo a mesma coisa de sempre? Não há mais espaço pra isso, pois já a anos este estilo está saturado. O Masterstroke é ruim? Longe disso! Eles fazem tudo certinho, rezam de forma correta a cartilha Caminho Suave do Heavy Melódico. Esse é o problema. Tudo muito pragmático e burocrático. A Finlândia não precisa de mais um Stratovarius nem outro Sonata Arctoca, ainda que o Masterstroke até aposte ainda no Heavy Tradicional de vez em quando. RS – 6,0

Track list:
1- Transition
2- Killing Creatures
3- Turn Away
4- Under Our Command
5- Another Failure
6- Circle
7- Being Me
8- Sleep
9- Silent
10- Final Journey

SHADE EMPIRE
Zero Nexus
Dynamic Arts – imp.
Zero Nexus é o terceiro álbum desse sexto finlandês formado em Kuopio em 99. Demorou para a banda gravar seu debut, foram longos 5 anos até chegar com Sinthetic em 2004. Antes disso foram três demos, e de lá pra cá, não pararam mais. A faixa de abertura 9 in 1 abre mostrando um bom Heavy Metal, sem precedentes. A gravadora diz que eles fazem um Metal híbrido. Bem diversificado, com muitas boas idéias e alguma inovação, ainda que as faixas não mostrem nada de novo. Eles são do time que fazem tudo certo, no quesito técnica, e no quesito clichês, mas ainda sem criatividade para forjar músicas que grudem em sua mente e que façam você se interessar em comprar o CD. De tantas bandas finlandesas, esta é apenas mais uma. RC – 7,0

Track list:
1- 9 in 1
2- Adam & Eve
3- Blood Colours the White
4- Flesh Relinquished
5- Harvesters of Death
6- Serpent-Angel
7- Whisper from the Depths
8- Ecstasy of Black Light
9- Victory


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