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Canções de Ninar os Mortos Ao Vivo!

Entrevista: Júlio César Bocáter.
Foto: divulgação.

O dinamarquês King Diamond criou um estilo único dentro do Heavy Metal. Desde os tempos do Mercyful Fate, onde criou linhas vocais cavernosas e instrumental macabro, realçando isso ainda mais em sua carreira solo. A banda King Diamond primou por discos conceituais a partir do seu segundo trabalho, Abigail, que perdura até os dias de hoje. Em mais uma conversa com o Rei Diamante, ele nos fala de seu disco ao vivo e muito mais!

King, como foi a repercussão de seu último disco de estúdio, The Puppet Master?
King Diamond –
A melhor possível! Além de ter vendido muito bem novamente, fizemos mais shows com ele, tocando em lugares que ainda não havíamos tocado e em outros, com maior público do que antes. Não temos do que reclamar.

Hoje, você está satisfeito com o resultado final de The Puppet Master?
King Diamond –
The Puppet Master é um dos poucos discos que, tempos depois de lançado, fiquei plenamente satisfeito. Hoje, eu não mudaria nada nele, nem na produção, nem na composição. Só senti isso anteriormente com o Abigail (I). É um disco fantástico, sobre uma história que gostaria de ter abordado há muito tempo já. Demorou, mas encontrei o momento certo de desenvolvê-la, por isso, o resultado é fantástico.

Em The Puppet Master, pela primeira vez, um disco seu tem vocais femininos, sendo os backings vocals préstimos de Livia Zita. Fale sobre a participação dela.
King Diamond –
Conforme estávamos compondo, começamos eu e Andy a se olhar e falar “seria legal um vocal feminino nesta passagem” ou “está faltando um vocal feminino nesta música”. Foi como se as músicas ou os fantoches da história estivessem invocando a presença de Livia no disco! (risos) Assim chegamos até ela e ela participou de The Puppet Master, tornando este disco ainda mais especial.

Ela saiu em turnê com The Puppet Master? E ainda, ela participará do próximo disco de estúdio da banda?
King Diamond –
Sim, ela saiu em turnê conosco, fazendo duas turnês conosco nos Estados Unidos e uma na Europa. E temos planos de contar com ela no próximo disco também!

Em se tratando de King Diamond, chega a ser um fato pitoresco isso. Pois o seu nome pertence e está associado à velha guarda do Heavy Metal, aquele tipo de banda mais conservadora em seus princípios, mais purista, e os seus fãs também o são. E esse lance de vocais ou backings femininos é um fenômeno mais recente no Heavy Metal, em bandas novas e com uma proposta musical mais moderna...
King Diamond –
(interrompendo) Isso depende de como você usar isso em sua música. Em nosso caso, usamos da forma adequada, sem exageros.

Seus álbuns clássicos dos anos 80 são perfeitos. Ainda assim, penso se tivessem vocais femininos como as músicas poderiam soar ainda mais tétricas! Você chegou a pensar sobre o assunto?
King Diamond –
Sim, mas, como você disse, eles são perfeitos, não como mexer neles e neles, não tem necessidade de ter tido vocais femininos.

Ela não cantará ao vivo nenhuma música que ela não tenha participado então, ou seja, dos discos anteriores a The Puppet Master?
King Diamond –
Não. Por outro lado, como pretendemos, continuar com ela no próximo disco e talvez outros no futuro, então, a cada turnê, ela ou quem fizer vocais femininos, caso decidamos continuar com isso, sua participação será cada vez maior.

Falando de Deadly Lullabies Live, ele não tem músicas de Spyder’s Lullaby, Voodoo e House Of God. Por que?
King Diamond –
Nossa idéia não foi fazer um Best Of ao vivo, como muitas bandas normalmente fazer. Apenas reproduzimos o set list da turnê de The Puppet Master, com algumas músicas dele, que não foram muitas, mas um apanhado geral de como a banda soa e que músicas ela toca ao vivo hoje. Apenas isso.

Mesmo sendo o primeiro disco ao vivo de fato de sua carreira?
King Diamond –
Justamente por ser o primeiro disco ao vivo cheio, já que In Concert 1987 - Abigail não foi gravado com esse propósito, apenas para cumprir contrato com a gravadora da época (Nota do E: Roadrunner). Justamente por isso e por acreditar na força de nossas músicas de nosso set atual, resolvemos lançar desta forma. E também, por estarmos em nosso décimo primeiro disco de estúdio, é impossível tocarmos faixas de todos os discos.

Algum plano para algum DVD da banda, ao vivo e com clipes?
King Diamond –
Sim, mas nada de concreto ainda. Mas temos vontade sim, mas dependemos de gravadora investir para isso.

Finalizando, quando sua banda tocará no Brasil com todo o aparato apresentado nos EUA e Europa?
King Diamond –
Nós tocamos em 96 com o Mercyful Fate e King Diamond juntos e foi demais. Mas por ser as duas bandas juntas, ficou difícil concentrar forças só no King Diamond. Para levar todo o aparato para a América do Sul, é quase impossível, pois é muita coisa e a despesa, pela distância geográfica, inviabiliza. Mas poderíamos sim, fazer algo especial para os brasileiros. Basta aparecer a oportunidade.

Leia também a primeira entrevista feita com a banda clicando aqui!