MISFITS
Dead Alive! Misfits Records – imp. Aqui um lançamento oportuno. Sim, os mais radicais podem reclamar, pois este disco ao vivo só contém músicas da era pós Danzig da banda, ou seja, dos anos 1990 para cá. A banda já havia lançado 2 discos ao vivo antes deste, que contém músicas da fase clássica da banda. Provavelmente devido ao fato de que a banda só controla o nome, mas não os direitos da canção para o material antigo. Ela é dominada por canções de 2011 de The Devil’s Rain, mas também inclui músicas dos Michale Graves álbuns da época, incluindo Famous Monsters (1999) e American Psycho (1997). Além disso tudo, como já havia dito na resenha de The Devil’s Rain, Jerry Only fica legal cantando músicas gravadas por ele mesmo nos vocais. E até as músicas da era Michale Graves não ficaram ruins na sua fase. A pena que visualmente, como trio, a banda perde visualmente em performance, sem o vocalista solto, e sem o baixista Jerry Only solto para se mover no palco, pois ele tem que ficar preso ao pedestal do microfone. Dead Alive! É composto por 14 faixas, e metade delas é com Only nos vocais, metade de Dead Alive! É composto por The Devil’s Rain. A outra metade, pelos outros 2 discos com Graves que, aliás, não sei porque saiu da banda. A música não é tão rápida ao vivo como a banda sempre se caracterizou até mesmo por influir no Speed Metal, pela sua rapidez, normal em shows de Punk Rock (basta ver a loucura que era LocoLive dos Ramones). De qualquer forma, uma nova história sendo contada, com boas músicas para isso, então, recomendo! JCB – 8,5 Faixas: |
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MISFITS
The Devil’s Rain Misfits Records – imp. Glenn Danzig é um cusão. E se quiser, falo na frente dele. Sei lá o que houve entre eles para ele ter saído da banda e por motivos como este a banda ter ficado impedida de usar o nome Misfits, além de brochar a ideia de uma suposta volta com ele nos vocais, o que seria incrível. Esta é uma das bandas mais originais, influentes e legais que já surgiram nesse planeta, praticando seu Punk Horror, sempre com temas macabros e musicalmente em essência Punk Rock (surgiram nos EUA em meados dos anos 1970 - não é mais década de 70 e sim de 1970 que se fala, que chique!). Mas suas influências vão de Hardcore, Hard Rock, Metal e são um dos pais do Speed Metal, sim senhor! Basta ver a gama de bandas que fizeram cover do Misfits ao longo destes anos todos, desde Metallica até Guns’n Roses (ouça Attitude com o Guns e fala se não é Hard Rock aquilo) passando por centenas de bandas de Punk/HC. Na política, costuma-se usar o termo “supra-partidário” para aqueles políticos (cada vez mais raros hoje em dia) que são respeitados em todos os partidos. O Misfits e das poucas bandas supra-estilos, meio que nem o Ramones, pois o público da trupe de Jerry Only tem fãs de Punk, HC, Hard, Metal (desde Heavy até Thrash, Death e Black), Góticos, Rockabilly, Psychoabilly e por aí vai. Depois da saída de Danzig, que migrou mais para o Metal na sua música e visual, a banda ficou inativa por 12 anos, até que se reuniram em 1995 e lançaram em 1997 o aclamado American Psycho com Michale Graves nos vocais, que em nada lembra Danzig e essa era a ideia, nascendo uma nova fase no grupo, diferente, mas com a mesma essência (como em toda troca de vocalista), a sua música se adaptou ao novo vocal. A banda veio ao Brasil pela primeira vez em 1998, mas sem Graves, em seu lugar veio Myke Hideous, de estilo semelhante e que não decepcionou. Em 1999, novo disco, Famous Monsters, com Graves de volta. Mas ele saiu novamente e daí pra frente o líder e baixista Jerry Only se irritou e eles mesmo passou a ser o vocalista, afinal, ele não iria sair da banda, pois ele É a banda, que de quarteto passou a um trio. E aí veio o dilema. No palco, o vocalista solo faz falta, pra interagir, gesticular, interpretar nesse tipo de estilo. Quem viu o show deles em 1998, mesmo que sem Graves e com Hideous em seu lugar, viu a diferença. Segundo, Jerry Only não é um bom cantor. Terceiro, as músicas antigas não ficam legais. Eles vieram várias vezes ao Brasil depois disso, em 2001, 2003 e várias outras, até na Virada Cultural em SP. Só tocando músicas antigas (pois até asd de 97 viraram antigas), covers e quando Mark Ramone estava na banda, muitas dos Ramones. Virou algo meio auto-tributo, meio caça-níquel. Agora, é o primeiro disco em 12 anos e o primeiro com Jerry Only como vocalista. E as músicas dele ficaram legais, pois tanto afinação como composição foi adaptada a sua voz. The Devil's Rain abre mais cadenciada, fugindo do “Speed Metal” que a banda sempre executou em estúdio e principalmente ao vivo. Abre com trovejadas e bem sinistra. Vivid Red tem uma pegada que mistura HC, Metal e algo de Rock’n Roll, só que mais pesada. Land of the Dead que já tinha saído como single, é quase um Hardcore Melódico. Sim, é bem melódica e ao vivo tem um impacto legal. The Black Hole é bubblegum demais, passo, mas já Twilight of the Dead vem moderna, revigorada, associada á voz de Jerry Only. Já Curse of the Mummy's Hand é a melhor e mais marcante do disco, com seu começo com “vozes e gemidos de múmia” saídos de alguma catacumba, descambando num puta HC lento e assustador, típico da banda, com um refrão marcante, rápido e grudento. Ao vivo, causa furor! E assim vai o disco nesta toada. Imperdível! JCB – 9,0 Track list: 01. The Devil's Rain (3:23)02. Vivid Red (1:55) 03. Land of the Dead (2:13) 04. The Black Hole (1:50) 05. Twilight of the Dead (2:34) 06. Curse of the Mummy's Hand (3:49) 07. Cold in Hell (2:50) 08. Unexplained (3:04) 09. Dark Shadows (3:40) 10. Father (3:40) 11. Jack the Ripper (3:49) 12. Monkey's Paw (2:47) 13. Where Do They Go? (2:39) 14. Sleepwalkin' (4:14) 15. Ghost of Frankenstein (2:55) 16. Death Ray (4:59) |
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BALZAC
Deep Blue: Chaos From Darkism Misfits Records – imp. Banda nipônica de Hardcore, Punk Rock, Speed Metal, Horror Rock. Sim, qualquer semelhança com o Misfits não é mera coincidência, afinal, na verdade, o CD saiu pela Misfits Records. Eles são as meninas dos olhos de Jerry Only, pois graças ao Balzac, o próprio Misfits, sua história, sua atual formação reformada, seu merchandising e produtos de sua banda têm crescido muito no Japão e por conseqüência em outros países asiáticos. Pois, no Japã, a onda J-Rock está se disseminando e levando junto o Emo, o Gótico e o Punk. E todas estas tribos vêem com bons olhos e ouvidos não só o próprio Balzac, que é orgulho nacional em terras nipônicas e gigantes em seu país. Mas também outras formações japonesas de Punk Horror ou Horror Rock, e também bandas de outros países. E o Misfits têm se dado muito bem na terra do Sol nascente, em questão de produtos e popularidade, como já tínhamos falado antes. Não obstante, um super-grupo foi formado com o nome Osaka Popstars. Voltando ao Balzac de fato, a semelhança com o Misfits é tremenda, embora tenha o seu estilo próprio. Os temas são os mesmos, o visual com aqueles topetes à lá Jerry Only, no palco algumas performances toscas, os famigerados ôôô nos refrãos. Ou seja, cópia mesmo, e com o consentimento dos originais! E o pior é que a banda é boa e funciona! É até algo engraçada, portanto, diversão garantida! Garantido, né? O CD vem com um DVD bônus, com três clipes tétricos, um curta-metragem de terror e um show! Diversão do começo ao fim, para fanáticos por Misfits (como eu) e boa música! JCB – 8,0 Track list: DVD: |
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OSAKA POPSTAR
And The America Legends Of Punk Misfits Records – imp. Um time de super-heróis do Punk, formado por Jerry Only (The Misfits), Mark Ramone (ex-Ramones), Dez Caneda (Black Flag), Ivan Julian (Richard Hell & The Voidoids), liderado por John Cafiera (The Misfits). Jerry Only (The Misfits), Marky Ramone (ex-Ramones), Dez Cadena (Black Flag) e Ivan Julian (Richard Hell & The Voidoids) se reuniram para um novo projeto, intitulado Osaka Popstar. John Cafiero, colaborador de longa data do The Misfits, é a força criativa por traz do grupo e gravou os vocais do primeiro álbum. O primeiro CD do Osaka Popstar será auto-intitulado e chega às lojas no dia 22 de Maio na Europa e 23 nos EUA, pelo selo Misfits/Rykodisc Records. Uma edição especial do CD será composta por um DVD bônus contando com o vídeo do primeiro single do álbum, Wicked World, feito em animação pelo designer japonês Mari-Chan, e o vídeo clip de Insects (escrita e gravada originalmente por Kids of Widney High), dirigido por Joel Veitch, renomado diretor de comerciais para a TV norte-americana que possui também um programa de TV chamado Rather Good Videos, na Inglaterra, além de artwork produzidas por Butch Lukic, John Pound, Dalek, Mari-Chan e Tragnark. A faixa Wicked World foi composta por Daniel Johnston, conceituado músico de folk, que participou também do álbum de estréia do Osaka Popstars gravando os vocais para a versão de um tradicional bluegrass dos EUA, chamado Constant Sorrow. FSS – 9,0 Track list: DVD |
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JUICEHEAD
The Devil Made Me Do It Misfits Records – imp. Outra aposta de Jerry Only e companhia. Seguindo o estilo do Balzac, mas na linha mais Hardcore normal, sem tanto Horror, o Juicehead vai agradar mais a fãs de Hardcore e Punk Rock tradicional do que o estilo Horror Punk. Quer dizer, a banda executa esta proposta, que está mais ligada a capa, a mascote, ao nome da banda (cabeça de suco), logotipo e as letras do que na parte musical e instrumental. A produção sonora deixou um pouco a desejar, mas a sonoridade caótica e energética compensa qualquer coisa. Apesar de ter 16 faixas, o disco é curto, pois a duração das faixas chega perto dos 2 minutos na média. O título The Devil Made Me Do It já foi usado por diversas bandas para nome de disco e principalmente de música, mas cai como uma luva de ferro no som do grupo. Em certos momentos, o Punk Rock cede para o Poppy Punk ou onda Emonew, por perder um pouco o peso, ter melodia, sendo assim, a gravadora tem uma banda que pode abranger um público maior ainda! A banda de Chicago pode estourar (além da cabeça de suco da capa do disco). Track list: |